Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 1 6/7/12 I.A. – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL OU IMBECILIDADE AUTOMATIZADA? AS MÁQUINAS PODEM PENSAR E SENTIR? Valdemar W.
April 4, 2018 | Author: Anonymous |
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Slide 1 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 1 6/7/12 I.A. – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL OU IMBECILIDADE AUTOMATIZADA? AS MÁQUINAS PODEM PENSAR E SENTIR? Valdemar W. Setzer Depto. de Ciência da Computação da USP www.ime.usp.br/~vwsetzer google: valdemar setzer home (Ver nesse site a apresentação completa e o artigo correspondente) Slide 2 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 2 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. Máquinas podem ter inteligência? 7. Inteligência artificial 8. Conclusões Slide 3 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 3 6/7/12 1. O ser humano é uma máquina? (No sentido de ser um mecanismo puramente físico) Favor responder SIM ou NÃO no papelzinho Slide 4 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 4 6/7/12 1. O ser humano é uma máquina? (cont.) Slide 5 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 5 6/7/12 1. O ser humano é uma máquina? (cont.) Sentido usado aqui: Máquina é um sistema puramente físico com as seguintes funcionalidades: Outras máquinas Computadores Transformam, transportam, armazenam Matéria, energia Slide 6 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 6 6/7/12 1. O ser humano é uma máquina? (cont.) Sentido usado aqui: Máquina é um sistema puramente físico com as seguintes funcionalidades: Outras máquinas Computadores Transformam, transportam, armazenam Matéria, energiaDados Slide 7 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 7 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. Máquinas podem ter inteligência? 7. Inteligência artificial 8. Conclusões Slide 8 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 8 6/7/12 2. Qual a posição dos cientistas? Aparentemente, a grande maioria, senão a quase totalidade dos cientistas, principalmente os da área de I.A. e os neurocientistas, acha que o ser humano é uma máquina. Exemplos: Joahn Searle: “... in one sense, of course we are all machines [that sense in which a machine is just a physical system...]” (Minds, Brains and Science) A. Damasio: cérebros e mentes são a mesma coisa (Descartes’ Error) Slide 9 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 9 6/7/12 2. Posição dos cientistas (cont.) J. L. Pollock: “My general purpose in this book is to defend the conception of man as na intelligent machine.” (How to Build a Person, MIT Press) J. Haugeland: “AI wants only the genuine article: machines with minds, in the full and literal sense. This is not science fiction, but real science, based on a theoretical conception as deep as it daring: namely, we are, at root, computers ourselves.” (Artificial Intelligence: the very Idea, MIT Press) R. Dawkins: “O argumento deste livro é que nós, e todos os outros animais, somos máquinas criadas por nossos genes.” (O Gene Egoísta) Slide 10 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 10 6/7/12 2. Posição dos cientistas (cont.) Posição intermediária: John Searle: o ser humano é uma máquina, mas o cérebro, apesar de determinar as mentes, não é um computador O “Quarto Chinês” (“Can Computers Think?” in Mind, Brains and Science, London: Penguin 1984) Computadores são máquinas puramente sintáticas e a mente tem semântica (compreensão). Só que ele não diz o que é “compreender” E que máquina (o ser humano) poderia ser essa Slide 11 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 11 6/7/12 2. Posição dos cientistas (cont.) Posição intermediária (cont.): R. Penrose: o ser humano é um ser físico, mas o cérebro não é um sistema computacional. Há processos não-físicos no mundo – deve existir um mundo platônico das idéias matemáticas (The Emperor’s New Mind) Slide 12 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 12 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. Máquinas podem ter inteligência? 