Violão popular.pdf

June 23, 2018 | Author: profaneves | Category: Interval (Music), Guitars, Scale (Music), Chord (Music), Minor Scale
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MATERIAL DIDÁTICOPRÓPRIO TOM MAIOR VIOLÃO POPULAR ANTÔNIO NEVES Introdução Como todo bom curso ou apostila de violão, vamos falar um pouquinho sobre a história desse maravilhoso instrumento! O violão é um instrumento de cordas como a harpa e o alaúde e, como estes, também teve sua origem no Oriente. Quando os mouros, no século VIII, dominaram a Espanha, deixaram lá muitos dos seus hábitos e costumes, que assimilados pelo povo espanhol permaneceram entre eles até os nossos dias atuais. Assim foi com o violão. Tão apreciado foi na Espanha que se tornou o instrumento popular, espalhando-se depois de lá para toda a Europa, com o nome de “guitarra espanhola”, ficando este país conhecido como sua terra de origem. Antes do violão, era o alaúde o instrumento mais conhecido na Europa e tão grande foi o sucesso do violão ou guitarra espanhola, que o alaúde foi em pouco tempo completamente esquecido. No ano de 1800, já o violão era conhecido no mundo inteiro e músicos notáveis como Schubert, Paganini e Weber compuseram belíssimas páginas musicais especialmente para violão. Hoje sabemos o quanto este instrumento é querido e apreciado em qualquer gênero de música. Principalmente no Brasil, onde é o instrumento musical mais popular, onde podemos ver músicas maravilhosas feitas apenas utilizando a musicalidade do violão. Somente no Brasil e em Portugal o violão é conhecido por este nome, no resto do mundo ele é conhecido como “guitarra”. 1 Anatomia do violão Boca » Orifício localizado no corpo do violão por por onde o som se propaga. Braço » Parte do instrumento que da suporte á escala. Caixa de ressonância » Conjunto responsável pela amplificação do som. É formada basicamente pelo fundo, faixas e tampo, no caso dos violões Munhoz® encotramos varetas em seu interior. Casas » Indicam exatamente a localização das Nota musicais no caso do violão e de outros instrumentos “temperados”. Cavalete » Serve para prender as cordas e suporte para o rastilho. Dica: fica bonito quando feito do resto do ébano que geralmente sobra da escala. Cordas » Parte fundamental onde 2 Rastilho » Parte do instrumento que se apóia as cordas presas ao cavalete. madeira usada na confecção do instrumento etc. por serem inflexíveis e rígidos não absorvem as ondas ao contrário de alguns materiais utilizados hoje em violões baratos que absorvem o som por ser flexível. fixada entre o início do braço e a cabeça. Fundo » Componente fundamental da caixa de ressonância. Mosaico » Feito de minúsculos pedaços de madeira serve de ornamentação. o que atrapalha a performance do mesmo. Onde a sonoridade varia de acordo com o tamanho. Da suporte ás casas e aos trastes. Faixas » São as laterais do violão. formato. Mão » Encontrada na parte superior do braço. Escala » Fixada no braço e na maioria das vezes no tampo. A pestana serve para apoiar as cordas na extremidade do braço. Osso ou marfim são incomparáveis e fornecem grande apoio ás cordas. Tampo » Corresponde ao corpo do violão. Possui um pequeno sulco entalhado para a passagem de cada corda. plástico ou madrepérola.se originam as notas musicais. Pestana » Uma pequena barra de osso. Isso permite o posicionamento correto das cordas. É o ponto de origem do comprimento das cordas e muitos o consideram como o traste zero. Pedacinho » Muito utilizado para igualar a altura do braço á altura do fundo. serve de suporte para o mecanismo das tarachas. Experimentos recentes que moldaram um violão de diversos materiais e combinaram com diversos tipos de 3 . geralmente feita da mesma madeira do fundo. 