Revista Orixas e Africanos - Abril de 1997

June 18, 2018 | Author: kwevodun | Category: Tea, Religion And Belief
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“Olha o poder da pele negra”“0.11' A A OD IM ” SE W 0»í . P c * ^ O '' “NKOSISIKELA1’A K E 0 BRASIL” FJH A “Deus abençoe a Africa e o Brasil” ÒRÍSÀ* & AFRICAI OS ÓRGÃO OFICIAL DE DIVULGAÇÃO DO CULTO E DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA Ano X - Edição n9 41 - Diretor-Presidente: Adhem ar D'Ómolu - Editor Chefe: Nelson N. Neto - Diretora-Adm inistrativa: Rose D'Dangbé os Nigérib Casa Ubiratan Produtos africanos legítimos % T u d o a p re ç o d e custo M o n jo ló A fric a n o R $ 2 9 , 0 0 C o la r e s e F irm a s A fric a n a R $ 1 5 , 0 0 D e lo g u m d e 7 Fios e 7 F irm a s R $ 1 4 , 0 0 B ra já, B ú zio s R $ 9 , 0 0 L a g u id ib á R $ 9 , 0 0 C o ra l C o r o a R $ 5 ,0 0 A m b a r "O xum " R $ 1 9 , 0 0 T e rra c o ta R $ 1 5 , 0 0 M iç a n g a s - Q u ilo R $ 1 4 , 0 0 Entregamos encomendas em qualquer parte do Brasil. Artigos de Umbanda e Candomblé em Geral Compare os nossos preços e veja nossas promoções Ibá em Porcelana, completo bacia de louça R$34,00 Ibá em louça R$19,00 Mel litro R$1,20 - Dendê litro R$1,70 Cartola (Exu) R$4,90 O BAR ATEI RO DO MERCADÃO DE MADUREI RA Crediário Próprio - Aceitamos cheques Pré-datados Av. Min. Edgard Romero, 239 - Mercadão de Madureira BAZAR UBIRATAN - Galeria G - Loja 220 m 359-2752 - Ekédi Glória ABRIL/1997 ORISAS & APRÍCAM-on 1 Povo de Candomblé volte às suas origens! Raízes oferece viagem para a Terra dos Òrisàs e participação nas festas religiosas locais para Grupo de 6 pessoas. • Hospedagem Cotonou/Benín • Visita à Feira dos Feitiços • Visita ao Mercado de panos africanos • Visita ao Centro artesanal • Excursão no interior com destino a: Ketou, reinado Yorubá, Savalou, terra dos Djedje Mahi e Ouidah, ponto de partida dos escravos para o Novo Mundo. Viagens previstas FESTA DOS INHAMES Princípio de agasta FiSTA DO MAR Prlncfpia de satembra FISTA DE DADAí GUN Ainda sam data daflalda PREÇO DA PASSAGEM R$ 1.400,00 (financiado por cartão de crédito) (inclui a despesa do visto africano) PREÇO DA HOSPEDAGEM - R$ 800,00 por pessoa (hospedagem em casa de família “quarto duplo” Incluindo pensão completa “comida local”, transporte e participação nas festas). Os interessados deverão providenciar os seguintes documentos: 1B- Tirar o seu Passaporte (3 fotos); 2a - Atestado de Vacinação contra Febre amarela; 3B- Preencher um Formulário em 3 vias: 4- - Entrar em contato direto com Omindarewá e a Agência AFRICATUR Você terá direito em trazer 20 kg de mercadoria Guias de Turismo - Omindarewá e André de Xangô Informações e reservas com Omindarewá 679-1755 2 m m s- a r u c a d o c ABRIL/1997 Editorial CarOs leitores! Há sempre uma razão para enveredarmos por um outro caminho em busca de uma mudanças; quando se pensa em mudar alguma coisa, temos sempre a certeza que será para m elhor, pois se assim não fosse, para que então efetuar uma mudança? No mundo da tecnologia informativa, o impor­ tante não é vencer, e sim competir. Em agosto de 1989 ao lançarmos o primeiro número de nosso jo r­ nal, o fizem os com m uito sacrifício. M ais tarde, tivemos uma parada obrigatória. No limiar de 1992, reiniciamos os nossos trabalhos com a mesma espe­ rança e a m esm a garra, em bora soubéssem os que iríam os encontrar m uitas dificuldades, principal­ mente a financeira. Mas graças a ajuda de inúmeros zeladores e anunciantes, chegamos até o número 33 na cor tradicional que o preto e branco (PB). No final de 1995, realizamos uma outra façanha, que foi editar o nosso jornal em cores (Edição 34); Hoje, estam os buscando uma nova form a e uma nova m aneira de levar até aos senhores, as notícia, c u ltu ra e os a c o n te c im e n to s do C u lto A fro Brasileira em formato de Revista. P ara nós, é um a escalada m uito grande, pois , estam os realizando um a das mais difíceis tarefas, ■ que é fazer e por em circulação uma Revista volta­ da especialm ente para a divulgação do Culto e da Cultura negra. Não somos o primeiro e também não seremos o últim o à re alizar este tipo de trab alh o , m ais o importante de tudo, é realizar um a mudança, m a is l que seja pra melhor, e acreditamos que essa mudan­ ça, alcançará esse objetivo. Para tanto, esperamos continuar a receber a soli­ dariedade irrestrita de nossos Zeladores e de nos­ sos Anunciantes, pois graças a eles, é que de hoje em diante estarem os apresentando aos olhos do mundo este novo visual, este novo Layout de pági­ nas, pois, o que ontem era um m odesto jornal, hoje passa a ser uma revista. Sumário Povo de Candomblé, volta às suas origens! - P. 1 Disk Santo - P. 03 Osvaldo Mutalê - PP. 04 e 05 Iniciação dentro da Umbanda na T. E. S. Francisco de Assis PP. 06 e 07 Abassá de Azunsu - P. 09 Danielle de Yemonja - PP. 10, 11 e 12 Nossas Ervas Medicinais - P. 13 Coluna da Mulher - P. 14 Nação Jeje perde seu Guerreiro Branco - PP. 15, 16 e 17 Nossos Deuses Africanos - Exu Elegbará - PP. 18, 19 e 20 Cheif lyalode Ifafunke Motunra-io Olagbaju Yeye Oshun Of Lagos-Land - Lagos Nigéria - PP. 21, 22 23 e 24 A grande festa da Cigana Rainha das Estradas - P 25 Tiãozinho de Oxóssi - PP. 26, 27 e 28 Esoterismo Vamos falar dos Ciganos - P. 29 As velas na mitologia Cigana - P. 29 Aries - O signo do mês - PP. 30, 31 e 32 Aromaterapia - Perfumes - P. 33 No Caderninho da Kriz & Sociais de Rose D’Dangbé PP. 34 e 35 Religião - P. - 36 Vânia de Freqüen recebe obrigação de 3 anos - P. 37 Marina de Oxaguiã tira mais um barco - P. 38 Ebâmi Loiá “Lelê do 40” , recebe obrigação de 21 anos - PP. 39 e 40 0 R15AS £ AFRICANO • Jornal Ò risàs & A fricanos - Artes G ráficas e Editora Ltda - ME Diretores Responsáveis: Rose D'Danc)bé & Adhemar Costa ÒRISÀS & AFRICANOS - “OJU ASE AWO DÚDU” Órgão Oficial de Divulqação do Culto e da Cultura Afro-Brasileira O ESPAÇO Fundado no dia 16 de agosto de 1986, por Adhemar B. da Costa Registrado no INRI, sob o ns 100542945, em 07 de maio de 1987 EDITOR CHEFE: Nelson Noronha Netto DIRETORA ADMINISTRATIVA - Rose D’Dangbé EDITOR E REPÓRTER FOTOGRÁFICO - Adhemar D’Omolu Administração, Redação e Circulação Rua do Governo, 408 S/202 - Realengo - RJ - CEP. 21770/100 338-0173 Os textos, fotografias e demais criações intelectuais publicadas neste exemplar, não podem ser utilizados, reproduzidos, apropriados ou estocados em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio-mecânico, eletrônico, microfilmagem, fotocópia, gravação etc. Sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais. Produção Gráfica: Editora SAVIR - Telefax: 627-4269 Todos os direitos sobre matéria, reportagem e fotos desta edição, são reservados à: Jornal Òrisàs & Africanos - Artes Gráficas e Editora Ltda - ME ABRIL/1997 OlifEAf. f:- f i m c p . im 3 Osvaldo Mutalê recebe obrigação de 14 anos A b a ssá de O xóssi M u ­ talê, que fica lo c a liz a d a à R u a A lex a n d re A m a ra l, 16 0 - J d . T erra Firm e - Santíssim o CEP 230 9 8 -1 2 0 , v i­ veu nos dias 08 e 15 de d e z e m b ro , m o ­ m entos de rara beleza e e s p le n d o r , p o is o B abalorixá O svaldo M utalê pode realizar o seu g ran d e sonho, q u e fo i f e s te ja r a o b rig ação de seu 14 anos, dada pelo seu zelador Odé Taió. Com o sa b e m o s m u ito b em , re c e b e r um a obrigação atual­ mente, está sendo uma c o is a m u ito d if íc il, levando-se em consi­ deração que, a atual falta de numerário por p a rte de q u em q u e r que seja, está levando muitos filhos-de-santo a adiarem a realização da m esm a, p o r e sse motivo, m esm o tendo j á se u s 21 a n o s de santo raspado, pode somente naquela data, o zelador receber a de 14 anos. O DAS GRANDES PRESENÇAS Foi uma festa m ui­ to concorrida, tanto a re a liz a d a no d ia 08 q u a n to a no d ia 15, q u e c o n to u co m o comparecimento de vários irmãos-desanto, de todos os seus fdhos, e ami­ gos, que foram participar da grande festiv id ad e em louvor a O xóssi e a Oxum, entre elas estavam: Nenen de N anã, E kéd i M ariza de Ewá, Jô de Oyá, Ekédi Adilceia da Oxun, Josilene de Iansã, Arlindo de Xangô, Coquinho de Oxóssi, Waldo de Oxóssi, Sônia de Xangô, M ônica de Ogun, D ayse de Yemanja, Marcley de Logun, Geraldo de Onira, E lair dos Santos, G elson G u im a rã e s, R o b e r to do O gun, Juvenal, Nininha de Oxalá, M aria do S o co rro , E k é d i D en iz e d e O b a lu a iê , Fomo Regina de Ia n ­ sã, Fom otinho D a n i­ el de O xaguiã, S a l­ vador, D o fo n itin h a J a n a in a da O xu n , A lv a n ir, R e n a ta da Oxun, M argana, M í­ ria m , A n a C r is tin a da Oxun, M aria A p a ­ r e c id a d e X a n g ô , S e r g in h o da O xun, A na L úcia da Nanã, Serginho de Ogunté, L áza ro de Xangô, Ogã Acarajé, Sandra, Z é lia , F á tim a da Oxun, Sônia, Izabel, Vilma da Oxun, N ilcéia de Nanã, M aria do Carmo, Valter de Oxalá, Conceição de Oxalá, A lex de Oxós­ si, N eu za de Ia n sã , Sueli de Iansã, Diogo S érg io , A n a L ú cia , O lin d in a S a n ta n a , Angélica, Sueli, Alice, Alice de Xangô, Ekédi V a léria d e O x ó ssi, Maria Rosa, Sônia de Iansã e Ogã César de Oxóssi; dos filh o s da casa: C o n ceiçã o de Xangô, D iná de Oxa­ lá, A d r ie n e (M u ta kevi de Iansã); N or­ m a (M u ta c o s s u n de O s s â im ); B e rn a d e te (M utaloxun da Oxun); Fábio (Mutairá de Xangô); Dirce (M uta O d é A ro ci de O xóssi); F abiano (M u ta O d é G o n g o birô de Oxóssi); R o­ n a ld o d e O g u m , A c y d e I a n s ã , M arco de Ogum, W ilson de Iansã, S érg io d e X a n g ô , A n a d e O gum , R icardo de O xum arê, S andoval de Oxóssi, W anderley de X angô, Walla c e d e O x ó ssi, V in íc iu s e M a rquinho do Ogun. 4 q m w . z {:■ A r iif C A N O í ABRIL/1997 As en trad as triunfais de Oxóssi e de Oxum anto no dia 08 quanto no dia 15, o que os convidados pude­ ram presenciar foi um espetá­ cu lo m a ra v ilh o . O dé T aió sem p re p re s ta tiv o , fez tu d o o que p o d eria fazer para que o brilhantismo do ritual não fosse empanado, e isso ele conse­ guiu, graças a seu esforço como tam ­ bém, de seus filhos e netos, que deram tudo de si. No dia 08, depois das apresenta­ ç õ e s h a b itu a is , c h e g o u o g ra n d e m om ento do O rixá patrono adentrar ao barracão devidam ente param enta­ do, a fim de tomar o tradicional rum, T Oxum Rainha de Oyó, Deusa das águas doces, rios, lagos, cachoeiras e também da riqueza e da beleza e quando isso ocorreu, o Orixá rece­ beu um a grande ovação por parte de todos os p resen tes. O svaldo teve o p ra z e r de d a r a seu p ai O x ó ssi M utalê, um a vestim enta riquíssim a, em reconhecimento a obrigação de 14 anos recebida. No dia 15, quando foi comemorado os 7 dias de sua obrigação, foram ren­ didas as justas e m erecidas honrarias sua m ãe O xum , e a m esm a ganhou uma indumentária digna do seu título Não só de Rainha de Oyó, como tam ­ bém, de Deusa das águas doces - rios, la g o s, c a c h o e ir a s - bem com o da riqueza e da beleza. E mais uma vez os assistentes prestaram-lhe as devidas hom enagens, e em altas vozes grita­ vam a sua saudação Ora ieiê ôôô - Eri ieiê ôôô. E ela m o strou to d a a sua b e le z a e seu fa s c ín io , d a n ç a n d o e fazendo os seus atos característico, como se estivesse banhando-se, penteando-se, perfumando-se e colocando as suas ricas jó ia s. E p ara m ostrar todo o seu carinho e respeito, os seus filhos jogaram pétalas de flores e per­ fum e no Orixá. D epois de toda essa saudação, a mesma iniciou a sua des­ pedida, deixando nas mentes de todos os c o n v id a d o s p re se n te s, a doce e meiga lembrança de sua presença, e a e s s ê n c ia do p e rfu m e que e x a la v a ainda no ar.. Em ambas as festas, o B abalorixá Osvaldo M utalê, fez questão de ofe­ re cer aos seus co n v iv as, um ja n ta r digno de um rei e de um a rainha, onde os m esm os se deliciaram com uma farta e sofisticada qualidades de iguarias, que foi acom panhado com vinho, refrigerante e cerveja. Essa festa em homenagem a obriga­ ção de 14 anos do B abalorixá O s­ v a ld o M u ta lê , fic a rá a rq u iv a d a e entrará na história das grandes festivi­ dade de ca n d o m b lé re a liz a d a s no Estado do Rio de Janeiro. ■ ABRIL/1997 O [USAS í' AFRICANOS 5 N ação Jeje M a h i perde o seu G u erreiro Branco uitos ainda não estão acreditando, mas o fato o correu, e foi um choque para todos que compareceram ao Ilê de São Bento a fim de comprovarem se era ou não verdade, e ao chegarem lá, puderam consta­ tar a triste e dolorosa perda, morreu Luiz D’Jagun. M perm aneceu nove anos em casa de Ilber mas não raspou o seu santo com ele, isso foi m otivado por causa do seu Exu, tendo no entanto, assen­ tado o seu santo, e com o seu centro de Umbanda que ficava localizado à Rua Coimbra n° 450, onde ele cuidava de mais de setenta médiuns. NASCE O “MITO LUIZ DE JAGUN” Em 18 de maio de 1974, L uiz foi raspado p or seu Zezinho da Boa Viagem, e continuou a cuid ar se seus (70) filhos e transferiu-se do núm ero 354 para o núm ero 450 da mesma Rua Coimbra, onde inaugurou a sua primeira casa de C andom blé, pois o espaço era maior. AS GRANDES FRASES DITAS COM ORGULHO - Sou filho de Zezinho da Boa Viagem; neto de Antônio Pinto “Tata Fomutinho”, que vem ser do Kwê Cejà Undê, sou bisneto de Gaikú “Maria Angorense”. - Na claridade há sempre uma sombra, eu sou a luz com certeza! - Hei! Menino me chama o Machado! FAZER O SANTO Doutra feita, ao ser perguntado como ele se sentiu após fazer o seu santo, Luiz enfatizou: Fazer Santo para mim, fo i um novo horizonte; as m ãos de meu zela d o r foram leves, e eu consegui não só um amigo, mais sim, um pai. O mundo do Santo, prosseguiu Luiz, me trouxe novas amizades; e ao abrir a minha casa, eu fu i privilegiado pêlos Orixás, pois, ao recolher os meus p ri­ meiros barcos, eu pude contar com a presença de meu zelador. Tanto assim, que no convite de minha feitura, fiz questão de colocar essa peque­ nina frase muito significativa: - “Nada se modifica, tudo se Transforma”. a» QUEM FOI ESTE HOMEM? Luiz nasceu às 15 horas do dia 24 de fevereiro de 1947, numa segunda feira de carna­ val, na Beneficência Espanho­ la, na rua do Riachuelo; Mais tarde os seus pais foram morar na Ilh a do G overnador; na Tijuca e de lá mudaram para a Rua Belisário Pena, na Penha, onde o mesmo passou a maior parte de sua infância e de sua juventude. Luiz foi empresário; Cria­ dor do primeiro Vídeo de Can­ domblé no Brasil; Foi enredo de E scola de Samba; Im or­ talizado no Museu da Imagem e do Som; Criador de vários eventos; Produtor Carnavales­ co; Radialista - apresentador do mais antigo programa do Culto Afro “Despertar do Candom­ blé”, iniciado na Rádio Continental e levado ao ar atualmente pela Rádio Tamoio - e Escritor. INÍCIO DE SUA VIDA ESPIRITUAL Sua vida espiritual iniciou-se aos 9 anos de idade no Terreiro de Umbanda de Dona Ercília, da Vovó Maria Baiana, que ficava localizado nos fundos de sua residência. Mas a sua via espiritual ficou mais aguçada, foi quando aos 4 anos de idade, pode acompanhar os seus pais em uma viagem à Portugal, e ao chegar lá, teve o privilégio de colocar as suas pequeninas mãos no túm ulo de São Bento. Q uando já estava com seus treze anos de idade, Luiz sentiu a necessida­ de de cuidar de sua parte espiritual, mas Dona Ercília, achou por bem, não mexer em seu Orixá, embora soubesse que o mesmo era filho de Obaluaiê. Aos 15 anos de idade, Dona Ercília encaminhou-o à Casa do Caboclo Roxo, que ficava situado na Praça Seca, a partir daí, o m esm o passou a freqüentar o Terreiro, que era de Umbanda, - Omolocô -, passando então a receber os seus G uias esp iritu a is, Exu da Pedra e Caboclo da Lua Alta. Quando tinha seus 18 anos, Luiz pas­ sou a freqüentar algumas casas de can­ domblé, mas os seus Orixás ainda não haviam se m an ifestad o , em bora o mesmo sentisse influência de Oxumarê, Obaluaiê e Oxalá, e foi nesse estado que ele chegou até à casa de Ilber de Azauani, e tomou o seu primeiro Bori. Nessa oportunidade estavam presente o já falecido Jorge D’Yemanjá que ajuda­ va muito o Ilber e a Ekédi Tereza. Luiz 6 ABRIL/1997 A p rim e ira h om enagem m 1975, na segunda edição do Jornal Ritual e Magia, do fina­ do José D ias R oxo, L uiz foi eleito como: - “A maior revelação jovem de 75 no Candomblé do Rio de Janeiro. • A CRIAÇÃO DO “ILÊ DE SÃO BENTO” - Ao completar um ano de santo ele conversou com o seu zelador e d ecid iram re co lh er o seu p rim eiro barco, sendo Humberto de Oxóssi o seu Rumbono, depois deste, mais vinte e um barcos foram recolhidos, e das setenta pessoas que o acompanha­ va, sessenta e três lhe esperaram e fizeram santo com ele. Como o espaço físico tornou-se pequeno, Luiz resolveu comprar sem dinheiro - um o sítio localiza­ do na Estrada do Quafá 678, em Santíssimo, com aproximadamente 5.000 metros quadrados. Os seus amigos acharam aquilo uma loucu­ ra, pois o terreno era uma mata fechada e ele estava sem dinheiro. M as m esm o assim ele topou a briga e durante muito tempo, com­ prando com sacrifício, material de demolição, ele conseguiu construir a Casa de Jagun, surgindo assim o Ilê de São Bento, onde ele con­ seguiu uma grande façanha, ras­ pando m ais de 676 filh o s-d esan to, confirm ando inúm eros Ogãns e Ekédis, de seus filhos de santo surgiram muitos netos. • CANDOMBLÉ NÃO SE FAZ SOZINHO - Uma vez esse repórter per­ guntou-lhe, como ele se sentia em ter sobre os seus ombros, a grande respon­ sabilidade de cuidar de tantas pessoas que lhe procuravam e de seus inúmeros filhos. E com aquele sorriso matreiro, Luiz me respondeu: - Olha! E uma coisa que eu não sei explicar. Sei que é muito difícil cuidar de tantas pessoas; de fica r aqui às vezes enclausurado; perdendo a minha moci­ dade; deixando de me divertir. Mais eu sou fe liz assim mesmo. E como todo mundo sabe, casa de candomblé é assim mesmo, e candomblé não se faz sozinho. M uitas pessoas - inclusive as que estão dentro do candomblé - falam mal de nossa religião, mas para mim o can­ domblé é uma família, e terá sempre os m esm os p roblem as que uma grande família tem, há ciúme entre os próprios irmãos, pois um acha que eu dou mais atenção há um do que há outro, mas para isso, o dirigente, tem que saber conduzir essas pessoas que fazem parte E da família. Mas quando existe uma dificuldade, todos se dão às mãos e se ajudam. E é por essa razão que volto afirmar a você, meus filhos-de-santo, são muito bons; são solidários e se respeitam entre si, as casadas sempre trazem os seus maridos, form ando desta maneira, uma grande comunidade. • O INÍCIO E O FIM DA “CHICA XOXA” - Com o falecimento do Doté Luiz de Jagun, termina um dos quadros mais polêmico de um programa de rádio, que é o famoso “Chica Xoxa”. Algum tempo atrás, Luiz me confidenciou que o objetivo do quadro polêm ico “Chica Xoxa”, era apenas brincar com as pes­ soas sem citar nome de ninguém, há não se estivesse autorizado para tal. Ele fazia a coisa de uma maneira jocosa, e sempre que isso ocorria, a “pessoa” encaixava direitinho a carapuça em sua cabeça. Além desse quadro que agora se encerra com o falecimento de Luiz, ele também levava ao ar os seguintes: Ativando os Axés; Folheando um livro chamado Axé e Como vai você, esses quadros tinham com objetivo louvar e reveren­ ciar os Axés de todas as nações, bem como, enaltecer o Candomblé e valori­ zar o povo-do-santo. Um outro quadro que passou há ser até motivo de bate boca dentro e fora do Candomblé, era No tempo da antiga. Ao apresentar esse quadro, ele