Técnicas de Pesca Esportiva

May 4, 2018 | Author: Anonymous | Category: Documents
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Técnicas de Pesca Esportiva  Texto e fotos César Pansera   A montagem captura peixes em duas situações básicas, durante a caída, logo após o arremesso, ou rente ao fundo, onde a isca é trabalhada com toques que podem variar dos famosos saltos, que descrevem o movimento da isca, a sutis arrastadas promovidas por leves toques de ponta de vara   Esse sistema não é dos mais indicados para cobrir rapidamente grandes áreas (como, por exemplo, espraiados), mas é muito eficiente para os pontos com estruturas isoladas ou bem definidas, como as citadas acima.   Em geral, a pegada do peixe varia de uma simples tremida na linha a pequenas e sutis mordidas. Mas o contrário também pode acontecer. Independentemente da maneira que o peixe atacar a soft (isca artificial leve), é importante prestar muita atenção. E, ao menor sinal de ataque, "desça o braço" com fé.   Se no início você fisgar mais troncos e pedras do que peixes, não se preocupe. Seu aproveitamento vai melhorar com o tempo. Treine até diferenciar os peixes dos obstáculos no caminho da isca. E por mais experiente que seja o pescador, aquela sensação indescritível de incerteza e adrenalina não muda nunca.   +dicas - Evite trabalhar a isca com a vara muito colada ao corpo ou com a ponta muito para cima. Isso não propiciará um bom ângulo para as fisgadas, que devem ser potentes para ultrapassar a soft e a mandíbula do peixe.   - Essências podem ser acrescentadas aos pacotes da minhoca ou diretamente na isca. Minimizam odores transferidos à soft (como o do cigarro, filtro solar ou repelente). Além disso, conferem certa viscosidade às iscas, preservando-as por mais tempo.   - Existem no mercado linhas de mono e multifilamento que praticamente ficam invisíveis na água. Pode ser um grande diferencial nos dias em que o peixe estiver manhoso.   - Preste atenção na descida da isca, geralmente, é nesse momento que os ataques acontecem. É desnecessário executar o trabalho até debaixo do barco, sendo mais produtivo concentrar os esforços nos primeiros metros de declive do barranco, com exceção de pontas, ilhas submersas ou locais mais profundos.   - Não misture iscas de cores diferentes em um mesmo pacote ou no mesmo compartimento de sua caixa. Cores mais fortes podem predominar sobre mais claras, manchando-as.   - Quando utilizar rattling (chocalhos, guizos), seja no chumbo ou na isca, assim como miçangas, realize pequenos toques secos e curtos de ponta de vara ao trabalhar a isca, para que ela apenas trema no mesmo local, fazendo barulho. Esse tipo de trabalho é conhecido nos EUA e Japão como shaking (trepidante, sacudida – agitando). O Poder do Chatterbait  Este nome é novo para você? Se for, não deixe de experimentar esta isca diferente. Ela renderá ótimas capturas em qualquer nível de represa e ainda pode surpreender na água salgada   Texto e fotos César Pansera   Desenvolvida originalmente para o black bass, a chatterbait é uma espécie de rubber jig com um pedaço de metal fixado à cabeça, que auxilia na movimentação quando ela é recolhida. Essa chapa serve como uma barbela, conferindo um trabalho característico na coluna d’água, capaz de atrair de longe os predadores.   A isca vibra quando tracionada, de um lado para o outro, e oscila rapidamente. Seu anzol de ponta única permanece sempre exposto e voltado para cima. Isso possibilita fisgadas certeiras e dificulta que o peixe escape durante a briga.   Linhas de pouca elasticidade, neste caso, cortam a água com maior rapidez – o multifilamento é ideal para proporcionar fisgadas precisas. Quando utilizada em estruturas como capinzais, não muito fechados, e entre galhos mais finos, a barbela metálica protege a ponta do anzol, o princípio é semelhante ao do arame nos spinnerbaits.   As dentuças também adoram No Brasil, além do bass, a chatterbait é uma excelente opção para as vorazes traíras. Acoplar a elas trailers (adição de algum material às iscas artificial, geralmente grubs) pode garantir maior rendimento. A preferência fica para os duplos (“twin tails”), que são maiores e causam maior deslocamento na água e também pelo seu tamanho – traíras grandes dão preferência para iscas mais volumosas.   Em muitos dos ataques sofridos, a isca vai inteira para dentro da boca dos “verdões”. Isso nos faz concluir que, por trabalhar de forma frenética, quando recolhida mais rapidamente, ela passe a impressão de ser uma presa muito veloz. Assim, o predador não pode perder tempo ou errar o bote, e é por esse motivo que ele acaba sendo tão violento.   A capacidade de explorar uma vasta área a cada arremesso é outro ponto importante desta isca. Quando o peixe está a fim de atacar, o trabalho em maior velocidade na meia-água é mortal. Sempre fique atento até o final do recolhimento. Muitos botes acontecem bem perto do barco, quando a isca está prestes a sair da água.   Mãos à obra A chatterbait pode ser trabalhada de duas maneiras. A mais produtiva e comum é o recolhimento contínuo. Alternando a velocidade da isca, é possível determinar sua profundidade de ação. Durante o recolhimento, a ponta da vara literalmente treme o tempo todo, intensamente, tamanha é a oscilação lateral da lâmina. Desta forma, o trabalho assemelha-se ao de uma crankbait (isca de barbela grande para pesca de fundo). Na outra situação, basta deixar a isca tocar o fundo, para então tracioná-la levemente e em seguida deixá-la cair novamente. Os movimentos devem ser sucessivos até que ela chegue próxima ao barco. Isso costuma funcionar bem em locais mais rasos, onde não é necessário esperar muito para que a isca atinja o leito. Além disso, a caída mais lenta da chatterbait é ideal quando os peixes estão pouco ativos.   Na água salgada Há modelos que utilizam shads ou camarões como trailers (denominados chattershrimps). Alguns plugs que não possuem barbela são desenvolvidos com a mesma lâmina acoplada em seu pitão frontal, para que vibrem mais na coluna d’água quando tracionados.   Caso não encontre esses modelos específicos para água salgada, você pode usar as mesmas iscas feitas para o bass. Para isso, basta remover as cerdas de silicone e substituí-las por um shad, acoplando-o ao anzol. Este shad deve ter, no máximo, 4 polegadas de comprimento, e possuir formato longilíneo.   Os Segredos do Chatterbait  Confira os materiais corretos e mais sete dicas importantes para acertar a mão na pescaria com a chatterbait   Texto e fotos César Pansera 1. Existem no mercado formatos variados de barbela de chatterbaits. Todos têm a mesma característica principal, vibrar bastante durante o trabalho na coluna d’água. As barbelas podem ser cromadas ou coloridas. Tenha na caixa variações distintas de cor. Aquelas berrantes se destacam com água mais suja e as naturais são as mais indicadas para águas limpas.   2. Sempre amarre a linha diretamente ao snap que já vem preso à isca, de maneira que sua barbela vire durante o recolhimento. Assim, a chatterbait vibra e a ponta do anzol fica voltada para cima.   3. Procure acoplar trailers duplos (“twin tails”), cujas caudas tenham o formato de foice (curvos). O movimento é mais intenso quando comparado aos retos.   4. Alguns modelos possuem anzol flexível, um artifício também presente em modelos de spinnerbaits e buzzbaits. Ele serve para evitar que o peixe escape quando pula com a isca presa à boca.   5. A chatterbait é muito produtiva em represas, estejam elas cheias ou baixas. No primeiro caso, grotas com capim podem render boas capturas, a isca consegue passar muito próxima da vegetação sem enroscar. Com represa baixa, procure estruturas mais aparentes, os peixes se concentram ao redor delas. Galhadas a alguns metros do barranco são pontos excelentes. Explorar pontas e arremessar paralelamente ao barranco também é sempre muito produtivo.   6. Você pode colar a extremidade do trailer no chatterbait com cola de secagem rápida. Isso impedirá que ele escorregue da haste do anzol durante os arremessos, principalmente quando estes são realizados por baixo com a intenção de encaixar a isca sob alguma estrutura.   