An o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 1 P O N T E R O L A N T E c a d e r n o d o a l u n o Diretoria Executiva Geral Superintendência Técnica Coordenação de Promoção Social e Desenvolvimento Profssional Educação Profssional: Ponte Rolante Modalidade Presencial Caderno do Aluno Elaboração, conteúdo técnico, diagramação e ilustração Escola do Transporte Maio/2009 Fale com o SEST/SENAT 0800.7282891 www.sestsenat.org.br Ponte rolante : caderno do aluno. – Brasília: SEST/SENAT, 2009. 85 p. : il. 1. Transporte de carga. 2. Movimentação de carga. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. CDU 629.364.2 PONTE ROLANTE Unidade 1 – Características das pontes rolantes e seus principais usos ...................................................................7 Apresentação ...............................................................................................................................................9 Objetivos .......................................................................................................................................................9 Introdução ....................................................................................................................................................9 Desenvolvimento .........................................................................................................................................9 1. Equipamentos de elevação ....................................................................................................................9 2. As pontes rolantes ................................................................................................................................ 10 3. Utilização das pontes rolantes ........................................................................................................... 11 Conclusão..................................................................................................................................................... 11 Exercícios de fxação ................................................................................................................................ 12 Unidade 2 – Tipos de pontes rolantes .................................................................................................................... 13 Apresentação ............................................................................................................................................. 15 Objetivos ..................................................................................................................................................... 15 Introdução .................................................................................................................................................. 15 Desenvolvimento ....................................................................................................................................... 15 1. Classifcação das pontes rolantes ...................................................................................................... 15 2. Ponte rolante convencional para movimentação de materiais ................................................. 16 3. Pontes rolantes leves ........................................................................................................................... 16 4. Ponte rolante empilhadeira ................................................................................................................ 17 Conclusão.................................................................................................................................................... 18 Exercícios de fxação ................................................................................................................................ 19 Unidade 3 – Componentes básicos das pontes rolantes ......................................................................................... 21 Apresentação ............................................................................................................................................ 23 Objetivos .................................................................................................................................................... 23 Introdução ................................................................................................................................................. 23 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 23 1. Componentes principais das pontes rolantes ................................................................................ 23 Conclusão................................................................................................................................................... 25 Exercícios de fxação ............................................................................................................................... 26 Unidade 4 – Características da atividade: operador de ponte rolante ....................................................................27 Apresentação ............................................................................................................................................ 29 Objetivos .................................................................................................................................................... 29 Introdução ................................................................................................................................................. 29 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 29 1. Classifcação brasileira de ocupações - CBO .................................................................................. 29 2. Formação, experiência e condições gerais de exercício da profssão ..................................... 30 3. Recursos de trabalho e atividades a serem desenvolvidas ........................................................ 31 Conclusão................................................................................................................................................... 32 Exercícios de fxação ............................................................................................................................... 33 Unidade 5 – Estudo de Rigging ..............................................................................................................................35 Apresentação .............................................................................................................................................37 Objetivos .....................................................................................................................................................37 Introdução ..................................................................................................................................................37 Desenvolvimento .......................................................................................................................................37 1. Estudo de Rigging ..................................................................................................................................37 2. Etapas do Estudo de Rigging ............................................................................................................ 39 Conclusão...................................................................................................................................................40 Exercícios de fxação ................................................................................................................................ 41 Unidade 6 – Içamento e movimentação de cargas utilizando pontes rolantes ....................................................... 43 Apresentação ............................................................................................................................................ 45 Objetivos .................................................................................................................................................... 45 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 45 1. Plano de içamento e movimentação de cargas ............................................................................. 45 2. Regras durante a operação ............................................................................................................... 45 3. Tabela de cargas .................................................................................................................................. 46 4. Amarração da carga ........................................................................................................................... 47 5. Movimentação da carga ..................................................................................................................... 47 Conclusão................................................................................................................................................... 49 Exercícios de fxação ............................................................................................................................... 49 Unidade 7 – Conceitos operacionais associados às pontes rolantes ....................................................................... 51 Apresentação ............................................................................................................................................ 53 Objetivos .................................................................................................................................................... 53 Introdução ................................................................................................................................................. 53 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 53 1. Carga e capacidade de pontes rolantes .......................................................................................... 53 2. Peso efetivo .......................................................................................................................................... 54 3. Movimento de carga ............................................................................................................................ 54 4. Centro de gravidade ........................................................................................................................... 55 5. Trabalhos em altura e resgate .......................................................................................................... 56 Conclusão................................................................................................................................................... 56 Exercícios de fxação ............................................................................................................................... 57 Unidade 8 – Sistemas operacionais das pontes rolantes ........................................................................................59 Apresentação ............................................................................................................................................. 61 Objetivos ..................................................................................................................................................... 