chamava à atenção de todos para as normas e éti­ cas de respeito que o povo-do-santo devia cultivar. • A SSIM O POVO Q U IS ...O S MELHORES DO CANDOMBLÉ - A fim de valorizar mais ainda o povo do candomblé, Luiz que tinha uma imagi­ nação muito grande, criou várias coisas im portantes no sentido de difundir a nossa religião, e uma delas foi o tão polêm ico vídeo sobre a cultura afrobrasileira falando sobre o dia-a-dia de uma casa de candomblé. Esse vídeo foi lançado em todo Brasil. Nesse vídeo quis Luiz mostrar não só a sua ativida­ de na área cultura, como também, valo­ rizar o culto e as pessoas. Pois segundo as suas palavras, o Paide-santo é na realidade um psi­ cólogo; um advogado; e um con­ selheiro, onde tem como finalida­ de, desenvolver uma ação social da maior importância. Em 1994 Luiz apresentou no Scala pela prim eira vez um dos grandes show - onde pode reunir mais de três centena de adeptos do culto e da cultura afro-brasileira intitulado Assim o povo quis...os m elhores do Candomblé, que segundo as suas palavras, tinha o objetivo de m exer com a mente das pessoas, no sentido de que as mesmas não tivessem vergonha de dizer que eram condomblécistas. Esse show foi apresentado nos anos de 95 e 96, sendo que, em 24 de setem bro de 1996 foi no Im perator, e o seu objetivo era p re m ia r inúm eros Z elad o res, E kédis, Ogãns e C om unicadores do Rádio e da Im prensa que difundem a religião. • OS VINTE E UM ANOS DE LUIZ AO SOM DE ÓRGÃO E VIOLINO No dia 27 de m aio de 1995 quando comemorou os seus 21 anos de feitura. O Doté Luiz de Jagun, organizou uma das maiores festas de candomblé já reali­ zada no Estado do Rio de Janeiro, sendo por nós registrado como “o maior espe­ táculo do semestre” Nessa oportunida­ de foi registrado que mais de 2.500 pes­ soas comparecerem ao Ilê de São Bento, - entre os mais famosos Zeladores do Rio de Janeiro - que puderam pela pri­ m eira vez, aguardar o início de uma festa religiosa ao som de músicas suá­ veis executadas por uma organista e quando term inou a festa religiosa, o Dote convidou-os para participarem do Jour Gras, sendo os mesmos recebidos ao som de Violino. As comemorações pelos seus 21 anos, só term inou na segunda-feira. ^ 1 ABRIL/1997 ORÍSAS £ AFRICANOS '• 7 Luiz é in tern ad o e o p erad o ogo depois das comemo­ rações dos seus 21 anos de santo, o Doté Luiz foi internado e subm etido a uma intervenção cirúrgica, e nessa época m uitas pessoas do can­ dom blé ficaram preocupadas pelo seu estado de saúde, mas graças à Deus o mesmo se saiu bem e retornou às suas ativida­ des espirituais. E quando reali­ zou o seu tradicional Olubajé, e ao responder uma pergunta for­ mulada por nosso reportagem, o mesmo enfatizou: O meu pai Jagun provou que me quer muito e que eu sou um bom filho. Tudo que tenho e tudo que sou, agradeço a ele; sei que a vida é uma constante guer­ ra, e graças ao meu Pai Jagun, vou vencendo às batalhas que me são impostas: mais eu sou filho de quem? Não é de um Guerreiro! Agora mesmo acabei de ser presenteado, e todos que me conhecem sabem qual fo i o presente, eu mesmo fiz questão de informar ao meu público e o meu presente, também deu ampla repercussão ao assunto, esse presente era o retorno ao Ilê de sua filha Gina de Iansã - Portanto, a vida é isso que eu disse, uma constante guerra, onde nos que somos filhos de Orixá e guerreiros, temos que saber lutar e esperar, pois, a paciência, é uma dádiva dos grandes sábios. • LUIZ ORGANIZA PASSEATA DE PROTESTO - No dia 12 de outubro de 1995, um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, num gesto impensado ou querendo se promover, diante das come­ ras de TV chutou a Imagem de Nossa Senhora Aparecida. Esse gesto gerou as mais discutidas polêmicas entre cató­ licos e espíritas do Brasil. No dia 14 de novembro, o Doté Luiz de Jagun organizou e colocou no centro nervoso da cidade - Av. Rio Branco e Presidente Vargas - inúmeros adeptos do Candomblé e da Umbanda do Rio de Janeiro, com o seguinte lema: - Deus é um só! Agredir a religião dos outros, também é violência. Esse ato praticado pelo finado Luiz, mostrou a sua eterna preocupação com a nossa religião, tendo em vista que, o ato praticado pelo pastor, foi uma afronta aos seguidores da religião católica, da um banda e do candom blé, tendo em vista ser N.S. da Aparecida a padroeira L do Brasil. • LUIZ É IM O R T A L IZ A D O NO MIS - Numa deferência toda especial entre tantos zeladores ae santo existentes no Estado do Rio de Janeiro, o Doté Luiz de Jagun em 1995 foi convidado a prestar os seus depoimentos e tornou-se assim im o rta liza d o no M useu da Imagem e do Som. Nessa oportunida­ de, com pareceram inúm eros filhos, netos-de-santo e am igos, que foram levar o seu apoio e a sua estrita solida­ riedade. • SEU ÚLTIM O D ESEJO DEVE SER RESPEITADO - Nossa reporta­ gem tomou conhecimento que, antes de falecer, o Doté Luiz de Jagun havia feito um testamento, no qual doava todo o espaço do Ilê de São Bento, para uma Entidade Filantrópica “Azilo dos L ep ro so s” , e que, um O ficial de Justiça deu o prazo de 90 dias para desocuparem o espaço físico. Em se tratando de testamento, a vontade do testamentário deve ser respeitada. Não nos cabe entrar no m érito da questão, pois seus herdeiros legítimos Ekédi Alda e Ialorixá Fátima D ’Oxaguiã, devem respeitar o desejo, que quando em vida, Luiz manifestou. • CANDOMBLECISTAS SE DESPE­ DEM DO “GUERREIRO BRANCO” - Nos dias 20 e 21 de fevereiro, inúme­ ros adeptos do Candomblé e da Umban­ da, comparecerem ao Ilê de São Bento e ao Cemitério do Caju, a fim de presta­ rem às suas últimas homenagem a esse bravo guerreiro, que iria completar no dia 24\2\97 cinqüenta anos de idade. Tudo já estava preparado para ser a m aior festa, onde vários am igos já tinham inclusive, recebido o convite para participarem da festividade. Mais isso não pode acontecer, e ao invés de rirem e se divertirem, todos que com pareceram ao Ilê de São Bento desta vez, foram para chorar e lamentar a perda tão irreparável. Sabem os p erfeitam en te que não somos imortais; que estamos apenas de passagem, mas mesmos assim, é uma situação muito triste, muito dolorosa. Para alguns, foi apenas mais um que par­ tiu, mais para os seus familiares; para os seus filhos-de-santo e para o Candom­ blé não. O povo-do-santo sabe muito bem o que perdeu, e por algum tempo ainda irá se lem brar de suas brincadeiras, - da C hica X oxa - de seu gesto, de sua maneira de ser; das grandes festas reali­ zadas no Ilê de São Bento, enfim... não devemos blasfemar conta os desígnios de Oxalá, porque irmão, você criou uma lenda, onde a frase era: Assim... O povo quis, os melhores do Candomblé. Permita-me plagiar essa sua frase e com tristeza dizer: - “Assim”... Jagun quis, levou um dos melhores do Jeje Mahi” D escanse em paz Luiz, e queira receber onde você estiver, essa humil­ de homenagem, deste seu irmão que também é um “Guerreiro Düdü” e de sua irmã Rose D ’Dangbé. D oté Luiz D ’Jagun 24 Fevereiro 47 20 Fevereiro 97 8 oR A & /¡.rnrc/i.M fC c os ABRIL/1997 NOSSAS ERVAS MEDICINAIS * Não se deve adoçar os chás. Mas se você xiste pessoas que não gostam de usar determinado tipo de remédio e prefe­ não conseguir tomá-lo, use, pelo menos, mel puro ou açúcar mascavo. Refinado, jamais. rem as nossas queridas plantinhas comumentes chamadas ervas medicinais. Tome o chá, no máximo, 15 minutos depois Como sabemos muito bem, o uso de plàntas de preparado. Não guarde o resto. Ele perde medicinais requer no entanto, um certo cuida­ as propriedades. do, pois como diz o velho ditado, o que é bom Use água filtrada ou mineral sem gás para para um não é para outro; mas no fundo fazer seus chás. Assim, você diminui a quan­ mesmo elas não causam nenhum mal - depen­ tidade de produtos químicos usados em seu dendo do seu uso certo. Ao adquirir ervas tratamento. medicinais, tenha sempre o cuidado de que as mesmas estejam bem frescas e em bom esta­ COMO PREPARÁ-LO do. Se por ventura você não for usá-la ime­ Infusão ou tisana - É usada para os chás de diatamente, coloque-as na geladeira enroladas flores ou folhas. Quando a água levantar fer­ em papel jornal e na última gaveta, a fim de vura, apague o fogo, jogue as ervas e abafe. que a mesma não venha queimar-se com a Ao jogas as ervas na água quente, o processo temperatura baixa. Mais é aconselhável que de fervura se renova por alguns segundo. As você deve usá-las o mais rápido possível, pois infusões são feitas de uma só erva ou de mis­ muitas ervas perdem a substância da sua turas. Depois de 10 a 15 minutos, o chá pode essência. ser tomado. Decocção - E feita com as partes duras da Chá - Ensinar a fazer chá soa até ridículo. p lan ta: raiz, cau le, casca ou sem ente. Afina, pode existir alguém neste mundo que Coloque tudo na chaleira e ferva em fogo não seja capaz de preparar uma bebida quen­ baixo até começar a sentir bem o cheiro da te com um punhado de folhas? E pouco pro­ planta. Em seguida, apague o fogo, deixe o vável. Mas quando se trata de chás medici­ chá esfriar naturalmente, coe e beba. nais, não custa nada relembrar algumas regriMaceração -Não vai ao fogo. Mistura-se as nhas básicas para que o resultado do trata­ ervas na água, v in ag re, óleo ou vinho. mento seja o melhor possível. Aguarde-se um certo tempo, que pode ser de * Use sempre bule de louça ou vidro. Os de algumas horas ou semanas. A maceração metal, além de oxidarem o conteúdo, podem feita em água não deve ser consumida depois desprender partículas não muito saudáveis. de 12 horas por causa da formação de bacté­ * Prefira, sempre que possível, ervas frescas. rias. Descarte as mofadas ou amareladas. E Dicas do Bem V iver Enfarte do miocárdio - Como preventivo, ingira freqüentemente cebolas assadas, fri­ tas ou sob forma de sopas. Artrite, ciática e reumatismo - Cozinhe folhas e flores de verbena em um pouco de vinagre. Assim que tiver evaporado, colo­ que a verbena sobre um tecido e aplique a cataplasma quente sobre a parte dolorida. Problemas com os olhos - Se os seus olhos estão avermelhados porque você passou da conta na bebida, ou porque não dormiu bem, coloque em um copo cheio de água recém-fervida 1 colher das de chá de flores de camomila ressecadas. Deixe as flores na água por cinco minutos e, em seguida, coe a mistura, de preferência usando um pequeno tecido bem fino. Espere a mistura esfriar e banhe os olhos. Inflam ações de dentes e garganta Macere um punhado de cocleária seca por 5 dias em lOOml de álcool 60°. Filtre e tome 10 gotas em 1 cálice de água morna. Tosse - Coloque 5 ameixas em meio litro de água fria e ferva por 10 minutos em fogo baixo. Adoce com mel, beba o líquido em pequenos goles e coma os frutos. OS VERDADEIROS BARALHOS CIGANOS BARALHO da '<CELMAR )< A venda nas lojas de artigo de Um banda BARALHO DA CIGANA O DA CAIXA BRANCA BARALHO DO CIGANO O DA CAIXA VERMELHO O FAMOSO BARALHO DO MALANDRO ZÉ PELINTRA A C O M P A N H A L IV R E T O E X P L IC A T IV O In fo rm a ç õ e s A R Y D O A Ç O 8 (0 2 1 ) 791-3371 BAZAR ESPIRITUAL DE XANGÔ UMBANDA E CANDOMBLÉ TUDO PARA O SEU ORIXÁ ATACADO E A VAREJO Velas, Mel, Dendê a preço de custo Avenida Getúlio de Moura, 1751 Nilópolis - RJ - Telefone: 791-3371 C asa O gum G u erreiro - Av. R oberto da S ilveira, 383 - A o lado do T ú nel de O linda ABftlL/1997 9 lyaolóòrisá Danielle D'Yemen ¡a tira mais um barco Òsóòsi, Osun e Yemonja ais uma vez as portas do Ilê A se Yem onja Solú Tuyagba Omi foram abertas, a fim de que, os ilustres adeptos do culto afrobrasileiro e altas autoridades, pudessem ultrapassar o um bral, a propósito de participarem da grande festa realizada no dia 26 de janeiro. Essa jovem Ialorixá, a cada dia que passa, vem despontando no cenário Candom blecista do Estado do Rio de Janeiro, tanto assim que, nas festas que são realizadas em sua casa, aparecem sempre novos convidados, mostrando desta m aneira que, não só os novos como também os antigos zeladores vão lhe p re stig iar e conhecer o G rande Palácio de Yemonja, localizado à Rua Soldado Cristóvão Garcia - Quadra 20 - lote 8 - Vila leda - Campo Grande. No dia 26 por exemplo, além de seu zelador Antônio Carlos de Oxóssi; de sua genitora Zanir de Logunedé, e dos filhos da casa que são as figuras mar­ cantes em todas as festas realizadas no llê, nossa reportagem constatou a pre­ sença das seguintes personalidades do c a n d o m b lé e do m undo a rtístic o : Ia lo r ix á R eg in a C élia do A x é Opô Afonjá; Guilherme de O gum ” avô de sa n to de D a n ie lle ”; C ândido de Bagan; A triz Léa Vibranovisk; M ina Karê, Ozéias de Iansã, Cafunjaname; M a ta m b a L esô ; Iv o n e te “I a la x é ”; Tânia da O xun B auila; Ogã A cioli; E kédi Rosim ere de Oxóssi; Carlinho de O g u n ; O lodo Obá W illia m de Oxaguiã; Ja u n e’s de Ogun; Paulo de Xangô; Robson de Guiã; Ana Carolina de Ia n s ã ; M a ria Is a b e l de N a n ã ; Namia de Xangô; Marcelo; Márcio de Oxóssi; Carla do Ogun; Anastácia de Obaluaiê; Antônio de Ogun; Cleusa de L ogun; Nádia de Ogun; A ndreia de Iansã; Zeli da Oxun; Jorge de Jagun; K átia de Ia n sã ; A d riana de Xangô; E u z e lv i de O x u m a rê ; Jo ã o de Yemanjá; Marli da Oxun; Valdete de O xa lá ; A n tô n io C arlos de O gun; J u d ite de O b a lu a iê; A le x a n d ra de Obaluaiê; Rosilene de Oxóssi; Rogério de E x u ; L ú c ia de O xó ssi; Ia ra de Iansã; Ivia de Iansã; A na da O xun; E k é d i K á tia de Ia n sã ; P a u lo de Logun; Lurdes de Oxóssi; Ekédi Daise M “O que importa é moderar a confiança com cautela e segurar o valor com a vigilância’ de O gun; X im e n e de Óba; N e li de O yá; L u iz A lb e rto de O xa g u ia ; V a lq u iria de O yá; M a rco s de Yemanjá; Fábio de Omolu; Bárbara de Obaluaié; Tuca de Yemanjá; Daniel de Odé; Bruno de Logun; Álexandra, noiva do Yaô da O xun; L id iva n de O x ó ssi; W a lter de O xa lá ; E k é d i J o r g e te de O x ó ssi; J o r g e L u iz de Xangô; Dengo de Xangô; M anoel de O gum ; Graça da O xun; L u cia n i de Iansã. & 10 GRfSAS & A FR í CA MOS ABRIL/1997 A f o v o s /« ¿ T s inda que tenha sido realizada em dia de domingo, a festa foi bem concorrida, embora tenha chovido em alguns m om entos, m as mesmo assim, além das pessoas acima citad as, h aviam outros convidados. Eram 18:50 hs quando ocorreu a pri­ m eira saída do novo barco, vindo na ordem tradicional do barco, vindo à frente Osóòsi, seguido de Osun e de Yemonja. N e ssa p rim e ira ap re se n ta ç ã o ao público, podia-se ver como deveria ser as d e m a is , te n d o em v is ta q u e a Ia lo r ix á D a n ie lle e o B a b a lo rix á Antônio de Oxóssi - seu zelador -, rea­ lizaram o tradicional ritual dentro da nação Efã, onde foram cantados inú­ meros oríki’s “cântico de louvor que co n ta os a tr ib u to s e f e ito s de um Orixá”. N a segunda saída, que ocorreu às 20:15 hs, mais um a vez pudemos ver a simplicidade estampada no semblante da Ialorixá Danielle, aliada com a res­ ponsabilidade, levando-se em conside­ ração que chegara o grande momento os sews Orunkó’s d a fe s ta , q u e é o u v ir o n om e dos Iaô’s. Coube ao Babalorixá Guilherme de O g u m , p e d ir o O ru n k ó do Ia ô de Oxóssi, e isso ocorreu às 20:17 hs; às 20:20 hs, a Ialorixá Regina Célia de Yemonja, pediu ao Iaô que desse o seu O runkó para que todos os presentes pudessem ouvir; e finalmente às 20:24 h s, c o u b e ao B a b a lo rix á A n tô n io C arlos solicitar o O runkó do Iaô de Yemonja. Como sabemos muito bem, quando ocorre esse fato - já citado por mim em inúmeras reportagem -, às pessoas novas e até às antigas de santo, viram em seu s O rix á s , m o s tra n d o d e sta form a, a força do Axé. Isso ocorreu em casa de Danielle e ocorrerá sempre em todas as casas de santo, pois faz p a rte do ritu a l C a n d o m b le c is ta . D epois que os novos Iaô ’s deram os se u s O ru n k ó ’s, os m esm o s fo ra m recolhidos, a fim de trocarem as suas indumentárias, e posteriormente retor­ narem ao salão, a fim de tom arem o tradicional rum. Antônio vira em seu pai Oxóssi O utro m o m en to m arc an te da fe sta , fo i quando G u ilh erm e de Ogun, virou O xóssi na cabeça do B abalorixá A ntônio, seu filho-desanto. Esse ato foi afim de prestar as devidas hom enagem não só a A n­ tônio, que estava completando seus 29 anos de santo de Antônio, como também a seu Pai Oxóssi. Quando isso ocorreu, vários zela­ dores que estavam presentes assistin­ do a festa, também viraram em seus Orixás, entre esses zeladores estavam Cândido de Bagan, Marcelo de Iansã e C arm em de O xum arê, em bora, tenha havido outros mais, que não nos foi possível anotar os seus nomes. Tão logo isso ocorreu, os Orixás foram recolhidos, a fim de trocarem as suas indumentárias, enquanto isso, foi feito uma pequena pausa, ocasião em que foi servido aos convidados, aque­ les gostosos salgadinhos, acompanha­ dos do tradicional refrigerante. ABRIL/1997 èiisM b m m u m A entrada triunfal dos Orixás ii epois da tradicional pausa, che­ gou o momento triunfal da festa, fo i q u an d o to d o s os O rix ás adentraram ao salão, devidamente para­ m entados, vindo à frente O xóssi de A ntônio, seguido dos dem ais até ao mais novo Iaô. Foi um espetáculo de rara beleza, onde mais uma vez pude­ mos constatar o bom gosto das confec­ çõ es a p re se n ta d a s e u sad a s pêlo s Orixás. Aliás, a esse respeito, a Ialorixá D anielle está de parabéns, porque a cada dia que passa, ela mostra ao públi­ co o seu bom gosto, aliado com a sim­ plicidade, não importa se é Iaô ou quem for ã sua casa, pois, os Orixás quando vão para o salão a fim de tomarem o trad icio n al rum , adentram ao salão ricamente paramentados, dentro de uma simplicidade, pois vestimenta de Orixá não é fantasia de carnaval. E de um a um, o público que a essa altura superlo­ tava o barracão, pode assistir as tradi­ cionais danças dos Orixás e fazer coro nas mais lindas cantigas.. D • Oxóssi suspende Ogã - Durante o transcurso da festa, pudemos também assistir Oxóssi virado do B abalorixá Antônio Carlos, suspender o seu novo Ogã, - Antônio Carlos de Oxaguiã, que vem h á ser esp o so da fu tu ra Ekédi, que será confirmada no próxi­ mo dia 17 de maio de 1997 - foi um ato não esperado pelo público presente, e que abrilhantou m ais ainda a festa, porque o futuro Ogã irá sempre lembrar que foi suspenso no dia da saída dos três Iaôs. Mais tudo que é bom dura pouco, e depois que todos os Orixás - Oxóssi, Oiá, Oxum, Yemanjá - receberam o tradicional, a festa foi chegando ao seu final. E quando isso ocorre, nota-se na fisionom ia dos convidados, a grande tristeza , pois a luz que em anou em todos os momentos, estava prestes a se apagar, a fim de dar lugar a outro cená­ rio, que é a confraternização entre os convidados, momento em que é servido o tradicional jantar. Foi lindo, muito lindo, e temos cer­ teza que essa festa entrará para os anais da história do candom blé no Rio de Janeiro. Valeu Ialorixá Danielle, que sua Mãe Yemonjá possa lhe dar muitos anos de vida e saúde, a fim de que você continue a ajudar aqueles que batem em sua porta, pois você é uma das poucas zeladores que vive para o santo e não vive do santo. Axé! muito Axé. ■ 12 O m AS ft AFRICA M i ABRIL/1997 REVISTA ÒRISÀS & AFRICANOS LISTA OFICIAL DE ENDEREÇOS DOS OMO’S ÒRISÀS BABALORIXÁ GARDEL DE EXU Nação Angola Congo Endereço Rua Carolina Amado, 622 Vaz Lobo - RJ CEP. 21316-320 Atende de Segunda a Quinta a partir das 17 horas e aos sábados à partir das 14 horas. B A B A L O R IX Á PAULO DE XANGÔ DO REDENTOR NAÇÃO KETU Filho do Babalorixá Everaldo de Oxóssi (BA) - Rua Pádua, 179 casa 2 - Jardim Redentor - N.Iguaçu - CEP 26110-250 $751-3800 - Referência: Avenida Automóvel Clube, penúlti­ mo ponto de ônibus Cascadura e Central/Redentor ou Praça Mauá / Redentor - Dias de consulta com Jogos de Búzios e Tarot - Quinta-feira e sábado - das 08 às 17:30 horas Jardim Redentor - Terça-feira das 08 às 18 horas - Zona Sul - Marcar pelo S 294-1238 - Curso de Tarot - Já estão aber­ tas as novas Turmas, tratar pêlos telefones acima citados. Dote Nelson D ’Azunsu Nação Jeje Mahi i I % J. J"* Filho atual de Gaiaku Luíza D’Oyá Endereço do seu Rumpame ■ Runtologí Nacundá ^ Rua Valéria Cristina, Quadra 32 - Lote 16 Jardim Ideal II. - Parque São José Belford T Roxo (Nova Iguaçu) - CEP 26196-140 Celular - 986-1537 Dias de atendimento com Jogo de Búzios e Cartas de segunda a sábado a partir das 9h da manhã. Ialorixá Danielle D’Yemonja Nação Efã Filha atual do Babalorixá Antônio de Oxóssi Endereço do llê Àse Yemonja Solú Tuyagba Omi Rua Soldado Cristóvão Garcia - Quadra 20 lote 8 - Vila leda - Campo Grande Nação Efã Filha de Nadiegi Endereço do llê Axé D’lansã & Beji Rua Maria José, Qd O - Lote 31 - Palhada “Valverde”- Nova Iguaçu - RJ CEP 23335-430 (Ponto de referência Saltar na Quadra do Valverde - Est. do Madureira) Dia de atendimento: Terça feira, a partir das 09 horas da manha. Dia de Atendimento com Jogo de Búzios - Às Terças e Quintas-feiras, das 10 às 18 hs. Consulta com Miguel, todos os sábados, a partir das 14 horas. Ialorixá Zezé da Oxum Nação Ketu Filha atual do Babalorixá Bira de Ogum Endereço do seu llê Olòmiayé Rua Divino Salvador, 298 - Piedade Luz de Angola ARTIGOS RELIGIOSOS A casa que só vende Certo Artigos Africanos Legítimos e pelo menor preço Temos a maior variedade de artigos de Umbanda e Candomblé Enviamos para qualquer parte do território nacinonal Av. 