7. De preferência, recolha a isca com a ponta da vara voltada para baixo. Isso faz com que ela desça mais na coluna d’água, agindo em profundidades variadas e seguindo o desnível do barranco. Se preferir que ela venha mais ou menos na mesma profundidade, mais à tona (no meio de um capinzeiro, por exemplo), a vara deve apontar para cima durante o recolhimento.   Equipamento recomendado Varas: de 6 a 6’6”, classes 10-20 e 10-25 libras, de ação média e média-pesada. É importante que tenham certa flexibilidade de ponta para que permitam a vibração da isca e que esse movimento seja sentido pelo pescador.   Carretilhas: de perfil baixo, com capacidade para pelo menos 100m de linha de 0,30mm e relação de recolhimento entre 6 e 7:1.   Linhas: preferencialmente, multifilamento, com espessura máxima de 0,23mm. Linhas de fluorcarbono de até 0,30mm também podem ser utilizadas.   Líder: se optar por linha de “multi”, use um líder de fluorcarbono com espessura entre 0,35 e 0,40mm, e comprimento próximo ao da vara usada.   Iscas: entre 1/4 oz. (7,09g) e 5/8 oz. (17,72g). Aquelas com 3/8 oz. (10,63g) e ½ oz. (14,18g) também são excelentes Os principais sistemas de montagem Texto&Fotos: Glauco Oda ([email protected]) Nessa matéria iremos dar uma pequena introdução sobre os rigs utilizados na pesca do Black-Bass, mas antes de começarmos segue algumas explicações: Rig: entende-se por rig o sistema de montagem, isto é, posicionamento do conjunto linha, peso e anzol. Sendo possível algumas variações e o uso de acessórios tais como miçangas de vidro, giradores, elásticos, etc... Texas Rig - O mais antigo e tradicional sistema de montagem, nesse sistema o peso de formato cônico fica solto na linha e na extremidade amarramos o anzol do tipo offset.   Equipamentos: Texas Light (pesos de 1.8g a 5g) - Varas de ação rápida de 6” a 6.6” (12-14lbs) - Linhas fluorcarbono entre 6 e 10lbs - Anzol offset  Texas Heavy (pesos de acima de 7g) - Varas de ação rápida de 6” a 7” (17-25lbs) - Linhas fluorcarbono entre 10 e 20lbs - Anzol offset  Trabalho: arrastando, arrastando e intercalando com pequenos toques de ponta de vara para a minhoca dar pequenos pulinhos no fundo. Flórida Rig – O sistema de montagem Flórida pode ser considerado uma variação do Texas Rig. A montagem é basicamente a mesma com a única diferença que o peso ao invés de ficar solto na linha, no flórida é preso com o auxílio de uma borracha ou através de pesos e outro acessórios criados para esse fim. É ideal para ser usado em estruturas fechadas, locais com enroscos, etc... a forma de trabalho também é semelhante ao Texas Rig.   Equipamentos: - Varas de ação moderada/rápida de 6” a 6.6” (12-14lbs) - Linhas de fluorcarbono entre 6 e 10lbs - Pesos entre 1,8 e 7g. - Anzol offset, offset EWG. Carolina - Juntamente com o Texas rig, um dos mais tradicionais sistema de montagem. Nele temos o peso de formato cônico também solto na linha principal, 1 ou 2 miçangas de vidro e um pequeno girador, na outra ponta do girador, prende-se uma pernada (50cm à 1m) e na extremidade amarramos o anzol do tipo Rig´N hook.   Equipamentos: Carolina Light / Eufala rig (3.5 e 5g) - Varas de ação rápida de 6” a 6.6” - Linhas de fluorcarbono entre 8-12lbs - Anzol Rig’N hook, offset EWG Obs: No Carolina-light / Eufala, o comprimento da pernada geralmente varia entre 20 e 45cm. Carolina (pesos acima de 7g) - Varas de ação rápida de 6” a 7” (17-25lbs) - Linhas fluorcarbono entre 10 e 20lbs - Anzol Rig’N hook, offset EWG  Trabalho: a principal forma de trabalho é arrastando em 2 ou 3 etapas ou recolhendo continuamente bem lento. Split shot - Nesse sistema amarramos o anzol na extremidade da linha e um pouco antes (30 a 50cm) fixamos um pequeno peso com o auxílio de um elástico ou acessório semelhante.   Equipamentos (preferencialmente molinete): - Pesos 1.8-3.5g - Varas de ação rápida/moderada de 6” a 6.6” (6-14lbs) - Linhas fluorcarbono entre 4 e 6lbs - Shinner Hooks, Offset EWG, Split shot hook Trabalho: a principal forma de trabalho é arrastando no fundo bem lento, a ponta da vara deve ficar sempre para baixo, se o peixe estiver muito inativo, é recomendável aumentar a distância do peso ao anzol, chegando até 1m.Outra forma de trabalho possível é dando longas puxadas, esperando então a isca chegar ao fundo novamente, preste muita atenção na linha pois é comum o Bass sair nadando com a isca na boca. Weightless (No sink) - Nessa montagem, como o próprio nome sugere, não utilizamos nenhum tipo de peso. Simplesmente amarramos o anzol na extremidade da linha. O peso da minhoca é que auxiliará o arremesso.   Equipamentos (preferenciamente molinete): - Varas de ação moderada/rápida de 6” a 6.6” (6-14lbs) - Linhas fluorcarbono entre 4 e 8lbs - Anzol EWG, Rig´N Hook, Wacky hook, Circle hook Trabalho: após o arremesso, espere a minhoca atingir a profundidade desejada e trabalhe com pequenos toques de ponta de vara para baixo. Wacky – O sistema Wacky pode ser considerado uma variação do Weightless, a grande diferença está na maneira de colocar a minhoca, que nesse sistema é feita no meio da isca, deixando a ponta do anzol exposta. Uma dica para economizar minhocas é prender o anzol com o auxílio de uma borrachinha ou elástico de dentista. Equipamentos (preferencialmente molinete): - Varas de ação moderada/rápida de 6” a 7” (6-12lbs) - Linhas fluorcarbono entre 4 e 8lbs - Anzol Wacky, Circle hook Variação: pode inserir um pequeno peso em uma das extremidades da minhoca ou mesmo utilizar um jighead leve no lugar do anzol. Trabalho: após o arremesso, espere a minhoca atingir a profundidade desejada e trabalhe com pequenos toques de ponta de vara para baixo. Drop Shot (Down-shot) - Ao contrário de todos os sistemas anteriores, no down-shot o chumbo fica na extremidade da linha e o anzol é preso um pouco antes, formando uma  pernada semelhante a utilizada na pesca de praia.   Equipamentos: Drop-shot Light (pesos até 1.8g) / Undershot: - Varas de molinete, ação moderada de 6” a 6.6” (8-12lbs) - Linhas fluorcarbono entre 4lbs - Anzol offset, offset EWG (down-shot) / Chinu, circle hook, Splitshot hook (undershot) Drop-shot (pesos 3.5-7g) - Varas de molinete/carretilha, ação moderada/rápida de 6” a 7” (12-14lbs) - Linhas fluorcarbono entre 6-10lbs - Anzol offset, offset EWG, Dropshot Cultiva B-73  Trabalho: após o arremesso, espere o peso chegar ao fundo, estique a linha lentamente para verificar se o peixe não está com a isca na boca, trabalhe a isca dando pequenos toquinhos com a ponta de vara para cima, arraste o chumbo lentamente e repita o movimento. Sistemas de montagem para a pesca de Black Bass – Texas Rig: como é montado e trabalhado QUARTA-FEIRA, JUNHO 20, 2012   LUCIANO BARFKNECHT   SEM COMENTÁRIOS Saudações, estimado pescador e leitor! O blog Tralhas e Pesca trará, a partir de hoje, uma série de postagens que versará sobre os principais sistemas de montagem com iscas artificiais de silicone utilizados na pesca do esportivo Black Bass. Vale lembrar que, apesar dos “Rigs” (como são chamadas as montagens) serem ideais para a captura dessa espécie, eles mostram-se muito eficientes também na pesca das vorazes traíras. A montagem com a qual inauguramos a série não poderia ser diferente. Afinal de contas, o Texas Rig é o mais antigo e o mais tradicional sistema de montagem, insubstituível para muitos pescadores de Bass. Também pudera: é uma montagem razoavelmente fácil de fazer e de trabalhar na água, além de ser infalível para a captura dos “verdinhos”. O Texas Rig é constituído da seguinte forma: o chumbo, que pode ter peso variado, deve possuir formato cônico – semelhante a um projétil de uma arma de fogo –, e deve ficar solto na linha. O anzol utilizado nessa montagem deve possuir a haste no formato Offset, ou seja, possuir curvas próximas à região do olhal para que a isca de silicone possa se encaixar com facilidade e ficar firme no anzol ao mesmo tempo. Quase todas as iscas soft podem ser utilizadas no sistema Texas Rig: minhocas, grubs, salamandras etc Esse sistema pode ser trabalhado, principalmente, das duas seguintes maneiras: a