7. Inteligência artificial 8. Conclusões Slide 13 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 13 6/7/12 3. Questões a serem abordadas As máquinas podem Sentir? Pensar como o ser humano? Ser inteligentes? O ser humano é um ser puramente físico (“máquina”)? As máquinas poderão exercer todas as atividades humanas (e melhor)? Slide 14 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 14 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. Máquinas podem ter inteligência? 7. Inteligência artificial 8. Conclusões Slide 15 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 15 6/7/12 4. Sensações e sentimentos Sensação: uma reação interior, p.ex. sabor de algo Doce, azedo, amargo Sensações mais sutis Cores Medo Angústia Slide 16 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 16 6/7/12 4. Sensações e sentimentos (cont.) Sentimento: também uma reação interior, mas de outra natureza, mais ativa, p.ex. gostar ou não de algo Simpatia ou antipatia (básicos) Atração ou repulsão (mais básicos) A individualidade e subjetividade das sensações e sentimentos Ninguém é capaz de sentir uma sensação ou sentimento que outro sente Slide 17 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 17 6/7/12 4. Sensações e sentimentos (cont.) Máquinas têm individualidade? Máquinas analógicas Uma geladeira pode ter individualidade? O projeto e a construção são únicos para cada modelo de máquina Máquinas digitais A Máquina de Turing (MT) (1935) Slide 18 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 18 6/7/12 A MÁQUINA DE TURING CONTROLE FINITO b10##01... L / G b b... b b Resultado: CONTROLE FINITO b100#01... L / G # b b... b #,#;D #,0;D 0,0;D1,1;D b,#;E A B CF movim. gravação leitura Slide 19 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 19 6/7/12 A MÁQUINA DE TURING (Cont.) Para maiores detalhes, ver a apresentação “A essência dos computadores”A essência dos computadores em meu site. Slide 20 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 20 6/7/12 4. Sensações e sentimentos (cont.) A MT é uma máquina digital abstrata com um só tipo de instrução: (Estado atual, símbolo de entrada, símbolo de saída, movimento da cabeça, próximo estado) Slide 21 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 21 6/7/12 4. Sensações e sentimentos (cont.) Máquinas digitais (cont.) A Máquina de Turing resolve qualquer problema computacional (tese de Church-Turing) A universalidade da Máquina de Turing (MT) e das máquinas digitais Dadas capacidade e velocidade suficientes, qualquer uma pode simular qualquer outra Como as máquinas não têm individualidade ou são universais e os sentimentos são estritamente individuais, MÁQUINAS JAMAIS TERÃO SENTIMENTOS Slide 22 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 22 6/7/12 4. Sensações e sentimentos (cont.) Não se sabe cientificamente o que é ter sensações e sentimentos John Haugeland, Artificial Intelligence: The Very Idea. MIT Press, 1987, p. 235: É surpreendentemente difícil avaliar a relevância dessas questões [os vários tipos de sentimentos] na Inteligência Artificial. Até mesmo a sensação, que deveria ser de alguma forma o caso mais fácil, produz uma perplexidade profunda. Não se pode negar que as máquinas podem 'ter sensação' do que as rodeia, se tudo o que isso significa é discriminação – dar respostas simbólicas em diferentes circunstâncias. Olhos elétricos, termômetros digitais, sensores de tato, etc., são comumente utilizados como órgãos de entrada [input] em toda parte, de brinquedos eletrônicos aos robôs industriais. Mas é difícil imaginar que esses sistemas sentem na verdade qualquer coisa quando reagem a estímulos impingidos a eles. Apesar de o problema ser geral, a intuição é mais clara no caso da dor: muitos sistemas complexos podem detectar danos internos ou mal funcionamento e até mesmo adotar medidas corretivas; mas será que eles sentem dor? Parece incrível, mas o que exatamente está faltando? Quanto mais penso sobre essas questões, menos fico convencido de que sequer sei o que isso significa (o que não quer dizer que acho isso sem sentido). Slide 23 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 23 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões Slide 24 