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Ela tam ­ bém é confundida como Oro” parte da cerimônia ritual que tem a finalidade de “acordar” os orixás = toques mais intensos, cânticos especiais”. O Xirê é a ordem em que são tocadas, cantadas e dançadas as invocações aos Orixás, no início das cerimônias festivas ou inter­ nas das casas de candomblé. Na abertura do Xirê quem vem na frente é Exu, pois ele é o primeiro a ser invocado e enviado para cham ar os dem ais Orixás, tendo em vista ser o m esm o o m ensageiro de todos eles, pois Exu é o guardião dos templos, das casas, das cidades e das pessoas. Mas para que isso ocorra, é necessário que seja efetuada a primeira e tradicionais cerimônia que chama-se “P adê”. • PADÊ - Existem dois tipos de Padê; o primeiro é o ritual propiciatório, com oferenda a Exu, realizado antes do iní­ cio de toda cerimônia pública ou priva­ da dos cultos afro-brasileiros, que tam­ bém é chamado de despacho de Exu. “Enviar Exu, por meio de oferendas de comidas, bebidas, cânticos e sacrifício animal, aos orixás, para levar-lhe pedi­ dos e ao mesm o tempo im pedi-lo de perturbar a cerimônia que será realiza­ da e neutralizar as suas tendências a p r o v o c a r m a l-e n te n d id o s entre os serem humanos e em suas relações com os deuses e, a té mesmo, dos deuses entre si. lon gín qu os, e de atrair, por um poder magnético, objetos situados a distân­ cia ig u a lm e n te g ra n d e, segundo a crença africa­ na. E também chamado de cacete nodoso com o qual Exu ataca seus inimigos. O fa lo an tigam en te era a d o ra d o p ê lo s a n tig o s como símbolo da fecundi­ dade da n a tu reza ), dai, nasce a crença que, Exu é que preside o ato sexual, que garante a expansão da vida”. Em síntese, no candom­ blé tradicional ele é o men­ sa g e iro e n tre os n o sso s Deuses e os homens. Por essa razão, ele é o elemento dinâmico de tudo que exis­ te, e o princípio de comuni­ cação e expansão, sendo por tanto, o p rin cíp io de vida individual. O despacho ou padê é feito antes de qualquer cerimônia afro-brasileira reli­ giosa, exceto na Casa Grande de Minas. De manhã cedo é sacrificado um galo e os seus exés são colocados ao lado do assentamento de Exu, e também é colo­ cados três oberós com farofa (dendê, água, mel e otim) Não confundir Padê com despacho ou ebó. Conclusão, o Padê tem por finalida­ de pedir ao mensageiro Exu, que é o elemento dinâmico e de comunicação, que proteja a cerimônia que vai ser rea­ lizada, pois ele tem o poder de viajar de um mundo para outro, tendo em vista que, ele representa a continuidade da vida e o poder da m ultiplicação dos antepassados. Após ser realizada a tra­ dicional cerimônia, quando lhe é ofere­ cida a respectiva oferenda, o mesmo vai ao encontro dos Deuses e chama-os, pois ele pode deslocar-se instantanea­ mente para qualquer lugar, seja qual for a distância, pois usa o sei instrumento poderoso que é o O go. “M acete de madeira escura, esculpido de form ato de um - falo (Pênis) terminando por um gorro recurvo para trás, enfeitado de búzios e contas. É objeto mágico de Exu (e um dos seus instrumentos, no C andom blé), ten do a fa c u ld a d e de transportá-lo, em segundos, a lugares • INVO CA ÇÃO À EXU NO M O ­ MENTO DO PADÊ - Em alguns ter­ reiros tradicionais, o padê pode ser bem complexo, no entanto, o mais comum é realizado da seguinte forma: “é coloca­ da no centro do salão do candomblé, uma quartinha com água e uma vela acesa; em seguida éfeita há invocação há Exu, com cantos e danças ao redor da referida quartinha de barro e da vela acesa, onde são feitos os pedidos. A invocação a Exu é feita geralmente pelas seguintes cantigas: Ia Inã inã mo jubá ê é mo jubá Inã inã mo jubá ê agô mo jubá 2a A ji qui barabô é mo jubá auá cô xê A ji qui barabô é mojá ê omóde có é có qui Barabô mo jubá élébara Exú lonã 3a Bará ô bébé Ti rir í Lónã Exú Tiriri Bara ô bébé Tiriri Lónã Exú Tiriri r Òdara lô xorô ódara lô xorô lónã Odara lô xorô ê lô xorô ódara lô xorô lónã 5a Elébára exú ô xa querê querê Ekésã bará exú ô xa querê querê. 14 W tM .ü fi- AFIííCAMOC ABRIL/1997 O despacho do padê de Exu xistem várias invocações e sauda­ ções para Exu, mais as citadas acima, são as mais comuns. Logo depois desta saudação, chegam os ao momento do despacho do padê de Exu, e nesse momento o Ogã canta as seguin­ tes cantigas: Xônxô óbé, xônxô óbé Odara cô lòrí éru larôiê Xônxo óbé, ódara cô lôlí ébó Agô umbó umbó larôiê Agô umbó umbó larôiê Após esse momento, a quartinha com água é levada para fora pela lá Morô ou pela Dagã e a água é derramada sobre a terra, propiciando os ancestrais míti­ cos. Em seguida são entoados outros cânticos, que através deles, são demons­ trados a alegria pela aceitação da ofe­ renda. E cada orixá tem seu Exu servidor e parti­ cular, ’’Esse particular vem da teoria da nação Jeje-Mahi, pois o legbanô, que en ca rn a o L eg b á do p ró p r io Vodun, pois acreditam os daomeianos que cada Vodun tem o seu p ró p rio Legbá, ou o seu p o d e r o c u lto ” que tom a nom e especial. M as para que isso ocorra, é necessário que as pessoas não o esqueça, oferecendo-lhe sempre um sacrifício ou uma pequena oferen­ da, caso contrário, poderá esperar todas as catástrofes. • PESSOAS USAM ORGULHOSA­ M ENTE O SEU NO M E - Aqui no Brasil, existem várias pessoas que usam 0 seu nome, entre essas pessoas pode- • PADÊ DE CUIA - Existe também, o tradicional Padê de Cuia. Porém essa cerim ônia só pode ser realizada em casa de candomblé que têm pelo menos 7 anos de inaugurada, ou seja, casa de raiz. Nesse padê, é cultuado os ances­ trais, que são invocados no padê. • FA L A N D O SO B R E È SÜ OU ELÉG BARA - Existe m uitas coisas que se pode falar do primeiro Orixá do Siré que é Exu, embora exista pessoas que o defina como sendo um orixá ou um ebora de múltiplos e contraditórios aspectos, principalm ente por ser ele uma figura controvertida do panteão afro-brasileiro. De caráter irascível, astucioso, grosseiro, vaidoso, indecen­ te, gosta de suscitar dissensões e dispu­ tas, de provocar acidentes e calamida­ des públicas e privadas. Por possuir essas qualidades, os pri­ meiros missionários, assustados compararam-no ao diabo cristão, que lhe dão chifres, garfos, tridentes, lanças, capa verm elha e preta e cartola fazendo dele, o símbolo de tudo o que é malda­ de, perversidade, objeção, ódio, em oposição à bondade, à pureza, à eleva­ ção e ao amor de Deus. • EXU UM SERVIDOR - Se for tra­ tado com consideração, ele mostrará o seu lado bom, reagindo favoravelmen­ te, m ostrando dessa m aneira ser um serviçal prestativo, e ser o mais huma­ no dos orixás, ou seja: nem completa­ m en te m au , nem co m p leta m en te bom. Essa particularidade vem do princípio de que cada ser humano tem um Exu que o protege e que assegura o seu desenvolvim ento, como também. 1 Cada ser humano tem o seu Exu ê O mais humano I dos Orixás mos citar os nomes de Gardel de Exu M arabô e de M azinho do 7 Capas, embora, existam outras mais, mas essas duas são as mais populares. No entan­ to, na Á frica, há pessoas que usa orgulhosamente nomes como Esúbíyú (concebido por Exu) ou Esütósin que significa (Exu m erece ser adorado). Isso tudo se deve por ter ele duas coisas primordiais, que são as qualidades e os defeitos, bem como ainda, ser dinâmico e jovial.. • EXU E SUA DESCENDÊNCIA P ara m uitos, Exu é tido com o filho m ais novo de O xalá, entretanto, no mito yorubá, dizem que ele é o filho primogênito. Este fato deve-se a pre­ p o n d e râ n c ia do rito da n ação Jeje Mahi “Jeje Mar rim ” , pois nessa nação Exu chama-se Legbá, Elegbará e par­ tindo dessa premissa, Legbá é para os daomeanos o filho mais novo de Mawú e Lisa, e para os descendentes dessa nação, o último filho de uma família, é tido como o mais sábio e o mais esper­ to, e essa característica quem tem é jus­ tamente Exu. Vamos a b rir aq u i um p eq u e n o parêntese, a fim de que se possa falar desses dois Voduns daomeianos que são Mawu-Lisa, e que estão entre os grandes deuses ”Os dois deuses cone­ xos Mawu-Lisa estão ligados ao culto do céu. Mawu tem atributos andrógi­ nos, mas os sacerdotes daomeianos lhe dão sempre características femininas. Lisa tem, ao contrário, atributos mas­ culinos. Mawu é também uma expres­ são g era l p ara p o d e r e fo rç a e seu culto significa o culto geral das enti­ dades celestes. Na mitologia daomeiana, há contudo, a referên cia a um Criador, que não fo i Mawu, nem Lisa. Era N ana-B uluku (que através dos Yoruba, passou ao Brasil com o nome de Nananburucu ou Nanan, que deu n ascim en to a dois gêm eos, M awu, mulher que comanda a noite e Lisa, homem que comando o dia. Passaram assim Mawu a significar a lua, e Lisa, o sol. Os dois irmãos coabitam em cer­ tas ocasiões, quando há, por exemplo, o eclipse da lua. Mawu e Lisa tiveram quatorze filhos, outros tantos deuses ou Voduns do panteão daom eiano”. (Texto tirado do livro da coleção de Arthur Ramos (as culturas negras). • EXU O REI DE KÊTO - E xiste uma lenda que diz que, Exu teria sido um dos co m p an h eiro s de O düduà. quando da sua chegada a Ifé. Naquela época ele cham ava-se Esü O basin. Mais tarde conforme conta a lenda, ele passou a ser um dos assisten tes de O rum ilá, que preside a adivinhação pelo sistema de Ifá. Segundo ainda nos conta a lenda Exu tomou-se o Rei de Kêto sob o nome de Esu Alákétu. • EXU EMBRIAGA OXALÁ - Exu teve inúmeros desentendimentos e bri­ gas com vários O rixás, nem sem pre saindo vencedor. Entre essas brigas ele obteve seus sucessos e seus insucessos nas relações com Oxalá, ao qual fez passar alguns maus instantes, em vin­ gança por não haver recebido certas oferendas, quando Oxalá foi enviado por O ludam áre - o deus supremo -, para criar o mundo. Exu provou-lhe uma sede tão intensa que Oxalá bebeu vinho de palm a em excesso, ficando completamente embriagado. • OXALÁ APODERA-SE DA CABACINHA DE EXU - Outra lenda nos conta que houve uma disputa entre Exu e Oxalá, a fim de saber qual dos dois era o mais antigo e, em conseqüência, o m ais respeitável. O xalá provou sua superioridade durante um combate ceio de peripécias, ao fim do qual ele apo­ derou-se da cabacinha que encerra o poder de Exu. transform ando-o em seu servidor. ABRIL/1997 £• A F tífC A K fO n 15 O grande massacre provocado por Exu ntre várias lendas contadas por lendas, que Exu representa tanto a p ed a ço de p e d ra p o ro sa , ch am ad a diversos pesquisadores, existe ordem como a desordem. Para que isso Yangi, ou por um m ontículo de terra essa que é digna de ser relatada. não ocorra, é necessário que as pessoas g ro sseiram en te m odelado na form a Nela os senhores leitores irão ver como não o esqueça, oferecendo-lhe sempre humana, com olhos, nariz e boca assi­ Exu é maquiavélico. “Certo dia Exu um sacrifício ou uma pequena oferen­ naladas com búzios; ou então ele é foi a procura de uma rainha abandona­ da, caso contrário, poderá esperar todas representado por uma estátua, enfeitada da a bastante tempo por seu marido e as catástrofes. com fieiras de búzios, tendo em suas disse-lhe: - Traga-m e alguns fios da mãos pequenas cabaças àdó, contendo barba do rei e corte-os com esta faca. • EXU NO JOGO DE IFÁ - Sendo os pós por ele utilizados em seus trabaEu lhe farei um amuleto que lhe trará de categoria diferente dos demais Ori­ lnos. Seus cabelos são presos num a de volta o seu marido. xás, Exu é importante e essencial, pois lona trança, que cai para traz e forma, Instantes depois, ele foi à casa do sem ele nada se pode fazer, tendo em em cima, uma crista para esconder a filho da rainha, que era o príncipe her­ vista que, as suas funções são as mais lâmina de faca que ele tem no alto do deiro. Este vivia numa residência situa­ diversas, entre elas estão: leva pedidos; crânio. da fora dos limites do palácio do rei, traz as respostas dos deuses; fa z com É cultuado em casa separada e as pois naquela época o costume assim o que sejam aceitas as oferendas,, abrin­ oferendas lhe são feitas em prim eiro determ inava, a fim de prevenir toda do os caminhos ao bom relacionamento lugar; seu dia é segunda feira; come tentativa de assassinato de um soberano do mundo natural com o sobrenatural, feijão preto, galo e bode, de preferência por um príncipe impaciente por subir ao lado de Ogun pelas estradas, e prin­ na cor preta; pipocas, farofa de dendê, ao trono. Ao chegar na casa do príncipe carnes assadas, mel, cachaça, cerveja e cipalmente nas encruzilhadas que são disse-lhe: - O rei vai partir para a guer­ vinho. os seus lugares preferidos, onde controra - e pede o seu compaSe há algo que não se recim ento esta noite no deve dar para Exu é o palácio, acompanhado de óleo branco àdí, que é seus guerreiros. Dali par­ extraído das am êndoas tiu para o palácio e disse contidas nos caroços do ao R ei: - A ra in h a , dendê, pois esse óleo tem magoado pela sua frieza, a reputação de ser cheio d ese ja m atá-lo p ara se de violência e de cólera. v in g ar, cu id ad o , esta A sua saudação é Laroiê. ngite. Sonso abè kò lóri erü = F inalm ente chegou a A lâmina sobre a cabeça noite. O rei d e ito u -se , é afiada, ele não tem pois f in g iu d o rm ir e v iu , cabeça para carregar far­ lo g o d e p o is , a ra in h a dos aproxim ar um a faca de sua garganta. O que ela • ALGUNS NO queria era cortar um fio DE EXUS - Os nom es da b arba do rei, m as o dos Exus variam de acor­ m esm o ju lg o u que ela do com a nação e o seu d e se ja a s s a ss in á -lo . O culto, dessa forma pode­ rei desarm ou-a e ambos rem o s e n c o n tra r os lutaram, fazendo grande seguintes E xus: A gbô, a lg a z a rra . O p rín c ip e , Alaketu; Ajelu, Akessan, que chegava ao palácio Cerim ônia realizada em casa de Nádia da Oxum e Victor de Oxalá Bará ou Elegbará Vira; co m se u s g u e r r e ir o s , Lalu; Inã; Jelu; Lonã; escutou gritos nos aposentos do rei e la a passagem das influências benéficas M arabô; O dara; O jíxe; O lòbe; e correu para lá. e nefastas. A sua im portância é tão Xoxoroquê, etc. Na Umbanda, existe Vendo o rei com a faca na mão, o grande que, no jogo do oráculo “Ifá” é uma quantidade enorme de Exus, essa mesmo pensou que ele queria matar ele quem traz as respostas. Pois foi-lhe relação será dada na reportagem sobre sua mãe. Por seu lado, o rei, ao ver o dado o poder de ser o mensageiro, entre Umbanda. seu filho penetrar nos seus aposentos, os Orixás e os homens por intermédio no meio da noite, armado e seguido por dos búzios, inclusive, em Salvador-BA, Bibliografia consultada: As culturas seus guerreiro, acreditou que eles dese­ há um conjunto de 16 búzios que tem o negras no novo mundo; A s culturas javam assassiná-lo. Gritou por socorro nome de Exu Bará, onde é praticada a negras, de Arthur Ramos; Orixás, de e a sua guarda pessoal acudiu-o, desen­ adivinhação. Pierre F. Verger; N egros Bantos, de cadeando assim um a trem enda luta, Edson Carneiro e de Exu a Oxalá, Prof. com um triste final, pois houve um • ASSENTAMENTO, OFERENDAS Fernandes Portugal. massacre generalizado. E SAUDAÇÃO - Na Á frica o lugar No próximo capítulo, falarem os do Como se pode ver nessas pequenas consagrado a Exu é constituído de um segundo Orixá “Ogun). ■ E 16 ò r ís à s afrkanos ABRIL/1997 O que era Jornal... ...passou a ser Revista Como fazer a sua reportagem, seu anúncio e ser assinante da maior revista de divulgação do Culto e da Cultura Afro-Brasileiro. Se você deseja fazer a sua reportagem, anunciar ou ser assinante da Revista Òrísàs & Africanos, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Ligue agora mesmo para 338-0173 (24 horas no ar), e fale diretamente com Rose D’Dangbé Nossa Redação fica localizada à Rua do Governo, 408 s/202 - Realengo - RJ - CEP 21770/100 Lembre-se: Através da Revista Òrísàs & Africanos, você será conhecido no Brasil e na África - Nigéria - Ibadan - Abeukutá - Oshobo Ifé -, Estados Unidos, Europa , e na América do Sul. Leia e assine.... a Revista Òrísàs & Africanos Órgão Oficial de Divulgação do Culto e da Cultura Afro-Brasileiro. CA3A (m M L  U ' c id o s ^ mS, j j 7V CREDIÁRIO PRÓPRIO 0 mais variado estoque de tecidos Lamê, Cetim, Tafetá, Alpaca, Morim em todas as cores Especializada em Tecidos e Confecções de Roupas e Paramentação para ¥ UMBANDA E CANDOMBLÉ TECIDOS EM GERAL Av. Min. Edgard Romero, 239 - Gal. D Lojas 101 e 103 - Telefone 350-4726 Mercadão de Madureira Brasília - QNM 34 - Conj. F-2 Casa 33 Taguatinga M Norte - Distrito Federal REVISTA ÒRÍSÀS & AFRICANOS/LISTA OFICIAL DE ENDEREÇOS DOS OMO S ÒRÍSÀS Rua do Governo, 408 s/202 - Realengo - RJ - 21770/100 - 338-0173 Pelo presente, autorizo a Revista “Orisàs & Africanos”, a publicar o meu nome em sua Lista Oficial de Endereço, pelo prazo de 06 ( ) Puhlicacões - Para tanto estou enviando o Cheque nominal no valor de R$ ( ) Xerox do Depósito Bancário efetuado na C/C 017-11048-97 -BANERJ - Ag. Madureira - Em nome de Adhemar B. da Costa. Obs. O Depósito pode ser efetuado em qualquer Agência do BANERJ Valor Total de 6 Publicações R$ 300,00 Com fotografia 3x4 colorida - 6 publicações - Valor Total R$ 450,00 - Em três (3) PAGAMENTOS IGUAIS, CHEQUES PRÉ-DATADOS 30 + 30 Dias -15 de abril e 15 de maio e 15 de junho de 1997 ou 3 depósitos Bancário Dados pessoais Nome: Conhecido por Data do Nascimento: / /19 - Data da Feitura: / /19 - Nacão: - Endereço para correspondência: Filho de Santo de: n° Bairro: Apto -C E P \ Cidade: Estado n° Endereço do Barracão: Bairro Ouadra Lote -C EP \ Cidade Estado Dias de atendimento: Assinatura - CPF N° J ABRIl/1997 OEtSflS i'-- AFEÍCANOS 17 A grande festa da Cigana Rainha das Estradas Babalorixá Flávio da Oxum realizou no dia 23 de fevereiro, em seu