4 . O comprimento vibrante da corda passa a ser aquele entre o traste e o rastilho. Cada doze trastes representam um intervalo de exatamente uma oitava. Conseqüentemente a razão entre as distâncias de dois trastes consecutivos é . presença ou ausência de certas partes variam e muito de um instrumento para outro. Varetas » Adaptadas ao violão pelo Luthier Brasileiro Francisco Munhoz tem a função de distribuir as ondas sonoras afim de utilizar a parte morta do violão (parte da caixa de ressonância entre a boca e o braço) afim de equalizar o som. mas o tampo que da a palavra final. Os trastes são montados nos instrumentos modernos para permitir que as guitarras tenham temperamento igual.059463. isso explica porque as casas próximas ? pestana são mais largas que aquelas próximas ao corpo do instrumento.tampos. Como essa razão é aplicada sucessivamente a cada intervalo. Obs: 1 – Toda nomenclatura assim como formato. Tarachas » Tem a finalidade de alcançar a afinação correta. cujo valor numérico é aproximadamente 1. sugerem que o tampo é o grande responsável pela sonoridade o resto influencia muito pouco. afrouxando ou apertando as corda. Quando o músico encosta o dedo sobre uma corda ela pousa sobre a escala e fica apoiada sobre o traste. conforme a necessidade. Trastes/Trastos »São pequenas barras de metal (geralmente alpaca ou ligas de níquel) montadas sobre a escala e que definem os pontos exatos em que a corda deve ser dividida para obter cada uma das notas. (na sonoridade é claro). O 12º traste divide a corda exatamente na metade e o 24º (se existente) divide a corda em um quarto do comprimento total (entre a pestana e o rastilho). a grosso modo o “E” soa perfeitamente como o “e”. Lembrando que uma escala de madeira dura como o ébano e o pau-brasil preservam as vibrações do tampo e ai vai…. para todas as pessoas. grande parte da sonoridade do instrumento não será aproveitada. ou seja. nesse tipo de violão. cordas de aço podem deslocar o cavalete do instrumento (violão) ou até entortá-lo com o tempo. a sonoridade que se quer atingir. A maneira de executar pode contribuir muito. portanto aceitam mais impacto proporcionando volume maior. Sendo assim. apesar de tantas variantes. há instrumentos com menos tensão que podem exigir encordoamento muito mais dens. as cordas mais leves têm o comportamento parecido com as pesadas. o que deve favorecer a interpretação. Em resumo: tudo é relativo. por exercerem maior pressão sobre o tampo. ? sem perceber que talvez busca por este objetivo não dependa apenas do encordoamento ou das características do instrumento e de sua regulagem. Em geral violões com cordas de nylon são de construção mais leve (violão recomendado para iniciantes) e tem sua caixa não muito reforçada internamente. Uma das dúvidas mais freqüentes entre os violonistas é sobre qual tipo de encordoamento usar. O ideal é não sofrer na hora de tocar. Neles. para garantir que a caixa e o cavalete suportem a pressão das cordas. fatores que nos ajudam a determinar uma escolha. Há. Já as leves necessitam de pouca energia. mas é importante lembrar que temos que ter alguns cuidados com relação a isso. Normalmente o violão (violões) já é construído para usar um determinado tipo de corda (encordoamento). no entanto. qual o violão que está sendo usado.Cordas . a grande maioria busca um som alto e frme. sem esforço e a obrigação de vencer a tensão das cordas ou da mecânica do violão. Cordas pesadas tendem a vibrar menos. As mais pesadas são as melhores? As leves têm menos sonoridade? Devemos tocar com a ação das cordas mais alta para conseguirmos volume maior? As respostas a estas perguntas são menos objetivas do que