61 Introdução .................................................................................................................................................. 61 Desenvolvimento ....................................................................................................................................... 61 1. Sistemas componentes das pontes rolantes ................................................................................... 61 2. Confguração dos cabos ..................................................................................................................... 63 3. Checklist da ponte rolante ................................................................................................................. 63 Conclusão................................................................................................................................................... 64 Exercícios de fxação ............................................................................................................................... 65 Unidade 9 – Segurança e sinalização para operação de pontes rolantes ................................................................ 67 Apresentação ............................................................................................................................................ 69 Objetivos .................................................................................................................................................... 69 Introdução ................................................................................................................................................. 69 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 69 1. Vantagens e desvantagens operacionais das pontes rolantes .................................................. 69 2. Segurança na operação com pontes rolantes .............................................................................. 70 3. Uso dos equipamentos de elevação e transporte ........................................................................ 70 4. Preparação da área para operação .................................................................................................. 71 5. Medidas de segurança necessárias ao operador .......................................................................... 71 6. Sinalização manual para orientar o operador de pontes rolantes ...........................................72 Conclusão................................................................................................................................................... 75 Exercícios de fxação ............................................................................................................................... 75 Unidade 10 – Conversão de unidades ...................................................................................................................... 77 Apresentação ............................................................................................................................................ 79 Objetivos .................................................................................................................................................... 79 Introdução ................................................................................................................................................. 79 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 79 1. Sistemas de Medida ............................................................................................................................. 79 2. Conversão de unidades de medida ..................................................................................................80 3. Conversão de unidade de temperatura .......................................................................................... 82 Conclusão................................................................................................................................................... 83 Exercícios de fxação ............................................................................................................................... 83 Referências Bibliográficas ................................................................................................................................... 84 APRESENTAÇÃO Prezado Aluno, Desejamos-lhe boas vindas ao curso de Ponte Rolante! Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que você já possui! No Brasil, o transporte rodoviário de cargas representa uma atividade essencial para a economia e para o desenvolvimento do país. São mais de um milhão de veículos transportando os mais diversos produtos, ajudando nosso país a produzir mais e melhor. No entanto, descuidos com alguns procedimentos básicos tais como a arrumação, a carga, a des- carga e o próprio transporte das mercadorias transportadas, ainda causam acidentes e prejuízos desne- cessários, daí a necessidade de aprendermos cada vez mais sobre os procedimentos corretos para cada tipo de carga transportada. A operação de equipamentos e elevação de cargas, tais como as pontes rolantes, é uma atividade de extrema importância para a movimentação de carga no Brasil. Aprofundar os conhecimentos sobre essa atividade, conhecendo os procedimentos a serem adotados e os equipamentos utilizados, auxilia os profissionais a exercerem sua atividade com maior qualidade e eficiência. Nesse sentido, este curso foi desenvolvido para que os operadores de equipamentos como pontes rolantes agreguem conhecimento e ajudem a promover a melhoria do setor. Para isso, foram utilizadas algumas referências bibliográficas, apresentadas ao final deste material, que serviram como base para o desenvolvimento e elaboração do conteúdo do curso. Este curso será apresentado em 10 unidades de 4 horas-aula. Assim, a apostila é organizada da seguinte forma: Unidade I: Características das pontes rolantes e seus principais usos Unidade II: Tipos de pontes rolantes Unidade III: Componentes básicos das pontes rolantes Unidade IV: Características da atividade: operador de ponte rolante Unidade V: Estudo de Rigging Unidade VI: Içamento e movimentação de cargas utilizando pontes rolantes Unidade VII: Conceitos operacionais associados às pontes rolantes Unidade VIII: Sistemas operacionais das pontes rolantes Unidade IV: Segurança e sinalização para operação de pontes rolantes Unidade X: Conversão de unidades No início de cada unidade você será informado sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos que se pretende alcançar. O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e ajudá-lo na com- preensão do conteúdo. Você encontrará também situações extraídas do cotidiano, conceitos, exercícios de fixação e atividades de aprendizagem. Confira o significado de cada ícone: O curso de Ponte Rolante está dividido em unidades para facilitar o aprendizado. Nesse sentido, esperamos que este Curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a resolver os problemas encontrados no seu dia-a-dia de trabalho. Bom estudo! CARACTERÍSTICAS DAS PONTES ROLANTES E SEUS PRINCIPAIS USOS UNIDADE 1 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 9 APRESENTAÇÃO Na primeira unidade deste curso vamos conhecer as classificações para o transporte de mudanças e os diferentes tipos de transporte rodoviá- rio de mudanças. Ao longo desta unidade vamos compreender os principais aspectos relacionados a esse transporte. OBJETIVOS Os objetivos desta unidade são: Conhecer alguns atributos básicos das pontes rolantes; • Apresentar seus principais usos. • INTRODUÇÃO Pontes rolantes são equipamentos de levantamento, destinados à movi- mentação horizontal e vertical de cargas dos mais variados tipos. Elas são uti- lizadas nos mais diversos setores industriais em todo o mundo. Vamos agora conhecer um pouco mais sobre esses importantes equipamentos. DESENVOLVIMENTO 1. Equipamentos de elevação Para iniciar essa unidade vamos entender primeiro o que são os chama- dos “equipamentos de elevação”, já que as pontes rolantes estão classificadas nesta categoria. Esses equipamentos são largamente empregados nas indús- trias e empresas que movimentam grandes quantidades de cargas, facilitando o manuseio e transporte das mesmas. Equipamentos de elevação são aqueles que levantam (elevam/ suspendem) e movimentam as cargas ou materiais de qualquer tipo de um local a outro. Dentre os equipamentos de elevação mais utilizados destacam-se: os elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, talhas, guinchos, gruas, cami- nhões tipo munck e as pontes e pórticos rolantes. Os equipamentos de elevação e transporte assumem uma posição de destaque na indústria, sendo que, dentre todos eles, as pontes rolantes são os equipamentos mais utilizados. A n o t a ç õ e s 10 P o n t e r o l a n t e Em muitas empresas serviços de manutenções e reparos em pontes rolantes são responsáveis pelas principais paralisações dos negócios, trazendo prejuízos financeiros e operacionais. Por esse motivo, conhecer bem esses equipamentos é fundamental para os funcionários de empresas que realizam movimentação de cargas. 2. As pontes rolantes As pontes rolantes são equipamentos usados para transportar cargas dentro de um espaço físico pré-determinado, como por exemplo, um galpão industrial, um armazém ou um depósito. Esse tipo de equipamento tem o nome de “ponte rolante” por ser constituído basicamente de uma viga princi- pal apoiada em cada uma das extremidades por apoios rolantes. Esses apoios se deslocam sobre dois trilhos elevados e paralelos, afastados um do outro na medida do comprimento aproximado da viga. O deslocamento da viga principal é no seu sentido transversal, tanto para a direita como para a esquerda, pela extensão dos trilhos e geralmente em planos horizontais. Em casos espe- ciais, de acordo com o tipo de material que a ponte rolante desloca e de acordo com as características do local em que está instalada, os trilhos da ponte rolante podem seguir traje- tória curva ou os planos podem ser levemente inclinados. Na viga principal da ponte rolante, geralmente existe um carro com guin- cho, utilizado para suspender as cargas verticalmente do chão até a altura da viga principal. Esse guincho frequentemente está instalado em um carro que se desloca longitudinalmente, deslizando de um lado para o outro ao longo de todo o comprimento da viga principal. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 11 3. Utilização das pontes rolantes Vamos falar agora sobre os usos dos equipamentos de elevação e trans- porte. Todo equipamento de elevação, sejam elevadores, gruas, guindastes ou pontes rolantes, deve ser projetado, construído e operado de maneira que ofe- reça as necessárias garantias de resistência e segurança. Além disso, devem ser conservados em perfeitas condições de trabalho, sendo expressamente proibido ultrapassar os valores máximos de capacidade de carga definidos pelo fabricante. Caso esse limite seja ultrapassado, a operação pode colocar em risco as cargas e os trabalhadores durante a operação. As pontes rolantes são utilizadas, principalmente, para elevação e trans- porte de cargas de grandes tonelagens, ou seja, as que não possam ser trans- portadas manualmente ou por equipamentos convencionais. Elas são empre- gadas nos mais exigentes processos industriais, quando é necessária uma movimentação de cargas que exige precisão e segurança, principalmente em ambientes internos. As pontes rolantes possuem uma estrutura simples, mas que permite alta performance de seus componentes mecânicos e elétricos. Sua configura- ção permite precisão na localização, elevação e descarga dos volumes. CONCLUSÃO Nesta unidade, aprendemos que as pontes rolantes são equipamentos aéreos, dotados de trilhos, utilizados no transporte e movimentação de car- gas e materiais. Agora que já começamos a entender melhor o que são os equipamentos de elevação e de movimentação de cargas tais como as pontes rolantes, nas próximas unidades vamos oferecer informações que irão auxiliar você a operar as mesmas, visando seu aperfeiçoamento profissional, em aten- dimento às necessidades específicas da sua empresa. A n o t a ç õ e s 12 P o n t e r o l a n t e Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Dentre os equipamentos de elevação mais utilizados destacam-se: ( ) Elevadores de carga. ( ) Guindastes. ( ) Esteiras deslizantes. ( ) Pontes rolantes. 2) Na viga principal da ponte rolante, existe um carro com guincho, uti- lizado para suspender as cargas verticalmente do chão até a altura da viga principal. Este guincho frequentemente está instalado em um carro que se desloca: ( ) Helicoidalmente (em formato de hélice). ( ) Longitudinalmente. ( ) Transversalmente. ( ) Em zigue-zague. 3) As pontes rolantes são equipamentos usados para transportar princi- palmente pessoas dentro de um espaço físico aberto, como por exemplo, um galpão industrial, um armazém ou um depósito. Esse tipo de equipamento tem o nome de “ponte rolante” por ser constituído basicamente de uma viga prin- cipal apoiada em cada uma das extremidades por apoios rolantes. ( ) Certo ( ) Errado TIPOS DE PONTES ROLANTES UNIDADE 2 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 15 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você conhecerá os diferentes tipos de pontes rolantes e suas principais características. Além disso, identificaremos dife- renças em relação à operação e aos equipamentos auxiliares que compõem esses equipamentos. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar os diferentes tipos de ponte rolante; • Conhecer as principais características desses equipamentos. • INTRODUÇÃO A diversidade de materiais e cargas transportados atualmente fez com que as pontes rolantes se tornassem equipamentos cada vez mais especializa- dos, atendendo às diferentes necessidades de utilização. Isso acabou por pro- duzir uma grande variedade desses equipamentos, tornando as atividades de içamento e movimentação de cargas mais eficiente. DESENVOLVIMENTO 1. Classificação das pontes rolantes No Brasil, as pontes rolantes devem ser classificadas, projeta- das e fabricadas conforme as Normas NBR 8400, NBR 9867 e NBR 9974. Encontram-se disponíveis pontes rolantes em di- versos modelos, que apresentam sistemas operacionais dife- renciados, tais como: velocidades, dispositivos de segurança, células de carga, dispositivos de pega e amarra das cargas etc. Os principais tipos de equipamentos conhecidos como pontes rolantes são: ponte rolante convencional, ponte rolante leve e ponte rolante empilhadeira. Além destes, são equipamentos se- melhantes às pontes rolantes: as monovias, os pórticos rolantes e os guindastes giratórios. A n o t a ç õ e s 16 P o n t e r o l a n t e 2. Ponte rolante convencional para movimentação de materiais As pontes rolantes são equi- pamentos usados para transportar cargas dentro de um espaço físico pré-determinado, pois são equipa- mentos fixos. Suas principais carac- terísticas são: Capacidade de carga: vari- • ável, atingindo até 25 tone- ladas; Vão de trilhos: variável con- • forme projeto do galpão; Vigas: podem ser simples ou • duplas; Botoeira: pode ser inde- • pendente ou com controle remoto. As pontes rolantes se adaptam facilmente às condições de espaço, mes- mo em plantas relativamente estreitas e baixas. Os seus diversos modelos per- mitem a adaptação a qualquer local. Construídas em perfis laminados ou em vigas tipo caixão, são geralmente dimensionadas para atender às capacidades de 1 a 10 toneladas, cobrindo vãos de até 20 metros. Os modelos mais comuns possuem dupla velocidade, ajustá- vel a partir de um sistema eletrônico, sendo definidas pelo operador de acordo com a utilização do equipamento. A variação na velocidade proporciona maior segurança na operação e um aumento na produtividade em até 40%. As pontes rolantes podem estar equipadas com dispositivos de segurança, tais como sensores anti-colisão, sensores de carga e sinalizadores sonoros e luminosos. Os equipamentos com uma única viga são bastante utilizados no setor de comércio e de distribuição de aço, apresentando capacidade média de 6 toneladas. As pontes com sistema de dupla viga apoiada são bastante utiliza- das na fabricação de torres para antenas de telecomunicação. Já as pontes rolantes suspensas possuem menor capacidade e são amplamente utilizadas na indústria automobilística. 3. Pontes rolantes leves As pontes rolantes leves apresentam capacidades menores, variando ge- ralmente entre 120 kg e 1,5 toneladas. Seus componentes são todos aparafusa- dos, não necessitando, portanto de soldas. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 17 Essas pontes permitem movimentos elétricos ou manuais e são muito silenciosas devido ao revestimento de nylon do trolley (carro). São equipa- mentos de fácil montagem e eletrificação, sendo que, em geral, essas pontes podem ser estendidas ou reconfiguradas facilmente. Os movimentos das pontes rolantes leves são suaves, proporcionando maior cuidado no transporte do material. Nesses equipamentos os movimen- tos de translação e giro podem ser manuais. 4. Ponte rolante empilhadeira Este é um equipamento desenvolvido principalmente para transporte de material paletizado, objetivando uma utilização racional e máxima do espaço disponível. Para instalação, geralmente é necessário um corredor com largura entre 1,5m e 2,5m, com altura máxima de elevação de aproximadamente 8m. As pontes rolantes empilhadeiras também podem ser utili- zadas para o transporte de materiais cilíndricos (bobinas de aço, rolos de tecido, rolos de papel etc.), para o manuseio e movimentação de moldes ou para a movimentação e armaze- nagem de fardos de chapas paletizadas. As pontes rolantes empilhadeira são fabricadas com capacidade de até 6 toneladas e podem ser apoiadas sobre estruturas porta-paletes ou cantilever, o que evita a necessidade de estrutura especial de sustentação para o rolamento. Esses equipamentos possuem comando por manoplas (tipo “joystick”) em cabine acoplada ao garfo da empilhadeira ou comando por botoeira na coluna de elevação. Além disso, esse equipamento apresenta sistemas de se- gurança tipo “block stop”, com travamento imediato da cabine caso a veloci- dade de descida exceda a velocidade programada. A n o t a ç õ e s 18 P o n t e r o l a n t e As principais características das pontes rolantes empilhadeira são: Permitem o máximo aproveitamento do espaço disponível; • Facilitam a organização de materiais em estruturas porta-paletes ou • cantilever; Fácil adaptação a corredores estreitos; • Movimentos suaves para o manuseio do material; • Permitem giro 360º contínuo; • Facilitam uma melhor conservação do piso industrial (evitam a circula- • ção de empilhadeiras no local). CONCLUSÃO Conhecer a diversidade de pontes rolantes existentes e suas principais características é fundamental para que um operador possa escolher aquela que melhor se adapte às particularidades da carga por ele movimentada ou às particularidades do serviço a ser realizado. Conhecer diferentes modelos, suas dimensões e capacidades permite ao operador desses equipamentos operá–los com total segurança, evitando acidentes e desgastes prematuros dos componentes mecânicos e elétricos. Tudo isso poderá resultar em economia significativa e melhor produtividade no trabalho. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 19 Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) As pontes rolantes são equipamentos usados para transportar cargas dentro de um espaço físico pré-determinado, pois são equipamentos fixos. Suas principais características são: ( ) Capacidade de carga variável. ( ) Vão dos trilhos variável. ( ) Funcionamento sempre mecânico. ( ) Vigas simples ou duplas. 2) As pontes rolantes podem estar equipadas com dispositivos de segu- rança, tais como: ( ) Sensores anti-ferrugem. ( ) Sinalizadores luminosos. ( ) Sinalizadores sonoros. ( ) Sensores de carga. 3) As pontes rolantes empilhadeiras não podem ser utilizadas para o transporte de materiais cilíndricos devido à sua configuração. ( ) Certo ( ) Errado COMPONENTES BÁSICOS DAS PONTES ROLANTES UNIDADE 3 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 23 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você irá conhecer os componentes básicos que fazem parte de uma ponte rolante. Além disso, compreenderá as funções que cada um desses elementos exerce para que o equipamento possa realizar a atividade de içamento e movimentação de carga. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar os principais componentes das pontes rolantes; • Apresentar as características e funções desses elementos. • INTRODUÇÃO Para que possam funcionar adequadamente, as pontes rolantes devem estar em perfeitas condições de manutenção. Por esse motivo, é essencial que o operador conheça e saiba como funciona cada uma de suas partes mecânicas ou elétricas. A seguir vamos conhecer quais são as partes componentes princi- pais das pontes rolantes e aprender um pouco sobre o seu funcionamento. DESENVOLVIMENTO 1. Componentes principais das pontes rolantes A seguir serão detalhados alguns componentes das pontes rolantes, que fazem partes dos sistemas estruturais, de translação e de elevação, que permi- tem a movimentação das cargas por esses equipamentos. 1.1 Carro Também chamado de trolley, é um ele- mento que consiste em uma peça estrutural soldada, de alta rigidez e alta resistência. As rodas do carro são suportadas por mancais de rolamentos autocompensadores. O controle de acionamento do trolley é se- melhante ou conjunto ao controle da própria ponte rolante. A n o t a ç õ e s 24 P o n t e r o l a n t e 1.2 Rodas da ponte e do carro São fabricadas em aço forjado, do tipo duplo flange, suportadas por dois mancais de rolamentos autocompensadores de rolos. Os eixos das rodas são de aço de alta resistência. As rodas motoras são prensadas e chaveadas aos eixos. 1.3 Vigas da ponte As vigas são do tipo caixa fechada (Box-girders), soldadas, fabricadas com nervuras internas apropriadas. Possuem um passadiço de manutenção (corredor de manutenção), com corrimão em toda a extensão, montados nas laterais da ponte. Os painéis de controle são montados sobre esse passadiço. Nas pontes rolantes empilhadeiras as vigas são apoiadas diretamente sobre as travessas da estrutura “porta-paletes”, através de componentes de fixação projetados para permitir segurança e rapidez de montagem, assim como fácil remoção em eventual alteração de “layout”. 1.4 Cabeceiras As cabeceiras das vigas são construídas em chapas e perfilados de aço estrutural soldado, montadas rigidamente para assegurar um rodar livre da ponte com mínimo de deflexão e vibração. 