Ilê, a primeira festa em home­ nagem a Pombagira Cigana Rainha das Estradas de sua filh a L urdes de Ogum . Na o p o rtu n id ad e o B ab alo rix á explicou aos convidados que, a festa não era uma festa cigana, - embora ele estivesse prestan­ do uma homenagem ao povo cigano - e sim, da Pombagira cigana de sua filha e aos de­ mais Exus que aparecessem. Essa explicação foi oportu­ na, tendo em v ista que foi armada uma linda tenda ciga­ na, e dentro da mesma, foi co­ locado comidas típicas, presen­ tes, doces e as tradicionais lem­ branças cigana. O vam os m esm os, com um a vibração fora do com um . E isso foi o gostoso da festa, por­ que, foram cantad o s um a imensidade de pontos de Exu, e todos foram resp o n d id o s pêlos convidados presente. E a festa só terminou ao raiar do dia, quando Molambo se des­ pediu e a anfitriã também. • A lauta ceia e a comemora­ ção do aniversário - Durante a festa, foi oferecido aos convi­ dados, punch e as tradicionais iguarias, não só do tipo cigano com o tam bém do triv ial com um , onde os co n vivas puderam se deliciar ao sabo­ rearem as mesmas, que foram acom panhadas de cerv eja e refrigerante. Na oportunidade, foi festejado o aniversário de Lurdes, e como sempre, não poderia de modo algum, ser cantado o tradicional parabéns e distribuído as fatias de bolo. • A festa - Como sabem os muito bem, festa de Exu é sem­ pre uma surpresa, e a realizada em casa de Sérgio não poderia ser diferente, o toque foi todo em Angola, e na oportunidade • M eus a g rad ecim en to s pudemos apreciar alguns convi­ Quando a festa religiosa termi­ dados como, Gardel de Exu, nou, nossa reportagem pergun­ que se fez acompanhar de sua tou a Lurdes como ela se sentia esposa; R obson de G uiã, depois de haver realizado o seu acompanhado de vários filhos sonho, e meio encabulada a seus e G rei de O xóssi que mesma enfatizou: desde cedo aguardavam o início Foi sem sombra de duv “Que a Magia do Povo da festa, participarem da roda, alguma, uma festa maravilho­ Cigano, fluidifique seus caminhos dançando e cantando em louvor sa, onde eu fiz de tudo para aos Exus. que ela corresse bem e que os com muitas Luzes...” Foi neste clima maravilhoso convidados pudessem se sentir C igana R ainh a das E stradas que, ao aproximar-mos das 02 bem . Q uero m ais um a vez hs da m adrugada, pudem os agradecer ao meu zelador, por pessoas, retiravam-se do salão a fim de apreciar a entrada no recinto da anfitriã ter me presenteado com esse evento em trocarem a sua indumentária. da grande festa. Pom bagira Cigana, louvor a minha Pombagira, pois ante­ usando uma roupagem lindíssima, saia Molambo deu entrada no salão com riormente, pudemos realizar uma festa longa, larga e franzida, blusa com seu uma roupa muito bonita, uma saia rica­ em louvor a seu Tranca-Ruas, e foi sem tradicional decote e bordado ao redor, mente bordada, de fazenda importada, sombra de duvida alguma uma grande como as demais, a mesma também usava festa. em cor azul, ostentando na cabeça uma suas ricas jóias. belo arranjo e os seus tradicionais ador­ Na o p o rtu n id ad e, o B a b alorixá • Convidados e Ogãs fazem a festa Sérgio da Oxum, aproveitou a ocasião nos color, brinco e pulseiras. Como sempre gosto de frisar, e como para agradecer a Tâmara da Oxum, a Mais tarde, foram chegando outros também já disse acima, festa de Exu é Exus - P om b agira T ran ca-R u as, sua Mãe carnal, a Bete, que organizou algo que por mais que se tente explicar, Ciganinha e Pombagira Molambo, que a linda mesa, onde continha as iguarias, não encontramos uma razão. O clima é tanto salgada quanto os doces, e a todos tomou a cabeça de Sérgio. Dai por dian­ totalmente, torna-se contagiante, e os que foram lhe prestigiar e participar da te a festa ganhou outro clima, pois todos Ogãs como também a assistência, lou­ festa de sua filha. ■ que chegavam e tomavam a cabeça das 18 OM SAS l AFRICANOS ABRIL/1997 Arnaldo recebe o seu Deká Jagun confirma Diogo de Obaluaiê como seu Ogã oi realizado no dia 09 de março, na Tenda Espíri. ta Nanã B urukê, que fica localizada à Rua Manoel Luiz, 176 - Vila Valverde N.Iguaçu - RJ, a grande festa em que, o Babalorixá Arnal­ do Pereira - D ofono de Jagun recebeu das mãos de seu zelad o r - B abalorixá H elder M oraes - Doté Egbonmi Iwin Obá Silojú Ai Irá, que reside em Bragança São Paulo - o seu tão esperado Deká. A festa foi bastante concor­ rida, e pudem os notar que além dos inúmeros filhos-desanto de Arnaldo - mais de 100 o nos tornou impossível anotar os seus nomes -, encontravam-se no local vários con­ vidados - do Rio e de São Paulo, que vie­ ram prestigiar o grande acontecimento, entre os m esm os estavam : Jorge de Jagun (avô de santo de A rnaldo); C láudio de Oxalá, Sérgio de Ogun, Marivaldo de Yemanja, Ana da Oxun, Gilberto da Oxun, Celso de Oxóssi Luiza de Iansã, Iara de Ogun, Reta de Ogun, Alzira de Osun, Zeze de Ogun, Zeze de Ogun, Sonia de Ogun, Edna de Ogun, Guara de Oxun, W alber de Ogun, Liliam de Iansã, Alzenira de Oxóssi, Deise de Ogun, Maurício de Nanã, José Luiz de Ogun, Célia de Oxun, Ogãs: Ramon de Oxala, Marcos de Oxumarê, Nilson de Yemanja, Guto de Obaluaiê, R oberto de O xóssi; W aldineia de Ogunjá, Cima de Oxóssi, Ogã Douglas de Ogun, Ogã J u perci de Oxaguiã, Ivone de Logun, Marcos de Azauane, José Augusto “Zezão de Omolu”; Benta da Oxun, Mônica de Oxóssi, Nelma de Oxumarê, Hait de Iansã, Luiz Carlos, P ercilia da Oxun, Fábio de Logun, Gelson de Oxóssi, Marco de Tempo, João Carlos de Obaluaiê, Santiago de Oxaguiã, Edilson de Omolu, Marina de Nanã, Anderson de Ajagunã, Alexandre de Jagun, Ogã Jorge de Ogun e Marcelo de Oxaguiã. • A entrega do Deká - A festa iniciou-se às 18 horas, e como sabemos perfeita­ mente, ela segue o seu curso normal, pois é feito o tradicional Xirê e é no meio deste que geralmente ocorre alguma ceri­ mônia especial. Quando nos aproximáva­ mos das 19:30 hs, ocorreu a tradicional saída, vindo à frente o Doté Helder, seguido de Arnaldo, da Mãe Pequena da onde foi servido um excelente strogonofe de frango. No meio do jantar, tivemos a honra de entrevistar o anfitrião. OA - Arnaldo, quanto tempo de santo você tem? AJ - Eu estou com 32 anos de Umbanda e 20 anos de santo raspado. OA - E porque somente hoje, você resol­ veu finalmente receber o seu Deká? A J - E uma responsabilidade muito gran­ de e que deve ser bem pensado e ter con­ dições para que não falte nada para o Orixá. OA - Quantos filhos de santo você atual­ mente possui, porque pudemos ver que a sua casa estava cheia, e eles são todos seus filhos? AJ - Olha! Eu tenho aproximadamente uns 200 filhos de santo e junto com eles eu venho tocando Umbanda, que é mais para o Omolocô. OA - Arnaldo, como você daqui pra fren­ te irá resolver os problem as de seus filhos? AJ - Bem! Os que tiverem problema de santo, logicamente serão raspados, por­ que a partir de hoje, eu estou oficialmente casa e de alguns filhos-de-santo. Ao che­ gar no centro do barracão, Doté Helder fez uma pequena preleção, na qual expli­ cou a finalidade da festa, que era a entre­ ga do Deká à seu filho. E às 19:34 hs, Arnaldo recebeu a sua Cuia e em seguida foi colocado em seu pescoço o tradi­ cional Runjefe. Nesse momento o seu Vodum passou em sua cabeça e os Ogãs cantaram as tradicional canti­ gas em louvor ao ato. O Vodun pas­ seou pelo salão, exibindo a Cuia e foi recolhido a fim de trocar a sua indu­ mentária, aproveitando esse momen­ to, foi feito uma pequena pausa. • A entrada de Jagun e a confir­ mação do Ogã Diogo - Tão logo ter­ minou o pequeno intervalo, Jagun adentrou ao salão, devidamente para­ mentado e de braço dado com Diogo, a fim de confirmá-lo como seu Ogã. Depois da apresentação de praxe o mesmo deu o M orunkô pelo qual Diogo deverá ser doravante chamado e respeitado dentro dos barracões de can­ domblé. Em seguida o Vodun tomou o tradicional Rum, e depois despediu-se de todos e foi recolhido. Foi uma festa simples, mais não se pode deixar de dizer que houve uma coisa muito bonita de se ver, pois embora seja um barracão onde é tocado m ais a Umbanda, os assistentes se portaram de uma maneira impar, merecendo por isso os mais calorosos elogios. • Quem é Arnaldo de Jagun - Ao ter­ minar a cerimônia religiosa, nossa repor­ tagem pode participar das comemorações, gabaritado para resolver este problema, embora, estando com os meus 20 anos de santo raspado, já poderia ter feito alguma coisa, mas resolvi esperar o recebimento de meu Deká. OA - E como você esta se sentindo hoje, depois de sua festa? AJ - Estou muito feliz, com o meu cora­ ção transbordando de alegria, pois como você pode ver, estão presentes meu Paide-santo; meu Avô-de-santo, vários irmãos e filhos-de-santo. Por essa razão, gostaria de aproveitar essa oportunidade para agradecer do fundo de meu coração, a presença de todos, por estarem compar­ tilhando dessa minha alegria. ABRIL/1997 m i h i [■ : 19 lyalode Ifafu n ke Motu N ra -lo O ia g b a ju Yeye Oshun O f Lagos-Land - Lagos Nigéria o dia 24 de fevereiro, nossa reportagem foi até a residên­ c ia do B a b a lo rix á N iv a ld o “ G e n in h o ” d e O y á , e c o n s e g u iu e s ta r e p o r ta g e m e s p e c ia l c o m a l y a l o d e I f a f u n k e M o tu N r a - l o O iag b aju - Yeye O shun O f L agosL a n d - L ag o s N ig é ria , q u e e sta v a h ospedada em casa do aludido zela­ d o r, e se f a z i a a c o m p a n h a r d a s seguintes personalidades nigerianas: I f a ta y o O la g b j u , q u e re s id e em S ão P au lo ; Ifa sa n u O lagb ju , re si­ d e n te a tu a lm e n te e m C o rrie te s C a p i t a l d a A r g e n t in a e P r in c e O lu s o la J o h n s o n , q u e re s id e em São Paulo; A lém das personalidades N a c im a , f a z i a m - s e p r e s e n t e s os B ab alorixá G rey D ’O dé e A rthu r D ’L ogun A ntes de responder as perguntas que foram feitas de im proviso, re s­ peito da C ultura e do C ulto A fro, a Iyá fez u m a saudação aos O rixás, a fim d e q u e os m e sm o s p u d e ss e m d ar p e rm issã o p a ra tal, n a m esm a foram saudados além dos O rixás alguns zeladores radicados no Rio e em São Paulo, com o por exem plo: N iv a ld o ; J o s é M e n d e s ; B id a d e Yem anja; B ira de X angô. E la tam ­ b ém saudou todos os B ab alo rix á s, Ialorixás e O m os O rixás do B rasil R io, S alvador (B A ) - São P aulo etc. A o responder a pergunta form ula­ do pelo zelador Grey, que gostaria de saber a respeito da dúvida que paira a respeito dos O rixás, se é um vento ou é um ancestre, a Iyá enfatizou: Orixás são coisas muito boas ele nasce ju n to com o O ri e o eledá. Inclusive, salientou, eu nasci junto com o Orixá e fu i cria­ da junto com os mesmos. Na vida da gente e cada pessoas que esta no mundo, tem o seu eledá, e ao nascer tem os Orixás junto com a sua cabeça. Quero deixar claro que o Orixá é uma coisa muito importante para cada pessoas que esta nesse mundo. 20 Após às explicações dadas pela a Iyá, o Babalorixá Geninho referiu-se a respeito do Orixá Odé, que é cultuado aqui no B rasil, e que é considerado como Rei de Ketu, atual republica de Benin. A fim de ilustrar mais os $eus conhecim entos, Geninho perguntou a Iyá se na Nigéria, Odé ainda é conside­ rado Rei. A esse respeito, a Iyalode Ifafunke deu a seguinte explicação: - O Orixá Odé é o mesmo que o povo brasileiro a ce ita ; E le é na verd a d e o R ei de Alaketu. Inclusive na Africa, Odé fica junto com a fam ília de Ogun. O B abalorixá A rthur de Logun antes de formular a sua pergunta, diri­ giu-se a Iyá nos seguintes termos: “Iyá Oshun, em primeiro lugar é um prazer enorme, tê-la mais uma vez em nossa casa, pois a senhora sabe muito bem disso, pois a quase sete anos que nós nos conhecemos, nossa Mãe africana. A minha pergunta é a seguinte: - A seis anos atrás quando houve o quarto co n g resso de trad iç ão e c u ltu ra do Orixá em São Paulo, quando nós nos conhecimentos, o Onin de Ilê Ifé teve um sonho, e ele disse nesse sonho que todos os povos do candomblé e de tra­ dição Iorubá, deveriam se unir contra as perseguições, só que infelizmente, não é isso que nós estamos vendo hoje no Brasil. Quais são as suas palavras sobre a união do povo do candomblé, pois, as outras religiões estão se unin­ do, e muitas delas, estão se unindo con­ tra nos. Ao enfatizar a pergunta form ulado p o r Arthur; a Iyalode Ifafunke disse: E ssa p erg u n ta é m uito im portan te para mim, o sonho do Baba Omin Ifé, é na realidade resolver os problemas que são m uitos dentro do culto dos Orixás, nós Babalorixás devemos nos unir e lutar, não devemos querer ser um m ais do que o outro, pois desta maneira, não encontraremos paz entre nós m esm os. Esse sonho que ainda não se tornou realidade, é devido a essa fa lta de união entre os irmão, cabe cada um respeitar o outro, seja ele grande ou pequeno. Para que as pessoas entendam o qu e eu q u ero d izer, vou c ita r um exemplo: O Babalorixá Nivaldo é de Oyá, às pessoas que são de Oyá, devem tomar abenção a ele que é de Oyá, nós temos que pedir abenção a ele. O mesmo exemplo serve para os filh o s - d e -s a n to do A r th u r de M S AS !■■ AJRÍCAK'GS ■ ABRIL/1997 Salvador - BA, que já faleceu e que Deus a guarde; Depois fo i o Professor J o sé M endes de São Paulo, que fo i sagrado Saloro de Oshogbô; Otumbá da terra de Ido-Osun, em cerimônias oficiais realizadas nos P alácios do A taojá, em O shogbô, do A ta o já o f Oshogbô Land e no Palácio do Oludo, em Ido-Oshun, inclusive esteve p re­ sen te nas r e fe r id a s c e rim ô n ia s o Embaixador do Brasil. Eu não vou d iz e r qu e co n h eço outros pais-de-san to, inclusive isso pode gerar polêmica e alguns ficarem com in v eja d eles. Eu ach o qu e o melhor é dizer a verdade, a fim de que as pessoas fiquem sabendo quem fo i e quem não foi. Existe outras pessoas que já foram e já receberam títulos, que eu pessoal­ mente não sei, as que eu conheço são as que fa le i anteriorm ente, em bora também exista o professor Bia que já f o i à A fric a ; B eto e F ra n cisco da Oshun, eles conhecem a minha casa, estiveram em Lagos, Oshogbô, Oyó e Abeokuta. O im portan te de tudo é que nós Babalorixás, estejamos sempre unidos, e devem os viver com o irmãos, e ser uma fam ília unida, pois não adianta um ficar com ciúme do outro, porque a gente nasceu de uma m ulher e de um homem, pois somos na realidade uma família, pois fo i Olodumaré que nos mandou para o mundo. É sabido que aqui no Brasil, as pes­ soas não reconhecem o cargo e o título que o Professor José Mendes, eu gosta­ ria de saber da senhora, qual é na reali­ dade o cargo e o título que ele possui. Eu quero agradecer mais unta vez a todos vocês, e principalm en te pelas pergu n tas que me estão fazen do. A respeito do Professor José Mendes, eu pessoalmente não sei como ele é aqui no Brasil, só uma coisa que eu posso co n fe rir, é qu e o P ro fe s so r J o s é Mendes fo i na Africa e recebeu títulos e certificados. Agora, eu não sei se as pessoas daqui aceitam ou não aceitam, porque eu não moro aqui no país. O que eu sei na realidade, é que ele fo i lá e recebeu o Titulo de Obá Oludô O f Brazil Land, inclusive eu estava p re­ sente na referida cerimônia, em que ele recebeu. Ao responder a pergunta formulado pelo Babalorixá Nivaldo, a respeito do culto há alguns orixás, que dizem aqui no Brasil, que na Nigéria não são mais cultuados, como: Nanã, Ossâin e Ewá, Logunedé, que devem tomar abenção a ele. E in felizm en te isso não está a co n tecen d o aqu i no p a ís, p o rq u e cada um fica com ciúme ou inveja do outro, porque um fica pensando: - Ele tem e eu não tenho, e outras coisas m ais. E sses são os p ro b le m a s que a tu a lm e n te estã o a c o n te c e n d o . O melhor é que todos devem se respeitar mutualmente, e com isso haverá paz, prosperidade e progresso. Ao ser perguntada se conhecia per­ sonalidades do candomblé, radicadas aqui no Brasil, que dizem que vão à Nigéria - Africa, e que receberam títu­ los ou cargos, a Iyá disse o seguinte: Eu quero agradecer a sua pergun­ ta, pois a mesma é muito importante para todos os pais-de-santo do país, vou responder com o devido respeito a p ergu n ta fo rm u la d a . Em prim eiro, quero dizer que a primeira pessoa que nós conhecemos lá na Africa e que fo i lá, é a Mãe Bida que reside aqui no R io de J a n e iro e M ãe C a ita n a de ABRIl/1997 a Iyá respondeu o seguinte: N iva ld o , so b re a sua pergunto referente ao orixá E wá, que p e s s o a s d a q u i dizem que ela não existe mais na N igéria - Africa, isso não é verdade, lá tem E w á. Lá tam bém tem O ssâim , que não é um orixá. Ossâim é um espíri­ to, p o r exemplo: Bira que está aqui no Rio de Janeiro e fo i lá na Africa, ele pegou Ossâin lá no Ojô, e aquele Ossâim está na casa dele. Sobre Nanã, ela tam bém existe na Africa, ela está na terra de Abeokuta, e existe m uitos filh o s de N anã lá. Se algumas pessoas dizem que Nanã, Ewá e Ossâim não estão lá, isso é comple­ tamente errado. Com plem entando a res­ posta, o Babalorixá Arthur de Logun informou aos pre­ sentes que, o que foi dito é que, Ossâim, não é um orixá ao po n to de ser cu ltu ad o como os demais orixás, como Oxum, Oyá etc. Ele é apenas um espírito que cuida e toma conta de todas as folhas Ewé e de todas as árvores, ele é apenas um espírito da floresta. Mais quando nós estamos usando as folhas, estamos usando também o espí­ rito de Ossâim. E é por isso que nós cultuam os O ssâim que é o dono do nicho na África. • Orixá Egbe - Durante a entrevista que nos foi co n ced id a pela Iyalode Ifafunke, o Babalorixá Arthur, lem ­ brou que, no quarto congresso realizado em São Paulo, que o Orixá que tomou conta do evento, foi o orixá Egbe, e que aqui no Brasil não se cultua mais, e como é que é cultuado e cuidado o refe­ rido orixá Egbe. Se você quer saber, entre em contato com ele ou com a Revista Òrisàs & A fricanos. O lfatayo Olagbaju, reforçando a resposta, enfatizou que, no Brasil, a única pessoa que ele sabe que tem e cuida de Egbe, é o P rofessor J o sé M endes Ferreira, - Baba Ifá Bem i que reside em São Paulo, e que Egbe está na frente da casa dele. Q u ero ta m b ém c o m p le ta r uma outra coisa a respeito de Egbe, não sotos eles que fic a m fo r a da casa, com o p o r exem plo: Oxun da casa; òm m a m iw ã m - 21 Xango da casa; Ogun da casa. Esses Egbe, tem alguns que andam, que não gostam de fica r na casa e gostam de ficar na mata; tem alguns também que ficam na terra, no fundo da terra, que cria água, igual a água da Oxun, por exemplo, pra pessoas, pra mulher que nunca fic a grávida, se ela conhecer alguém que tem o Egbe, ela de ir até lá e beber a água de Egbe, que esta na mata ou está dentro da terra, e tenho certeza que, depois de dois meses ela irá en g ra vid a r. P ara fin a liz a r , eu quero dizer que o orixá Egbe não pode ser criado dentro de casa. O Babalorixá Arthur D ’Logun, que fala corretamente ingles, foi muitas das vezes o interprete, e traduziu o que o Ifasanu Olagbju, falou a respeito dos Orixas que, por volta de 2.500 anos atrás,ou mais, antes do cristianism o, antes do islamismo, os Orixás tinham corpo e corpus carnais, que eles anda­ vam sobre a terra, porém , cada um com as suas funções diferentes. Acrescentando e repetindo o que ele já havia dito sobre Ossâin, que pra eles, é um orixá mais não tão grande e tão importante quanto os orixás que nós cul­ tuamos, como Xangô,Oxum, Ogum etc. Que ele é apenas um espírito das folhas. E Iyá O shun, prosseguiu Arthur, disse também, que tem mais um outro orixá que eles