se espera. além de uma minuciosa observação do próprio comportamento muscular. O que se pode observar é que. Proporcionalmente. Na verdade. Nesse caso. 5 . elas devem funcionar da mesma maneira. As cordas do Violão podem ser de aço ou de nylon. Violões que utilizam cordas de aço são normalmente mais reforçados. para que possa vibrar mais e assim ter maior sonoridade. se trocarmos o tipo de jogo de cordas e utilizarmos o encordoamento de nylon. favorecendo ? assim a liberdade de movimentos e a interpretação.? Sempre existe a falsa idéia de que há uma melhor medida ou marca de cordas e que. O problema é que existem violões mais tensos. a escolha correta do encordoamento tem de levar em conta uma série de fatores como o tipo de música que se pretende tocar. ? E qual é a melhor? Levando-se em conta que violões distintos respondem de forma diferente a um mesmo encordoamento. As vezes. Para prolongar o tempo de duração das cordas do violão. As cordas do violão devem ser trocadas muito antes de chegar a esse estado. podendo distorcê-lo. o mais importante seja soltar as cordas do violão por igual. as novas cordas do violão requerem cerca de dois a três dias de uso para ficarem amaciadas. deve-se manter o rosto afastado das cordas ao afiná-las. com cordas desafinadas. Isso não apenas aumentaria a probabilidade de quebras. da freqüência com que o instrumento (violão) é usado. ? podemos então escolher a marca. até mesmo. isso é pouco provável. posso dizer com toda certeza do mundo:no fundo é uma questão de gosto! Se o seu violão. A instalação das Cordas no Violão Fabricantes de violões. com ação mais alta e encordoamentos mais pesados. É a hora de trocar as Cordas! Muito freqüentemente esquece-se esse tipo de manutenção do violão: não é difícil encontrar violonistas que tocam com cordas gastas do violão. passe sempre uma flanela para retirar a sujeira. O ângulo é um importante recurso. as cordas arrebentam ao serem instaladas. O certo é substituí-las de poucos em poucos meses. a tensão adequada do encordoamento. com o revestimento completamente oxidado. Isso vale principalmente para os principiantes. A idéia é que retirar todas as cordas velhas do violão de uma só vez reduz a tensão no braço do instrumento. pois as cordas velhas perdem a afinação. diminuindo muito o risco do trastejamento e aumentando os limites da dinâmica. As cordas jamais devem ser afinadas mais de um tom acima do diapasão. o que o leva a buscar violões mais tensos. Uma boa base técnica ajuda muito na confecção da receita pessoal. depois de tocar. dificultando assim o desenvolvimento de um bom ouvido musical. Quando a mão direita está colocada corretamente. Por isso. parece ter perdido o som. Na realidade. a técnica em dia e os objetivos artísticos definidos. lesões por esforço excessivo.É muito comum o jovem violonista priorizar o volume em detrimento do timbre. Com o violão regulado. o que torna a escolha mais difícil. como também provocaria uma grande tensão no 6 . (Aulas de de Violão e Percepção Musical) Depois de colocadas. muitas vezes aconselham que as cordas novas sejam colocadas uma por vez no violão. e o chicotear das pontas soltas pode ser perigoso. principalmente quando o violão utiliza cordas de aço. Talvez. de forma que a tensão seja reduzida equilibradamente. Mas é bom lembrar que tal escolha pode acarretar problemas relacionados ? fadiga muscular e. o ataque ocorre de tal forma que a corda vibra paralelamente ? escala. dependendo evidentemente . os agudos e os baixos ficaram abafados e as notas dos acordes se tornaram sem brilho. exigindo uma minuciosa comparação. sem sobrecarga da mão esquerda. de uns tempos para cá. Ouça se é preciso apertar ou folgar a