1.5 Acionamento da ponte Consiste em um conjunto de motor e redutor, localizados no centro do vão da ponte ou junto das cabeceiras. O redutor possui engrenagens de aço, lubrificados em banho de óleo. Os pinhões e os eixos do redutor são montados em rolamentos de esferas ou em rolos. 1.6 Redutor de elevação Consiste em uma unidade de redução, fechada e lubrificada em banho de óleo. O redutor é equipado com conjuntos de engrenagens de alta precisão, apresentando dentes helicoidais (em formato de hélice) e retos. Opcionalmen- te os redutores podem ser fabricados com freio de carga mecânico. 1.7 Tambor de guincho Possui ranhuras helicoidais para receber todo o cabo de aço sem sobre- posição. Ambas as extremidades do cabo de aço são fixadas ao tambor para assegurar um levantamento realmente vertical do gancho. O cabo de aço é dimensionado para o coeficiente de segurança indicado pelo fabricante, consi- derando o trabalho que será executado e o grupo de mecanismos do qual ele é parte componente. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 25 1.8 Moitão Este elemento é fabricado todo em aço, equipado com polias em ferro ou aço fundido, com rolantes de esferas ou buchas de bronze. O gancho em aço forjado é mon- tado em rolamento axial de esferas para permitir plena rotação. 1.9 Controles Os controles são totalmente magné- ticos e montados em painéis instalados em armários de chapa de aço. Todos os movi- mentos são controlados por pontos, atra- vés da inserção de resistência no enrolamento do rotor dos motores de anéis. Possuem combinadores para cada movimento, bem como chave geral e são montados na cabine de comando. Opcionalmente podem possuir comandos por botoeira pendente ou comando remoto via rádio frequência. CONCLUSÃO Existem diferentes tipos de equipamentos associados às pontes rolan- tes, que são utilizados no processo de içamento, elevação e movimentação de cargas. Os equipamentos são diferenciados em termos de capacidade de carga, uso, forma de instalação, operação e aplicações. A escolha do conjunto de equipamentos que será instalado em cada ponte rolante deve ser feita considerando a adequação destes equipamen- tos ao uso, ou seja, ao tipo de cargas que a ponte irá movimentar. Portanto, um maior conhecimento sobre esses equipamentos é importante para que o operador de ponte rolante possa se adaptar e entender todo o seu funcio- namento, escolhendo o melhor conjunto de equipamentos e minimizando os custos da empresa. A n o t a ç õ e s 26 P o n t e r o l a n t e Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) São considerados componentes básicos de pontes rolantes: ( ) Redutor de elevação. ( ) Controles. ( ) Piso do armazém. ( ) Vigas da ponte. 2) O tambor de guincho em pontes rolantes possui ranhuras: ( ) Helicoidalmente (em formato de hélice). ( ) Longitudinalmente. ( ) Transversalmente. ( ) Em zigue-zague. 3) A vigas de pontes rolantes possuem passadiço de manutenção (corre- dor de manutenção), com corrimão em toda a extensão, montados nas laterais da ponte. ( ) Certo ( ) Errado CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE: OPERADOR DE PONTE ROLANTE UNIDADE 4 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 29 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns aspectos relevantes rela- cionados às características da profissão de operador de pontes rolantes. Vamos conhecer, também, algumas características necessárias ao próprio operador. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar os aspectos relevantes da classificação brasileira de ocupa- • ções – CBO para a profissão de operador de pontes rolantes; Conhecer a formação, experiência e condições gerais de exercício da • profissão; Informar sobre os recursos de trabalho e as atividades a serem de- • senvolvidas. INTRODUÇÃO O profissional que lida com a atividade de içamento e movimentação de cargas utilizando pontes rolantes deve atender a uma série de pré-requi- sitos para o exercício de sua atividade. Esse profissional deve executar ativi- dades com o intuito de garantir maior segurança e efetividade na operação. Por esse motivo, é fundamental que o operador de ponte rolante conheça as características que sua função requer. DESENVOLVIMENTO 1. Classificação brasileira de ocupações - CBO Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, os operadores de pontes rolantes estão classificados como operadores de máquinas e equipamentos de elevação. Nessa categoria, encontra- se o código 7821 – 30, referente ao Ope- rador de Ponte Rolante. Para a CBO esses profissionais são responsáveis por operar máquinas e equipamentos de elevação, ajustando comandos e acionando movimentos das máquinas. Além disso, devem: A n o t a ç õ e s 30 P o n t e r o l a n t e Avaliar as condições de funcionamento das máquinas e equipamentos; • Interpretar painel de instrumentos de medição, verificando fonte de • alimentação, testando comandos de acionamento; Preparar área para operação dos equipamentos que transportam ma- • teriais em máquinas e equipamentos de elevação; Trabalhar seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e prote- • ção ao meio ambiente. 2. Formação, experiência e condições gerais de exercí- cio da profissão Em função da complexidade e das exigências que o operador de ponte ro- lante está submetido no exercício de sua função, é requerido desse profissional ensino médio concluído e curso básico de qualificação profissional. O pleno desempenho das atividades ocorre entre um e dois anos de experi- ência profissional. Esses trabalhadores atuam em diversas áreas, trabalhando de forma individual sob supervisão ocasional. Os operadores de pontes rolantes estão sujeitos a longas jornadas de trabalho em uma mesma posição, permanecem em posições desconfortáveis durante longos períodos e tra- balham sob pressão, o que pode levá-los à situação de es- tresse. Também podem ficar expostos a materiais tóxicos, radiação, ruído intenso, altas e baixas temperaturas, pó, odores e intempéries. O trabalho pode ser desenvolvido em todos os turnos (diurno, noturno e por rodízio de turnos) e em diferentes ambientes (abertos e fechados). Com isso, a utilização dos equipamentos de segurança torna-se indispensável para esses profissionais. Além disso, é esperado que o operador de ponte rolante apresente algumas características necessárias para exercer sua função, sendo elas: Demonstrar organização e atenção; • Comunicar-se com eficiência com superiores e subordinados; • Demonstrar autocontrole e coordenação motora; • Ter responsabilidade; • Adaptar-se a novos trabalhos e situações. • A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 31 3. Recursos de trabalho e atividades a serem desen- volvidas Além de conseguir manipular as pontes rolantes, o operador deve conhe- cer e saber lidar com outros recursos necessários para o desenvolvimento de suas atividades. Dentre esses recursos podemos citar: chaves (combinada, fen- da, “allen”, inglesa), manômetro, termômetro, martelo, nível e talha elétrica. Para realizar a atividade de içamento e movimentação de cargas, o ope- rador de pontes rolantes deve exercer algumas atividades, dentre as quais: A) Na operação de máquinas e equipamentos de elevação: Adequar a cabine de acordo com ambiente de trabalho; • Regular assento e encosto do banco das máquinas e dos equipamentos • de elevação; Ajustar comandos e apoios das máquinas e equipamentos de elevação; • Posicionar máquinas e equipamentos de elevação para operação; • Travar máquinas e equipamentos de elevação; • Acionar movimentos das máquinas, equipamentos e acessórios confor- • me os procedimentos operacionais; Conferir capacidade de máquinas e equipamentos; • Interpretar recomendações dos fabricantes para a operação de máqui- • nas e equipamentos; Nivelar máquinas e equipamentos. • B) Na avaliação do funcionamento das máquinas e equipamentos de elevação: A n o t a ç õ e s 32 P o n t e r o l a n t e Interpretar painel de instrumentos de medição; • Verificar fonte de alimentação do equipamento (elétrica e combustível); • Testar comandos de acionamento; • Testar deslocamento e frenagem das máquinas e equipamentos (rota- • ção, vertical, horizontal); Verificar condições e conservação de acessórios (gancho, mangueira, • sinalizadores, friso de roda); Inspecionar nível, alinhamento e verticalidade de cabos de aços e cor- • reias transportadoras; Inspecionar dispositivos de segurança; • Vistoriar a manutenção das máquinas e equipamentos de elevação. • C) Na preparação da área para operação de equipamentos de elevação: Inspecionar visualmente a área de operação do equipamento no solo, • ar, água e vias de acesso; Respeitar a legislação ambiental e as normas técnicas; • Solicitar limpeza do local de trabalho; • Solicitar isolamento da área de trabalho; • Verificar iluminação na área de trabalho; • Interpretar programação de trabalho. • D) No transporte de pessoas e materiais: Examinar as condições climáticas; • Conferir autorização de serviço; • Definir equipamentos conforme sua capacidade; • Conferir o peso de cargas; • Selecionar acessórios conforme o tipo de carga e descarga; • Utilizar acessórios compatíveis com a carga (cabo, cinta); • Cumprir ordem de serviço. • CONCLUSÃO Como pode ser visto nesta unidade, a atividade de operador de pontes rolantes não pode ser considerada uma simples operação mecânica. Não basta apenas saber lidar com o equipamento. Essa profissão exige qualificação e um perfil específico, pois requer muita disciplina, comprometimento e competência por parte do operador. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 33 Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Para a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO o profissional que lida com pontes rolantes deve: ( ) Avaliar as condições de funcionamento das máquinas e equipamentos. ( ) Interpretar painel de instrumentos de medição. ( ) Preparar área para operação dos equipamentos. ( ) Trabalhar seguindo normas de segurança. 2) Na preparação da área para operação de equipamentos de elevação, o operador de pontes rolantes deve: ( ) Respeitar legislação ambiental e normas técnicas. ( ) Realizar a limpeza do local de trabalho. ( ) Solicitar isolamento da área de trabalho. ( ) Verificar iluminação na área de trabalho. 3) O trabalho do operador de ponte rolante pode ser desenvolvido em to- dos os turnos (diurno, noturno e por rodízio de turnos) e em diferentes ambien- tes (abertos e fechados). Com isso, a utilização dos equipamentos de segurança torna-se sempre dispensável para esses profissionais. ( ) Certo ( ) Errado ESTUDO DE RIGGING UNIDADE 5 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 37 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá algumas das atividades neces- sárias para realizar o estudo de RIGGING. Este estudo deve ser realizado antes de qualquer movimentação de carga utilizando pontes rolantes, garantindo a segurança durante a operação bem como a qualidade do serviço prestado. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar os conceitos sobre o estudo de rigging; • Mostrar algumas das etapas necessárias para o estudo de rigging. • INTRODUÇÃO A atividade relacionada à movimentação de cargas muitas vezes exige a utilização de pontes rolantes. A operação desse equipamento requer estudos prévios para garantir que o içamento e a movimentação das cargas sejam reali- zados com segurança para a carga, para o operador e para os demais trabalha- dores do ambiente de operação. Um planejamento deve ser desenvolvido previa- mente, antes de qualquer movimentação, e é chamado de estudo de rigging. DESENVOLVIMENTO 1. Estudo de Rigging Estudo de Rigging corresponde ao conjunto de estudos necessá- rios para o planejamento da operação de içamento e movimenta- ção de carga. Tal atividade é desenvolvida por profissionais qua- lificados, denominados RIGGER. O profissional que realiza a operação de içamento e movimentação de carga deve atender a alguns pré-requisitos mínimos. Vamos conhecer alguns desses pré-requisitos buscados pelo mercado, sendo eles: No mínimo o Ensino Médio Completo; • Desejável: engenheiro mecânico ou engenheiro operacional; • Prática em cálculos numéricos (matemática, geometria, trigonometria, • Conhecimento de desenho técnico (mecânico, estrutura, civil, instala- • ções industriais); Prática em leitura de manuais técnicos, principalmente de pontes • rolantes. A n o t a ç õ e s 38 P o n t e r o l a n t e Agora vamos conhecer algumas das atribuições de um RIGGER: Selecionar os equipamentos de ponte rolante; • Planejar a operação; • Configurar a ponte rolante; • Elaborar plano de “rigging”; • Compor a carga bruta; • Calcular as amarrações; • Especificar acessórios de amarração. • O conjunto de ações necessárias dentro de um estudo de ri- gging faz parte de um documento conhecido como “Plano de Rigging” ou “Plano de Movimentação de Cargas”. Esse plano visa determinar o procedimento pelo qual se dará a movimen- tação da carga. O Plano de Rigging pode ser desenvolvido a partir de uma série de ques- tões, que respondidas adequadamente indicarão o caminho mais propício a uma movimentação eficaz e segura. As principais questões são: Qual o peso da carga a ser içada? • Quais são suas dimensões? • A carga possui pontos de pega para o içamento? • Qual o posicionamento da carga a ser içada em relação à ponte rolante? • Em que ambiente será feito o içamento e a movimentação da carga? • Existem interferências entre a carga a ser içada e seu local de descar- • regamento? A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 39 2. Etapas do Estudo de Rigging O estudo de rigging se assemelha à fase de planejamento de uma obra. Dessa forma, esse estudo contém uma série de etapas a serem desenvolvidas que buscam otimizar custo e tempo nas atividades de içamento de materiais. Vamos identificar as principais etapas que um plano de Rigging apresenta. 2.1. Coleta de Dados do Projeto A coleta de dados corresponde à primeira etapa do estudo de rigging. É essa etapa que dá ao operador de pontes rolantes subsídios para a escolha dos equipamentos mais adequados a serem utilizados. 2.1.1. Estudo de carga No estudo de carga é realizada uma análise dos tipos de carga a serem operadas, bem como seu peso e dimensões. Dessa maneira busca-se conhe- cer, através de séries histórias, informações com relação à carga de maior peso a ser movimentada, bem como a de maior dimensão. 2.1.2. Estudo de movimentação e içamento de carga O operador de pontes rolantes deve conhecer o local onde ocorrerá a movimentação da carga. Essa etapa é extremamente importante, pois é nela que se avalia a existência de espaço suficiente para manobra da car- ga, tanto na posição horizontal e como na posição vertical. Ou seja, o operador deve determinar o quanto de distância, altura e área de manobra ele dispõem no local de movimen- tação das cargas. 2.2. Análise Mecânica do Equipamento A segunda etapa do estudo de rigging corresponde à análise dos equi- pamentos e acessórios das pontes rolantes disponíveis e que se enquadram dentro das restrições já determinadas na etapa anterior. A n o t a ç õ e s 40 P o n t e r o l a n t e Abaixo estão listadas algumas características que devem ser considera- das no estudo dos equipamentos: Os equipamentos e acessórios devem ter peso próprio compatível com • a ponte rolante em que serão acoplados; Os equipamentos e acessórios devem ter dimensões tais que permi- • tam uma confortável movimentação dentro do espaço destinado à mo- vimentação; Os raios de manobra devem ser coerentes com os exigidos quando o • equipamento for solicitado para içamento da carga; Os equipamentos e acessórios devem ser compatíveis com a má- • xima carga a ser movimentada, bem como com as suas dimensões e características. 2.3. Definição do Equipamento a ser Utilizado A escolha do tipo de ponte rolante a ser instalada em cada situação deve atender a uma série de requisitos básicos, além de demandar atenção especial a pequenos detalhes. Definido o tipo de ponte rolante a ser instalada para o içamento e movi- mentação das cargas, deve-se determinar a capacidade de carga limite aplica- da a todo o equipamento, ou seja, a maior capacidade de carga a que a ponte rolante estará submetida quando estiver operando na situação mais desfavo- rável prevista pelo plano de içamento e movimentação de carga. Esta defini- ção deve estar dentro dos padrões de segurança. Seguir estas recomendações garante segurança ao operador, à carga e ao próprio equipamento. CONCLUSÃO Como pôde ser observado nesta unidade, existe um conjunto de ativida- des que devem ser desenvolvidas antes de iniciar as operações de içamento e movimentação de cargas com a utilização de pontes rolantes. O operador deste equipamento deve estar apto a realizar essas atividades e estudos, de forma a garantir um serviço de qualidade e realizado com segurança. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 41 1) Dentre os itens apresentados abaixo, assinale aqueles que NÃO repre- sentam atividades a serem realizadas pelo RIGGING. ( ) Compor a carga bruta. ( ) Calcular as amarrações. ( ) Especificar os acessórios de amarração. ( ) Todas as alternativas estão corretas. 2) Dentre as etapas do estudo de rigging a que contempla o Estudo de Carga corresponde a: ( ) Coleta de dados do projeto. ( ) Análise mecânica do equipamento. ( ) Definição do equipamento. ( ) Nenhuma das alternativas. 3) Estudo de Rigging corresponde ao conjunto de estudos necessários para o planejamento da operação de içamento e movimentação de carga. ( ) Certo ( ) Errado IÇAMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS UTILIZANDO PONTES ROLANTES UNIDADE 6 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 45 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns aspectos relevantes re- lacionados ao plano de içamento e movimentação de carga, de forma a ga- rantir uma operação das pontes rolantes que promova a segurança, evitando acidentes tanto para os trabalhadores como para a própria carga, e que seja efetiva, ou seja, no menor tempo possível e na qualidade requerida. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar o plano de içamento e movimentação de cargas; • Mostrar as etapas do plano de içamento e movimentação de cargas. • DESENVOLVIMENTO Ao receber a carga para a execução do serviço, o operador da ponte rolante se torna responsável por ela até que faça sua deposição no destino final. É responsabilidade do operador zelar pela integridade da carga, como também cumprir o cronograma estipulado para as operações de içamento e movimentação. 1. Plano de Içamento e Movimentação de Cargas O Plano de Içamento e Movimentação de Cargas, também co- nhecido como Plano de Rigging, é o documento no qual se pode visualizar e detalhar todas as operações que serão realizadas com o equipamento (ponte rolante) e as cargas a serem movi- mentadas, antes mesmo da execução de tais operações. Dessa forma, o Plano de Rigging nada mais é do que um planejamento prévio, onde se determina a forma mais eficiente, eficaz e segu- ra de executar os serviços. 2. Regras durante a operação Em operações de elevação e transporte, quando o operador não tiver uma visão de toda a extensão do material que estiver sendo transportado, ele deve solicitar a presença de um auxiliar para orientá-lo na condução do objeto. Esse auxiliar deve verificar o alinhamento dos cabos de aço ou fitas, alinhamento do objeto, orientar a passagem de pessoas e, se necessário, isolar o local por onde o objeto está sendo conduzido. A n o t a ç õ e s 46 P o n t e r o l a n t e Quando houver necessidade de subir na plataforma de ma- nutenção para execução de qualquer serviço, durante o qual o equipamento precise estar energizado e funcionando, (ex. inspeção no tambor, freios, limites, sensores etc.) é importan- te que o técnico leve com ele o comando (botoeira) de contro- le da ponte e que a operação seja feita próximo ao local onde está sendo realizada qualquer atividade. 3. Tabela de Cargas A tabela de cargas é um documento emitido pelo fabricante do equi- pamento no qual constam as máximas capacidades de carga garantidas pelo fabricante para o equipamento de elevação. É importante observar que cada ponte rolante possui sua própria tabela de cargas. Dessa forma, cabe ao operador co- nhecer a tabela de cargas da ponte rolante específica com a qual ele irá operar. A tabela de cargas serve para orientar o operador e seu supervisor na movimentação de cargas com segurança e deve ser exposta em local visível para consulta a cada operação. Ao consultar a tabela de cargas é necessário adicionar o peso dos cabos e moitão ao peso da carga, chegando assim, ao peso total de movimentação, que representa o valor que deve ser considerado. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 47 4. Amarração da Carga Existe uma grande variedade de equipamento e acessórios utilizados para realizar a amarração da carga, sendo essa uma atividade que requer mui- to cuidado por parte do operador. Antes de efetuar as amarras das cargas é necessário verificar: Peso da peça ou do material a ser içado; • A velocidade e distância de deslocamento; • A capacidade do gancho; • A capacidade dos dispositivos e/ou acessórios de içamento; • A existência de cantos agudos ou cortantes (quinas vivas). • Ao amarrar a carga para içamento: Mantenha sempre reto os laços ou o conjunto de laços; • Nunca diminuir os laços com nó; • Os laços devem ser sempre utilizados com cuidados, a fim de evitar es- • trangulamento ou nó, provocando uma torção prejudicial; Nunca utilizar estropos retorcidos ou que apresentem fios quebrados; • As cargas de trabalho dos laços são baseadas em diâmetros mínimos de • curvatura de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo. Se esse diâmetro for menor, deve-se aumentar o fator de segurança; Usar proteção nos cantos agudos das peças de forma a evitar danos ou • cortes nas eslingas ou dispositivos de içamento; Quando utilizar manilhas de união, não colocar o pino no lado do cabo e • deixar meia volta de folga na rosca; Procure sempre que possível o centro de gravidade da peça a ser içada. • A escolha correta das eslingas a serem utilizadas é dada em função da carga a ser içada. É importante evitar que mate- riais com “cantos vivos” sejam içados diretamente por cabos estropos ou cintas de nylon, pois o atrito entre as eslingas e o equipamento pode causar danos, tanto nos equipamentos como na carga a ser movimentada. 