cultuam na Africa, que é tão importante quanto os outros, e que nós não conhecem os, que se cham a Orô. E que mulher não pode ver ou ouvir Orô, e se por ventura isso ocorrer, ela morre na hora. O que é finalmente “Abiikú”? Arthur aproveitando que estava com a palavra, form ulou a Iyá Oshun, a seguinte pergunta: Nós sabemos que a tradução da pala­ vra A b iik ú é n asceu p a ra m o rrer. Porém, algumas pessoas erroneamente no Brasil dizem: Há! Eu sou Abiku, então eu nasci feita e não preciso ser iniciada. Nós sabem os que isso é m entira! Justamente pela tradição da palavra Abiikú = nasceu para a morte. Então, eu gostaria que a senhora falasse sobre o conceito de Abiikú na África; Quais os casos que ocorrem o Abiikú; E como cuidar do A biikú, para que, aquela mãe, que está com o espírito de Abiikú no ventre, possa dar a luz a um filho normal e possa criar o seu filho, porque nós sabemos que o Abiikú, é uma criança que nasce e não vinga, ao contrário de que se pensam por aí, que Abiikú, é uma pessoa que já nasceu feita, e que nós sabemos perfei­ tamente que isso é mentira! ■ 22 ORfCAí £ /¡.FRÍCAROS • ABRIl/1997 Iniciação dentro da Umbanda na T. E. S. Francisco de Assis oi uma grande festa. No dia 19 de janeiro, foi realizado o festejo em homenagem a Oxóssi, na Tenda Espírita São Francisco de Assis, que tem como zelador o Babalorixá Armando de Oxóssi. Na oportunidade também ocor­ reu m ais um a in icia cão den tro da Um banda - acontecim ento raro nos atuais terreiro de Umbanda do Estado do Rio de Janeiro. Embora seja feito na nação Jeje Mahi, Armando não cansa em dizer que: - a sua maior paixão, é mesmo a Umbanda, pois é nela que ele se encontra, e é nela que vê mais união e mais amor. F • A Umbanda de antigam ente - Na festa realizada em casa de Armando de Oxóssi, nossa reportagem pode constatar a seriedade em que os médiuns adentram ao salão da tenda. Antes porém, vale aqui um adendo, foi construído no salão uma caba­ na lindíssima, que foi ricamente decorado com frutas e flores naturais. Na medida em que os médiuns iam chegando os mesmo se posicionavam defronte aos locais sagrados, ajoelhavam-se e rezavam para os seus guias espirituais. A abertura dos trabalhos, foi outro fato que vale ser registrado, pois atual­ mente não se vê mais isso, foi feito as preces de abertura; despacho de Exu; assopro da pemba; cruzamento do ter­ reiro com água; prece para Pai Oxalá e posteriormente foi entoado o hino em louvor a Umbanda. Olha meus caros leitores, essas ceri­ mônias foi tão profunda, que muitas pes­ soas tinham os olhos cheio d'água, dava mesmo vontade de chorar, pois a emo­ ção tomava conta de todos, e é por essa razão que eu disse que, eu pude no dia 19 assistir a Umbanda de antigamente. • A coroação dos Médiuns - Antes de iniciar a solenidade oficial, Armando de Oxóssi fez uma pequena preleção, na explicou aos presentes o significado da festa. Em seguida, os três novos inicia­ dos na Umbanda, - Sueli da Caboclo Jurema, Cláudio do seu Tupinambá e Rodrigo do Caboclo Ventania - deram entrada no recinto - embaixo do Alá. Enquanto isso, os seus padrinhos já se encontravam posicionados aguardando a entrada dos m esm os. Para cada um, tinha o material sagrado sob uma bande­ ja. Quando os três chegaram foi realiza­ da a cerimônia de coroação que foi algo m uito bonito. Em seguida os três médiuns foram cumprimentados pêlos seus padrinhos, parentes, irmãos e ami­ gos, e deixaram o salão. • Das visitas - Além dos inúm eros filhos-de-santo da casa e de uma assis­ tência seleta, que foram participar da grande festividade, Armando recebeu no transcurso da gira, várias visitas, entre elas estavam: A sua Mãe-de-santo, que se fez acompanhar de alguns filhos de santo; C onceição de Onira; M arcos Torres de Oxalá, Janaina de Yemanja, Tânia da Oxun, Jorge Torres de Oxalá, A lexandra de Obaluaiê, M arcela de Yem anja, todos do C entro E spírita Toca do C aboclo A rra n c a -to co e Antônio Pena de Oxalá. • A chegada do Caboclo Tabajara Depois que os três iniciados receberam os seus merecidos cumprimentos, foi ini­ ciada a gira de Caboclo e tivemos o pra­ zer de assistir a chegada do Caboclo Tabajara e logo depois, do caboclo da zeladora de Armando. No transcurso da festa, foi realizada a cerimônia de batis­ mo do pequenino B runo F. C astro e Silva. Após esse ato, chegamos final­ mente ao grande momento da festa que foi, a entrada dos Caboclo Tupinambá, Ventania e da Caboclo Jurema devida­ mente paramentados - diga-se de passa­ gem com uma vestim enta lindíssima. Depois de algum tempo, os mesmos ris­ caram e cantaram os seus devidos pon­ tos. Dando prosseguimento a festa, foi feito uma louvação para a falange de todos os caboclos e vários filhos-desanto, como também, alguns visitantes, receberam os seus respectivos caboclos. • A saudação de sua filha Irma - Se existe um a coisa dentro do santo, é quando alguém tem a coragem de se expressar em público e prestar o seu agradecimento. Este fato ocorreu durante o transcurso da grande festa, e quem pediu permissão para ler um agradeci­ mento, foi a jovem Irma, uma das filhas da casa, que assim se expressou: Hoje é um momento muito espera­ do, m om ento em que nos reunim os para tentar expressar e traduzir a ti meu Pai Caboclo, toda nossa emoção e sen tim en to , que gu ardam o s, seja durante o decorrer de mais um ano, mas também de muitos outros em que contamos com sua dedicação. D estes m uitos m om entos, sem pre g? ABRIL/1997 observas seus filhos na alegria ou na dor, fazendo-nos sentir vossa presença amiga. Começar a falar de ti é realmen­ te sempre muito difícil... Na trajetória em busca de uma realização incumbiste um menino de 12 anos teu filho, hoje por certo seu amigo e nosso Pai. Com ele tivestes lágrimas, decepções, dificul­ dades para que ele tornasse possível está realização. Ela está aqui diante de todos, com amor ele tornou o sonho possível “A Casa de São Francisco” a sua casa, a casa de todos os que tem esperança e fé; para alegria dele, para seu orgulho e nossa felicidade. O teu nome meu pai, dentro da espiritualida­ de, muito nos diz... de lá de dentro das profu n dezas das águas que são teu refúgio, surge iluminado ora pelo sol, cujos raios refletem a beleza e a luz da tua pedra coral; ora pela lua, que cobre de estrela s teu s n egros cabelos. Trazendo assim tua vibração sublimada com h u m ild a d e na fig u r a de um C aboclo m enino, bravo, valen te, vibrante e guerreiro, que deixa seu brado, e o seu assobio guardados em nossa memória. Teus olhos de águia... olhar verda­ deiro, olhar transparente que faz teus filhos jogarem fora todas as increduli­ dades. Tuas palavras são firmes, mas nessa firmeza buscamos a realização de nossos sonhos. No teu conhecimento, teu poder, tua mão amiga, curamos nossas fraquezas dores e medos. Em todos os momentos que estais conosco no perm ite com partilhar contigo da compreensão, da beleza e do respeito à espiritualidade. Ao partir, deixa-nos sempre inebriados com vossa luz! Em nosso coração, fique certo Pai. Caboclo, deixa a saudade, mas em nosso olhar deixa a certeza de que cada vez que contemplarmos as águas, vere­ mos refletida nela a tua imagem de pai. E com certeza será sempre esta ima­ gem que ficará guardada em nossa reti­ na; é a imagem do amor que deixas em nosso caminho! E que esse amor que recebemos de ti, nos possamos distri­ buir com igualdade, que saibamos doar sem diferenças. Que sejamos dignos de ti Pai Caboclo e do Pai Babalorixá. Que lembremos como nos é ensina­ do por ele e por ti, que nossa mediunidade é a nossa missão para que dentro do que fo r possível, transmitirmos o que temos de melhor, a verdade, a honesti­ dade, a honra para que cresça em qua­ lidade a parte espiritual e a evolução de nossa religião. O RISAS a- APR [GAWOE 23 Muito mais teríamos a dizer, mas deixamos não só essas sim ples p a la vra s, com o d em on stração de nosso agradecimento, res­ peito e confiança, amor e a leg ria com partilh ada como tu podes ver por toda tua “Tribo Tabajara”, onde entre muitos, com certeza, avistas a fig u ra de teu s p a is o Cacique Taubaté e a índia Aracy, a doce fig u ra de Iracema, e a forte presença de Ubirajara. E é por isso que, essa tua tribo de vestes brancas que aqui está tam bém te agradece! Seria mesmo impossível não acreditar na espiritua­ lid a d e! Com o seria a Umbanda sem um Caboclo Itacolomi dos Tabajaras! Como seríamos nos seiv. nosso Pai Caboclo! P or isso te p ed im o s agora... abençoe-nos, nosso Pai, nosso Amigo! Obrigado por tudo! Oke Caboclo!!! Após o caboclo ouvir essa emocio­ nante saudação, notava-se lágrimas em seu olhos, e como num passo de mágica, o mesmo dirigiu-se a sua filha, e deu um longo e fraterno abraça, mostrando nesse abraço, toda sua alegria, todo o seu con­ tentamento e o seu reconhecimento, por ter ainda entre tantos filhos da terra, alguém que sabe valorizar a espirituali­ dade e a Umbanda. A festa continuou e só terminou de madrugada, onde houve uma farta distri­ buição de frutas, o jantar e o congraçamento entre os filhos. Salve a U m banda! A verdadeira Umbanda!!!Armando de Oxóssi. ■ Atende com seu jogo de Búzios, às terças, quartas e quintas-feiras, a partir das 17 horas. Aos sábados, das 14 às 17 horas. Às segundas-feiras, consulta com Exu Tiriri e com o Cigano Manolo, a partir das 15 horas. Rua Henrique Sheide, 294 - Pilares - Rua do Mc Donald’s - 289-8763 PROGRAM A “A H O R A DO C A Ç A D O R ” Ouça todas as sextas-feiras, das 20 às 21 horas, na Rádio Guanabara da Rede Bandeirantes AM -1360 Khz, o programa: “A hora do Caçador”. Apresentação e direção de ARMANDO DE OXÓSSI 24 òiífnÀs & ArnrcAwoíi ABRIL/1997 Prodátos africanos legítimos T u d o a p re ç o d e cu sto M o n jo ló A fric a n o R $ 2 9 , 0 0 C o la r e s e F irm a s A fric a n a R $ 1 5 , 0 0 D e lo g u m d e 7 Fios e 7 F irm a s R $ 1 4 , 0 0 B ra já , B ú z io s R $ 9 , 0 0 L a g u id ib á R $ 9 , 0 0 C o ra l C o r o a R $ 5 , 0 0 A m b a r "O xu m " R $ 1 9 , 0 0 T e rra c o ta R $ 1 5 , 0 0 M iç a n g a s - Q u ilo R $ 1 4 , 0 0 Entregamos encomendas em qualquer parte do Brasil. Artigos de Umbanda e Candomblé em Geral Compare os nossos preços e veja nossas promoções Ibá em Porcelana, completo bacia de louça R$ 34,00 Ibá em louça R$ 19,00 Mel litro R$ 1,20 - Dendê litro R$ 1,70 Cartola (Exu) R$ 4,90 O BARATEIRO DO MERCADÃO DE MADUREI RA Crediário Próprio - Aceitamos cheques Pré-datados Av. Min. Edgard Romero, 239 - Mercadão de Madureira CASA ZÉ PILINTRA - Galeria C - Loja 230 Tel.: 3 5 0 - 3 7 2 2 - Ekédi Solange ABRIL/1997 PRISAS & AFRICANOS Áries O SIGNO DO MÊS PERÍODO DE 21 DE MARÇO A 21 DE ABRIL S igno que simboliza o início do Ano Astrológico, pois o verdadeiro Ano Novo não começa em 01/01 e sim em 21/03, quando o Sol pasa pelo ponto venal que corresponde a zero grau de Aries. Esse evento anual corresponde ao Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte, e ao Equinócio de Outono no He­ misfério Sul. Signo do Fogo, cardinal, Aries repre­ senta o princípio ou nascimento de todas as coisas. E a ação individual tio mundo. O Ano de 1997 desafia o ariano a aprender a lidar com as questões exis­ tenciais, enfrentando-as. E hora de dei­ xar de lado o excesso de idealismo, acei­ tando as limitações que da realidade impõe, compreendendo as suas limita­ ções e principalmente as limitações dos outros. E o momento de abrir os olhos para outras dimensões. O signo de Áries, no aspecto simbóli­ co, representa o sacrifício. Os rebanhos produzem as crias durante a porção do ano em que o Sol ocupa este signo. O símbolo do Signo é o Carneiro. O Carneiro simboliza igualmente a Primavera,, quando luz e amor, simboli­ zados pelo Sol, derramam-se sobre os filhos da Terra. Mais uma vez o Sol saiu vitorioso sobre o reinado do inverno. O Signo de Áries representa a cabeça e o cérebro do Grande Homem do Cosmos. As pedras preciosas do Signo são a ametista e o diamante. Os números felizes são sete e seis. As cores são nuanças de vermelho brilhante. A melhor situação para sucesso são as grandes cidades. Áries é a primeira e mais alta emana­ ção da ardente Triplicidade, e está colo­ cado na constelação do planeta Marte. Irra d ia in flu ê n c ia aguda, enérgica, impensada, intrépida e ardente. Não tem medo ou tem or - influência livre de todos e de tudo. D irig in d o -m e a um Á ries, diria: Possui personalidade ativa e dinâmica. A expressão que dá ao espírito e às emo­ ções determina o grau real do progresso e do sucesso pessoais, econômicos e sociais, que experimentará na vida. Tem maneiras naturais encantado res e bom poder mental; gosta de ver que outros o procuram. Possui a faculdade feliz de lançar mão de diplomacia a fim de atrair outros para se interessarem por você ou por suas idéias e sugestões. Corajoso ao ponto de audacioso, possuir espírito ativo de aventura e empreendi­ mento. E inquieto por natureza e gosta de toda espécie de atividade. Há de serlhe vantajoso cultivar a compreensão da própria natureza aventureira. Deve evitar tomar parte em empreendimentos insen­ satos ou arriscados. Em circunstâncias ordinárias, manifesta disposição afetuo­ sa, cortês, e generosa,. Inclina-se fre­ qüentemente à generosidade para seu próprio bem, especialmente quando des­ perta sentimentos e emoções pessoais. Esta disposição pode levá-lo a mostrarse extremamente generoso para com pes­ soas que não o mereçam enquanto des­ preza os que deviam receber maior con­ sideração. E grandemente sensível emocional­ m ente. O tem peram ento é irritadiço podendo encolerizar-se facilmente por motivos fúteis, que poderiam ser afasta­ dos mediante alguns segundos de pensa­ mento lógico. Ha diferença entre tempe­ ramento irritadiço e deixar-se dominar por ele. Inclina-se a guardar rancor. Agres­ sivo, voluntarioso e resoluto por nature­ za. Possui o tipo de personalidade e tem­ peramento capaz de fazer ou destrui-lhe o destino. Muitas incompreensões e difi­ culdades pessoais surgem por ter tendên­ cia impulsiva para se apressar e ficar impaciente. Deve aprender a ter mais paciência consigo mesmo e com outros. Aprecia a ação, e será prudente apli­ car algum pensam ento à sua própria natureza interessante. E pensador inde­ pendente, mas isto não significa que seja lógico ou tenha sempre razão na maneira de pensar. E de grande importância precaver-se contra a tendência de julgar os assuntos conforme sentimentos e emo­ ções pessoas, especialmente quando esti­ ver transtornado. Se adotar princípios de raciocínio sólido, dominará a intolerân­ cia e as atitudes eivadas de preconceitos. Capaz de apoderar-se mentalmente dos menores detalhes de uma proposição antes que o indivíduo comum tenha dis­ pensado ao assunto bastante atenção. O único inconveniente dessa percepção rápida está em tomá-lo capaz, em certas ocasiões, de adquirir confiança excessi­ va, desprezando detalhes importantes. A percepção rápida é essencial para o tipo especial de personalidade que possui. O pensamento e a ação revelam boa coor­ denação entre o espírito e o corpo, sendo essencial ao próprio progresso. A menta­ lidade inquieta e ansiosa mostra imagi­ nação ativa. Para poder realizar deve aprender a utilizar a imaginação. E capaz de ter idéias originais, possuindo a apti­ dão de conduzi-las a conclusões práticas. Tem capacidade para transform ar em re alid ad e alguns dos seus sonhos. Aplica-se naturalmente aos assuntos que o interessam. Seu tipo especial de perso­ nalidade depende de boa memória, eis que a natureza aventureira inclina-o a encarar muitas situações diversas na vida. E capaz de adquirir e reter grande volume de conhecimento sem despender grande esforço. Essa aptidão é vantajosa e contribuirá para aumentar o poder e a influência da própria personalidade. Toma-o conversador espirituoso e inte­ ressante e será valiosa em qualquer tra­ balho ou negócio que pretenda realizar. A maior dificuldade reside na inclina­ ção de agir por impulso. Deve investigar cuidadosam ente as idéias im pulsivas antes de pô-las em execução. Esforce-se o mais possível por determinar o resulta­ do lógico de qualquer idéia impulsiva antes de agir. Desse modo, talvez não haja, evitando prudentem ente perdas financeiras ou desilusões pessoais. 26 a r-lh e -á p re v isã o e a ju d á -lo -á a d o m in ar muitos problemas difí­ ceis e obstáculos no curso da vida. A intuição pode propor­ cionar-lhe a feliz faculdade de adivinhar as causas dos fracas sos levando-o a eliminá-las, possibilitando-lhe desfrutar da vida progres­ sivamente mais bem sucedida. Há ocasiões em que você sente ins­ piração para realizar. A dificuldade consistirá em distinguir entre impulsos ordinários e idéias inspirada. Muito poucas pessoas compreendem realmente a verdadeira intensidade da atividade mental dos que nascem sob A ries. Em c e rta s o ca siõ e s hão de chamá-lo de precipitado e impetuoso. Tais acusações, se for honesta consigo m esm o, terá de adm iti-las às vezes como verdadeiras. Também é verdade que não pode abafar a própria indivi­ dualidade, revelada em tudo quanto faz. Pode, m ediante esforço da vontade, exprimir, dirigir, e aplicar os anseios mentais e a energia de maneira pruden­ te e progressiva. Devido intensidade da atividade m ental, em ocional e física, deve prestar atenção ao regime alimen­ tício e à saúde. E levado da queimar mais energia mental e física do que o homem médio. Ar fresco, luz do Sol, boa circunvizinhança do lar, regim e apropriado, repouso e descanso devem capacitá-lo a evitar m uitos achaques comuns a pessoas desse temperamento. Este Signo rege a cabeça e o rosto é preciso precaver-se contra os resfria­ dos da cabeça a fim de evitar sérias complicações. É preciso dispensar aten­ ção aos olhos, não o sobrecarregando de trabalho. É necessário cuidar atenta­ mente dos dentes em todas as ocasiões. Há mais possibilidade de afetarem os resfriados os sinus e a garganta do que o peito. Deve exercer m oderação na bebida e na comida, para não afetar os rins. As doenças, na maior parte, serão n a tu re z a ag u d a e não c rô n ic a. Sofrim entos crônicos em pessoas do Signo de Aries resultam, em geral, de simples descuido. Evite tensão mental, emocional, nervosa e física depois dos anos médios da vida. Em geral os nas­ cidos em Áries têm boa constituição física e boas faculdades de recuperação. Parece que há de haver mais de um caso de am or n o táv el na sua vida. Oí: ISA r. fi- A F R IC A N O S ABRIL/1997 Você traz dentro de si a Voz da Intuição D Emocionalmente, é afetuoso, terno e inclinado a apaixona-se. E ex tre m a m e n te sen sív e l em questões amorosas, deve pre­ caver-se contra o ciúme desar­ ra zo ad o . E v ite d em asia d o dom ínio m ental ou em ocional sobre o objeto de suas afeições, e a sua vida am orosa to rn ar-se-á m uito mais feliz e harmoniosa. Há indicação de desapontam entos no amor durante os primeiros vinte anos e por perto dos trinta. Há também indicação de incerte­ za e instabilidade na vida do lar e nos negócios domésticos durante a primeira metade da vida, devido à sua natureza Possui também dentro de si o poder da inspiração aventureira. Ama e respeita os parentes, mas deseja que lhe conheçam a perso­ nalidade. Nos últimos anos de vida há de tor­ nar-se m ais firm e em assuntos que entendem com a vida do lar e questões de família. Deseja ter casa em situação proeminente. Notam-se indicações de considerável am or ao prazer, que se exprime em jogos, esportes, aventuras e viagens. Aprecia grandemente as bele­ zas da natureza. Gosta