tarraxa. tenha sempre em mente: Cordas novas sempre levam alguns dias para se estabilizarem. quando a corda de baixo estiver afinada a mesma vibrará sem você tocar nela! Toque a primeira corda. a saber E B G D A E de baixo para cima. Afrouxe a 6a corda (E mais grossa) e vá rodando a tarraxa. já que para fazer um B devemos apertar na 4a casa.O som produzido deve ser igual ao da corda A. já que o E na 5a casa é um A.Faça o mesmo procedimento para a corda B. veja o desenho abaixo: 7 . só que apertando na 4a casa ao invés da 5a. Com o tempo você perceberá as mínimas diferenças entre os sons. Por isso caro leitor. que poderia se distorcer. Por favor não arrebente a corda do violão! O violão tem 6 acordas. escute o som e depois toque a segunda. Ao colocar as cordas no violão ou na guitarra. corda mais folgada som mais baixo e corda mais apertada som mais alto.Coloque um dos dedos na 5a casa da corda E. a corda não pode ficar folgada nem apertada demais. O que você tem a fazer é esticar convenientemente essas cordas. Podemos também afinar pelo teclado. Quando estiver afinando repare que por causa de um fenômeno chamado ressonância.braço do violão. a primeira já tenha descido de tom. Repita o processo para a corda D e para a corda G. Dependendo de quanto a tarraxa estiver esticada essas cordas podem ter outro som que não os necessários. é comum que quando a última estiver sendo afinada. Se o violão já estava mais ou menos afinado deixa-a como está. Por enquanto seu ouvido ainda não está acostumado e não existe uma fórmula mágica para fazer isso depressa. mas é bom que você tente para ir se acostumando. Volte a apertar na 5a casa e afine a E mais fina. Afrouxe a tarraxa da corda A e vá apertando aos poucos . por isso não desista nem se encabule se você não conseguir uma afinação satisfatória. e então permanecem aproximadamente afinadas! Afinação Este é um procedimento um pouco difícil para o principiante. Vejamos como se processam no popular: A melodia é o canto representada pela letra cantada enquanto a harmonia é o acompanhamento representado pelos acordes cifrados e o ritmo é representado pelas batidas e dedilhados.MÚSICA: * É a ARTE de combinar os SONS simultânea e sucessivamente. (é a concepção vertical da Música). (tempo) Estes conceitos se aplicam a todo tipo de estudo do violão tanto ao popular quanto ao erudito. equilíbrio e proporção dentro do tempo. As principais partes que a MÚSICA é constituída são: 1) MELODIA – É a combinação dos SONS SUCESSIVOS. 4) RÍTMO – É a combinação dos valores. com ordem. (é a concepção ao mesmo tempo horizontal e vertical da Música). (é a concepção horizontal da Música). (dados um após o outro). 3) CONTRAPONTO – É o conjunto de melodias dispostas em ordem simultânea. 2) HARMONIA – É a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS. (dados de uma só vez). * É a ARTE de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante o SOM. “ Lembre-se entender os princípios da teoria fazem o músico tocar com segurança!” 8 . Observe os desenhos: Exercícios para a mão esquerda 1234 2314 3412 4321 1243 2341 3421 4312 1342 2413 3214 4213 1324 2431 3241 4231 1423 2134 3124 4132 1432 2143 3142 4123 9 .Coordenação Motora Os dedos das mãos obedecem uma numeração que facilita a execução e o entendimento dos movimentos a serem executados pelo violonista. Tablatura – é um sistema de linhas horizontais e paralelas onde cada corda é representada por uma linha e sobre estas linhas se escrevem números que representam onde estas cordas são presas.10 . Solo por números – é um sistema de escrita musical onde representamos as notas por dezenas sendo o primeiro número da dezena representa a corda a ser tocada e o segundo número da dezena a casa a presa no braço do violão. Vejamos alguns exemplos destas escritas: Partitura: Solo por números: 20 . Onde as notas musicais são escritas na pauta.15 .18 .16 . As formas de escrever e ler a música no violão Temos duas formas de tocar o violão popular: SOLO E ACOMPANHAMENTO! Começaremos primeiro pelo solo.13 .110 .15 .17 .19 .10 .10/20 20 .13 . 