5. Movimentação da Carga Para movimentação das cargas utilizando pontes rolantes, o operador deve executar as seguintes etapas: Aproximar-se da carga a ser movimentada; • Avaliar peso e demais condições da carga; • Conhecer a capacidade da ponte rolante; • Consultar a tabela de pesos e capacidade dos cabos e selecionar o cabo • de aço auxiliar de acordo com o tipo de carga e peso; Verificar ângulo dos cabos; • A n o t a ç õ e s 48 P o n t e r o l a n t e Fixar a carga adequadamente; • Proceder ao içamento lentamente e com cuidado. Usar velocidade • reduzida; Redobrar a atenção ao operar da cabine e/ou controle; • Utilizar aviso sonoro durante movimentação horizontal. • 5.1 Elevação da carga Certifique-se de que há espaço suficientemente para levantar a carga; • Tome cuidado especial com as instalações aéreas, tais como, tubulações • de água, gás, elétricas etc.; Observe se a carga está segura, especialmente no caso de peças soltas; • Levante a carga um pouco, se ela inclinar para um dos lados, abaixe-a e • acerte o balanceamento; Não passe com a carga sobre pessoas e nem permita que elas passem ou • permaneçam sob a carga. 5.2 Operação de controle com cabine Ligar a chave geral que está localizada no painel da cabine; • Acionar o botão que aciona os controles da ponte “liga/desliga”; • A alavanca da direita levanta e abaixa o gancho (para cima/ para baixo); • A alavanca do centro move o sentido da ponte rolante (esquerda/direita • translado); A alavanca da esquerda move o carro talha “para frente / para trás.” • 5.3 Controle com Botoeira (com fio) Botão de Emergência (botoeira vermelha); • Movimentar para cima; • Movimentar para baixo; • Movimentar para direita; • Movimentar para esquerda. • 5.4 Controle com Botoeira Via Rádio (sem fio) Ligar chave Liga/Desliga; • Início de operação (Ativar); • Emergência (Desativar se • necessário); A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 49 Ligar as luzes; • Operação da botoeira; • Pane na botoeira (rádio); • Desligar - usar chave liga desliga, colocar posição desliga. • CONCLUSÃO Como pôde ser visto nesta unidade, existe uma série de atividades e pro- cedimentos com as quais o operador de pontes rolantes deve se preocupar para realizar as operações de içamento e movimentação de cargas. O cuidado com essas atividades é o diferencial entre uma operação eficiente e segura e uma operação onerosa, insegura e ineficiente. Cabe ao operador buscar esse conhecimento e aplicá-lo em sua atividade. Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) O controle de pontes rolantes com botoeira permite: ( ) Movimentos para cima. ( ) Movimentos para baixo. ( ) Movimentos circulares. ( ) Movimentos diagonais. 2) Para movimentação das cargas utilizando pontes rolantes, o operador deve executar as seguintes etapas: ( ) Avaliar o peso e as condições da carga. ( ) Consultar a tabela de pesos e capacidade dos cabos. ( ) Fixar a carga adequadamente. ( ) Utilizar máxima velocidade, se necessário acima da recomendada. 3) É importante para o operador de ponte rolante evitar que materiais com “cantos vivos” sejam içados diretamente por cabos estropos ou cintas de nylon, pois o atrito entre as eslingas e o equipamento pode causar danos, tanto nos equipamentos como na carga a ser movimentada. ( ) Certo ( ) Errado CONCEITOS OPERACIONAIS ASSOCIADOS ÀS PONTES ROLANTES UNIDADE 7 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 53 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns conceitos relevantes rela- cionados à operação de içamento e movimentação de cargas utilizando pontes rolantes. Esses conceitos levarão o operador a um melhor entendimento do fun- cionamento do equipamento por ele operado e de sua relação com as cargas. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Mostrar conceitos sobre carga, capacidade, peso e centro de gravidade; • Aprese • ntar conceitos sobre a movimentação de carga. INTRODUÇÃO Para realizar as operações de içamento e movimentação de carga de forma eficiente, é necessário que o operador conheça alguns conceitos bási- cos relacionados a essa operação. Esses conceitos permitirão aos operadores realizarem suas atividades de forma mais eficiente e com maior segurança, permitindo um melhor aproveitamento do equipamento. DESENVOLVIMENTO 1. Carga e capacidade de pontes rolantes Para melhor realizar suas atividades, o operador de pontes rolantes pre- cisa conhecer alguns dos aspectos conceituais relacionados à carga, suas pro- priedades e sua nomenclatura. Carga Líquida Estática É o peso real da peça, parada, a ser içada. Carga Bruta Estática É a somatória de todos os pesos reais, parados, que são aplicados no guindaste. Carga Bruta Dinâmica É a somatória da carga bruta estática e as cargas eventuais originadas pelo movimento da peça. Ao levantar a peça, girar, frear, pode-se originar um acréscimo na Carga Bruta Estática, devido à inércia e ao movimento. Esse acréscimo poderá chegar a 50% da Carga Bruta Estática. Por isso, a acelera- ção, frenagem e giro do guindaste deve ser o mais lento possível. A n o t a ç õ e s 54 P o n t e r o l a n t e Capacidade Bruta É a capacidade real máxima da ponte rolante, conforme sua configura- ção, determinada pelo seu fabricante e constantes nas tabelas de carga. Capacidade Nominal É a capacidade expressa comercialmente pelo fabricante, a qual depende de condições especiais na operação, como, por exemplo, a capacidade do gan- cho, do carro, dos cabos e de acessórios utilizados para cargas especiais. 2. Peso efetivo O peso efetivo corresponde à força que um elemento exerce num sistema devido a sua posição. Cada acessório da ponte ro- lante exerce sobre este um peso efetivo diferente. Assim, esse peso exercido pelos acessórios pode ser menor, igual ou maior que seu peso real. 3. Movimento de carga O movimento de carga é o produto da multiplicação do peso ou (força) pela distância do ponto de apoio até o ponto de aplicação do peso. As unidades mais utilizadas são: tm (tonelada metro) ou - Kgcm (quilograma centímetro) A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 55 3.1. LMI – LOAD MOMENT INDICATOR (Indicador de Momento de Carga) O Indicador de Momento de Carga é um instrumento incorporado ao equipamento que permite configurar e operar a ponte com relação a algumas informações: Peso real (carga bruta ou líquida) - Número de passadas de cabo - Contrapeso - Velocidade. 4. Centro de Gravidade O centro de gravidade corresponde ao ponto de equilíbrio, ou seja, é onde está determinada a resultante total das massas de um objeto. É importante observar que dependendo da geometria da peça, o centro de gravidade pode se localizar fora do objeto. Símbolo gráfico: As pontes rolantes deverão ter velocidade de deslocamento redefinida conforme o projeto de instalação. Dependendo da configuração final, da altu- ra das vigas e da largura dos vãos, o centro de gravidade da peça em relação ao equipamento deverá ser redefinido, considerando também a localização e o peso dos demais equipamentos instalados (cabines, carros, cabos, ponte de inspeção). Para toda operação de movimentação de cargas utilizando pon- tes rolantes, o içamento deverá ser feito pelo centro de gravida- de do volume de carga. Isso faz com que as forças necessárias para o içamento sejam igualmente distribuídas no gancho, no carro e nas vigas. A n o t a ç õ e s 56 P o n t e r o l a n t e 5. Trabalhos em altura e resgate É obrigatória a utilização de Equipamento de Proteção Coletiva – EPC onde há risco de queda de trabalhadores. Quando não é possível utilizar o EPC torna-se obrigatório à utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, tais como: Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do operador de • demais funcionários contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas; Cinturão de segurança para proteção do operador contra riscos de • queda em trabalhos em altura. Para trabalhos onde não há possibilidade de subir na ponte ro- lante utilizando escada apoiada, deverá ser utilizado andaime devidamente planejado e montado por pessoa habilitada ou Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA que atenda as exigências legais determinadas pela NR-18. A empresa que utilizar pontes rolantes em suas operações de içamento e movimentação de cargas deverá estar preparada com métodos e técnicas de resgate, padronizados e adequados às suas atividades, além de treinar e capa- citar seus trabalhadores a executar o resgate e prestar os primeiros socorros especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória. CONCLUSÃO Alguns conceitos são fundamentais para a operação segura e eficiente de içamento e movimentação de materiais utilizando pontes rolantes. Co- nhecer esses procedimentos pode ser o fator capaz de gerar uma opera- ção de sucesso. Dentre esses conceitos, podemos citar aqueles relacionados à carga, como sendo um dos mais importantes, por refletir a principal propriedade das pontes rolantes, que é a de elevar e movimentar produtos. Dessa forma, a re- lação de carga a ser movimentada deve ser previamente conhecida. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 57 Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) É a somatória da carga bruta estática e as cargas eventuais origina- das pelo movimento da peça: ( ) Carga bruta estática. ( ) Carga bruta dinâmica. ( ) Capacidade bruta. ( ) Capacidade nominal. ( ) Capacidade bruta estática. 2) O centro de gravidade corresponde ao ponto de equilíbrio, ou seja, é onde está determinada a resultante total das massas de um objeto. É impor- tante observar que dependendo da geometria da peça, o centro de gravidade pode se localizar fora do objeto. ( ) Certo ( ) Errado 3) A empresa que utilizar pontes rolantes em suas operações de içamen- to e movimentação de cargas não deve se preocupar em treinar e capacitar seus trabalhadores a executar o resgate e prestar os primeiros socorros espe- cialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória. ( ) Certo ( ) Errado SISTEMAS OPERACIONAIS DAS PONTES ROLANTES UNIDADE 8 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 61 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns aspectos relevantes re- lacionados à forma de operar as pontes rolantes, evitando acidentes e ainda promovendo uma condução que gere redução dos custos de operação. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar aspectos relacionados aos sistemas operacionais de pon- • tes rolantes; Conhecer a configuração de cabos e o check list. • INTRODUÇÃO As pontes rolantes são consideradas Sistemas de Manuseio para Áreas Restritas. Recebem essa denominação, pois são feitas para locais onde a área é elemento crítico. Para movimentação de cargas em ambientes que exigem precisão na ocupação dos espaços a ponte rolante é o equipamento mais uti- lizado entre todos. DESENVOLVIMENTO 1. Sistemas componentes das pontes rolantes A n o t a ç õ e s 62 P o n t e r o l a n t e Considerando os aspectos operacionais, os componentes das pontes ro- lantes podem ser agrupados de acordo com suas características mecânicas e sua função na operação. Alguns elementos são componentes da superestrutu- ra, outros são elementos do sistema de translação ou do sistema de elevação. O movimento de subida e descida da carga é executado pelo sis- tema de levantamento, o movimento horizontal perpendicular às laterais é executado pelo sistema de translação do carro e o movimento longitudinal é executado pelo sistema de translação da ponte. 