da leitura e do teatro. E agressivo, enérgico e tem natureza determ inada com qualidades que lhe permitem seguir diversas carreiras. Há de subir na vida gradativa e deliberada­ mente mais do que com espontaneida­ de. A personalidade e a constituição mental do Áries médio habilitam para medicina, direito, ensino, construção, contabilidade, venda - na realidade para muitos gêneros de trabalho que deseje realizar, por ter aptidão natural para organizar e dirigir, podendo-se confiarlhe incum bência e responsabilidades importantes. É leal para com o trabalho. A natureza independente não lhe per­ mite tom ar parte em associações, a m enos que tenha com pleta liberdade para fazer t tudo conform e entende. Entre nos negócios por conta própria. Lembre-se que há de haver ocasiões no princípio em que terá de precaver-se contra o desânimo demasiado fácil. Há indicações de que será bem suce­ dido em questões de dinheiro. Seria boa a capacidade de ganhar, mas inclina-se a gastar generosamente. Deseja possuir o que de m elh o r o d in h e iro p o ssa adquirir, e gastar dinheiro m ais para benefício temporário do que permanen­ te. Seu dinheiro, como seu espírito exi­ gem m a n u seio cu idadoso. D u ran te períodos financeiros favoráveis da vida, verificará ser vantajoso fazer inversões conservadoras. A natureza aventureira inclina-o à especulação e ao jo go. T alvez não o perceb a, m as em tais assuntos inclina-se a trapacear contra si mesmo, devido à própria impetuosida­ de. C onseguirá verdadeira sabedoria quando deixar de aventurar-se, gastan­ do para satisfação de caprichos p es­ soais, fantasia, e impulsos. Seja conser­ v ad o r em a ssu n to s fin a n c e iro s e o dinheiro cuidará de você. Não há outro caminho a percorrer a fim de alcançar segurança financeira e sucesso. Se fizer inversões evite emissões de especula­ ção e planos de fazer fortuna rápida. E excessivamente leal para com os am igos que considera íntim os, e os ap o ia rá p e la fo rça se n e c e ssá rio . Inclina-se a ser generoso para com os amigos íntimos e associados, e os aju­ dará de todas as m aneiras possíveis quando estiverem em dificuldades. A atitude geral em assuntos so ciais é variável, à parte das amizades. Em cer­ tas ocasiõ es ag rad a-lh e re u n ir-se a grande núm eros de pessoas, mas em geral prefere a com panhia de poucos amigos leais. Em sociedade é capas de conseguir respeito e boa vontade por parte de m uitos, tendo aptidão para chefiar na própria roda. Possui todas as faculdades e qualidade essenciais, men­ tais, emocionais e físicas que o capaci­ tam para tornar a vida sucesso razoável. Compreenda tais faculdades, a fim de aplicá-las com sabedoria. Cabe-lhe diri­ gir-se e às suas energias para o progres­ so. Preste atenção às próprias deficiên­ cias. Não as receie. Apreenda a conhecê-las e procure utilizar as suas ener­ gias construtivamente, a fim de tomarse senhor do próprio destino e coman­ dante da própria alma, e ficará sabendo qual a verdadeira significação de felici­ dade, êxito e segurança na vida. ^ ABRIL/1997 oifís a s i- AinrcAjíos F 27 Os Cúspides de Aries Atenção: Se a data do nascimento não estiver dentro dos cúspides do Signo, não se aplica o que segue. Se a data do nascimento estiver entre 21 e 23 de março pessoa será Áries com tendência Pisces. Os plan­ etas que o regem são Marte e Netuno, o que lhe pro­ porciona inteligência excep­ cional, compreensão e originali­ dade. E cautelosa, estudiosa, afável e perfeita em tudo quando faz. É extrem am ente am biciosa e esfo rçad a, m as d eseja re a liz a r os próprios planos conform e lhe apraz. Ressente-se quando pretendem forçá-la ou com ela interferir. Deve interessar-se pela mecânica e eletricidade. Gosta de dirigir as atividades dos outros. Até certo ponto discordará da opinião pública geral e sente-se im pelida a introduzir novas idéias. Enquanto muitas pessoas considerarem essas idéias como radicais, outras as respeitarão porque revela cor­ agem quem as apresenta. A fim de col­ her o mais que puder da vida, será pre­ ciso dominar a tendência à impaciência e irritação. Gosta de aventura e tem prazer em receber os amigos aos quais demon­ stra lealdade. Está destinado a ter êxito de certa maneira notável por meio de carreira inteiramente diferente daquela em que começou no princípio da vida. • Se a data do nascim ento estiver entre 17 e 20 de abril - O indivíduo é Aries com tendências Taurus. Os plane­ tas que o regem são M arte e Vênus. Tem todas as indicações de Áries e pou­ cas de Taurus, o que o torna ardente, A rom ântico e resoluto. Terá êxito apesar dos riscos mas não cal­ cará aos pés os direitos do próx­ imo. Possuirá tem peram ento im paciente e nervoso. Será dotado de maravilhosos talen­ tos que a princípio não se reve­ larão. Atenderá a cada assunto por sua vez e provavelmente ficará aborrecido quando observar desordem em roda de si. Terá sentimento moral elevado e será quase inteiramente imune a pensamentos impuros. Fará tudo quan­ to puder para salie n ta r-se no que empreender. Alcançará êxito, conservan­ do o respeito de parentes, amigos e asso­ ciados em negócios. OS DECANATOS DE ÁRIES • Data de nascimento entre 21 e 31 de março - O planeta pessoal que o rege é Marte, que é duplamente poderoso sob este aspecto. Marte tende a salientar o lado ditatorial e positivo mais dominante da sua natureza. Manifesta-se a tendên­ cia à irritação e impaciência com o próx­ imo porque os outros talvez não tenham capacidade de pensar e agir tão rapida­ mente. E de grande importância praticar a tolerância, paciência e compreensão. Corpo ativo e natureza impetuosa e viva, revela-se no duplo aspecto do planeta Marte no seu roteiro. É capaz de adquirir e manter grande volume de conhecimen- to sem grande esforço. A personalidade será sempre agressiva, independente, temperamento e perseverante. Evite a tendência a falar demasiadamente mo­ nopolizando a conversa. Embora tenha muitas idéias originais, prefere que out­ ros as executem . Conseguirá os m el­ hores resultados quando lhe permitirem assumir a liderança. • Data de nascimento entre Io a 10 de Abril - O astro pessoal é o Sol, conheci­ do como o Governante do Dia. Como dador de vida é o centro do Sistem a Solar. O Sol simboliza dignidade, honra e ambição. Causa grande inclinação para mudança e desejo de reforma. Rege o orgulho e as ambições pessoais. Conce­ derá boa sorte e contribuirá grandemente para compensar alguns aspectos nega­ tivos do planeta Marte. • Data de nascimento ente 10 a 20 de A bril - O planeta pessoal é Júpiter, conhecido como Deus da Fortuna. Tem influência sobre tendências intelectu­ ais, morais e simpáticas. Júpiter aju­ dará grandemente os aspectos do plan­ eta Marte, eis que simboliza a sinceri­ dade e a honestidade, e induz os seus súbitos a ficarem genuinam ente gen­ erosos. Natureza nobre, sempre grata e cortês para com todos, é um dos aspec­ tos favoráveis deste astro. E bem ver­ dade quando se diz Júpiter é mais feliz e benéfico dentre todos os planetas. Traz boa sorte e êxito. ■ As velas na mitologia Cigana - Utilização e suas cores Muitas pessoas atualmente estão par­ tindo para o E soterism o, e poucos sabem como usar as velas e para que elas servem . Vam os dar aqui uma pequena ajuda, a fim de que, ao acender a sua vela. você saiba o seu significado. A vela na cor Branca, é muito usada para as pessoas que estão em busca de paz; de equilíbrio espiritual e toda a serenidade. A cor branca por si só signi­ fica a pureza tão esperada entre os humanos. Se por ventura você deseja ajuda, ou está buscando uma evolução, procure acender uma vela na cor Violeta. No entanto, se está buscando um equilíbrio mental, você pode acender uma vela na cor Azul, pois ela lhe pro­ porciona o equilíbrio desejado, como também, é um calmante. Principalmente quando se está com uma enxaqueca, insônia, ou até mesmo com uma peque­ na dor de garganta ou dor de dente, pegue a sua vela na tonalidade azul. e reze, que ela lhe devolverá a paz procu­ rada. Para aqueles que desejam excitação ou estão querendo um pequeno impulso para irem a luta em busca de vitória e sucesso, deve acender uma vela na cor Vermelha, pois essa cor tem o poder de incentiva o espírito no momento de debilidade física. Quando se deseja fazer alguma pedi­ do aos espíritos da natureza, devemos usar uma vela na cor Verde, pois ela é rica em energia telúrica e repousante. A cor verde é muito empregada em pes­ soas que têm problemas cardíacos, pres­ são alta, como também, estão com pro­ blemas de: úlcera, fígado ou com diag­ nóstico confirmado. Você que estuda muito, e às vezes busca um determinado equilíbrio, deve usar vela na cor Amarela, ela tem uma grande influência, pois a sua cor mental, devolve a energia na área intelectual e principalmente quando se está estudan­ do muito. Para a falta de entusiasmos e otimis­ mo, devemos acender uma vela na cor Rosa. Inclusive ela é calmante e ajuda a combater a asma, febre, bronquite, tos­ ses, deficiências digestivas e outras coi­ sas mais. As pessoas que estão com problemas amoroso, deve acender uma vela na cor Rosa, pois é a cor da paixão e do romance. Essa cor é ligada à afetividade em geral e muito utilizada pêlos que estão em busca de amor e amizade. A única cor que não é usada no eso­ terismo ou na magia cigana, é a cor Preta, pois ela está ligada a depressão e às forças obscuras do plano astral infe­ rior. 28 O RISAS & A FRÍCANOS ABRIL/1997 VAMOS FALAR DOS CIGANOS Nascimento, morte e luto omo todos sabem m uito bem, falar do povo cigano é realmente algo fascinan­ te, e há coisas que podem e não podem ser falada, por exemplo, falar do nascimento é sem sombra de dúvida uma coisa interessante, por a lista das práticas que envol­ vem o nascimento seria tão longa e diversificada quanto as prece­ dentes, e c o n stitu iria m ais um C inventário de costumes do que de ritos. Nos kalderash, que são origi­ n ários da E u ro p a do L este, as ursitori são três fadas que presi­ dem os nascimentos. A presença das fad as ao lado do b e rç o é encontrada no ocidente em vários rom ances da idade m édia, nos quais as três fadas vêm dotar as crianças no seu nascimento. Essas damas brancas se pare­ cem mais com as decentes diretas dos Parques do que com as três d eu sas da trin d a d e in d ia n a . (Divindades do destino, identifi­ cadas às Moiras gregas. Elas eram três Clotho, Lachésis e Atropos), traduzido para o latim são: Noma, Décima e Marta, que presidiam sucessivam ente o nascim ento, a vida e a morte dos humanos. A escolha dos nomes Para escolher os nomes de seus filhos, havia um estudo profundo, levando em consideração que, os nomes permitia encontrar as regras de transmissão em uso nas regiões onde os tsiganos e ciganos são ins­ talados. Geralmente os nomes esco­ lhidos corresp o n d iam aos santos p atro n o s dos sa n tu á rio s de um a região, como por exemplo: Danilo, Nicolas, M irko, que situam as ori­ g e n s ta is co m o de O lg a , Id a , Y ochka, B o b a , e tam bém com o H ip ó lito , A n g e la , P a u lín ia ou Fernando. U m e sp e c ia lista em etn o lo g ia européia, após estudar esses nomes, pode encontrar os lugares de nasci­ mentos dos nômades através deste in d ício . O u tro fato tam bém que deve ser levado em consideração é q ue, o re ta lh am en to que resu lta disto antecipou, no calendário plur ic u ltu r a l, s a n to s à im ag em da Europa, do mundo de amanha. No que diz respeito ao sobreno­ me que os ciganos usam, servem apenas para mascarar a identidade no m undo exterior ou para distin­ guir as pessoas, a fim de evitar o caso de hom ônim os. E n tretan to , n os v ila re jo s d a E u ro p a , e x iste m uitos casos de hom ônim os, por essa razão, a o caso de m últiplos n om es, que são m ais freqüentes entre os jovens tsiganos. A morte, o luto e o túmulo Se a vida claro que haverá a morte e depois da m esm a vem o luto, sim, o lu to en tre os cig an o s, é u m a coisa muito rígida, pois eles podem guardar durante um bom período, que chega a a tin g ir a té 15 an o s, e x is tin d o um período m ínim o que é de 3, 8, 9 dias ou com o já falei de 12 a 15 anos. No tocante ao térm ino do luto, o m esm o pode ocorrer de acordo com a tradição dos tsiganos, e varia entre 6 m eses, um ano ou até 3 anos. Os tsi­ ganos vindo da Europa Central, tem um costum es m uito interessante, eles q u e im a m as ro u p a s do d e fu n to e todos os seus bens, m ais outras tribos têm o costum e de distribuir as roupas aos m em bros da família. Os ciganos catalãos e espanhóis, aderem o luto fechado costum eiro nos países lati­ nos, m andam re z a r m issas p a ra o m orto e as m ulheres se vestem de preto. De um a m aneira geral, os ritos que seguem à morte, nas sociedades tradi­ c io n a is , são e s tre ita m e n te lig a d a s idéia da vida além da m orte, conse­ qüentem ente à idéia da alma. Os ritos funerários diferem de um grupo para outro, de um região à outra, eventual­ m ente de um grupo, de um a fam ília para outra e podem variar m uito rapi­ dam ente no tempo. Os ritos fu n erário s cham ados de pom ána. é atribuído as m esm as fes­ tas, com o m esm o nom e, p om án a, aos rom enos. N um grupo de tsiganos v a la q u e s o e s c rito r D .W .P ic k e ít, m en cio n a sim plesm ente com o um a festa para o m orto. Já J.P.Liégeois e F. de Vaux de F o letier, em 1971 e 1983, re sp e c tiv a m e n te , d esc rev e m com o refeições rituais que geralm en­ te a co n te cem três, no v e, q u a re n ta dias... após a morte. Em síntese, o pom ána é um con­ junto de ritos funerários m uito com ­ plexo que foram estudados nos cam ­ p o n ese s ro m an o s p elo m u sicó lo g o C .B ra ilo iu . A lg u m a s d as p rá tic a s d esse siste m a ro m en o tra d ic io n a l, está: o barquinho com a vela sobre a água, a escolha das velhas pobres, a o fe re n d a da água, e n c o n tra d a s em alg u n s p o u co s tsig a n o s v in d o dos m eios turco-valaques, são apresenta­ das, há m ais de sessenta anos, com o sendo ritos funerários com uns a todos os tsiganos e ciganos. No tocantes aos túm ulos, em que, muitos são verdadeiras casa, os m es­ mos são freqüentem ente im ponentes, até m esm o suntuosos, confirm am a crença em outra vida que tem ciúm e da alm a que m ora nesta últim a resi­ dência: a única bem ancorada e enfei­ tada, onde as m issivas e as fotos são, freqüentem ente, em m uitas fam ílias, os únicos docum entos. ■ Bibliografia consultada “Os Ciganos, de N icole M a rtín ez”- ABRI1/1997 ofífS A S 6 ¿ f r í c a n o s 29 Como comprar sem sair de casa! DISK SANTO 258-1 573 “A sua loja por telefone” ARTIGOS RELIGIOSOS: • Nacionais e Importados • Vestimentas do Santo • Animais Tudo o que você precisa de sua lista de compras sem sair de casa. Entrega gratuita. Qualidade comprovada. Ligue já ! Atenção Nação Candomblecista. “Mais que um negócio, um serviço” cada dia que se passa, notamos que pessoas interessadas buscam a facilidade, a responsabilidade e um a m odo fácil de bem servir. Atualmente as coisas estão de uma certa m aneira d ifícil para todos, e m uitas vezes como diz a frase inglesa “Time is money” ou seja: Tempo é dinheiro! Foi pensando nessa frase, que surgiu no mercado já há algum tempo, um ser­ viço que está revolucionando o merca­ do, oferecendo uma facilidade fora do com um , e está deixando o povo-dosanto satisfeito com a sofisticada presta­ ção de serviço. Disk Santo! Mais o que vem há ser isso? E para nos contar o que é esse tipo de serviço, é que nossa repor­ tagem procurou Eduardo Ferreira, o Diretor Comercial do Disk Santo. OA - Como surgiu a idéia do Disk Santo” E F - Os seus idealizadores são prati­ ca n tes desde 1978, com raiz na U m banda e hoje, ca n d o m b lecista s atuantes. Sentiram na própria pele o que era efetuar uma compra de artigos reli­ giosos para a realização de suas oferen­ das, tra b a lh o s e obrigações. D a í a necessidade de um serviço moderno e competitivo que excluísse o tempo perdi­ do com congestionamento, trânsito, pro­ cura, espera, estacionamento, etc. OA - Como fazer para comprar no Disk Santo? E F - A partir de agora, o cliente não precisará mais se deslocar de sua casa e ir a uma ou mais lojas, você se basta ele ligar para 258-1573, e toda a sua lista será satisfeita integralmente e com uma grande vantagem, a mercadoria será A entregue gratuitamente em sua residência. OA - Geralmente, o comprador deste segmento do mercado está acostumado a procurar, pechinchar em várias lojas, buscando economizar ao máximo. Qual a estratégia montada pelo Disk Santo, para reverter esta prática? E F - O fato é que nossa empresa efe­ tua esta pechincha para o cliente, com uma diferença, junto aos principais fo r­ necedores do setor. Em conseqüência, costumamos dizer que não temos “com­ pradores” e sim, clientes que confiam em nosso serviço e preço. Alguns, inicialm ente, até fizera m orçamentos para comparação - o que sempre aconselhamos, pois é uma práti­ ca saudável - e tiveram uma grata sur­ presa. Experimentem! !! OA - Qual o segredo deste sucesso? E F - Somos obstinados por preços cada vez mais baixos. Nossa negociação com os fornecedores é direta e o trabalho é árduo, mas o resultado é compensador para os nossos clientes. Pois trabalhamos com margem mínima de lucro a fim de sermos competitivos no mercado. OA - De zero a dez, qual o grau de dificuldade encontrada na estrutura e funcionamento do serviço? E F - E difícil uma resposta objetiva a esta pergunta. O importante não era criar um serviço inédito e sim, um servi­ ço sério e de responsabilidade como o nosso culto merece. A nossa margem de erro deveria girar em tomo de 0% - zero p o r cento -. Certamente a satisfação alcançada é fruto deste intenso trabalho preliminar. OA - Que tipo de problemas enfren­ taram e\ou enfrentam atualm ente? E F - A p erg u n ta é interessa n te. Inicialmente o Disk Santo se responsabi­ lizava por entregas de animais e confec­ ções de roupas, o que causou-nos alguns problemas. Hoje, continuamos oferecen­ do o serviço de forma mais profissional, recorrendo a terceirização. O problema era encontrarmos parceiros que comun­ gassem com nossa filosofia de trabalho, o que hoje é realizado. OA - A lém do atendim ento pelo tele­ fone, de que form a o povo-do-santo de um modo geral, p o d e c o m p ra r p e lo Disk Santo? EF - Basta enviar a lista de comprar - com antecedência -, para: Disk Santo Caixa Postal n° 25.073 - Rio de Janeiro - Brasil - CEP 2552970 - Envie endere­ ço e telefone de contato - se tiver -, e fazemos o orçamento de sua lista, sem compromisso. OA - O Disk Santo oferece algum a opção de pagam ento? E F - Sim! O Cliente por efetuar o pagamento à vista ou pêlos cartões de crédito VISA ou CREDICARD/M ASTERCARD. OA - Para finalizar, qual a diferença do Disk santo em re la ç ã o a u m a lo ja aberta que tam bém realiza entrega? E F - Como praticamente não traba­ lhamos com estoque, o que interessa aos nossos fornecedores não é a compra que efetuamos, e sim, o volume de nossas vendas. Só compramos o que vendemos. Praticamente as lojas convencionais de artigos religiosos, estão conglomeradas e realizam uma concorrência entre si no varejo -. Esta é a diferença básica. ■ 30 ò íísà s (■ : miemos ABRIL/1997 Tata-de-lnkice Tiãozinho D 'O xóssi confirma O g ã s, Ekédi e lyá Laxe Axogun Carlos recebe obrigação de 7 anos lê de Oxóssi, do Baba­ lorixá Tiãozinho, que fica localizado na Rua Delfos - Curicica - Jacarepaguá, viveu no período de 18 a 20 de ja n e iro , uma