primeira e mais fácil é basicamente arrastando a isca pelo fundo. A segunda é arrastando a isca no fundo, com velocidade de lenta a moderada (dependendo das condições de pesca e, consequentemente, do comportamento do peixe), intercalando com pequenos toques de ponta de vara para que, assim, a isca dê pequenos saltos no fundo e pareça que está “se alimentando”  De acordo com César Pansera, no artigo intitulado Saiba como e onde usar o Texas Rig, de autoria dele e publicado no portal da revistaPesca Esportiva, a montagem Texas Rig captura peixes em duas situações básicas: a primeira é durante a caída da isca, logo após o arremesso, e a segunda é com a isca rente ao fundo, quando ela é trabalhada de uma das maneiras já citadas. Pansera argumenta que essa montagem não é uma das mais indicadas para cobrir rapidamente grandes áreas, como espraiados. Porém, é uma das mais eficientes para os pontos com estruturas isoladas ou bem definidas. Ele também explica que, em geral, a pegada do peixe pode variar de uma simples tremida na linha a pequenas e sutis mordidas, mas que também o oposto pode acontecer. Em qualquer um dos casos, é importante prestar muita atenção e, ao menor sinal de ataque, fisgar com força, pois se realmente for um peixe com a isca na boca (e não troncos, pedras, algas etc.), a fisgada potente será necessária para que a ponta do anzol perfure a isca soft e a mandíbula do peixe. O Texas Rig pode sofrer algumas variações. Uma delas, simples de providenciar e que pode tornar a isca bem mais atraente para o peixe, especialmente nos dias em que este está manhoso, consiste em acrescentar ao sistema uma ou duas miçangas de qualquer cor entre o anzol e o chumbo. Quando este bater nas miçangas, provocará um barulho que poderá auxiliar na atração do peixe. No caso da pesca de traíras com o sistema Texas Rig, é interessante o uso de um leader de cerca de 50 cm, por exemplo. Este poderá ser de linha monofilamento de 0,60 mm, unido com a linha principal por meio de um girador. A utilização de empate de aço não é recomendada, nesse caso, por poder atrapalhar a colocação e o correto trabalho do chumbo na linha. Para a pesca com o sistema Texas Rig, o seguinte material pode ser utilizado (vale lembrar que não é regra fixa, imutável): - Texas Light: chumbos entre 1,8 e 5 g, varas de ação rápida de 6’ a 6’6” para linhas de 12-14 lb, linhas entre 6 e 10 lb e anzóis Offset. - Texas Heavy: chumbos acima de 7 g, varas de ação rápida de 6’ a 7’ para linhas de 17-25 lb, linhas entre 10 e 25 lb e anzóis Offset. A seguir, algumas valiosas dicas deixadas por César Pansera: ► Evite trabalhar a isca com a vara muito colada ao corpo ou com a ponta muito para cima. Isso não propiciará um bom ângulo para as fisgadas, que devem ser potentes para ultrapassar a soft e a mandíbula do peixe. ► Essências podem ser acrescentadas aos pacotes da minhoca ou diretamente na isca. Minimizam odores transferidos à soft (como o do cigarro, filtro solar ou repelente). Além disso, conferem certa viscosidade às iscas, preservando-as por mais tempo. ► Existem no mercado linhas de mono e multifilamento que praticamente ficam invisíveis na água. Pode ser um grande diferencial nos dias em que o peixe estiver manhoso. ► Preste atenção na descida da isca. Geralmente, é nesse momento que os ataques acontecem. É desnecessário executar o trabalho até debaixo do barco, sendo mais produtivo concentrar os esforços nos primeiros metros de declive do barranco, com exceção de pontas, ilhas submersas ou locais mais profundos. ► Não misture iscas de cores diferentes em um mesmo pacote ou no mesmo compartimento de sua caixa. Cores mais fortes podem predominar sobre mais claras, manchando-as. ► Quando utilizar rattling, seja no chumbo ou na isca, assim como miçangas, realize pequenos toques secos e curtos de ponta de vara ao trabalhar a isca, para que ela apenas trema no mesmo local, fazendo barulho. Esse tipo de trabalho é conhecido nos EUA e Japão comoshaking. Abaixo, o passo a passo para a colocação da minhoca artificial no anzol: Arremessos   Usando a Carretilha Ao pescar com carretilha, você está sempre sujeito a sofrer com aqueles nós imensos, as “cabeleiras”, que estragam muita linha e as vezes até a pescaria. Um dos momentos em que se dá esse problema é na hora do arremesso. Se tiver muita linha, é provável que repuxe, fazendo ‘’cabeleira’’, se tiver pouca linha, não vai ter alcance suficiente. Tenha como referência a borda do carretel. Enrole a linha quase até a borda do carretel, deixando sobrar espaço suficiente para uma moeda de 1 centavo. Para evitar a ‘’cabeleira’’, ajuste a quantidade de linha desta maneira. Overhead Cast: Este arremesso é um dos mais usados pelos pescadores, e de maior precisão. Consiste em elevar a vara verticalmente sobre o ombro e acima da cabeça carregando a varra, ou seja fazendo com que ela flexione (1) e com um movimento contínuo, impulsione a vara para frente descarregando (2). A velocidade da impulsão depende da distância que você quer atingir (lembrando que se solta o carretel quando a varra atingir um angulo de mais ou menos 60º). . Veja a posição da mão na hora do arremesso : Side Arm Cast: Este arremesso é lateral e consiste em posicionar o braço a 90 graus da direção pretendida. A velocidade da impulsão da vara para frente determina a distância desejada. Pitch Cast: Segure a isca e ao mesmo tempo mantenha a vara com a ponta voltada para baixo. Ao elevar a vara solte também a isca, como um pendulo. Quando a isca atingir a posição vertical, abaixe a vara com a simultânea liberação da linha. Flippin Cast: Para este arremesso é necessário que sua carretilha tenha o sistema “flippin”. Com a ponta da vara voltada para cima com uma quantidade de linha fora do carretel que você deve segurar com o polegar, além da ponteira, de comprimento aproximado ao tamanho da vara. Impulsione a isca na direção de onde se deseja arremessar, e com um movimento de pêndulo, libere a linha da mão. Quando a isca atingir o alvo libere o botão do ” auto cast “. Este dispositivo se encontra em alguns modelos de carretilha. Slingshot Cast: Este arremesso consiste em você segurar a isca e puxá-la até que a vara envergue. Quando a soltarmos a isca será impulsionada pela tensão da vara. Pesca de Barranco A Pesca em barranco é a mais praticada em todo o mundo e também a mais simples, porem existem surpresas inesperadas que podem acontecer e para evitar maiores problemas (Insolação, desidratação, acidentes durante o trajeto) durante a sua pescaria quanto depois, abaixo estão relacionados alguns equipamentos essenciais para uma pescaria tranquila. Fique atento quanto as condições do local o qual pretende se instalar para curtir a sua pescaria, solo úmido e pedras a beira de barrancos podem facilmente provocar acidentes se desprendendo pelo excesso do peso do corpo sobre a margem dos barrancos. Procure locais mais formes e que inspirem maior segurança. As técnicas de pesca nessa modalidade estão restritas ao raio de alcance levando em consideração o acesso ao local, geralmente essa pescaria é feita com molinetes com anzóis e iscas naturais ou com linhadas pois na maioria dos casos, não há espaço suficiente para a prática de arremessos de iscas artificiais e trabalhos com carretilhas. Outro fator a ser considerado, é que diferente da pesca de praia, há casos em que podem haver corredeiras as margens dos rios, então é bom ficar atento quanto ao uso de chumbos para que a linha não venha a encostar na margem dificultando assim o resultado da sua pescaria. Procure se atualizar sobre o local o qual pretende realizar sua pescaria, procure se atualizar quanto as condições meteorológicas, verifique se o nível do rio está se alterando, memorize os locais de fácil vazão em casos de emergência, profundidade aproximada do rio, periculosidade das corredeiras” caso existam”, pontos de maior probabilidade de haver enrosco que assim sua pescaria irá fluir de maneira mais tranquila e segura. Check List para Pesca de  Barranco 1. Primeiros socorros 2. Comida 3. Bebida 4. Caixa térmica 5. Gelo 6. Caixa de pesca 7. Varas 8. Carretilhas e molinetes 