1.1 Estrutura da ponte rolante A superestrutura da ponte rolante possui uma viga principal e uma pas- sarela de manutenção. As cabeceiras da estrutura e a cabine da ponte são ge- ralmente construídas de perfis de aço, chapas de aço e parafusos de fixação. 1.2 Sistema de translação da ponte rolante O sistema de translação apresenta um motorredutor de tração, compos- to por carcaça, eixos, rolamentos, retentores, engrenagens e parafusos de fi- xação. O eixo de translação é composto por mancais, rolamentos, retentores, engrenagens, acoplamentos e parafusos. Além destes, o sistema de translação apresenta uma roda motriz, uma roda movida e um trilho, que possibilitam, em conjunto, o movimento de translação. 1.3 Sistema de elevação da carga O sistema de elevação de cargas em uma ponte rolante apresenta um car- ro de fixação do guincho, um motorredutor de translação do carro, um eixo de translação do carro. O carro apresenta uma roda motriz e uma roda movida. O sistema de elevação apresenta, também, um guincho e um motorredutor de ele- vação do guincho. Para finalizar, esse sistema possui também cabos de aço. A maioria dos equipamentos de manuseio descontínuo de car- gas utiliza cabos de aço no sistema de elevação de cargas. Em algumas aplicações, são utilizadas correntes. Porém, devido a fatores de segurança as correntes geralmente são substi- tuídas por cabos de aço, que, quando em estado avançado de fadiga, permitem ao operador perceber esse desgaste através do rompimento dos fios externos, o que não ocorre com os elos das correntes. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 63 2. Configuração dos cabos Para conseguir realizar a movimentação da carga, o carro, gancho e cabos devem exercer uma força maior que o peso da carga. Para realizar essa movi- mentação, o equipamento deve conseguir vencer, além do peso da carga, as forças de atrito dos cabos com as polias e ainda a própria rigidez dos cabos. É de responsabilidade do RIGGER: a) Prever a quantidade máxima de cabo que ficará pendurado na lança durante a operação; b) Calcular o peso do cabo; c) Somar o Peso na “COMPOSIÇÃO DA CARGA BRUTA”. A seguir, é apresentada uma tabela contendo a relação entre o diâmetro do cabo e seu peso por metro estimado. Diâmetro Peso (kg/m) 5/8” , 16 mm 1,10 3/4” , 19 mm 1,60 7/8” , 22 mm 2,20 1” , 26 mm 2,80 11/8” , 29 mm 3,50 11/4” , 32 mm 4,30 13/8” , 35 mm 5,30 11/2” , 38 mm 6,20 Quanto maior for a flexibilidade do cabo utilizado no guindaste e menor o coeficiente de atrito nas polias, melhor será o rendimento de todo o sistema durante sua operação. Nesse sentido, considerando o atrito entre os cabos e as polias, pode-se concluir que quanto menor for o número de polias existen- tes no equipamento, maior será seu rendimento. Em função dessas particularidades que o número de polias e a quanti- dade de cabos exercem no funcionamento de pontes rolantes, fica a cargo do RIGGER determinar o número de passadas de cabo e o moitão adequados para a operação a ser executada. É importante observar que normalmente os fabricantes forne- cem, nos manuais dos equipamentos, uma tabela de passadas de cabo e o moitão adequado para a carga a ser içada. 3. Checklist da ponte rolante Para garantia das condições de operação de todos os sistemas componentes das pontes rolantes, o operador deverá realizar um check list verificando as condi- ções de seus diversos acessórios. O check list deve ser programado para realizações periódicas, sendo que alguns componentes são verificados a cada utilização, enquan- to outros componentes são verificados mensalmente ou bimestralmente. A n o t a ç õ e s 64 P o n t e r o l a n t e CONCLUSÃO O conteúdo apresentado nesta unidade do curso mostrou uma série de particularidades operacionais que devem ser observadas pelo operador de pontes rolantes. Conhecer esses aspectos operacionais e saber definir cada um de acordo com as necessidades de operação de içamento ou movimenta- ção de cargas é papel fundamental do operador. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 65 Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Para conseguir realizar a movimentação da carga, o carro, gancho e cabos devem exercer: ( ) Uma força menor que o peso da carga. ( ) Uma força maior que o volume da carga. ( ) Uma força maior que o peso da carga. ( ) Uma força menor que o volume da carga. 2) O movimento de subida e descida da carga é executado pelo : ( ) Sistema de translação da carga. ( ) Sistema de translação do carro. ( ) Sistema de levantamento. ( ) Sistema de translação da ponte. 3) Quanto maior for a flexibilidade do cabo utilizado no guindaste e me- nor o coeficiente de atrito nas polias, melhor será o rendimento de todo o sistema durante sua operação. ( ) Certo ( ) Errado SEGURANÇA E SINALIZAÇÃO PARA OPERAÇÃO DE PONTES ROLANTES UNIDADE 9 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 69 APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você conhecerá aspectos relevantes relaciona- dos à forma de operar pontes rolantes de modo seguro, evitando acidentes, e ainda promover uma operação que gere melhores resultados operacionais. Além disso, será apresentada a forma de sinalização manual apropriada para auxiliar o operador nas atividades de içamento e movimentação de carga. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar aspectos relacionados à operação no que diz respeito à • segurança; Mostrar o sistema manual de orientação ao operador de pontes rolantes. • INTRODUÇÃO A operação de pontes rolantes pode gerar risco de acidentes que podem ocorrer com o próprio operador, com pessoas ligadas à área de movimentação, bem como, à própria carga movimentada. Para evitar que acidentes ocorram, o operador deve estar atento a uma série de cuidados antes de iniciar as ope- rações e durante a movimentação das cargas. Nesse sentido, conhecer os cuidados necessários para realizar as ativida- des de içamento e movimentação de carga é essencial para os operadores de pontes rolantes, além dos procedimentos para orientação desses operadores por auxiliares no pátio de movimentação das cargas. DESENVOLVIMENTO 1. Vantagens e desvantagens operacionais das pontes rolantes A ponte rolante consiste em uma viga suspensa sobre um vão livre, que roda sobre dois trilhos. São empregadas em fábricas ou depósitos e permitem o aproveitamento total da área útil. São exemplos de aplicação: armazenamen- to de ferro para construção, chapas de aço e bobinas, recepção de carga de grandes proporções e peso. As pontes rolantes apresentam algumas vantagens operacionais, sendo que as principais são: Possuem elevada durabilidade; • Movimentam cargas ultrapesadas; • Carregam e descarregam em qualquer ponto; • Configuração com posicionamento aéreo. • A n o t a ç õ e s 70 P o n t e r o l a n t e Apesar de serem amplamente utilizadas, as pontes rolantes apresentam algumas desvantagens e restrições operacionais, dentre as quais podemos destacar: Exigem estruturas robustas; • Investimento inicial elevado; • Área de movimentação pré-definida e fixa. • 2. Segurança na operação com pontes rolantes A maioria dos acidentes envolvendo as pontes rolantes atinge traba- lhadores que estão localizados abaixo ou próximos às cargas suspensas. Os acidentes ocorrem pela queda das cargas devido às falhas de amarração ou ganchos colocados de forma insegura. Os cabos e os prendedores devem ser examinados diariamente e inspe- cionados completamente pelo menos uma vez por semana e com maior frequ- ência ao se aproximarem do fim de sua vida útil. O número de arames quebra- dos, a quantidade de desgaste dos arames externos e a evidência de corrosão são indicadores de perigo. Segundo dados da OSHA (Occupational Sagety And Health Adminstra- tion) o principal responsável pelos acidentes de trabalho é o próprio homem, como pode ser visto na tabela abaixo: Principais causas de acidentes Responsável Causa % de Participação Homem Gerência Planejamento e organização 12 46 Normas e procedimentos 7 Supervisão 27 Operação Falta de concentração 14 48 Desobediência às normas e proce- dimentos 8 Imperícia 26 Equipamentos Falha mecânica 6 6 Total 100 100 3. Uso dos equipamentos de elevação e transporte Todo equipamento de elevação deve ser operado de maneira que ofe- reça as necessárias garantias de resistência e segurança. Para tal, algumas medidas devem ser tomadas: As pontes rolantes devem ser utilizadas em condições ideais de • iluminação; Antes de movimentar o equipamento de elevação, certificar-se de que • o gancho está suficientemente alto para evitar choques contra outros equipamentos ou estruturas; A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 71 Todo equipamento deve ser rigorosamente inspecionado no início de • cada jornada de trabalho. Ao perceber qualquer irregularidade, inter- romper os trabalhos e comunicar imediatamente aos responsáveis; O operador não deve operar o equipamento se não estiver em perfei- • tas condições físicas; A sobrecarga é uma causa frequente de acidentes graves. Os fabri- • cantes estabelecem os limites de carga de segurança para diferentes modelos. Os limites especificados na tabela de carga nunca devem ser excedidos; O operador deve certificar-se de que a carga está corretamente distri- • buída entre os ganchos e eslingas antes de iniciar o içamento; Ao rebaixar a carga, o operador deve certificar-se de que os equipa- • mentos estão bem posicionados, sem que haja o risco de deslizamento; Nunca movimentar o equipamento se não tiver certeza do sinal recebido; • Nivelar o equipamento antes de iniciar as atividades de içamento; • As operações de içamento e movimentação das cargas devem ser re- • alizadas com baixa velocidade. 4. Preparação da área para operação Inspecionar visualmente a área de operação do equipamento no solo, • ar, água e vias de acesso; Solicitar limpeza do local de trabalho; • Durante a operação de içamento e movimentação de carga, o local • deve estar devidamente isolado e sem a presença de pessoas não auto- rizadas no eixo de isolamento e movimentação; Verificar iluminação na área de trabalho; • Avaliar a rede elétrica para evitar choque do equipamento com a mesma. • 5. Medidas de segurança para o operador 5.1 Relacionadas à manutenção do equipamento e de peças auxiliares Definir e realizar a manutenção corretiva e preventiva do equipamen- • to, bem como, a periodicidade da manutenção dos itens, como: eleva- ção, cabos, trilhos, roldanas e lubrificação dos freios, entre outros; Tomar as devidas providências, mediante as irregularidades do equi- • pamento, levantadas pelo formulário de inspeção diária e/ou periódica; Manter atualizado o cadastro e o histórico de manutenção de equi- • pamentos de levantamento e movimentação de cargas no sistema de manutenção; Realizar testes periódicos em ganchos, correntes e cabos de aço. • A n o t a ç õ e s 72 P o n t e r o l a n t e 5.2 Relacionadas à operação Utilizar o manual de operação do equipamento; • Efetuar a inspeção diária, visual e/ou funcional, antes de ligar o equi- • pamento e ou durante o funcionamento do equipamento quando neces- sário, verificando os seguintes itens: - Cabos, correntes e ganchos: trincas, sinais de corrosão, fios ou elos partidos, quebrados ou trincados, amassamentos e desgas- tes; - Parte elétrica: estado de conservação das botoeiras de comando, sinalização das botoeiras de comando, fios sem isolamento; - Freio (tempo de parada, atuação firme e absolutamente segura). Para o freio vertical, seguir orientações do Manual da Ponte. Para o freio horizontal seguir instruções do fabricante; - Travas (funcionamento correto das mesmas); - Vazamentos. Utilizar os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) necessários para • exercício da atividade, tais como: - Capacete; - Luvas; - Óculos; - Protetores auriculares; - Botinas de segurança com biqueira de aço. Comunicar imediatamente aos seus superiores irregularidades levan- • tadas na inspeção diária e periódica. 