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 24 6/7/12 5. O pensar O que é pensar? Envolve semântica O “Quarto Chinês” de John Searle Um computador é como o operador do QC Pois trata tudo sintaticamente (estruturalmente) Segue regras e não “compreende” nada Mas Searle não diz o que é “compreender” Sempre envolve conceitos Ex: o que vocês estão percebendo visualmente na entrada da sala? Slide 25 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 25 6/7/12 5. O pensar (cont.) A resposta, certamente unânime, foi “UMA PORTA” ERRADO! NÃO SE PERCEBE VISUALMENTE UMA PORTA pois “porta” é um conceito O que se percebe visualmente são impulsos luminosos O pensar funciona como ponte entre a percepção e um conceito como ponte entre dois conceitos (“associação de ideias”) Slide 26 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 26 6/7/12 5. O pensar (cont.) Percepção Sem que o pensar faça associação com um conceito, não se percebe nada! Ex. do hexágono com diagonais Slide 27 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 27 6/7/12 Slide 28 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 28 6/7/12 Slide 29 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 29 6/7/12 Slide 30 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 30 6/7/12 5. O pensar (cont.) Percepção (cont.) Sem a associação com um conceito, por meio do pensar, não se percebe nada! (cont.) Ex. do sapateiro J.B. (em Catching the Light, de Arthur Zajonc) O pensar completa a percepção Entra em contato com a essência das coisas, inatingível para Kant (Das Ding an Sich) pois para ele o pensamento era mecânico e portanto limitado erro que persegue a ciência e a filosofia até hoje Slide 31 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 31 6/7/12 5. O pensar (cont.) O pensar pode ser objetivo Todos chegaram ao conceito de porta Toda a matemática é objetiva pois é puramente conceitual Lembrar que o sentir é sempre subjetivo Slide 32 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 32 6/7/12 5. O pensar (cont.) “Nosso pensar nos une ao mundo; nosso sentir nos reconduz a nós próprios, fazendo de nós um ser individual. Se fôssemos apenas seres pensantes e dotados de percepção, a nossa vida transcorreria numa indiferença total. Se apenas nos reconhecêssemos como Eu, nosso Eu nos seria completamente indiferente. Apenas por que, além de reconhecer a nós mesmos, sentimos também o nosso ser, somos entes individuais, cuja existência não se esgota em estabelecer relações conceituais entre as coisas, mas possui também um valor particular em si mesma.” Rudolf Steiner, A Filosofia da Liberdade, p. 80. Slide 33 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 33 6/7/12 5. O pensar (cont.) O pensar tem características únicas no universo Pensar sobre o pensar Rudolf Steiner em A Filosofia da Liberdade: “Estado de exceção” Única atividade em que o objeto da ação pode ser idêntico à própria ação É autossuficiente Não é preciso outra atividade além do pensar para se pensar sobre o pensar R. Steiner: Razão do Cogito, ergo sum de Descartes Um fulcro, ponto de apoio de certeza pessoal! Slide 34 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 34 6/7/12 5. O pensar (cont.) Podemos vivenciar no pensar a liberdade (livre arbítrio) Ex.: Imaginar o movimento do braço na horizontal O pensamento pode ser autodeterminado ATENÇÃO: Vivenciamos o livre arbítrio no pensar, mas na realidade ele existe na VONTADE (QUERER) DECISÃO de pensar o que se quer Portanto, livre arbítrio é querer o que se quer! Isto é, o que se acha justo Não é uma tautologia! Slide 35 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 35 6/7/12 5. O pensar (cont.) Autodeterminação livre do pensamento Pensar o que se vai pensar em seguida, e concentrar-se nisso Autodeterminação livre é totalmente impossível nas máquinas Determinadas pelas leis físicas seguidas por suas funções no caso da máquinas digitais, por seus programas e circuitos que interpretam as instruções dos programas determinismo e não determinismo na Máquina de Turing Máquinas analógicas: não-determinismo devido à aleatoriedade Mas nossa vivência é que o pensamento consciente não é aleatório a,b;M a,c;M' s1s1 s3s3 s2s2 Duas