9. Documentos pessoais 10. Documento do carro 11. Licença de pesca 12. Boné 13. Óculos de sol 14. Protetor solar 15. Repelente de inseto 16. Capa de chuva 17. Roupa reserva 18. Toalha 19. Iscas 20. Lanterna 21. Fósforo ou faisqueira 22. Papel higiênico 23. Caixa de ferramentas 24. Chave de roda 25. Pneu estepe 26. Macaco para erguer o carro 27. Máquina fotográfica 28. Faca 29. Puçá 30. Cadeira 31. Samburá Pesca de Praia A pesca de praia, que pode ser considerada uma das modalidades de pesca mais praticadas em nosso país (se considerarmos os vários quilômetros de praias existentes), é realizada em sua grande maioria, de arremessos. Muitos fatores podem influenciar neste tipo de pesca, sendo que os principais são as marés, as condições meteorológicas, a piscosidade do local e outros fatores. Além disto, para ficar mais fácil de compreender, podemos ainda dividir a pesca de praia em dois tipos, levando-se em consideração o local de pesca: pesca em praias fundas (de tombo) ou pesca em praias rasas. As praias de tombo são aquelas em que a profundidade aumenta rapidamente, logo no início, com pouca sequência de ondas. Isto dá uma certa vantagem ao pescador no arremesso, principalmente para espécies que procuram profundidade. O pescador nem mesmo precisa molhar os pés na água para lançar sua isca. As praias rasas caracterizam-se por ter sua profundidade aumentando aos poucos, e por apresentar uma série de ondas que vão gerar canais ou valas, onde o pescador tem de identificar em quais destes canais correm os peixes. CANAIS PARA PESCA A identificação dos canais por onde passam os peixes é necessária e muito simples. Uma simples visualização do movimento das ondas, vendo onde elas perdem a espuma (antes de quebrar) identifica a localização dos canais. Nestes pontos, já identificados, é que a isca deve ser jogada, testando-se um a um cada canal. Normalmente a praia possui três canais, com uma distância de cerca de 25 a 30 metros entre cada um (o primeiro é bem próximo à areia), sendo que o último é o mais fundo e o mais longe. Além disto, tem-se de observar que os canais vão ser eficazes na maré cheia, sendo que em outras marés o ideal é o arremesso mais longo, para pontos onde os peixes se localizam. Quanto à correnteza, você deve observar seus movimentos. Em caso de maré correndo, o lançamento deve ser feito em direção ao lado oposto da correnteza, sem esticar a linha do molinete. AS MARÉS Como já comentado anteriormente, a maré que normalmente propicia melhores resultados para a pesca de praia, é a cheia (enchente). Isto porque é neste momento que começa a movimentação de todos os seres que vivem sob a areia e que são alimento natural dos peixes que, sabendo disso, aproximam-se mais. Os pequenos animais, que são as tatuíras, sarnambis, siris, minhocas de praia, corruptos e outros, são atrativos para os peixes. CONDIÇÕES METEROLÓGICAS Devem servir de observação para o pescador os seguintes itens: · Tempo Nublado: pode-se pescar em beira de praia durante todo o dia, com bom proveito; · Tempo Aberto (com sol forte): primeiras horas do amanhecer e nas últimas do entardecer. Outro fator a que se deve dar importância são os ventos, que podem atrapalhar se forem muito fortes. Procure sempre utilizar linhas o mais fina possível (pois ela vai sofrer menos a influência do vento e da correnteza). Além disto, a temperatura da água deve ser observada, pois a maioria dos peixes se afasta do litoral com o esfriamento das águas. A temperatura ideal, é de aproximadamente 19ºC a 22ºC. Portanto, as melhores épocas do ano são entre os meses de novembro a março/abril, quando a água ainda está quente. CONDIÇÕES FÍSICAS DO LOCAL Quando se está procurando um local adequado para a pesca de praia, fatores como navios encalhados próximos à arrebentação, pequenas ilhas, rios que deságuam na praia, pedras e outros, podem ser muito importantes. Isto porque a existência de peixes é quase que garantida nestes locais. ISCAS As iscas mais usadas na pesca de praia são normalmente as naturais, principalmente os animais do próprio local. Além disto, uma boa dica é a de recolher estes pequenos animais na maré baixa, quando estão mais expostos. Entre as principais iscas, encontradas em qualquer praia, estão os sarnambis (do tamanho do anzol, ou cortado em tiras, para facilitar a colocada no anzol), os tatuíras, as minhocas de praia e principalmente os corruptos. Além destes, o tradicional camarão pode ser utilizado (sempre descascado), assim como a sardinha (em toletes ou filés). Mas, nada melhor do que a isca do próprio local, que sempre dá mais resultado. Mas, além de escolher a isca mais adequada, você deve ter um grande cuidado quando for amarrar a isca no anzol. Caso não a prenda de maneira adequada, ela pode sair voando na hora do lançamento ou cair com a movimentação da água. A maneira adequada de se iscar é fisgando uma das pontas da isca e ir empurrando até a ponta do anzol sair na outra extremidade. Aí, deixe a ponta do anzol exposta, pronta para ferrar o peixe. Além disto, você ainda deve usar o Elastofix, uma espécie de linha elástica, para amarrar a isca no anzol. Se você vai transportar a isca, atente para sua conservação, que pode ser feita com caixas especiais. EQUIPAMENTOS Para a pesca de praia, alguns equipamentos são um pouco diferentes dos utilizados para outras modalidades. Como o arremesso tem de alcançar distâncias maiores, a vara tem de ser maior, a linha mais fina, entre outros. Além disto, alguns acessórios são muito importantes, como o suporte de varas (descanso ou secretário). Sem ele, fica muito complicado trocar as iscas sem encostar o equipamento na areia e acabar danificando a engrenagem de molinetes e carretilhas. Um equipamento imprescindível na pesca de praia é o CHICOTE, devido às vantagens que oferece. Outros equipamentos, como alicate bico, de corte, trim, uma pequena tesoura e uma faca ou canivete bem afiado são sempre muito úteis. Para facilitar a indicação dos equipamentos, podemos dividir a pesca de praia em três tipos: Pesca Leve: O equipamento para esta pesca deve estar muito bem balanceado, onde a sensibilidade e paciência é que vão levar ao sucesso da pescaria. Esta é uma das maneiras mais difíceis de pescar, pois quem está acostumado com peixes maiores pode ter problemas com os peixinhos. Para facilitar sua escolha de um material ideal, segue a indicação de um conjunto muito bom para este tipo de pesca: · Molinete: Argus 6000 · Vara: Marine Sports Amazon PS 602-H · Linha: Monofilamento 0,23mm · Anzol: Maruseigo 12, 14 e 16 · Chumbo: pirâmide, entre 25g e 40g · Girador: nº 3 · Iscas: pedacinhos de camarão descascado, carnambi, vôngole, marisco (mexilhão), minhoca da praia (poliqueta), pedacinhos de sardinha ou manjuba, etc. · abaixo de 1kg. Pesca Média: É a modalidade mais praticada em beira de praia, exigindo muita técnica, com ocorrência de peixes de diversos tamanhos. Após o lançamento, o ideal é colocar a vara no suporte e esperar a fisgada. Para facilitar sua escolha de um material ideal, segue a indicação de um conjunto muito bom para este tipo de pesca: · Molinete: Marine Sports MS 2000 · Vara: Marine Sports Super Cast PS 902 H · Linha: Monofilamento 0,33mm · Anzol: Maruseigo 14, 16, 18 ou 20 · Chumbo: pirâmide, entre 30g e 80g · Iscas: camarão, manjuba, filé de sardinha ou parati, cernambi, tatuí, caranguejinho das pedras, mariscos e o corrupto. · entre 1kg a 3kg. Pesca Pesada: Este equipamento é ideal para os grandes exemplares “briguentos” por excelência e que exija um maior preparo e concentração na captura. Para facilitar sua escolha de um material ideal, segue a indicação de um conjunto muito bom para este tipo de pesca: · Molinete: Marine Sports MS 4000 · Vara: Marine Sports Super Cast PS 1102 H · Linha: Monofilamento 0,37mm · Anzol: Maruseigo 14, 16 ou 20 ou Suzuki 16, 17 ou 18 · Chumbo: pirâmide, carambola, com garras e peso entre 60g e 120g. · Iscas: camarão inteiro, amboré e outros peixinhos de canais e mangues, preferentemente vivos, sardinha (toletes, filés, metades da cabeça ou do rabo), filé de betara, parati ou cavalinha, corrupto, lula, siri, pequenos