6. Sinalização manual para orientar o operador de pontes rolantes Na figura a seguir é apresentada, de forma esquemática, a maneira correta para realizar a sinalização manual de orientação do operador de guindaste. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 73 01. IÇAR: Com o antebraço na vertical e o dedo indicador para cima, mova a mão em pequenos círculos horizontais. 02. ABAIXAR: Com o braço esticado para baixo, dedo indicador apontado para baixo, mova a mão em pequenos círculos horizontais. 03. LEVANTAR A LANÇA: Braço esticado, dedos fechados, polegar apontando para cima. 04. BAIXAR A LANÇA: Braço esticado, dedos fechados, polegar apontando para baixo. A n o t a ç õ e s 74 P o n t e r o l a n t e 05. PARE: Braço esticado, palma da mão para baixo, mantendo esta posição firme. 06. PARADA DE EMERGÊNCIA: Braço esticado, palma para baixo, mova a mão rapidamente para direita e esquerda. 07. DESLOCAMENTO DA MÁQUINA: Braço esticado para frente, mão aberta e erguida, faça movimento de empurrar na direção do deslocamento. 08. TRAVAR TUDO: Junte as duas mãos em frente do corpo. 09. MOVIMENTO LENTO: Use uma das mãos para dar o sinal do movimento desejado, e coloque a mão parada em frente da outra. O desenho mostra “Içar lentamente”. 10. LEVANTAR A LANÇA / BAIXAR A CARGA: Com o braço esticado, polegar para cima, flexione os dedos (abrindo e fechando) enquanto durar o movimento de carga. 11. BAIXAR A LANÇA / LEVANTAR A CARGA: Com o braço esticado, polegar para baixo, abra e feche os dedos enquan- to durar o movimento de carga. 12. GIRAR A LANÇA: Braço esticado, aponte com o dedo a direção do giro da lança. 13. ACIONE UMA ESTEIRA: Travar a esteira no lado indicado pelo punho erguido. Acione a esteira oposta na direção indicada pelo movimento circular do outro punho, que gira verticalmente em frente ao corpo. 14. ACIONE AMBAS ESTEIRAS: Use os dois punhos em frente ao corpo, fazendo um movimento circular, indicando a direção do movimento para frente ou para trás. 15. ESTENDER A LANÇA: Ambos os punhos em frente ao corpo, com o polegar apontando para fora. 16. RECOLHER A LANÇA: Ambos os punhos em frente ao corpo, com um polegar apontando para outro. 17. USE O GUINCHO PRINCIPAL: Coloque o punho na cabeça e use os outros sinais. 18. USE O GUINCHO AUXILIAR: Ponha a mão no cotovelo e use os outros sinais. 19. ESTENDER A LANÇA: Um punho em frente ao peito, com o polegar apontando o peito. 20. RECOLHER A LANÇA: Um punho enfrente ao peito, com o polegar apontando para fora. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 75 CONCLUSÃO Como pôde ser visto nesta unidade, existe uma série de atividades que o operador de pontes rolantes deve se executar para garantir a segu- rança e a qualidade nas operações de içamento e movimentação de carga. Além de promover maior segurança, a forma correta de operar o equipa- mento pode promover redução nos custos de operação deste, gerando benefícios econômicos. Além disso, um auxiliar que conheça o sistema manual de sinalização para orientar os operadores de pontes rolantes contribui para a efetividade do processo, bem como na redução dos acidentes. 1) As pontes rolantes apresentam algumas vantagens operacionais, sen- do que as principais são: ( ) Configuração com posicionamento aéreo. ( ) Possuem baixa durabilidade. ( ) Movimentam somente cargas leves. ( ) Carregam e descarregam em qualquer ponto. 2) O operador de pontes rolantes deve utilizar os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) necessários para exercício da atividade, tais como: ( ) Calculadora. ( ) Capacete. ( ) Computador. ( ) Protetores auriculares. 3) Os cabos e os prendedores devem ser examinados diariamente e ins- pecionados completamente pelo operador pelo menos uma vez por semana e com maior frequência ao se aproximarem do fim de sua vida útil.. ( ) Certo ( ) Errado CONVERSÃO DE UNIDADES UNIDADE 10 A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 79 APRESENTAÇÃO Para finalizar este curso, você aprenderá algumas conversões de uni- dade. Como na operação de pontes rolantes as relações de peso e volume, dentre outras, são importantes para o bom funcionamento do equipamento, tais relações são necessárias para que você possa exercer suas atividades de forma mais eficiente. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: Apresentar aspectos relacionados aos sistemas de medida; • Mostrar as principais conversões de unidades. • INTRODUÇÃO Na movimentação de cargas utilizando pontes rolantes exige-se o conhe- cimento de propriedades da carga, tais como suas dimensões, peso, volume, além de aspectos relacionados à operação do equipamento, como capacidade e velocidade. Dessa forma, conhecer essas unidades, bem como as conver- sões que elas permitem é importante para o operador de ponte rolante. Esse conhecimento permite que cargas de diferentes países possam ser movimentadas, e guindastes dos mais diferentes modelos, e que utilizam unida- des de medidas distintas, possam ser operados, garantindo segurança e eficiên- cia. 1. Sistemas de Medida Países distintos adotam sistemas de medidas e unidades dife- rentes. Como as pontes rolantes são produzidas em diferentes países, e as cargas que movimentam podem ter origens distin- tas, conhecer as unidades e como convertê-las é importante para o operador deste equipamento. Assim, vamos agora co- nhecer os principais sistemas de medidas. É importante observar que existem outros sistemas de medidas, no en- tanto aqui serão apresentados os mais usuais. A n o t a ç õ e s 80 P o n t e r o l a n t e Sistema Inglês Sistema Métrico Origem Inglaterra – idade média França - 1799 Locais que utilizam Paises de língua inglesa (Inglaterra e América do Norte) Europa, Ásia, América do Sul e América Central Comprimento Polegadas (pol) Pés (ft) Milímetro (mm) Centímetro (cm) Metro (m) Quilômetro (km) Peso Libra – pound (lb) Tonelada Curta (ton) Quilograma (kg) Tonelada (t) Superfície Polegada quadrada (pol 2 ) Pé quadrado(ft 2 ) Metros quadrados (m 2 ) Volume Galão Americano Galão Inglês Metro cúbico (m 3 ) Centímetro cúbico (cm 3 ) Pressão Libra por polegada ao qua- drado (PSI) - (lb/ pol 2 ) Quilograma/centímetro quadrado (kg/cm 2 ) Quilograma/metro qua- drado (kg/m 2 ) Tonelada/metro quadrado (t/m 2 ) 2. Conversão de unidades de medida A tabela a seguir apresenta o fator de conversão para o comprimento. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Comprimento Unidades de medida Fator de conversão X Y k in (inches, polegadas) cm (centímetros) 2,54 ft (pés) m 0,3048 km mi (milhas terrestres) 0,6214 km nmi (milhas náuticas) 0,5396 léguas (marítimas) nmi (milhas náuticas) 3,0 m yd (yards, jardas) 1,094 yd (yards, jardas) ft (pé) 3,0 A tabela a seguir apresenta o fator de conversão para área. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 81 Área Unidades de medida Fator de conversão X Y k cm 2 sq in 0,1550 km 2 sq mi 0,3861 sq ft m 2 0,0929 sq in cm 2 6,452 sq mi km 2 2,590 sq yd sq ft 9,0 sq yd m 2 0,8361 A tabela abaixo apresenta o fator de conversão para volume. A conver- são é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Volume Unidades de medida Fator de conversão X Y k cu ft (pés cúbicos) l (litros) 28,32 galões (EUA) l (litros) 3,785 l (litros) cu ft (pés cúbicos) 0,03531 l (litros) cu in (polegadas cúbicas) 61,02 l (litros) m 3 0,001 l (litros) galões (EUA) 0,2642 l (litros) pints 2,113 ft oz (onças flúidas) l (litros) 0,02957 pints l (litros) 0,4732 A tabela abaixo apresenta o fator de conversão para massa e peso. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Massa e Peso Unidades de medida Fator de conversão X Y k kg lb (pounds, libras) 2,205 lb (pounds, libras) oz (onças) 16,0 lb (pounds, libras) kg 0,4536 oz (onças) lb (pounds, libras) 0,0625 oz (onças) g (gramas) 28,349527 A tabela a seguir apresenta o fator de conversão para pressão. A conver- são é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX A n o t a ç õ e s 82 P o n t e r o l a n t e Pressão Unidades de medida Fator de conversão X Y k atm mmHg 760,0 atm kgf/cm 2 1,033 atm psi 14,70 bar atm 0,9869 bar psi 14,50 inHg atm 0,03342 psi atm 0,06802 psi bar 0,06897 psi kgf/cm 2 0,07027 psi mmHg 51,7 A tabela abaixo apresenta o fator de conversão para velocidade. A con- versão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Velocidade Unidades de medida Fator de conversão X Y k ft/s (pés por segundo) m/min (metros por minuto) 18,29 km/h mph (milhas por hora) 0,6214 kt (knots, nós, milhas náuticas por hora) km/h 1,8532 mph (milhas por hora) km/h 1,609 3. Conversão de unidade de temperatura Para converter entre graus Celsius (centígrados) e graus Farhe- nheit, utilize a fórmula: C / 5 = (F - 32) / 9 em que: C • é a temperatura em graus Celsius (centígrados); F • é a temperatura em graus Farhenheit. A n o t a ç õ e s P o n t e r o l a n t e 83 CONCLUSÃO Como pôde ser visto nesta unidade, existem diferentes sistemas de unidade, bem como fatores de conversão para as mais diferentes unidades de medida. Conhecer esses fatores de conversão é importante para o ope- rador de guindaste, uma vez que o mesmo deve adequar o equipamento às características da carga, bem como às características de operação. 1) Da relação apresentada abaixo, indique os países onde o Sistema In- glês de medidas é utilizado: ( ) Inglaterra. ( ) Brasil. ( ) EUA. ( ) Japão. 2) Dentre as alternativas abaixo, indique aquela que NÃO reflete uma unidade de comprimento: ( ) Pés. ( ) Libras. ( ) Milímetro. ( ) Quilômetro. 3) Dentre as alternativas abaixo, indique aquelas que representam uni- dades de medida de peso: ( ) Quilograma. ( ) Libras. ( ) Polegadas. ( ) Gramas. A n o t a ç õ e s 84 P o n t e r o l a n t e REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATENEW (2007). Curso de Rigger. Escola Técnica Atenew – Instituto Opus, 2007. AZEVEDO, V. S. e JUNIOR, C. B. (2006). Logística de Montagem de Estruturas Metálicas em Centros Urbanos com o Uso de Guindastes. Engenharia Civil – PGECIV, UERJ MARCHIORI, A. (2006). Equipamentos de Elevação e Transporte. Internatio- nal Paper do Brasil Ltda, 2006. METÁLICA (2008), Fatores de conversão de unidades. Página da Web <http:// www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=43> acessa- da em 20/11/2008 METÁLICA (2008), Sinalização Manual para Orientar o Operador de Guindas- tes. Página da Web <http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinami- ca.php?id_pag=184> acessada em 20/11/2008 MTE (2008) – Classificação Brasileira de Ocupações – CBO. Ministério do Tra- balho e Emprego. Página da Web <http://www.mtecbo.gov.br/busca/conversa- oDireta.asp?codigo=7821> acessada em 20.11.2008 NEBRASCO (2008). Um pouco sobre guindastes. Página da Web < http://www. nebrasco.com.br/nebrasco/conheca.htm> acessada em 10/12/2008 PORTE GENTE (2008). Guindastes. 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