transições não determinísticas: s 2 ≠ s 3 e/ou b ≠ c e/ou M ≠ M' Slide 36 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 36 6/7/12 5. O pensar (cont.) Máquinas projetadas e construídas jamais terão liberdade! A falta de liberdade provém da sujeição às leis físicas e da falta da autodeterminação Se uma máquina tivesse liberdade, não faria o que dela desejamos Atenção: para um materialista, o ser humano NÃO pode ter livre arbítrio! A não ser que seja um materialista incoerente... P. ex., preza a liberdade (acadêmica, de pesquisa,...) Ainda bem que a maior parte deles é incoerente! Slide 37 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 37 6/7/12 5. O pensar (cont.) Para quem parte da hipótese de que o ser humano pode ter livre arbítrio (pelo menos no pensamento) máquinas JAMAIS vão pensar como ele Podem no máximo simular certos tipos de pensamentos como os algorítmicos Distorção do que é “pensar”: “Machines as simple as thermostats can be said to have beliefs” John McCarthy (Inventor da expressão “Inteligência Artificial”!) “Ascribing mental qualities to machines” (1979) Slide 38 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 38 6/7/12 5. O pensar (cont.) Cérebro Do ponto de vista científico, o máximo que se deveria dizer é que certas áreas dele participam de certos processos mentais Dizer que processos mentais são gerados pelo cérebro é pura especulação Não corresponde às evidências pessoais! Cérebro reflete as sensações, os sentimentos, a vontade e o pensamento para a consciência Pensar = refletir !!! Hipótese de trabalho fundamental: o pensamento não é físico Pode depender mais, ou menos, do cérebro físico Slide 39 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 39 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. O ser humano é um sistema físico? 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões Slide 40 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 40 6/7/12 6. O ser humano é um sistema físico? Sensações e sentimentos individuais e a liberdade do pensamento Levam à hipótese de trabalho de que NÃO SOMOS SERES PURAMENTE FÍSICOS (SUJEITOS APENAS A LEIS FÍSICAS) Isso não contradiz fatos científicos conhecidos da neurociência Também como conseqüência dessa hipótese, O SER HUMANO NÃO É UMA MÁQUINA Minha concepção radical: NADA no ser humano é mecânico ou puramente físico Ex.: o braço não é uma simples alavanca NADA nos seres vivos é puramente mecânico, físico Slide 41 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 41 6/7/12 6. O ser humano é um sistema físico? Em particular não são puramente físicos Pensar, sentir e querer Memória Consciência Autoconsciência Atenção: essas hipóteses não limitam a pesquisa, pelo contrário, expandem-na! Não abdicam do racionalismo Slide 42 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 42 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. O ser humano é um sistema físico? 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões Slide 43 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 43 6/7/12 7. Máquinas podem ter inteligência? Depende da noção de “inteligência”! Se for simplesmente jogar bem xadrez, as máquinas podem ser “inteligentes” Ver meu artigo sobre xadrez eletrônico Mas nem todas as pessoas inteligentes jogam xadrez bem Precisamos de algo muito mais amplo O Teste de Turing [TT] (1950) Descrição É comportamental Compara os comportamentos exteriores da máquina e do ser humano “Quarto Chinês” do Searle não é comportamental! É lingüístico Slide 44 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 44 6/7/12 7. Máquinas inteligentes? (cont.) Extensões do TT (Hanard) Total Turing Test (TTT) TT + outros comportamentos Total Total Turing Test (TTTT) TTT + indistinguibilidade corporal Howard Garder: Inteligências Múltiplas Lingüística Musical Lógico-matemática Corporal cinestésica Espacial Intrapessoal Interpessoal (D. Goleman: Emocional) Slide 45 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 45 6/7/12 7. Máquinas inteligentes? (cont.) Gardner estendeu depois para 20 P. ex. Interpessoal para Liderança Manter relações sociais e preservar amigos Resolver conflitos Ser capaz de fazer análise social