3.10 .11 .12 .12 .10 .20 . Os solos ou melodias como vimos na teoria são escritos de três formas: 1.17 .12 .17 .12 .18 -.24 .13 – 10 Tablatura: 10 . No curso de violão popular nível 1 não entraremos em detalhes sobre a escrita musical.13 . 2. Partitura – é a escrita digamos oficial ou seja a real da música.10 .  Dobrado bemol Diminui a nota em um tom. Alteram todas as notas correspondentes ao acidente anotado junto a clave no decorrer de toda a música. Quando alteramos uma nota e a mesma se repete dentro do compasso o acidente não precisa ser repetido para determinar a alteração na nota. Tipos: A) Ocorrentes: São aqueles que aparecem no decorrer da música.  Bemol Diminui a nota em um semitom.  Bequadro Anula o sustenido e o bemol. Acidentes Musicais São sinais que alteram a altura das notas. B) Fixos: São colocados após a clave no início da partitura.  Dobrado Sustenido Aumenta a nota em um tom. 11 . Conforme tabela abaixo: Nome Símbolo Significado  Sustenido Aumenta a nota em um semitom. ou seja. 12 . Para os violonista o tom equivale a duas casas e o semitom a uma casa de distância. • SUSTENIDO – eleva a nota em um semitom. portanto tem o mesmo som. SUSTENIDO FÁ# FÁ • BEMOL – abaixa a nota em um semitom. este fenômeno chamamos de enharmonia . nomes diferentes para o mesmo som. BEMOL SOL SOLb Veja que o fá# e o solb são tocados na mesma casa. mas as outras notas obtemos pressionando as cordas no braço do violão e uma determinada casa. Portanto antes de tocar memorize a ordem crescente e decrescente das notas.Quase todo mundo sabe o nome das notas musicais DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI. disto depende sua “vida” como músico. portanto depois do SI vem outro DÓ e a ordem segue normalmente. Tenho notado nesses anos em que leciono música que a dificuldade de grande parte dos alunos é com a ordem decrescente das notas SI LÁ SOL FÁ MI RÉ DÓ. É extremamente importante ao violonista memorizar as notas no braço do violão. Vejamos as notas no braço do violão: Memorize as notas primeiramente até a 5ª casa. sendo as mais graves em cima e as mais agudas em baixo. 13 . vamos lá ? DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ DÓ SI LÁ SOL FÁ MI RÉ DÓ No violão as cordas são contadas de baixo para cima. As notas são obtidas percutindo as cordas com os dedos. depois até a 10ª. sendo que as cordas soltas já soam com uma nota musical. Acontece que num violão por exemplo temos mais de um DÓ. intervalo de semitom entre os graus III- IV e VII-VIII. Para construir escalas maiores nas diversas alturas.Escala Maior Sendo escala uma série de sons ascendentes ou descendentes na qual o último será a repetição do primeiro uma oitava acima ou abaixo. Os números romanos sobre cada nota indicam os graus da escala. e de tom entre os demais. A escala pode ser maior ou menor. Grau é o nome dado as notas da escala. O exemplo para formarmos a escala maior é a escala de dó por não conter em sua formação notas alteradas. basta seguir a mesma estrutura em relação aos intervalos de um grau para outro. isto é. Se mantivermos os mesmo desenhos trocando a casa onde está a tônica temos as escalas em todos os tons nas mesmas digitações abaixo: Toque estas escalas com as digitações em todos os tons! 14 . lá e ré Ré b maior.ré.ré.7 sustenidos fá.lá.fá.lá.mi.dó.7 bemóis.si e mi Mib maior. Estas