caranguejos, etc. · acima de 5kg. Obs.: Tudo que foi relatado neste texto foram técnicas e experiências pessoais. Sempre podem existir exceções e outras técnicas que podem funcionar. COMO EVITAR CABELEIRAS EM CARRETILHAS?? (Dica para iniciantes) Uma das coisas mais temidas em carretilhas são as famosas "Cabeleiras", as quais são causadas normalmente por regulagem malfeita no freio da carretilha e em alguns casos pode até ser ocasionada pela falta de lubrificação. Com uma boa manutenção e uma boa regulada antes de começar a pescaria, você não vai ter "encheção de saco" por isso quero dar umas dicas, para a pescaria ficar nota 1000. Toda carretilha tem um freio mecânico que fica entre a manivela e o corpo da carretilha(estrela), quanto mais você o aperta mais ele segura o carretel na hora do arremesso, e quanto mais você solta, ele perde contato com o carretel fazendo-o ficar livre para rodar o quanto quiser, e algumas carretilhas (bait-cast) tem freios centrífugos(conforme o carretel roda , esponjas colam na borda fazendo-o diminuir a velocidade) ou magnéticos( ímãs que ficam perto do carretel para que ele não ultrapasse uma certa velocidade) Quando você estiver com o equipamento montado, segure a vara na horizontal e aperte o freio magnético no máximo(se for centrífugo deixe todas esponjas soltas) e aperte totalmente o freio mecânico. Ai você vai ter um equipamento anticabeleira, porém, um equipamento antilançamento também. Daí você pega e vai soltando o freio MECÂNICO até que a isca fique parada, mas da forma que com um toque de ponta de vara ela comece a descer continuamente. Daí é só "correr para o abraço" e fazer lançamentos legais, mas nunca se esqueça de quando a isca cair na água pôr imediatamente o dedo no carretel para travá-lo. Com o tempo (mas com o tempo MESMO, depois que você pegar BASTANTE prática no lançamento do modo acima) você vai soltando os freios, assim você vai fazer lançamento perfeitos. OBS: Carretilhas redondas não possuem muita variedade de freios, normalmente é só o mecânico, daí você tem que deixar um pouco mais preso para que não hajam problemas. Tipos de Arremesso Selecionamos os dez arremessos, usados nas situações mais diversas na pescaria, usando carretilhas ou molinetes. Overhead Casting : Arremesso frontal pelo alto. O primeiro a ser aprendido e o mais utilizado pelos pescadores, que devem dominá-lo antes de partir para os outros tipos de arremesso. É feito em três etapas: -vara na frente do corpo apontada para o alvo; -impulso para trás, vergando a vara com firmeza e -impulso para frente lançando a isca. Sidehand Casting : Arremesso lateral. Utilizado na presença de obstáculos acima do pescador, impedindo a execução do overhead casting. Bom também para colocar a isca sob estruturas baixas. Backhand Casting : Arremesso lateral cruzado. No caso de destros, o movimento da vara é para o lado esquerdo, com a ajuda da mão esquerda na hora de impulsionar a vara para frente. Usado quando há algum obstáculo do lado direito do pescador. Flip Casting : Arremesso de baixo para cima, com movimento oposto ao do overhead casting. Usado quando não há espaço acima e ao lado do pescador. Outro bom arremesso para estruturas baixas. Pitch Casting : Arremesso delicado, iniciado com a isca na mão esquerda do pescador. Faz-se um movimento de baixo para cima com a vara ao mesmo tempo em que se solta à isca. Bom para curtas distâncias e para apresentações mais delicadas da isca, como na pesca do black bass, robalos e outros peixes em determinadas situações. Spiral Overhead Casting : Arremesso frontal em espiral. O invés do movimento em linha reta do overhead casting, a ponta da vara faz um movimento circular vigoroso antes de lançar a isca para frente. Permite o alcance a longas distâncias. Spiral Side Casting, Spiral Backhand Casting, Spiral Flip Casting : Similares aos arremessos Sidehand, Backhand e Flip Casting, porém feitos com o movimento da vara em espiral. Têm a mesma vantagem de alcançar longas distâncias, apesar de serem mais difíceis de executá-los. Curving Casting : Arremesso com Curva. Partindo-se do flip casting, tomba-se a vara para o lado ao mesmo tempo em que se freia a linha durante o voo da isca, fazendo com que ela acabe efetuando uma curva no ar. Ë o único arremesso que põe a isca na parte de trás de uma estrutura, como um pilar, arvore, pedra, ou um tronco isolado no meio da represa. Skipping ou Magic Casting : Arremesso com repique. Sem dúvida o mais acrobático e difícil dado a facilidade em se formar backlash (cabeleira) na linha se não for bem executado. Deve-se efetuar um arremesso o mais rasante possível, com controle constante do polegar sobre o carretel. A isca deverá saltitar sobre a água, tal qual uma pedra achatada arremessada com esse fim ( quem nunca fez isso com pedras? ). Põe a isca sob a mais baixa das estruturas. Dica : deve-se efetuar esse arremesso com iscas moles, tipo shads, com iscas artificiais de material duro é cabelereira na certa, outro detalhe fechar o freio. Chicotes de Pesca Um chicote de pesca consiste no conjunto de leader e anzol atado á linha principal. Lógico que esta é uma definição bastante vaga, pois existem outras peças que são importantes e quase sempre são utilizados em chicotes de pesca, tais como girador, bóia, empate de aço, chumbo oliva, pirâmide ou gota, etc. Enfim, existem dezenas de componentes que podem resultar em uma centena de chicotes diferenciados. É importante saber quando utilizar cada chicote pois, embora não pareça, o chicote pode fazer uma grande diferença na hora da pescaria. Dada a importância do assunto, reunimos algumas dicas de pescadores sobre quais chicotes se utilizar e quando utilizar. Antes de continuarmos, existem alguns conceitos básicos que gostaríamos de salientar. LINHA PRINCIPAL linha proveniente da carretilha/molinete, convenientemente montada em uma vara de pesca própria para o equipamento utilizado e tendo a ponta da linha já passada através dos passadores. Certifique-se de que não esqueceu nenhum passador e que a linha não está dando nenhuma volta em torno do eixo da vara. A especificação (espessura) da linha principal deve ser condizente com o equipamento (vara / carretilha / molinete) que você está utilizando, caso contrário você estará correndo o risco de danificar seriamente seu equipamento. LEADER uma parte de linha mais grossa do que a linha principal (na maioria das vezes), capaz de agüentar a fisgada, o arranque do peixe e o atrito da linha com a boca do peixe. Sem esquecer que o leader deve agüentar o atrito em possíveis estruturas onde o peixe possa tentar se esconder. Normalmente utiliza-se uma linha acima de 0,50mm, desde que a sua linha principal seja inferior à esta espessura. Caso contrário, pode-se utilizar um pedaço da própria linha principal entrelaçada ou espessuras maiores. :. Chicote boiado É uma opção de chicote muito utilizado na pesca em rios e lagos. Nada impede de ser utilizado no mar também, quando embarcado. * Passos para a montagem do chicote: 1. Passe a linha principal no orifício da bóia e fixe-a com o palito plástico (vem junto com a bóia quando adquirida). O tamanho da bóia deve ser condizente com o peso do chumbo somado ao peso da isca utilizada; 2. Passe a linha principal em um chumbo do tipo oliva. A função do chumbo no conjunto é manter a linha esticada em direção do fundo e desta forma, não precisamos utilizar um chumbo muito pesado; 3. Através de um nó de aperto ou nó de sangue, fixe um girador na ponta da linha; 4. Com a linha selecionada para o leader, monte um nó rápido para a laçada na outra extremidade do girador; 5. Deixe um espaço de aproximadamente 40 cm para atar o anzol (nó de aperto ou nó de sangue). * Algumas dicas sobre o chicote boiado: 1. Um chumbo mais pesado auxilia no arremesso do chicote; 2. O chumbo serve também para que a linha boiada não fique passeando pela área do lago ou com a correnteza do rio; 3. Quanto mais comprido o chicote medido à partir da bóia, mais difícil o arremesso do mesmo; 4. Para fixar o chumbo na linha e não deixá-lo correr, alguns pescadores utilizam-se de artifícios como dar uma volta a mais com a linha pelo olho do chumbo ou a utilização de pequenas borrachas específicas para este fim (estas borrachas podem ser compradas nas lojas do ramo); 5. Uma variação deste chicote é a utilização do mesmo com a bóia solta na linha ou até mesmo sem a bóia, o que resulta na isca indo ao fundo do lago/rio. Muito útil na pesca de carpas e bagres ou quando está ventando muito. 