Minha classificação 1. Inteligência incorporada No corpo humano, nos animais, plantas e até minerais Infinita sabedoria na natureza Constantes físicas, distância da Terra ao Sol etc. Todos os seres vivos etc. O corpo humano é a maior maravilha física do universo Máquinas também têm Slide 46 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 46 6/7/12 7. Máquinas inteligentes? (cont.) Minha classificação (cont.) 2. Inteligência criativa O que é criatividade? Domenico di Masi: Criatividade = Fantasia + Concretividade Fantasia: ter novas ideias – podem ser malucas Concretividade: saber realizar algo social ou pessoalmente útil Só fantasia: diletantismo Só concretividade: burocracia Inteligência criativa é a que envolve ter novas ideias e conseguir realizar algo útil com elas Slide 47 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 47 6/7/12 7. Máquinas inteligentes? (cont.) Na minha concepção de mundo, máquinas jamais terão inteligência realmente criativa Não têm fantasia “Novas” idéias são fruto de combinações previamente programadas Não têm concretividade ampla Pois para isso é necessário ter bom senso (noção de utilidade), que não é formal Podem ter a concretividade de realizar algo burocrático que um ser humano achou útil Além de tudo, a inteligência depende do pensar, e na minha hipótese ele não é físico, de modo que também nesse sentido máquinas jamais serão inteligentes Slide 48 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 48 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões Slide 49 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 49 6/7/12 8. Inteligência artificial Searle: Strong AI Dá ênfase às analogias entre seres humanos e máquinas Visão extrema: o cérebro é um computador, e a mente o seu programa Newel e Simon “Inteligência é somente uma questão de manipulação de símbolos” “Um sistema físico de manipulação de símbolos é necessário e suficiente para se ter uma ‘ação inteligente em geral’ ” Slide 50 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 50 6/7/12 8. Inteligência artificial (cont.) J. Fetzer: “Na tese da strong AI, computadores possuem mente quando estão executando programas...” (Computers and Cognition: why Minds are not machines) J. Pollock: “Strong AI é a tese de que nós podemos construir uma pessoa (uma coisa que realmente pensa, sente e é consciente), por meio da construção de um sistema físico ao qual se dê a Inteligência Artificial adequada” Weak AI Computadores são ferramentas que “podem ser úteis, ajudar e ser valiosas no estudo da mente, mas não possuem mentes, mesmo se estão executando programas” (J. Fetzer) Slide 51 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 51 6/7/12 8. Inteligência artificial (cont.) Não estou de acordo com a aplicação dessas duas Minha classificação adicional IA prática Fazer as máquinas simularem ações humanas Para substituir o trabalho que degrada o ser humano Desde que se dê a ele um trabalho mais digno! IA humilde Coleção de algoritmos interessantes prunning Reconhecimento de padrões Robótica Etc. Slide 52 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 52 6/7/12 8. Inteligência artificial (cont.) Máquinas podem executar melhor do que o ser humano Ações mecânicas Detecção de grandezas físicas Manipulação de dados, incluindo escolhas lógicas Não podem executar melhor Decisões baseadas em sentimentos Ex.: leis sociais Decisões baseadas em intuições Percepção do que não é fisico Movimentos: dos direitos humanos, para a paz, ecológico Slide 53 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 53 6/7/12 8. Inteligência artificial (cont.) ou Imbecilidade Automatizada? Segundo a minha noção de “inteligência criativa” computadores, interpretando qualquer programa, são e sempre serão IMBECIS AUTOMÁTICOS Slide 54 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 54 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões Slide 55 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 55 6/7/12 9. Conclusões Hipótese espiritualista A hipótese de que o ser humano não é uma máquina, ou um sistema puramente físico, é baseada em evidências muito fortes Vistas nesta palestra Sentimentos individuais Liberdade