alterações são colocadas junto a clave .mi.dó.mi e lá Láb maior.si.ré e sol Solb maior.fá.4 sustenidos.ré.lá.fá Ré maior. Vejamos então os sustenidos existentes nas tonalidades maiores e sua armaduras: Sol maior.4 bemóis.mi.ré e lá Fá# maior-6 sustenidos.fá.2 bemóis.si.Sustenidos e bemóis nas tonalidades.si.Armadura de Clave As escalas construídas nas demais alturas para obedecerem a regra de formação da escala de Dó maior necessitam de acidentes (sustenidos e bemóis).dó.lá.si Sib Maior. dó e sol Mi maior.sol.sol.sol e ré Si maior . sol e dó DóB maior.sol.1 bemol.5 bemóis.3 bemóis. Vejamos agora as tonalidade maiores com bemóis e suas armaduras: Fá maior. sendo então chamados de acidentes fixos e passam a compor a: ARMADURA DE CLAVE.dó e fá.6 bemóis.ré.sol.mi e si.1 sustenido .si. “ É importantíssimo memorizar os acidentes em todas tonalidades” 15 .5 sustenidos.3 sustenidos.fá e dó Lá maior.si.fá.lá e mi Dó# maior.mi.dó.2 sustenidos. todavia veremos uma forma mais prática de construirmos essas escalas a partir da escala maior. Escala menor natural ou primitiva Encontra-se abaixando o III. VI e o VII graus da escala maior em um semitom. Como exercício toque as digitações das escalas menores em todos tons! 16 . Daremos como exemplo as escalas menores em dó cabendo à você construir nas demais tonalidades. Escala menor harmônica Encontra-se abaixando o III e o VI graus da escala maior em um semitom. Escalas Menores As escalas menores seriam achadas da mesma forma que a escala maior preenchendo intervalos de tom e semitom entre os graus . Escala menor melódica Encontra-se abaixando o III grau da escala maior em um semitom. Escala menor natural Escala menor Harmônica Escala menor Melódica Observe bem ao tocar que as notas marcadas em branco são as tônicas!!! 17 . INTERVALOS É distância entre dois sons (duas notas). 4 é igual a 11ª e 6ª igual a 13ª 18 . No violão contamos os intervalos pelo número de casas pois cada casa equivale a um semitom a partir da nota base. Para achar os intervalos aumentados aumentamos em um semitom os justos e para encontrar os intervalos diminutos abaixamos em um semitom os intervalos menores e os justos. Os intervalos surgem a partir da escala maior. assim sendo temos: DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ T 2 3 4J 5J 6 7 8 Os intervalos maiores são a 2ª. Para acharmos os intervalos menores abaixamos em um semitom os intervalos maiores. 6ª e 7ª e os justos(perfeitos) a 4ª. Assim sendo temos duas grandes famílias de intervalos MAIORES E JUSTOS. 3ª. na prática esses intervalos sãos os intervalos da oitava uma oitava acima assim sendo temos a equivalência abaixo: 2ª é igual a 9ª. Veja o gráfico: Temos ainda intervalos chamados de compostos pois ultrapassam a oitava. 5ª e 8ª. (b13) 10 tons Lá 13ª maior 13 10 tons + 1 semitom Lá# 13ª 13+ (#13) 11 tons aumentada 19 . (b9) 6 tons + 1 semitom Ré 9ª maior 9 7 tons Ré# 9ª 9+ (#9) 7 tons + 1 semitom aumentada Fá 11ª justa 11 8 tons + 1 semitom Fá# 11ª 11+ (#11) 9 tons aumentada Láb 13ª menor 13.QUADRO DOS INTERVALOS E SÍMBOLOS USADOS NA CIFRAGEM DOS ACORDES OBS: o exemplo está em Dó maior Nota Intervalo Cifra Distância Tonal Dó Fundament al Réb 2ª menor 1 semitom Ré 2ª maior 1 tom Ré# 2ª 1 tom + 1 semitom aumentada Mib 3ª menor M 1 tom + 1 semitom Mi 3ª maior 2 tons Fá 4ª justa 4 2 tons + 1 semitom Fá# 4ª 4+ (#4) 3 tons aumentada Solb 5ª diminuta 5. (b5) 3 tons Sol 5ª justa 3 tons + 1 semitom Sol# 5ª 5+ (#5) 4 tons aumentada Lá 6ª maior 6 4 tons + 1 semitom Sibb 7ª diminuta O 4 tons + 1 semitom Sib 7ª menor 7 5 tons Si 7ª maior 7+ 7M 5 tons + 1 semitom Dó 8ª justa 6 tons Réb 9ª menor 9. Quadro dos intervalos usados em cifra em todas as tonalidades Intervalo C