grande movimentação. Na noite do dia 18, foi come­ m orada a obrigação de 7 anos do Axogun Carlos, como também, foram con­ firmados os novos Ogãs da casa, que são: José Ricar­ do de Exu e Vicente Ju­ nior de Ogun; Ekédi Cu­ ca de Oxumarê e lyá Laxé Laiza de Ewá. Uma festa deste porte, tem que haver muita orga­ nização, em razão de ser m uito com plexa, pois há vários momentos diferentes, por causa das m odalidades das solenidades. O zelador e toda a sua equipe, trabalham muito nesse período, tendo em vista que, no dia da festa irão receber inúmeros convidados, por esse motivo, tudo tem que estar nos conformes. I diferente, como também, atenderam a ordem do Ta­ ta para que fizessem o tra­ dicional Ingorossi. Quando isso ocorreu, vários filhos da casa e alguns convida­ dos, viraram em seus Inkices. N essa ocasião, os In k ices que estavam no salão, tomaram o tradicio­ nal rum e depois foram des virados. • As grandes presenças - Nessa noite, nossa equipe de reportagem constatou que estiv eram p re sen te em casa de Tiãozinho, entre filhos da casa e convi­ dados, as seguintes pessoas: Rosângela de Iansã, mãe do Ogã Vicente Junior Sônia da Oxun, Axogun Pedrinho de Xangô, Ekédi Sônia de Oxalá, Ogã Luiz Henrique de Ogun, Peji-gã Eurias de Oxalá, O gã H élio de Exu, A xogun Ururai de Oxóssi; lida de Iansã, Ekédi Jaciara de Xangô, lyá Laxe Janaina da Oxun; Axogun José Maria de Xoroquê; Lurdes de Oxumarê; Elizabete de Ogun, M árcia de Y em anjá “K a iá ”; Ogã A m a u ri de O xóssi, Ana C osm e de Ogunjá; Ogã Edivaldo de Xangô; Kely Kristina de Oxóssi, Maria de Fátima de O ssâim ; Janaina de Iansã, L uiz de Oxalá, Marcos de Obaluaiê, Virgínia de O xum arê, A xogun A n tô n io Vaz de Yemanjá, Natalina de Iansã, Axogun Delson de Exu; Juraci de Oyá, Lurdes de Obaluaiê, Cilmar de Xangô, Carlos de Oxóssi, Adriana de Ossâim, Tatiane de Nanã, Valmir de Oxóssi, Rosana de Iansã, Valéria da Oxun, Ana Paula de Bessém, Mateilli de Omolu, Alexandre de Logun, Virgínia de Yemanja, Marilda da Oxun, R eu íse de Iansã, A xogun Roberto de Oxaguiã; Olivia de Oba­ luaiê, Ekédi Aparecida de Ewá, Carla Mordokh Dassa, de Iansã, responsável pela co nfecção das roupas usadas, tanto pêlos Ogãs, Ekédi, lyá L axe e pelo Axogun Carlos; Lídia de Oxumarê e Ana de Oxalá. • Tiãozinho não é Babalorixá e sim Tata - Tendo em vista que, Tiãozinho foi feito na nação Angola, o mesmo merece ser chamado daqui pra frente não de Babalorixá e sim, de Tata-de-lnkice T iãozin h o D ’O xóssi, títu lo que o m esm o m erece m uito bem , pois, no desenrolar da festa, pudemos ver o seu alto grau de sabedoria dentro da sua nação. • As entradas marcantes - Eram apro­ ximadamente 01:50 hs, quando ocorreu a primeira entrada no salão, dos Ogãs, da Ekédi, da lyá Laxe e do Axogun Carlos de Oxóssi, que recebeu a sua obrigação de 7 anos. Essas entradas ocorreram várias vezes, tanto dos que foram confir­ mados quanto ao Axogun, e em cada entrada, os mesmos usavam um traje • Novos Iaôs dão o se M orunkô - A ntes que fosse realizada as tradicio­ nais saídas dos novos iaôs, foi feito um pequeno inter­ valo a fim de que, os filhos da casa e os convidados, pudessem respirar e reali­ zar alguma necessidade. Mais tarde, o candomblé seguiu o seu curso normal, finalmente chegamos ao momento das saídas dos novos iaôs - O xóssi e O baluaiê - e as 04:45 hs a Ia lo rixá Angela Priscila de Exu, solicitou que o Iaô de O baluaiê pronunciasse o seu M orunkô; Depois, a Ialorixá Rita de Iansã, solicitou o de Oxóssi. Ao ser pronunciado os Morunkô, houve o que todos nos já sabemos, várias pessoas viraram em seus orixás, mostrando desta forma, o testemunho da feitura dos novi­ ços. Depois desse ato, houve a saudação tradicional, e os Iaôs foram recolhidos a fim de trocarem as suas indumentárias, para quando retornarem ao salão toma­ rem rum. Enquanto isso, o candomblé prosseguia e os Ogãs cantavam para os Inkice que estavam no salão, aguardando o retorno dos novos Iaôs. Ao retomarem ao salão, pudemos ver o bom gosto e à simplicidade, nos para­ mentos usados pêlos noviços, e momen­ tos depois, os Ogãs começaram a cantar os Orikis e os Inkices tomaram então o rum tão esperado. Foram m om entos bonitos e que de fato ficará na história das festas ocorridas em casa do nosso Tata-de-lnkice Tiãozinho D ’Oxóssi, e entrará para os anais do Candomblé no Estado do Rio de Janeiro. ^ ABRIL/1997 O R IS A S [:■ A F R IC A N O S 31 Tiãozinho realiza procissão e festa em louvoi à Oxóssi omo aco n tece anualm ente, o T ata-de-Inkice Tiãozinho de Oxóssi, realizou mais uma vez, a tradicional procissão em louvor a seu Pai Oxóssi. Há vários anos esse ato é realizado pelo zelador em questão, e conta sem­ pre com o apoio de seus filhos-de-santo e da comunidade de Curicica - Jacarepaguá. A procissão percorreu várias ruas do bairro e depois retornou ao Reino de O xóssi, após a sua chegada, foi rezada uma santa m issa em louvor a São S e b a stiã o , com a p re se n ç a de todos os participantes. Durante a cele­ bração da m issa, Tiãozinho e vários filhos seus puderam receber a santa hóstia. Este ano a mesma foi celebrada pelo M o n sen h o r N agui - da Ig re ja Ortodoxia - Paróquia de São Sebastião e São Jorge, que fica localizada no bairro de Curica. • Toque em louvor a Oxóssi - Termi­ nada a missa, houve o tradicional toque de candomblé, em louvor a Oxóssi, que é o patrono da casa. Quando o mesmo chegou e adentrou ao salão, houve uma grande salva de fogos de artifícios. Depois de ter recebido a justa e mereci­ da homenagem, por parte dos Ogãs da casa, que não pouparam cantigas, o Orixá iniciou a sua despedida, deixando mais uma vez uma doce e terna lem ­ brança. Como parte da comemoração, foi oferecido aos presentes um lauto jantar, regado a cerveja e refrigerante. • M inha boa ação - Depois da festa religiosa, é sempre bom batermos um papo descontraído com o zelador, a fim de sabermos um pouco de sua vida par­ ticular, pois existe pessoas que gostam de por pra fora as suas idéias e seus ideais. No dia 20 por exemplo, ficamos sabendo que o T ata T iã o zin h o de Oxóssi, tinha em mente construir um grande asilo para pessoas velhas como também, um orfanato. Esse fato ainda não ocorreu, salientou Tiãozinho, por­ que existe muitas coisas que têm de ser efetuadas, há muitas exigências por parte do governo, e isso fica caríssimo, eu já solicitei de meu advogado, que tom asse umas providências, mais ele veio com uma lista tão grande que eu achei melhor fazer o que venho fazen­ do, que é distribuir mensalmente 150 cestas básicas para as pessoas caren­ tes, que são rigorosamente cadastradas; trazer crianças de orfanato e dár a elas roupas, café da manhã, almoço, lanche, jantar, brinquedos, passeio etc. Acredito, prosseguiu Tiãozinho, que fazendo essa caridade, estarei sempre ajudando à alguém, e praticando uma boa ação, porque, construir um orfanato dos moldes que eu tenho em mente, é muito difícil. • A grande festa de Maria Navalha Mais um ano, mais um mês, mais um dia. A Maria Navalha tomou a liberda­ de de convidar aos amigos, clientes e filh o s -d e -sa n to , todos aq u eles que fazem parte do dia a dia, dentro do ritual espiritualista, para participar da sua festa que será realizada no Sábado de Aleluia - dia 29 de março de 1997 às 23 horas, na Rua D elfos na 14 Curicica - Jacarepaguá. Temos que lem brar de tudo nesse mundo, que as crianças de hoje, são os idosos de amanhã; não adiante olhar só para um, senão não teremos o outro. Pois se não fossem os idosos, não teríamos o adulto para cuidas da criança e se não fosse a criança; não teríamos o adolescente, o jovem e o velho; portan­ to, nós temos que agradar o início, o meio e o fim. Como agradar? Os jovens de hoje, são o meio; então, temos que cuidar do início que são as crianças e dos melho­ res m om entos para o resto das suas vidas; que são os idosos. Esu m a se m i omo elom iran A x é Esu M ojubá B aba m im axé Exú não m e fa ç a m al N o filh o do outro M eu respeito. Exu fo rça s m 32 ÒRÍSÀS & ftPItCftUOS ABRIL/1997 M arilza de O dé recebe o seu D eká epois de m ais de 33 anos de feita no santo, Marilza de Odé, que foi iniciada em 11 de ja n e iro de 1964, pelo B abalorixá Jaram ideu O ò sà à lü fá à “ O xalufã”, conhecido no Par­ que José Bonifácio - São João de Meriti - RJ, como João Baiano, pode rece­ ber o seu D eká e o seu Irukèrè, sím bolo sacer­ dotal, das mãos do Baba­ a lá á w o Ifá B um in do Ogun States - Abeokuta Nigéria. D • Q uem fo i seu p r i­ m eiro z e la d o r - João B a ia n o , era filh o de M aria Julia - S alvadorBA, fa le c e u em 20 de jan eiro de 1972; com o seu falecimento, Ifá determinou que a h e rd e ira do A xé se ria Iyá J a cira D ’Osun, atualmente com o Ilê Axé no Parque Flora em Miguel Couto - Nova Iguaçu - RJ. • Meus Agradecimentos - Após o tér­ mino de sua festa, nossa reportagem pro cu ro u a an fitriã , a fim de saber como ela se sentia e se desejar fazer algum agradecimento, e com o seu sor­ riso a mesma enfatizou: Eu não poderia deixar neste momen­ to de agradecer as pessoas que, durante esses 33 anos de santo, me passaram inúmeros conhecimentos, tornando-se assim , o verdadeiro Axé recebido, e essas pessoas fazem parte de m inha vida dentro do santo, entre elas estão: Mãe Yinhá de Nilópolis, zeladora de minha mãe carnal e que me c rio u ; Tio C lá u d io de M u qu i das A lm a s de R ealengo; Joãozinh o da G om éa; D id i de Ia n sã ; B ocu iu de O ssâ in ; N ezinh o de M u ritiba; M ãe G aúcha do B ate F olha; Ogã C aboclo Venta de Axé, do B ogun; D jalm a de L alu, da n ação J eje M a h i; Z é M a u ro D ’0 xóssi, do Pantanal; Ekédi A n g elin a , do P a n ta n a l; C a rlin h o s P e ji-g ã da Oxun. Quero deixar aqui tam ­ bém te ste m u n h a d o , os mais profundos agradeci­ mentos aos meus amigos: Gilberto Freire “Gilberto de E x u ”; D oda A k e s i D ’O ssâin , de P iritu b a ; A d erm ã de Ia n sã , de Jacarepaguá; Mãe Dalva de Iansã, do Gantois (Lar Santa Barbara); Babaa lá á w o “B a b a la ô ” J o s é E d u a rd o Fonseca Junior; Babaalááwo Jorge Buda (a quem eu agradeço por ter me ajudado a fazer meu enxoval de Exú a Oxalá); Paulo da Pavuna; Gina de Oyá; Mãe Neuza, da nação Jeje Mahi; P a i M iú do, da n ação J e je M ah i; minha Mãezinha Criadeira, lyakunle D ireto ra da F ITA C O - F edera çã o In te r n a c io n a l das T ra d içõ es aos Cultos dos Òrisàs; meu Pai Pequeno Babaalááwo “Babalaô” King “Adesin a ”- fu n d a d o r do C entro C u ltu ral Odudúwà; Ao seu Desuelo,- com seus 80 anos de idade e iniciação em Ifá pelo seu carinho, pela sua humildade, p elo seu am or e sua dedicação; ao Babalorixá Plínio de Vargem Grande; a Iyá Neide de Arujâ; aos meus filhos, clientes e amigos, que compareceram ao Saara de Odé Ireó. • Agradecimento especial - Em espe­ cial, quero deixar patenteado os mais profundos agradecim entos, ao meu atual zelador Babaalááwo Ifá Bumin do Ogun States - Abeokuta - Nigéria, possuidor do mais alto grau de que um Babaalááwo pode alcançar na Africa, pois de suas mãos pude receber o meu Deká e o meu Irukèrè, símbolo do meu sacerdócio. HBRI1/1997 OIHEAE í'r A FRÍCANOS 33 /tose D ’Dangbé PÁGINA DA MULHER Dias não-férteis para qualquer ciclo menstrual ns dos tem as m ais discutido a tu a lm e n te no B ra s il e no mundo, é o controle da nata­ lid a d e . E m a lg u n s p a ís e s e x is te m ed id a s d rá s tic a s a fim de que a p o p u lação não cresça em dem asia. M as o que nos in te re ssa m esm o é saber com o nós m ulheres poderem os evitar um a gravides, pois sabemos m uito bem que existem vários m éto­ dos - tabelinha, anticoncepcional e a fam osa cam isin ha -, no entanto, e x is te m in ú m e ra s m u lh e re s que ainda não sabem ou não gostam de usar esses preservativos. Tem pessoa que não pode usar pílula de qualquer tipo; outra não se adapta com o anti­ q u ad o d ia fr a g m a , p o is às v ez es causam cistite. Há m ulheres que tem o período menstrual, bastante regular, que é de 28 em 28 dias, em às vezes não sabem como ter relações sexuais neste perío­ do, e aqui vai uma pequeno método se for usado corretamente, caso negativo poderá ter algum risco. U • Sinal de Beelings - A margem de segurança sobe para 95% quando a m ulher passa a observar o sinal de Beelings, que caracteriza a época da ovulação. O sina de B eelin gs é um muco cervical elástico, uma secreção viscosa de cor parda ou clara, seme­ lhante à clara de oco, e é percebida pela mulher quando ela se enxuga com o papel higiênico. Esse sinal dura aproxim adam ente de 4 a 5 dias e, quando desaparece, indica que a época da ovulação termi­ nou, que a mulher saiu do período fér­ til. Algumas mulheres, além do sinal de Beelings, sentem um a pequenina cólica quando a ovulação tem início. O u tras notam que, com o sin al de Beelings, aparece tam bém um a estria de sangue. TABELA DE DIAS ESTÉREIS Considere L o intervalo mais longo entre as menstruações do ano passado e C o intervalo mais curto L 32 29 32 29 32 29 32 29 32 29 32 29 32 28 32 27 32 28 32 28 32 28 31 C 32 27 31 26 30 25 29 24 28 23 27 22 26 28 25 27 24 26 23 25 22 24 31 dias estéreis 1° até 13° desde 20° 1"até 8 o desde 1 7o 1 °até 12° desde 20 1° até 7o desde 17° 1° até 11° desde 20 1° até 6 o desde 17° 1 ° até 10° desde 20 1 ° até 5° desde 1 7o 1° até 9 o desde 20 1" até 4 odesde 1 7o 1° até 8 o desde 20 1° até 3 o desde 16° 1° até 7o desde 20 1 ° até 9 o desde 16 o 1° até 6° desde 20 1 ° até 8 o desde 16 o 1° até 5 o desde 20 1° até 7o desde 16° 1° até 4 odesde 20 1° até 6odesde 16° 1° até 3 odesde 20 1° até 5 odesde 16° 1° até 12° desde 19° • O v u la ç ã o - A é p o c a em q u e a m ulher pode engravidar - ocorre, em média, 14 dias antes da menstruação seguinte. Num ciclo de 28 dias, signi­ fica que a ovulação ocorrer no meio do ciclo, ou seja, no 14° dia. Por medi­ da de segurança, devemos acrescentar ou diminuir quatro dias a este número: 14 + 4 = 18 -14 - 4= 10 Por esse cálculo minhas amigas, o período fértil fica entre o 10° dia e 18° dia. E sendo assim , do 1° ao 9° dia, vocês estarão livres para ter relações sexuais, assim com o a partir do 18° dia do ciclo. • T abelinha ou m étod o de O gino (japonês) e Knaus (austríaco) é 90% segura em mulheres com menstruação regular (sem atrasos ou adiantam en­ tos) e que obedecem direitinho à tabe­ la de dias férteis e não férteis. Um descuido ou um a conta errada pode significar um a gravides não deseja­ da. 28 31 28 31 27 31 27 31 27 31 27 31 27 31 27 31 26 31 26 30 26 30 26 30 26 30 25 30 25 30 25 30 25 30 24 30 24 29 24 29 23 23 30 22 29 27 28 26 27 25 26 24 25 23 24 22 23 26 22 25 30 24 29 23 28 22 27 25 26 24 25 23 24 22 23 24 22 23 29 22 28 23 1° até 4 odesde 16° 1° até 11° desde 19° 1° até 3 odesde 16° 1° até 10° desde 19 1° até 8 o desde 15° 1° até 9 o desde 19° 1° até 7o desde 15° 1° até 8 o desde 19° 1° até 6 o desde 15° 1° até 7o desde 19° 1° até 5 o desde 15° 1° até 6 o desde 19° 1° até 4 o desde 15° 1° até 5 o desde 19° 1° até 3 o desde 15° 1° até 4° desde 19° 1° até 7o desde 14° 1 ° até 3 o desde 19° 1° até 6 adesde 14° 1° até 11° desde 18° 1° até 5 o desde 14° 1° até 10° desde 18° 1° até 4 o desde 14° 1° até 9 o desde 18° 1° até 3 o desde 14° 1° até 8 o desde 18° 1° até 6 odesde 13° 1° até 7o desde 18° 1° até 5 o desde 13° 1 ° até 6o desde 18° 1° até 4 o desde 13° 1° até 5° desde 18° 1° até 3 o desde 13° 1° até 4 o desde 18° 1° até 5 o desde 12° 1° até 3 o desde 180 1° até 4 odesde 12° 1° até 10° desde 17° 1° até 3 odesde 12° 1° até 9 odesde 17° 1° até 4 odesde 11° * Tabela p u b lic a d a o rig in a lm e n te na E nciclopédia M édica do Lar, Vol. 1 - E ditora M elhoram ento s - e s e ­ g u n d o a q u a l um a m u lh e r s a d ia pode ter idéia dos dias m ais seguros para m anter relações sexuais e não engravidar. Os dias in d ica d o s são co n ta d o s a p a r tir do p rim e iro dia da m enstruação. 34 Kelly Kriztina o m r n « AFRÍC A M O S • ABRIL/1997 '. No Caderninho da Kriz Sepultamento não é festa Existe pessoa que gosta mesmo de aparecer. Quando foi realizado o sepul­ tamento do Doté Luiz de Jagun, teve uma filha de Iansã, - que não é filha da casa - que compareceu no Ilê de São Bento, parecendo que ia mesmo par­ ticipar de uma grande festa. Vestiu a sua baiana mais linda, colocou as suas contas e suas altas orelhas. C laro não é! Foi o b serv ad a pela m aio ria dos p resen tes, que na boca pequena com eçaram a criticar o seu traje. Acredito mesmo que essa pessoa, deveria saber que o traje usado para esse tipo de cerimônia, é o mais sim­ ples possível, ou seja, roupa de ração. Agora: Quando for realizado o sirrum, veja se se manca, e vá apenas de roupa de ração, a fim de não ser criti­ cada novamente pelos seus mais velhos. ■ Falecimento - É com tristeza e pesar que comunicamos aos nossos leitores, o falecimento do Mejitó Clementino de Bessém, ocorrido no dia 13 de fevereiro de 1997. Clementino era filho de Seu Zezinho da Boa Viagem. O seu falecimen­ to tomou de surpresa todos os seus irmãos, Mejitó Clementino era uma pessoa por demais estim ada dentro da Nação Jeje Mahi e a com panhia fiel do Doté Nelson de Azansu, pois o mesmo fazia parte no seu programa levado ao ar pela Radio M aná Solimões às terças-feiras. ■ Quem também nos deixou no dia 16 de dezembro de 1996, foi o Babalorixá Joel de Ogum. Joel, tinha o seu barracão localizado à Rua Rita Batista, no km 40 da Estrada Rio-São Paulo - Campo Lindo. Se você não sabe! O melhor é ficar de boca fechada - Olha! Foi um verda­ deiro vexame. Uma determinada senhora da Umbanda deveria ficar calada, ou apenas prestar a sua homenagem dentro do seu ritual, - Umbanda - cantando o hino da umbanda e enaltecer a figura do finado Luiz. Agora, cantar - ônixê aauurê. é demais. Isso não se canta dentro do Kalundu. O pior de tudo, é que teve gente virando no santo. Essa é demais, e eu que estava bem afastada quando vi aquilo não acreditei. Teve gente da antiga que criticou e disse: Há! É ela! só podia ser ela! É colori, só pode ser colori. E les estão rindo de que? - Não sei não! Eu tenho até m ed o de fa la r, m ais n ão p o sso fic a r c a la d a . E x is te m om entos que as p essoas têm que se m ancar, porque senão, outros sem som bra de dúvida algum a irão com en­ tar, e esse com entário por certo não será nada de bom. Vejam as fotos acim a, elas estão representando o que? Será que depois do sepultam ento haveria m otivo para as e x p re ss õ e s fo to g rá fic a s ? E p o rq u e ta n ta c e rv e ja d a ? B eberam na verdade o d efu n to . A gora! Eu gostaria de saber o porque de tanto riso, pra poder rir tam bém . Por certo estão lem brando do finado; de suas brincadeiras; das piadas da C hica X oxa ou será porque... ^ ABRIL/1997 m \ m ê AFRICANOS 35 p orque fiquei sabendo que vão ser sa c rific a d o s 03 b o is, no to c a n te a bebida, serão nada m ais nada m enos de q u e 10 b a r r is d e 5 0 litr o s de chope. ■ Zerim “Axexê” Sirrum pra ninguém botar defeito - Quando me contaram eu não acreditei! Mas onde há fumaça existe fogo; O povo aumenta mas não inventa! E até agora ainda estou de queixo caído. Vai ser uma coisa pra ninguém botar defeito mesmo. Primeiro o preço R$ 15.000,00; Depois a comedeira, 100 Kg de camarão; 30 caixas de bacalhau e por último 50 caixas de cerveja. Agora! Quem é que vai pagar essa conta? ■ Compre o seu Alaká - Você que g o s ta d e u s a r Alaká, co m p a n o Africano legítimo, c h e g o u a sua grande oportunidade, pois a Ialorixá Omindarewá, está vendendo pano para confecção de Alaká, pelo m enor