6. Pode-se utilizar um empate de aço ou anzol encastoado. Útil na pescaria de traíras, pacus, cachorras e outros peixes que possuem dentes mais afiados. .: Chicote para pesca de praia ou costões Um chicote muito utilizado na pesca de praia ou costões é composto de até quatro anzóis no decorrer do leader que termina com uma chumbada do tipo pirâmide. Este tipo de chicote também é praticado na pesca embarcada, embora não recomendado. Detalhe * Passos para a montagem do chicote: 1. Amarre na linha principal um girador através do nó de aperto ou nó de sangue; 2. Em casas especializadas você encontra à venda os chicotes prontos para pesca de praia, estes com dois ou mais anzóis. Estes chicotes já são vendidos tendo em suas extremidades nós do tipo nó rápido, onde você só precisa dar a laçada primeiramente na outra extremidade do girador, depois no chumbo e por último nos anzóis conforme o detalhe; * Algumas dicas sobre o chicote de praia ou costão: 1. Para pesca de praia, recomenda-se a utilização de varas mais compridas (com mais de quatro metros) para facilitar o arremesso do chicote; 2. No lugar da chumbada pirâmide pode ser utilizada uma chumbada do tipo gota, caso o local onde você está pescando possua muitas pedras e estruturas de fundo. A chumbada pirâmide, nestes casos, provocará enrosco e a perda do chicote; 3. A chumbada pirâmide tem por intuito enterrar-se na areia para fixação da linha. Isto devido ao fato de normalmente existirem ondas e variações de maré em locais de pesca de praia e/ou costões, o que tende a arrastar a chumbada em direção á praia/costão; 4. Após o arremesso, trave o molinete ou carretilha, coloque a vara na posição horizontal paralelamente ao mar e mantendo a ponta da vara a meio metro do chão, dê algumas fisgadas no chumbo, facilitando o processo de aterramento do mesmo; 5. O peso da chumbada depende da força da maré no momento da pescaria e da capacidade do seu equipamento (vara / molinete / carretilha). O uso de chumbadas de peso exagerado ao equipamento pode prejudicar a vida útil do mesmo; 6. Pode-se utilizar um empate de aço ou anzol encastoado. Útil na pescaria de peixes que possuem dentes mais afiados. .: Chicote para pesca embarcada Quando na pesca embarcada, existem diversas variações de chicote que podem ser utilizados. E ainda, existem chicotes que devem ser utilizados dependendo, principalmente, do peixe que se quer pescar. Obs.: chicotes de pesca embarcada não são desenvolvidos para que sejam arremessados. Devem ser simplesmente soltos na maré, ao lado do barco. Um chicote muito utilizado na pesca embarcada pode ser visto a seguir. * Passos para a montagem do chicote: 1. Passe uma chumbada oliva na linha principal; 2. Ate um girador com um nó de aperto ou nó de sangue; 3. Prepare separadamente o leader, executando em uma de suas extremidades um nó rápido (para enlace na outra extremidade do girador); 4. Deixe uma distância mínima de 50 cm no leader e, na outra extremidade, ate o anzol da sua escolha com um nó de aperto ou nó de sangue; * Algumas dicas sobre o chicote de pesca embarcada: 1. O peso da chumbada oliva depende da maré em que se está pescando. No caso de muita correnteza pode-se optar por uma chumbada mais pesada; 2. Neste tipo de chicote, é comum deixarmos preparados alguns “leaders” a mais, para o caso de eventualidades como enrosco, por exemplo. Nesta forma ainda, você pode deixar cada leader preparado com um anzol de tamanho/modelo diferente, por exemplo; 3. No caso da pesca do robalo, é comum a utilização de iscas vivas como, por exemplo, camarões. Utilize um anzol com o tamanho condizente com sua isca. Tendo como exemplo o camarão, o intuito é que este nade mesmo estando preso ao anzol. Isto não será possível se o anzol for muito grande comparado ao tamanho do camarão; 4. Este chicote é muito utilizado na pesca embarcada principalmente com o barco á deriva, constituindo uma técnica muito produtiva para pesca do robalo. Pela sua formação, o chicote torna-se de difícil enrosco; 5. Este tipo de chicote já se mostrou útil na pesca de robalo, badejo, garoupa, betara, peixe-espada e até pequenos cações; 6. Pode-se utilizar um empate de aço ou anzol encastoado. Útil na pescaria de peixes que possuem dentes mais afiados. .: Ainda para pesca embarcada, mais especificamente na pesca de garoupas e badejos de grande porte: * Passos para a montagem do chicote: 1. Ate um girador com três pontas (á venda nas casas do ramo) com um nó de aperto na linha principal; 2. Para a argola oposta à argola da linha principal no girador, monte um leader de aproximadamente três metros, tendo em ambas as extremidades nós do tipo nó rápido. Em uma extremidade do leader você deverá enlaçar uma chumbada do tipo pirâmide, e na outra extremidade enlace a argola do girador; 3. Para a argola central do girador, monte um segundo leader de aproximadamente dois metros e meio, tendo em uma extremidade um nó rápido para enlace na argola do girador e, na outra extremidade, um nó de aperto ou nó de sangue fixando o anzol de sua escolha; * Algumas dicas sobre este chicote para garoupas e badejos: 1. Não tente arremessar este chicote. Ele é feito exclusivamente para ser solto ao lado do barco e demonstrou muito mais produtividade na pesca quando em barcos ancorados; 2. Neste tipo de chicote é recomendado que sua linha principal seja no mínimo 0,50mm e seu leader, maior do que 0,80mm; reflexão sobre como melhorar na pesca (para amadores) Foto por: Law O manual do iniciante em pesca Reflexão e conselhos para os novatos na pesca. Amigos do Brasil pescarias, diante das diversas dúvidas relacionadas à pesca, de como progredir e melhorar cada vez mais no universo da pesca, resolvi escrever um pequeno manual, na verdade é uma reflexão que todo pescador deve fazer para progredir e não queimar “etapas” no aprendizado. Primeiramente o “aspirante” a pescador deve ter em mente algumas perguntas respondidas, entre elas: - Por que eu pesco ou por que quero pescar? Para os que já se iniciaram na pesca esportiva a resposta é obvia, pesco em busca de meu troféu, do peixe de minha vida e da minha pescaria memorável, mas será que é tão obvia assim? Existem muitos tipos de pescadores e é evidente quando você sai do pesque e pague e começa a ver os diversos tipos de pescadores, tem o pescador profissional que vive da pesca, tem o pescador que pesca para comer, o pescador que pesca para se gabar que pegou 100 peixes no dia, matando todos para distribuir para mãe, empregada, cachorro, papagaio, vizinha, tem o pescador que pesca apenas para relaxar e tirar o stress do dia a dia. Alguns sonham e almejam ser o melhor pescador de sua modalidade para ganhar torneios, outros por que virou um vício rsss (este é bom) enfim, existem dezenas ou centenas de motivações, saiba a sua antes de mais nada. - Onde e o que eu quero pescar? Definido o primeiro passo, defina onde e o que você quer pescar, se for em pesque e pague temos o dourado, o tambacu, a pirarara, a tilápia, a traíra os peixes de couro entre muitos outros, mas por que isso é importante ? Por que a partir daqui muda toda a técnica e material utilizado, variando desde vara telescópica, vara de 9 pés, de 5’3....enfim....MUDA TUDO em questão de equipamento, o pescador eventualmente poderá pegar um ou outro peixe diferente do que está buscando, mas existem equipamentos certos e a técnica certa para o sucesso na captura de seu peixe alvo, leia MUITO, pois é ele que você quer como rival no outro lado da linha e sair vitorioso na briga. - Mas eu quero pescar de tudo. Tem um equipamento que sirva para o propósito? Infelizmente não, cada pescaria tem a sua particularidade, exemplo: na pesca com cevadeiras usam-se varas longas, pois o arremesso