no pensamento E muitas outras Forma orgânicas incluindo simetrias (ex.: orelhas, mãos) Como elas são conservadas no crescimento e na regeneração de tecidos? Slide 56 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 56 6/7/12 9. Conclusões (cont.) Hipótese espiritualista (cont.) [1] http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?gal=84&type=gal&nb=6&img=1http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?gal=84&type=gal&nb=6&img=1 Minha teoria de como algo não físico pode atuar fisicamente A escolha de uma dentre várias transições fisicamente não-deterministas não requer energia Há um modelo não físico atuando em cada ser vivo Esse modelo é da natureza do pensamento, por isso podemos reconhecê-lo com nosso pensar (Notar como as bordas da folha de uma Costela-de-Adão, Monstera deliciosa, seguem uma curva característica) (Vistas de uma Adelpha capucinus velia; notar as fantásticas simetrias de formas e cores [1]) Slide 57 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 57 6/7/12 9. Conclusões (cont.) Hipótese espiritualista (cont.) Evidências no ser humano (cont.) Funcionamento do corpo, “vida” Memória aparentemente infinita Vivência da liberdade, do tempo etc. Experiências de quase morte Experiências mediúnicas (telepatia foi reconhecida por McCarthy! ). Exs: Leonora Piper (1859-1950) Leonora Piper Chico Xavier (1910-2002) Chico Xavier Recordações de “outras vidas” por crianças ... Ver meus artigos “Por que sou espiritualista”Por que sou espiritualista “Ciência, religião e espiritualidade”Ciência, religião e espiritualidade Slide 58 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 58 6/7/12 9. Conclusões (cont.) Hipótese materialista A hipótese de que o ser humano é uma máquina, um sistema puramente físico É “self-defeating”: não se sabe cientificamente o que é matéria Leva a uma ciência desumana Degrada a imagem que o ser humano faz de si próprio Elimina Individualidade ‘superior’ Livre arbítrio, liberdade Dignidade Responsabilidade Amor altruísta Leva ao egoísmo Ver meu artigo “Consequências do materialismo”Consequências do materialismo Slide 59 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 59 6/7/12 9. Conclusões (cont.) Leva a ações Baseadas em pensamento “maquinal” Sem sentimentos (como compaixão) Bestiais O QUE ESTAMOS VENDO? Destruição da matéria (paradoxo do materialismo, cf. J. Lutzenberger) Destruição da vida Ambos, devido ao egoísmo!!! Miséria social e individual crescentes Exs.: Aumento de problemas psíquicos e sociais, suicídios de crianças e jovens Slide 60 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 60 6/7/12 9. Conclusões (cont.) A humanidade está em perigo Devido ao mau uso da tecnologia Causa principal de toda essa destruição Visões materialistas do ser humano, como um animal (darwinismo, neo-darwinismo) uma máquina (IA) Slide 61 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 61 6/7/12 9. Conclusões (cont.) Pior influência: em crianças e jovens Frederico Mayor Zaragoza, ex-diretor geral da UNESCO A QUESTÃO NÃO É O MUNDO QUE VAMOS DEIXAR PARA NOSSOS FILHOS, MAS OS FILHOS QUE VAMOS DEIXAR PARA O MUNDO (Ver referência em meu artigo “Tolerância,convivência e conflitos religiosos”)Tolerância,convivência e conflitos religiosos Solução: educação e auto-educação, mas com outra mentalidade em relação à prevalente hoje em dia A educação corrente induz ao materialismo Slide 62 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 62 6/7/12 9. Conclusões (fim!) SALVAÇÃO A SALVAÇÃO SOCIAL E INDIVIDUAL SÓ PODERÁ OCORRER A PARTIR DE UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE: Slide 63 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 63 6/7/12 TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões Slide 64 Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 64 6/7/12 I.A. – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL OU IMBECILIDADE AUTOMATIZADA? AS MÁQUINAS PODEM PENSAR E SENTIR? Valdemar W. Setzer Depto. de Ciência da Computação da USP www.ime.usp.br/~vwsetzer google: valdemar setzer home (Ver nesse site a apresentação completa e o artigo correspondente)
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