preço da praça. L igue hoje m esm o 679-1755 Olha! Eu juro que vi! Tem cada pano de cair o queixo ■ Bate-Folha “Kupapa Unsaba” em festa - Será realizado no próxim o dia 20 de abril, às 22 horas, a gran­ de festa em hom enagem aos 50 anos d e v id a r e li g i o s a d e Mamètu Mabeji. Rua Edgard Barbosa, 26 Anchieta - RJ - Ref. Igreja N.S. de Nazaré. ■ Retificação - Na matéria publi­ cada na Edição 40 - P. 5, onde se lê “Nação Jeje ganha os novos Mejitó’s”. Leia-se: Rômulo D’Bessém o mais Novo Mejitó- E ssa re tific a ç ã o é porque, todas as pessoas que são de Bessém, e quando recebem a obriga­ ção de 7 anos, na nação Jeje M ahi, são consideradas M ejitó. No tocante a Sandro D’Odé, o m esm o passa a ocupar o cargo de Doté. ■ A grande festa de Maria Nava­ lha - M ais um ano, M ais um m ês, m a is u m d ia . A Maria Navalha tom ou a liberdade de co n v id ar aos am ig o s, clien tes e filh o s-d e -sa n to , todos aqueles que fazem parte do dia a dia, dentro do ritual espiritualista, para participar da sua festa que será realizada no Sábado da Aleluia - às 23 h o ra s , n a R u a D e lf o s n a 14 C u ric ic a - J a c a re p a g u á . Você que ad o ra c h u rra sc o , n ão d ev e p erd er, grande festa da Iatemim Lurdes Ocorrida em casa do Doté Nelson D, Azunsu no dia 22 de março, sairá na próxima edição. INSTITUTO FILOSÓFICO CULTURAL LIOR Informa que estão aberto os seguintes CURSOS: TAROT GITANO (RAÍZES, ENCANTOS E MAGIA) CARMEM D’OXUM PSICOLOGIA ESPIRITUAL (CHAKRAS, TAi-CHI-CHUAN) - PROFESSOR COSTA INÍCIO - 12 DE ABRIL DE 1997 DURAÇÃO - 06 MESES DIA DA SEMANA - SÁBADO HORÁRIO - DAS 15 ÀS 18 HORAS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES ©761-1862 INSTITUTO FILOSÓFICO CULTURAL LIOR ATENDIMENTO COM HORA MARCADA PARA: TAROT GITANO E JOGO DE BÚZIO CARMEM D OXUM CABALA, PSICOLOGIA ESPIRITUAL, PRESSOTERAPIA (Alívio da Dor) e TAI-CHI-CHUAN (Relaxamento) (Duas aulas semanais) COM O PROFESSOR COSTA m Cheguei! Sou a nénem do papai Jair de Ogum e&foí v in d a a /o a , e aM aejf&ra a cA e^a da de uca fi/h a Q ^a /w te/a j ocow vido w o d ta iO de m avco-, é a noiáo-fw fia /a /y < * a/xi/cw üvá ¥> d e W yam -. m a m ã e ^ e ííe ie ij cem víd a oa an u a ca , fia w a ¿vem a u u c veü d ên ela j a fiim de fu ir/ic ffia /y e m , d a ^eáti/iM </ade ewi Acvm & na^em a cA e^ada d a 'M w a Aew devm . Ligue para 761-1862 36 AROMATERAPIA ORTSAH ft ArnfCAiNOC ABRIL/1997 Vamos falar dos perfumes leister C row ley, 777 diz: “A sensual sedução do benjoim é inconfundível. A rosa sugere naturalmente os aspectos mais físicos do sím bolo fem inino e finalm ente o sândalo é venusiano, em intuição pelo aroma, e em sensibilidade pela cor” . Também são da maior utilidade os produtos de perfum aria derivados de fontes animais, dos quais os mais usa­ dos são o âmbar-cinzento, o almís­ A A TABELA ABAIXO, MOSTRA UM ARRANJO DE FRAGRÂNCIAS FLORAIS E TIPOS DE PERFUMES, TAIS COMO: G RUP01 Odores primários GRUPO 2 Odores primários GRUPO 3 Florais exóticos simples 01 - jasmim 02 - néroli 03 - rosa 04 - cravo 05 - flor de trevo 06 - violeta 07 - lério-do-vale 08 - lilás 09 - lavanda 10 - verbena 11 - gardênia 12 - jacinto 13 - mimosa 14 - heliotrópio car e a algália. A p rin c ip a l d esv a n ta g em dessas classificações é que elas não oferecem m uito que possa ser usado pelo ini­ ciante na com posição propriam ente d ita dos p e rfu m e s. M esm o assim , ainda são úteis para saber as fontes de onde foram extraídos os materiais. E m uito im portante - já que a m aioria dos perfum es possui base floral - ter uma paleta organizada com um míni­ m o de tip o s flo ra is. A p a rtir deles serão criados com ponente equilibra­ dos que servirão de base para outros. Maurer também coloca à disposição do perfumista iniciante uma tabela que pode ser usada como o equivalente à paleta do pintor, m ostrando com o combinar fragrâncias florais para pro­ d u zir p erfu m es co n fo rm e a tab ela abaixo. O importante de tudo é que, o acompanhamento dessa tabela ajudará a entender a natureza e força do odor dessas substâncias arom áticas natu­ rais. 15 - ilangue-ilangue h ab ilid a d e em cam po tão cria tiv o . Graças a um conhecimento adquirido a p artir da experiência direta, você pode com eçar a criar m isturas novas acrescentando cada vez mais relevo às suas prim eiras m isturas. E sse é um passo essencial na composição de per­ fumes. Existem várias outras matérias-pri­ mas naturais, que seriam demais expor n e s te v o lu m e . M as se v o c ê q u e r m esm o fazer seu perfum e ou então deseja m ais algum a explicação, é só procurá-la em Perfum es and T heir P rod u ction , de E dw ard S. M au rer (1958) e Natural Perfume Materials, tra d u z id o do fra n c ê s p o r E d w ard Sagarin em 1949. Um fato também muito importante é que, no uso m ágico dos perfum es, d e v e m o s tra b a lh a r com os ó le o s essen ciais em sua form a pura, sem c o r tá -lo s com á lc o o l. P o is d e s s a form a, seu arom a, assim , é liberado pelo suave calor do corpo, e não pela e v ap o ração do álcool. A lém d isso, eles exercem um a sutil influência no indivíduo, pois parte deles é de fato absorvida para dentro do organismo. Usar produtos naturais no lugar de sin­ téticos pode ser esteticam ente m ais agradável. B em , a té o p r ó x im o n ú m e r o , q u an d o v o ltarem os a fala r... D os perfumes. (Fonte de consulta. A utilização ritual e m ági­ ca dos perfumes, publicado pela Nova Era - 1993). Experim entando toda com binação possível desses grupos básicos, você desenvolverá um conhecim ento intu­ itivo do seu trabalho. Você pode recri­ ar buquês conhecidos, como jasm imn éro !iro £ * ou ro s a -ja s m im -c ra v o . O u tro s d e riv a d o s c lá s s ic o s d e ssa paleta de óleos essen ciais incluem lírio-do-vale/jasm im /cravo, cravo/jas­ m im /v io le ta , ila n g u e -ila n g u e /c ra vo/jasmim e gardênia/lavanda/cravo. Os odores do mesmo grupo misturam-se muito bem, mas talvez as mis­ turas que combinam grupos diferentes sejam m ais in tere ssa n tes Q u alq u er uma dessas combinações básicas pode ser m elhorada ou acentuada com flo­ rais mais complexos ou outros botâni­ cos. Formar esses buquês é, para o per­ fum ista, equivalente a trabalhar em e s c a la s p a ra o m ú sic o : um p a ss o necessário para desenvolver a própria Agora em Bonsucesso tem B A Z A R 6 IG A N A DO URADA vrrcão d e Especializada em artigos de Umbanda, Candomblé e Esotéricos. Paramentos - Guias - Quartinhas Ibás - Livros - Imagens Presentes e Bebidas Fitas e Discos de Umbanda e Candomblé Rua Uranos, n9 461 - Loja B - Bonsucesso - RJ No próximo número iremos falar dos “Perfumes Planetários” ■ ABRIL/1997 o r iía s m ic p .m s . 37 Doté Nelson D'Azunsu, dá obrigação de 3 anos em Vânia de Freqüem omo havíamos noticiado, foi realizado no Rumpame Runtologi Nacunda, do Doté Nelson D ’Azunsu, no dia fevereiro, a grande festa em home­ nagem a obrigação de sua filha futura “M ejitó” - Vânia de Fre­ qüem (Dâni). Festa em casa do Doté Nelson, nos reserva sempre uma surpresa, e essa não poderia deixar de aconte­ cer, pois, embora tenha sido em dia de domingo, e praticamente antes dos festejos de momo, pode-se observar que o barracão tornou-se mais uma vez pequeno para abrigar os inúmeros irmãos, parentes de santo e convivas, que foram dar o seu testemunho e cumprimentar o zelador e sua filha. Vânia é aquela jovem filha que, embora não aparenta, é por demais dedicada dentro e fora do santo, foi para casa do Doté Nelson, sem sa­ ber na verdade o que era fazer santo dentro da nação; Dia após dia, foi se entrosando, aprendendo e vencendo os principais meandros e obstáculos que apareceram em seu caminho. Por esse motivo, é tida pelo seu zelador, como um bom exemplo, e num futuro bem próximo, será uma representante ilustre da nação Jeje Mahi; Aliados aos seus atributos, como também, pela personalidade impar que possui, Vânia passou a ser digna de todo respeito, pois tem sobre o seus ombros uma grande incumbência, tendo em vista que, o seu Vodun, tem a grande responsa­ bilidade de ser, a rainha da nação, já que ela é de Freqüem - “Dâni”Parte feminina de Dã, a serpente fêmea do arco-íris, em candomblé Jeje. Corresponde à Bessém de Oxumarê. Dã ou Dangbé - Ser­ pente sagrada, do Daomei (atual Benin), princípio da mobilidade e da eternidade, representada engo­ lindo a própria causa, formando um círculo sem princípio nem fim. C 26 de Foi trazida pêlos Jeje para a Bahia e Maranhão. Adotada pêlos nagô, passou a ser, ainda na A frica, Oxumarê, “a serpente do arcoíris”, Seu culto fo i bastante difun­ dido na Bahia, onde deixou vestí­ gios nos ferros de Oxumarê, em form a de serpente, pinturas em parede etc. Em alguns xangôs do nordeste eram conservadas cobras (jib ó ia s) vivas. Atualm ente, em culto afro-indígenas, até no Rio há terreiros cuja Mãe-de-santo dança com cocar e uma jibóia viva no pescoço. No M aranhão é D am bira Vodun, chefe da fa m ília dos Voduns da terra, cultuado em S. L uiz do M aranhão, na Casa Grande das M inas e em outros candomblés Jeje de outros lugares. E a mesma Dã - D angbé sendo apenas tobossi de uma noviche. Em candomblé Jeje-nagô do Rio, Dã “m o ra ” ju n to à árvore da fruta-pão, ao p é da qual ficam seus assentamentos”, em uma cabana (fonte de pesquisa Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros “Olga G. Cacciatore”. ^ 38 OlíISâS !■■ ■ AFEÍCAN-OS ABRIL/1997 Dos grandes momentos da festa urante o transcurso da festa, houve m om entos de rara beleza, e como sempre* po­ demos mais uma vez assistir a che­ gada de vários Voduns, anteceden­ do o que seria o grande momento. E isso ocorreu, as saída programa­ das mostrou mais uma vez o bom gosto que essa jovem filha-desanto tem em querer homenagear aquela que tudo é para si. E quando chegou o momento principal, em que Freqüem adentrou ao barra­ cão, vários filhos - novos e velhos foram tomados pelos seus Voduns, m ostrando desta m aneira, que a Nação Jeje recebia mais uma vez, com todo respeito e honras mereci­ das, a sua rainha e o seu rei, pois o Mejitó Rômulo também foi to­ mado por seu pai Bessém. A mesma usava uma indumentá­ ria lindíssima, uma fazenda impor­ tada, numa tonalidade clara com som breado azul; ostentando os seus barajás de búzios - onde é mostrada a sua origem daomeana - no seu pano de cabeça, Vânia teve o cuidado de fazer um lindís­ simo arranjo todo enfeitado com búzios e guizos, que term inava com uma longa ponta. Em cada cantiga que era entoa­ da, Freqüem mostrava toda a sua galhardia, que terminou com o seu ato principal, quando ela ajoelha-se e faz a ação de dar um bote. Foi um espetáculo digno de ser visto e ser guardado para sempre em nos­ sas memória, pois o mesmo foi e será eternamente comentado pêlos convidados que tiveram a honra de apreciá-lo. Mais uma vez, queremos para­ benizar - Doté Nelson de Azunsu este batalhador, que a cada dia que Terminada a festa religiosa, foi oferecido aos inúm eros convi­ passa, mostra aos olhos do mundo, dados, um leve jantar, onde o cardápio foi bem variado, não fal­ o porque que é tão procurado e res­ tando a tradicional bebida gelada; vinho e refrigerante. Os convi­ peitado dentro e fora do candomblé dados depois de alguns m om entos iniciaram as suas despedidas, e no Estado do Rio de Janeiro, sendo tem os certeza que, aguardaram ansiosam ente a nova obrigação, por m uitos apon tado com o o quando poderem os assistir a entrega do Deká, pois quem já fe z a defensor fervoroso e divulgador da de 3 anos, certamente irá fazer a de 7. Porque não!!! Nação Jeje Mahi. ■ D ABRIL/1997 0 l;[£A£ & AFEÍCAWOC 39 Ebâmi Loiá Lelê do 4 0 ', recebe obrigação de 21 anos dia 21 de dezembro jamais será esquecido por essa modesta e simples zeladora de Orixá, como também, dos participaram de sua grande festa. O seu barracão pode abrigar inúmeros amigos que foram lhe prestar as devidas homenagens em comemora­ ção a sua obrigação de 21 anos de santo. Tendo atualmente como seu zela­ dor o B abalorixá Benedicto de Oxalá, Ebâmi Loiá pode concretizar o seu grande sonho, que foi receber das mãos deste modesto e competen­ te zelador, a sua obrigação de maiori­ dade. Foi uma festa linda, onde mais uma vez este humilde repórter pode apreciar o toque de candomblé tradi­ cional, ou seja, candomblé da antiga, pois lá estava a Iyalode mais antiga do Rio de Janeiro, Mãe Chica de Oxalá, que se fez acompanhar de Cláudio de Ogum. Ebâme Loiá relutou muito para tomar essa decisão, que foi receber a obrigação de 21 anos com o Babalorixá Benedicto de Oxalá, mas tendo em vista que o seu antigo zela­ dor estava doente e sendo o atual uma pessoa das mais conceituadas dentro do Rio de Janeiro, Oyá achou por bem que a sua filha desse a cabe­ ça a ele. Foi uma festa que podemos dizer sim ples, mais com muito gosto, embora estivéssemos tendo estáva­ mos às vésperas do natal e muitas pessoas não puderam se fazer pre­ sente - por estarem viajando -, por essa razão, o barracão da Ebâmi não ficou superlotado, mais a assistência foi boa, mais no final de tudo, o que vale mesmo e a obrigação e a presen­ ça dos amigos fieis. Entre esses amigos estavam José Carlos de Omolii, Tata de Iansã, Marcos da Oxum, Ekédi Mérida da Oxum, Venilton da Oxum, Dalmir de Ossâin, Jairo de Oxóssi, José Raimundo de Oxóssi, Edyr de Oxalá, Alice da Oxun, Cleide da O que Oxun, Osvaldina da Oxun, Morena de Oxumarê, Juçara de Ogun, Ana de Iansã, Ilka da Oxun, Marione de Iansã, Antônio Carlos de Xangô, Márcia da Oxun, Ekédi Fabiana da Oxun, Elaine de Obaluaiê, Eliza de Iansã, Eli de Yemanja, Cecília de Iansã, Adélia de Xangô, Maria Helena de Xangô, Fabiana de Logun, Míriam de Xangô, Lijiane de Oxalá, Roselaine, Jader de Oxóssi, Edilon de Omolu, Coutinho de Xangô e Jaciara de Ogun, de Salvador-BA. 40 m m fe / ¡ « c a n o s ABRIL/1997 A chegada de Oyá na Roda de Xangô e n tr o d o r i t u a l C a n d o m b le c ista , te m q u e h a v e r um a seqüência, m orm en­ te quando um a filha-deo rix á e s ta re c e b e n d o a su a o b rig a ç ã o de 7, 14 ou 21 an o s. D e a c o rd o com a sua nação, é feito um ato a fim de que seu orixá tom e a sua cabeça, e n a n a ç ã o Ketu is s o o co rre q u an d o é feito a t r a d i c i o n a l Roda de Xangô. E fo i d u ra n te a re fe rid a ro d a que Iansã tom ou a cabeça de nossa q uerida Ebâmi e com a sua chegada, outros o ri­ xás tam b ém to m a ra m a cabeça de seus filhos. D epois de alguns in s­ ta n te s , a d o n a d a fe s ta re tiro u -s e do salão d e i­ xando os dem ais orixás a fim de q u e os m e sm o s p u d essem ser re v e re n ­ ciados. F oi algo bonito, pois para cada um foram puxadas várias cantigas, e com isso a festa ganhou um novo clim a. Q uan d o atin g íam o s 02 h o ras da m ad ru g ad a, a d o n a da fe stiv id ad e, ad en tro u ao salão, com um a o u tra in d u m e n tá ria e p asso u a d istrib u ir os seu s tra d ic io n a is acarajés. F oi m ais um m o m en to de b eleza, p o r­ que desde o m ais antigo até ao m ais novo, todos se curvaram para rece­ b e r a c o m id a p r e d ile ta do o rix á , m o stra n d o co m isso , a h u m ild a d e ex iste n te en tre os p a rtic ip a n te s da festa. D os am igos presentes. T ã o lo g o te r m in o u o p e q u e n o i n t e r v a lo , o s O g ã s i n i c i a r a m o to q u e , e m ais u m a v ez tiv e m o s o p razer de ver Iansã adentrar ao salão tra z id a p o r B e n e d ic to de O x a lá e M ãe C h ic a q u e v in h a à fre n te de todos. O público presente foi tom a­ do de em o ção e lan ça ram so b re o orixá as tradicionais pétalas de rosa e o v a c io n a v a a s u a s a u d a ç ã o n a d a a fe s ta sa g ra d a , p ro c u ra m o s Ebâme Loiá a fim de cum prim entála p e la m a g n ific a festa, e tam b ém para ouvir algum as palavras suas. E q uando lhe p erg u n tam o s com o ela se sentia, a m esm a naquele seu tom risonho enfatizou: E pahei!!! O yá!!! - Iyá mésàn òrunü! Epahei!!! D epois que re ceb e u o seu tra d i­ c io n a l e m e re c id o rum, ch e g o u o m om ento da dona da festa iniciar a sua despedida, e cum prim entando a m ais velha e ao seu novo zelador, ela foi abraçando os convidados de um a um até chegar a vez dos Ogãs. E num clim a m arav ilh o so , ela te r­ m inou a sua d esp e d id a e aden tro u ao rondeme a fim de desvirar. • Oyá retorna e toma rum D epois que term inou a distribuição d o s a c a ra jé s , Ia n s ã re c o lh e u -s e a fim de tro c a r a su a in d u m e n tá ria . E nquanto isso, era servido aos p arti­ cipantes aqueles salgadinhos acom ­ p a n h a d o de re frig e r a n te e alg u n s d o s p a r tic ip a n te s a p r o v e ita ra m a o p o rtu n id a d e p a ra fu m a r o seu cigarrinho e b ater aquele papo com • Meus agradecimentos - T erm i­ Olha nego! Eu estou realmente muito feliz! Digo feliz porque, não é sempre que uma filha de santo pode ter a companhia de seu zela­ dor e de uma mais velha, como é o caso de Mãe Chica. Todos sabem muito bem que a minha casa é m odesta, é hum ilde e eu mais ainda, e acredito que todos que vie­ ram ver minha mãe Iansã, devem estar satisfeitos. Recebi a minha obrigação e agora o que mais posso dizer? Somente uma coisa: O brigado Oyá! Obrigado Pai Benedicto de Oxalá e muito obriga­ do mesmo Mãe Chica de Oxalá por ter participado de tudo. E aos meus amigos muito obrigado também. ■ r Umbanda Religião Jeje uma Tradição Ouça todas às Terças-feiras, das 22 às 24 horas, o programa mais antigo levado ao ar pela Rádio Mauá Solimões, Umbanda Religião Jeje uma Tradição Apresentação do Doté Nelson D’Azunsu. Ligue e participe!!! RUMPAME RUNTOLOGI NACUNDÁ NAÇÃO JEJE MARRYM DOTÉ NELSON D AZANSU Rua Valéria Cristina, Quadra 32 - Lote 16 Jardim Ideal II Parque São José Belford Roxo - (Nova Iguaçu) - CEP 26196-140 - Celular 986-1537 Consulta com Jogo de Búzios e Cartas, de segunda a sábado a partir das 9h da manhã. R A D IO M ARRYM FM 93,7 - S T E R E O Você que mora na Zona Oeste, agora tem um motivo a mais para ouvir as boas músicas', sintonize diariamente das 06 às 00 hs, a sua Radio Marrim FM - 93,7 - Stereo. Com a maior programação do Culto e da Cultura Afro-Brasileira Comando: Doté Nelson de Azansu e Mejitó Rômulo de Bessém. Av. Marechal Fontenelle, 544 Salas 303/304 - Realengo/Mallet S331-5749 Marrym Vídeo Locadora Venha à nossa loja, e tenha certeza de encontrar as melhores FITAS de filmes nacionais e internacionais, além de uma farta coleção de fitas de CANDOM BLÉ E UM BANDA. Rua Antônio João Mendonça, 1476 - Loja - Nilópolis - RJ Palias na vanguarda da cultura Negro Brasileira, apresenta seus últimos lançamentos AI 1 ( 0 V I A 1 R UE A R R Abraçando um universo de4 376 cantigas de Nação Keto, contendo o texto em Yorubá, sua tradução fonética (pronúncia) e para o português, este é o mais completo trabalho já publicado sobre o tema. UÍÂiS T' 0GUN ELEGUN In ic ia ç ã o no C andomblé Mais uma vez TÓgun nos presenteia com sua sabedoria g experiência em um livro que, segundo suas próprias palavras, é dedicado a todas as pessoas desejosas de aprender os rituais da religião dos Òrisà. JALLAS Editora e Distribuidora Ltda O C G GNCONTRA AS OBRAS DA PALLAS, MAS LIVIRARIAS GSPGCIAUZADAS, C A M DG ARTIGOS DG SANTO, BOXGS DAS G STAÇÕGS RODOVIIÁRIAS G BANCAS DG RGVJISTAS. ATGNDINGNTO PGLO RG G M BO LSO POSTAL (ANOTAR O S UVIROS DGSGJADOS). SOLICITG NO SSO CATÁLOGO. Rua Frederito de Albuquerque, 44 - Higienópotis Rio de Janeiro - RJ - CEP 21050-840 S (021) - 270-0186 - Fax: 590-6996


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