muitas vezes é bem distante e o comprimento maior também ajuda na alavanca durante a briga com o peixe, na pesca de pincho as varas são mais curtas, tamanho de 53" ou 56", pois facilita o trabalho de isca. A carretilha já é uma material mais multiuso, bastando trocar a linha para uma melhor performance na modalidade, mas o meu conselho é: sempre compre o melhor equipamento que puder para não ter que comprar 2 vezes, o ser humano é um poço de desejos infinitos, sempre queremos o melhor e o algo a mais, mas o que é o melhor ? É o que muitos usam e indicam pelo preço que você pode pagar, se você pode pagar pela carretilha de R$ 500,00 então compre-a, se ficar limitado na faixa de R$ 200,00, não deixe de comprar, compre a que estiver ao seu alcance, mas sabendo sempre o que você tem em mãos, qual a limitação e o que faz o equipamento de 500 custar 2x mais do que o de 250 reais, muitas vezes é apenas nome, outras vezes tem razão para custar 2X mais. -Comprei o meu equipamento e agora? Vou tirar o meu peixão? Calma, você apenas começou a andar e já quer quebrar o Recorde mundial? rssss...pode acontecer, é o tal do estar no lugar certo, na hora certa e com a isca certa, mas é muuiiiito difícil de acontecer. Uma das grandes dificuldades do iniciante é o manusear correto do equipamento. Aprenda a carregar a ação da vara corretamente para arremessos mais longos e aprenda a ajustar a carretilha para evitar as temíveis cabeleiras e obter maiores distâncias. Já sabe arremessar? Ótimo comece a treinar direção, precisão e distância, é extremamente desagradável pescar no seu cubículo de poucos metros no pesque e pague sendo que chega fulano e cruza 3 linhas e bóias de uma vez para chegar “onde o peixe está batendo”rssss...desse jeito quem vai “bater” em você são seus vizinhos de pesca rsss....Aprenda a arremessar, respeite o seu espaço e o espaço dos outros que a técnica aos poucos vai prevalecer, e o peixe também vai aparecer. -Já não sou novato, já faço tudo certo, mas ainda não tirei o meu peixão? O que fazer? Novamente: CALMA...rsssss, Não é fácil tirar o peixão, melhor dizendo o peixão mesmo, já é macaco velho, já viu tantas bolinhas de tantas cores e cheiros que desta isca ela já passa longe rsss.... Ai que vai começar o desafio, antes de mais nada certifique-se que onde você pesca é a morada dos gigantes, não queira tirar um Tambacu de 30 quilos onde o maior da área tem 10 quilos. O que fazer para tirar o peixão? Estude muitas técnicas e INOVE sempre!!! Isso mesmo? Li certo? Cada dia surgem novas iscas e técnicas, coloque a cabeça para funcionar rapaz !! Peixe adora novidade, pois o que todo mundo usa ele já conhece décor e salteado rsss...Se você descobrir a isca certa, com certeza você vai arrebentar, ai você vai ver pescador brotando de todo lado e pescoceando para ver com o que você está pescando, copiar é fácil, mas descobrir é difícil...rssss Faça cursos de aperfeiçoamento e converse bastante com as pessoas que costumam pescar no local desejado, estes pescadores, tem muito conhecimento agregado nos diversos anos de pesca no local , alguns já viveram da pesca (pescador profissional), o caiçara sempre conhece e muito, basta saber escutar e perguntar. -Aprendendo novas modalidades Com o tempo e a experiência sendo aprimorado, novos desafios vão surgindo, vai depender do pescador dizer para ele mesmo se quer continuar no aprendizado ou parar onde está. Aos que continuam a tendência é que a brincadeira fique cada vez mais cara, uma vez que os destinos vão ficando mais longe, equipamentos mais leves e sensíveis custam caro também. Para os que param certamente que você será um grande especialista na sua modalidade, compartilhe as experiências adquiridas, vai se sentir muito feliz e grato ao ver que aquela pessoa que pediu a sua ajuda conseguiu tirar o peixão, se continuar o aprendizado nunca mais termina, explore um pouco do universo das varas de mão, da pesca na modalidade de fly, a pesca de baitcast, a pesca com bóia cevadeira e torpedos, o corrico, existem muitas possibilidades. Gostaria de deixar um comentário aos que quiserem continuar, pesque com consciência, caso abata um peixe para consumo que o mesmo esteja na medida legal e que não seja matriz, nossos peixes estão acabando, divulgar um ponto na natureza promissor para desconhecidos pode ser desastroso também, tenha esta consciência: a internet e o compartilhamento de técnicas e pontos de pesca são vistos por todos, tanto pelo “matador” como pelo “esportista”, vamos preservar para que possamos continuar com nosso Hobby/ esporte. Aos que leram até o fim, meu obrigado, mas tenha ciência que não existe o segredo que vai fazer você arrebentar, isso você vai adquirir no dia a dia e PESCANDO MUITO! Todas as dicas e técnicas para ter um ótimo resultado na pesca com cevadeira Saudações amigos, Não pude pescar no feriado prolongado, como todo bom pescador, não consegui ficar sem pensar em pescaria, para fazer algo útil, resolvi escrever um guia de pesca com cevadeiras Este guia destina-se a iniciantes da modalidade que do meu ponto de vista é um dos mais eficientes para captura dos maiores peixes em pesqueiros do tipo pesque e pague, pode ser usada para capturar diversas espécies sendo que as mais cobiçadas são os peixes denominados de redondos (pacus, tambaquis, tambacus e patingas), porém é muito eficiente na pesca de outras espécies de peixes tais como carpas, cacharas e tilápias. Resolvi escrever e reunir todas as informações, justamente para facilitar a leitura e aprendizado aos que querem iniciar, vamos ao que interessa: Pesqueiros: Existem inúmeros pesqueiros espalhados neste nosso país, a pesca com cevadeiras é eficiente apenas para espécies de cativeiro ou seja de lagos artificiais e naturais (pesqueiros de pesque e pague), uma vez que a isca utilizada é a ração dada como alimento para os peixes ou iscas que imitam estas raçoes. Podemos citar aqui em São Paulo diversos pesqueiros famosos para a pesca nesta modalidade, sendo as que eu considero mais produtivas, não nesta ordem, mas como referência na captura de grandes redondos: Material de pesca: Varas: As varas ideais são as que proporcionam um arremesso longo, devem necessariamente ter um casting (capacidade de lançar iscas) elevado, pois frequentemente o conjunto de cevadeira pesa entre 50/100 gramas. As varas geralmente informam o casting ou Lure em OZ (onça) sendo que a equivalência aproximada é de 1 OZ= 30 gramas. O comprimento das varas variam de 2 metros a 3 metros ou até mais, a informação geralmente é passada em pés FT e polegadas, a equivalência é que uma polegada equivale a 2,54 cm e um pé equivale a 30 cm, portanto, uma vara de 7 pés tem 2,10 metros. Podemos citar como varas mais utilizadas para a modalidade: Shimano Clarus, Albatroz Pampo e Sumax Kenzaki. Existem outras varas que servem para a modalidade, porém cito apenas as mais utilizadas, cabe ao pescador verificar qual atende a sua necessidade. Linhas: Existem linhas monofilamento e multifilamento, sendo que cada um tem a sua vantagem e desvantagem. A escolha de um ou outro engloba diversos fatores, inclusive o financeiro. Tenho preferência pela linha de multifilamento pela sua menor espessura e uma fisgada mais seca e rápida. A referência que utilizo e julgo como ideal para a modalidade são as de linhas de 30 a 40 libras/lb (1 lb equivale a mais ou menos 450 gramas). Utilizo a linha de 40 Lbs/0,28 pelo fator resistência durante o arremesso, ela raramente se parte durante o arremesso. Chicote: Além da linha principal, na modalidade cevadeira utiliza-se um chicote de monofilamento ou fluorcarbono, o diâmetro da linha varia entre 0,30 a 0,50 mm. Prefira os chicotes feitos por linha transparente, pois quando mais invisível for para o peixe, mais eficiente é. Carretilha: O ideal para a modalidade, em minha opinião, é a carretilha, devido principalmente a facilidade de travamento da linha durante o arremesso, na pesca com cevadeiras arremessar no ponto certo é importantíssimo, muitas vezes até mais importante do que a isca utilizada, porém molinetes podem ser utilizados sem problema algum, conheço exímios