C# D Eb E F F# G Ab A Bb B F C C3 D Eb E F F# G Ab A Bb B 2m Db D Eb E F F# G Ab A Bb B C 2M D Eb E F F# G Ab A Bb B C C# 3m Eb E F F# G Ab A Bb B C C# D 3M E F F# G Ab A Bb B C C# D Eb 4 F F# G Ab A Bb B C C# D Eb E b5 Gb G Ab A Bb B C C# D Eb E F 5 G Ab A Bb B C C# D Eb E F F# #5 G# A Ab A Bb B C C# D Eb E F 6 A Bb B C C# D Eb E F F# G Ab 7dim A Bb B C C# D Eb E F F# G Ab 7 Bb B C C# D Eb E F F# G Ab A 7M B C C# D Eb E F F# G Ab A Bb 8 C C# D Eb E F F# G Ab A Bb B b9 Db D Eb E F F# G Ab A Bb B C 9 D Eb E F F# G Ab A Bb B C C# #9 D# E F F# G Ab A Bb B C C# D 11 F F# G Ab A Bb B C C# D Eb E #11 F# G Ab A Bb B C C# D Eb E F b13 Ab A Bb B C C# D Eb E F F# G 13 A A# B C C# D Eb E F F# G Ab 20 . Intervalos no braço do violão 21 . Sinais mais usados na cifragem 22 . Veja o exemplo em Dó menor: Tríade aumentada é formada por fundamental. Veja o exemplo em Dó maior: Tríade menor ou acorde perfeito menor é raiz de todos os acordes menores e é formado por fundamental. terça menor e quinta justa. terça maior e quinta justa. Vejamos o exemplo em Dó dim O termo TRÍADE quer dizer acorde de três sons com terças superpostas.Acordes naturais I – TRÍADES Tríade maior ou acorde perfeito maior é a raiz de todos os acordes maiores e é formado por fundamental. terça menor e quinta diminuta. terça maior e quinta aumentada. Vejamos o exemplo em Dó aum Tríade diminuta formada por fundamental. 23 . Tríade Maior.Acordes em tríades maiores em suas principais posições Exemplo em dó transponha-os para todos os outros tons. 24 .Cm (Dó menor) T b3 5J = dó mib sol Cm Cm Cm Cm Cm 1 2 5 1 8 1 1 1 1 4 1 1 2 3 3 4 2 4 2 3 4 3 4 Cm 10 1 2 3 4 Na prática as tríades aumentada e diminuta acabam não sendo tocadas pois harmonizamos com tétrades aumentadas e acordes de sétima diminuta e meio diminutos. Tríade Menor.C (Dó maior) T 3 5J = dó mi sol C C C C C 1 5 1 1 1 2 3 1 1 1 2 1 2 2 3 4 2 3 4 4 4 C C C 8 1 1 1 8 1 1 10 1 2 2 3 4 3 2 3 4 Acordes em tríades menores em suas principais posições Exemplo em dó transponha-os para todos os outros tons. quinta diminuta e sétima diminuta. Vejamos o exemplo em Dó: Acorde Meio-Diminuto: é formado pela fundamental. Vejamos o exemplo em Dó: Acorde Maior com Sétima Menor( acorde de sétima da dominante): é formado por fundamental. Vejamos o exemplo em Dó: Tétrade Diatônica menor: é formada pela fundamental. terça menor. quinta justa e sétima menor. quinta diminuta e sétima menor. terça maior. quinta justa e sétima menor. terça maior.Acordes naturais II – TRÉTRADES Tétrade Diatônica Maior: é formada pela fundamental. terça menor. quinta justa e sétima maior. Vejamos o exemplo em Dó: Acorde Diminuto: é formado pela fundamental. Vejamos o exemplo em Dó: 25 . terça menor. C7M (Dó com sétima maior) T 3 5J 7 = dó mi sol si C7M C7M C7M C7M C7M 3 1 2 2 3 3 1 1 2 3 1 2 2 3 4 4 3 4 C7M C7M C7M C7M C7M 7 1 7 1 8 1 2 8 1 1 1 8 1 2 3 2 3 4 2 3 2 4 3 4 3 4 4 C7M 10 1 2 3 4 Tétrade Menor.Cm7 (Dó menor com sétima) T b3 5J b7 = dó mib sol sib Cm 7 Cm 7 Cm 7 Cm 7 Cm 7 1 1 3 1 8 1 2 3 4 2 3 4 1 1 1 3 1 2 3 2 4 4 3 Cm 7 Cm 7 Cm 7 8 1 1 1 8 1 1 1 1 1 10 1 2 3 2 3 3 4 4 26 .Vejamos o exemplo das trétrades na tonalidade de Dó. Tétrade Maior. C7 ( dó com sétima) T 3 5J 7 = dó mi sol sib C7 D7 E7 B7 A7 1 1 1 1 2 2 3 2 3 2 3 4 2 3 3 4 4 Tétrade Diminuta – C° (Dó diminuto) T b3 b5 7dim = dó mi sol si° C° C° C° C° 7 1 2 7 1 10 1 2 1 3 4 2 3 3 4 2 4 3 4 Tétrade meio-diminuta-C7(b5) T b3 b5 b7 = dó mib solb sib Cm 7(b5) Cm 7(b5) Cm 7(b5) Cm 7(b5) 7 1 10 1 1 2 3 4 2 3 4 2 3 1 2 4 3 4 27 .Tétrade Dominante. Subida do indicador por todas as cordas. ( ) Indica as cordas que deverão ser tocadas juntas. sem pressa. Baixo Auxiliar: é tocado com o polegar e indicado na posição. BATIDA