pescadores de cevadeira que utilizam o molinetes, sem perder precisão de arremesso. Para pesqueiros a minha escolha é por carretilhas de perfil baixo que comportem pelo menos 120 metros de linha. Muitas pessoas perguntam se não é melhor usar carretilhas de perfil alto, ou que comportem mais linha. Usar carretilhas com maior capacidade de linha não prejudica em nada na modalidade, porém possui o fator peso. Estamos falando em arremessar 70 gramas por pelo menos 50 metros o dia inteiro, isso dá pelo menos 200 arremessos, as vezes precisamos arremessar 70-80-90 metros para chegar no peixe. Só quem já pesca nesta modalidade sabe como é importante o equilíbrio do conjunto de vara e carretilha, por isso o peso da carretilha é importante, seu braço/ dedo e ombro vão agradecer no fim da pescaria. Anzol: Não existe um anzol específico para a pesca com cevadeira para redondos, os mais utilizados são os Chinu tamanho 6,7 e 8, Maruseigo tamanho 18 e 20 e o de robalo 1/0 a 3/0 (anzol tipo wide gap) (respectivamente os modelos nas fotos). Costumo usar os maruseigos tamanho 18 e 20, niquelado ou preto, uso também os anzóis do tipo "Robalo" tamanho 2 e 3. Diversos outros anzóis podem ser usados. Dê preferencia aos de boa marca e com resistência comprovada, não é raro o anzol voltar mastigado ou até mesmo ser cortado durante a briga com o redondo. O Uso do cabo de aço é desaconselhável por inibir os ataques de peixes, prefiro mil vezes perder um anzol do que perder uma fisgada, varia muito do pesqueiro e dia a escolha da cor de anzol, via de regra quanto menor o anzol maiores são as chances de ação, porém mais arriscado de perder o peixe por entortar o anzol ou cortar o mesmo com mais facilidade, neste caso deve se regular muito bem o drag da carretilha, soltando a fricção. Ceva: Usamos como ceva a ração dada para os peixes, ela é conhecida também como Guabi, existem diversas marcas, as mais conhecidas são o pirá, amicil e o purina e são próprios para peixes. Podemos usar a Guabi como isca, sendo que ela deve ser preparada amolecendo a mesma em pinga ou vodka, no site temos como preparar o guabi. Boias cevadeiras: As boias cevadeira mais conhecida e utilizada são as da marca Barão, existem diversos tamanhos de copos e pesos diferentes, as mais utilizadas pesam entre 45 e 60 gramas. Coloca-se a ceva no copo da cevadeira e arremessa o conjunto, a boia em contato com a água vai flutuar na parte superior, liberando a ceva para atrair o peixe. Boinha: Boia para visualização de fisgada do peixe, o uso dela é opcional, mas é muito importante para identificar a profundidade que o peixe está se alimentando além de visualizar o momento da fisgada, o tamanho mais utilizados é o 3, porém outros tamanhos podem ser utilizados também. Uma dica quando já souber a altura que os peixes estão se alimentando é amarrar uma linha direta na cevadeira com a profundidade do chicote, esta montagem é muito útil principalmente nos dia com muito sol, quando fica difícil a visualização da boinha. Eliminando a boinha a identificação da fisgada é feita visualizando a própria boia cevadeira. Montagem: A montagem tradicional é amarrar um chicote no girador da bóia cevadeira, este chicote tem geralmente 3 metros de comprimento, deve se colocar uma boinha para identificação de fisgada e regulagem de profundidade (uso opcional), finalizando com anzol amarrado na ponta da linha. O uso de EVA é opcional, o EVA ajuda a flutuar a isca e deixa-la a flor d’água nos dias que os peixes estão muito ativos e alimentando na superfície. Usei uma linha fluorescente e chicote curto para facilitar a visualização. EVA: O EVA é uma espuma rígida que ajuda na flutuabilidade da isca, pode ser de várias cores, tem dias que o peixe é seletivo quanto a cor e a utilização da mesma na montagem. Miçangas: São as iscas plásticas que imitam a ceva dada aos peixes. Não existe uma cor certa a ser utilizada, o peixe é muito seletivo quanto a cor quando estão manhosos, sendo que o grande desafio é achar a cor e montagem certa. Caso acerte é um peixe atrás do outro. A montagem pode mudar muito no decorrer do dia, sendo que o pescador deve buscar uma nova montagem caso não tenha sucesso nas ações. Utiliza-se muito também os coquinhos e caroços de azeitona entre outros. Outras tralhas: Na pesca de tambas alguns itens são fundamentais para uma boa pescaria, tenha se possível nas tralhas um bom alicate de bico longo para retirada do anzol, os redondos possuem mandíbulas e dentes muito fortes, tenha também palito de dente para travar o EVA na altura desejada, guarde também alfinete para espetar na cevadeira para ajudar no arremesso de iscas que não sejam a miçanga ex: Pão, salsicha e beijinho. Se puder tenha uma câmera fotográfica para registrar a pescaria, quem sabe não sai o tão cobiçado troféu não é mesmo ? Tenho certeza que você vai se odiar se não tiver câmera para registrar o baguá (peixe grande) de 25 quilos, repelente também não pode faltar além de protetor solar e um boné ou chapéu de pesca. Óculos polarizados podem ajudar na visualização da boia quando houver muito reflexo na água. De resto é muito treino e dedicação, vai perceber que a pesca com cevadeira é muito dinâmica, pois força o pescador a ser técnico quanto ao arremesso certeiro e a buscar a montagem e cor da miçanga "matadeira". Espero ter ajudado aos que iniciam na modalidade, as marcas de material de pesca utilizados nas fotos são as que eu uso, e em nenhum momento quero dizer que são as melhores ou mais adequadas à modalidade, são apenas marcas e opções a serem consideradas. Ótima isca utilizada em pesqueiros para pesca dos gigantes tambas. Galera, vamos dar a dica de como se faz o beijinho também conhecido como dango, isca que sempre traz ótimos resultados na busca dos grandes tambas que habitam os melhores pesqueiros de São Paulo. Os ingredientes básicos são o leite condensado e o leite em pó, alguns pescadores utilizam massa para bolo, emulsificante para sorvete, são variações da mesma isca, porém sem muita diferença no modo de preparo. Utilizamos 1 lata de leite condensado e 1 de leite em pó. Em uma vasilha grande, despeje todo o conteúdo do leite condensado e vá acrescentando aos poucos o leite em pó, reservando ao menos 1/4 do conteúdo para finalizar a massa. A mistura vai ficando mais pesada à medida que acrescentamos o leite em pó, e a utilização das mãos se faz necessária para sovar bem e homogeneizar a mesma. Note que essa massa ficará grudenta e mole, nada de errado com isso, deixe descansar por meia hora na geladeira, retire-a e depois disso espere mais meia hora até começar a finalização da massa, onde utilizaremos o 1/4 de leite em pó reservado para isso. O ideal nas primeiras vezes que se faz o beijinho é dividir a massa em 4 ou 5 partes, para ir “achando” o ponto ideal de maneira a não endurecer a mistura toda de uma única vez. Feito isso, vá acrescentando aos poucos o leite em pó e sempre sovando a massa com as mãos até perceber que ela não gruda mais, ao ponto de fazer as bolinhas sem que elas se desmanchem e deixando pronto para uso. Não tem segredo, o ponto ideal é quando ela não gruda mais em suas mãos, portanto, “mão na massa” literalmente. Aproveite que você já dividiu a massa em porções e faça variações, finalizando a última parte com outros ingredientes citados acima ao invés do leite em pó, perceberá que cada qual dá uma característica diferente ao beijinho, tanto na cor, no cheiro e textura. Depois de pronto guarde em um pote com tampa e se for para usar nos próximos 3 dias, não precisa ir para a geladeira. Depois da pescaria guarde tudo o que sobrou na geladeira para uma utilizar novamente, bastando para isso retirar no dia anterior, e caso as bolinhas estiverem duras amolece-las com as mãos e água no local de pesca mesmo. Não faça essa isca perto de crianças e mulheres, elas podem achar que você está ficando louco ou ainda pior, comerem tudo escondido e te deixarem sem o troféu do fim de semana. Segue algumas fotos ilustrativas Dicas de pesca do Pescador Paulo Marques (Paulinho – Equipe Brasil Pescarias)


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