Descida do polegar por todas as cordas. Subida do polegar por todas as cordas (usando a unha). então vejamos eles: Sinais convencionais para a mão direita DEDILHADO P Baixo Fundamental: é tocado com o polegar e indicado na posição. Anular: puxa a 1ª corda. Descida do indicador por todas as cordas (usando a unha). A experiência como músico e como professor tem me mostrado que vencer a tentação de tocar prematuramente algumas canções e estudar os ritmos leva o aluno a um aprendizado sólido onde tocará não apenas algumas canções. mas todas as canções populares que desejar. Ritmos A partir de agora vamos estudar alguns ritmos e em seqüencias básicas de acordes e começarmos a montar um repertório de canções. È importantíssimo que você entenda os sinais que convencionei para estudo dos ritmos. Batida dos dedos i m a nas cordas primas (usando unhas) Abafar o som com a palma da mão ou com a mão fechada. Dedique tempo ao seu estudo. Médio: puxa a 2ª corda. 28 . O estudo dos ritmos é importantíssimo para o desenvolvimento da técnica do violonista popular. Indicador: puxa a 3ª corda. em andamento moderado para facilitar o aprendizado . (C) 4. aparecerá outra contagem mais detalhada abaixo dos movimentos a serem executados. Usando o CD As batidas e dedilhados foram agrupados por semelhança de movimentos. (A) 6. pois é possível dar mais destaque a um ou outro movimento do ritmo adaptando-o à música que se está acompanhando. (E) 5. dividias em tempos. pois existem movimentos para ritmos diversos. conforme a indicação que aparece na batidas ou dedilhado.Compasso: è a divisão da música em partes iguais (de mesma duração). ( E) 2. O Cd que pode ser adquirido para ajudar no estudo desta apostila é de uso exclusivamente didático e composto de 58 faixas com os ritmos ensinados nesta etapa do aprendizado. Estes ritmos foram gravados em 7 compassos e um desfecho com acordes diversos em seqüências básicas. Se houver subdivisão nos tempos de um compasso.RASGUIDO 1. mas podem ser executados de forma mais rápida ou mais lenta conforme a música a ser acompanhada. (E) 29 . (G) 7. VANEIRA – VANEIRÃO – CHIMARRITA – BUGIO . e são por sua vez. Estas partes chamadas compassos serão denominadas nesta apostila batidas ou dedilhados. (A) 3. Tempo: é a marcação constante e regular que pode ser feita batendo-se o pé ou contando (1 2 3 4). mudando apenas a forma de executá-los no que se refere ao andamento e colorido (acentuação). P (i (ma) + i (ma) x i (Am ) 15. Todas as descidas abafadas. P (ima) P + i (ima) (Am ) 10. (Am ) Obs. (E) 9. (C) XOTE – MARCHA 18. P (i (ma) + i (ma) + i (Em) 14. (G) 19. P imPimPi (Am ) 13. (C) 20. P (ima) P + (ima) + (G) 11. P (ima) + (ima) P (ima) + (ima) (G) 22. P (ima) + i (ima) (C) MILONGA 12. P (ima) + (ima) (E) 30 .8. (Em) 17. 16. (A) 21. P (ima) + (ima) + (ima) (G) 31. (C) 29. ( Am ) VALSA – RANCHEIRA 26. P (ima) (ima) ( Am ) 30. ’ (Am ) 28. (Em) 25. (E) 27. P (ima) + (ima) + (ima) P (ima) + (ima) + (ima) ( Am ) 33.CHAMAMÉ – GUARÂNIA – CHACARERA 23. (E) 34. (Am ) 24. (A) 31 . P i (ma) i (ma) i ( Em) POLCA 32. P ‘ (ima) ‘ P (ima) ‘ (ima) (D) 50. P (ima) ‘ (ima) P (ima) ‘ (ima) (A) 48. (E) 38. P i m a + i m a (E) 45. P + i m a i m a (Am ) 46. P (ima) ‘ (ima) P ‘ (ima) ‘ (G) 49. P i (ma) i (C) 43. P (ima) (ima) P (ima) (ima) (G) SAMBA – CHORINHO – BOSSA NOVA 47. ’ (Am ) 36. P i m i a i m i (D) 44. (Em) 41. P (ima) ‘ (ima) P i (ma) i (Am ) 32 . ‘ ’ (G) 37.CANÇÃO – TOADA. ’ ’ ’ (Am ) 42. ’ ’ (C) 40.ROCK – POP 35. ’ ’ ’ (A) 39. P ‘ ‘ (ima) + ‘ (ima) ‘ (G) 33 . P i m a m i (Am ) 53. (C) 54.BOLERO 51. ’ ‘ ’ ‘ ‘ (E) 56. P (ima) ‘ (ima) + (ima) + (ima) (E) BALADA 52. “ ’ BAIÃO – FORRÓ 55.


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