1. CACAUEIROADUBAÇÃO E PRAGAS 2. Relação entre pH e disponibilidade deelementos no solo (Malavolta, 1980). 3. Nutrientes• Extração (plantas em plena produção):K > N > Ca > Mg > P > Mn > Zn.• K, Ca e N: removidos em maiorquantidade em plantas de 50 a 87 mesesde idade.• Manter crescimento e produzir 1000 kgde sementes secas ano-1:824 kg de K2O, 529 kg de CaO, 469 kg deN, 212 kg de MgO e 121 kg de P2O5. 4. Fase da planta Idade(meses)Requerimento médio de nutrientes (kg ha-1)N P K Ca Mg Mn ZnViveiro 5 - 12 2,4 0,6 2,4 2,3 1,1 0,04 0,01Desenvolvimento 28 135 14 151 113 47 3,9 0,05Início produção 39 212 23 321 140 71 7,1 0,09Plena produção 50 - 87 438 48 633 373 129 6,1 1,5Semente (1) 50 - 87 20,4 3,6 10,5 1,1 2,7 0,03 0,05Casca (1) 50 - 87 31 4,9 53,8 4,9 5,2 0,11 0,09(1) Nutrientes extraídos em sementes e casca de uma plantação com 50 – 87 meses de idade e produtividade de1000 kg ha-1 de sementes secas de cacau (TONG e NG, 1978). 5. Matéria orgânica• Leguminosas: grande massa produzida porunidade de área, riqueza em elementosminerais, sistema radicular bastante profundo eramificado (melhor mobilização dos nutrientesminerais do solo) e aproveitamento do Natmosférico (bactérias nitrificadoras).• Kudzu tropical (Pueraria phaseoloides):adubo verde mais apropriado, solos pobres(plantas em formação e produção). 6. Pueraria phaseoloides (Roxb) Benth -Kudzu tropical 7. Deficiência NFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 8. Deficiência PFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 9. Deficiência KFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 10. Deficiência CaFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 11. Deficiência MgFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 12. Deficiência SFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 13. Deficiência ZnFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 14. Deficiência MnFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 15. Deficiência CuFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 16. Deficiência BFonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p. 17. Diagnose foliar• Dentro de certos limites, devem existirrelações diretas entre:• 1) dose de adubo (ou nível de fertilidade dosolo) e produção;• 2) dose do adubo e teor foliar;• 3) teor foliar e produção.• Avaliação do estado nutricional depende de umórgão representativo.• Folha recém madura (3ª folha a partir da pontade lançamento recém-amadurecido) reflete bemo estado nutricional da planta inteira. 18. Adubação de plantio• Antecedência de 30 dias do plantio:incorporar por cova 4 kg de esterco degado ou 2 kg de esterco de galinha ou 1kg de torta de mamona, 300 g de calcáriodolomítico, 60 g de P2O5, 100 g de FrittedTrace Elements - FTE BR - 8.• Acrescentar: 2 parcelas de 10 g de N emcobertura ao redor das plantas aos 6 e 9meses após plantio. 19. Adubação de plantio• 60 dias antes do plantio (cova):2 a 4 L de esterco de galinha ou 10 a 20 Lde esterco de curral curtido, 1 Kg decalcário dolomítico ou magnesiano, 100 gde P2O5, 02 a 60 Kg ha-1 de K2O e até 4Kg ha-1 de Zn.• Cobertura: 4 aplicações de 10 g de Nplanta-1 (2 em 2 meses). 20. Adubação de formação• Cobertura (redor das plantas):3 parcelas no período das chuvas (idadedas plantas e análise de P e K no solo em gplanta-1), 1º ano (40 g de N, 20 a 60 g deP2O5 e 20 a 60 g de K2O); 2º ano (80 g deN, 30 a 90 g de P2O5 e 30 a 90 g de K2O); 3ºano (120 g de N, 40 a 120 g de P2O5 e 40 a120 g de K2O). 21. Adubação de produção• Análise de solo:50 Kg ha-1 de N, 30 a 90 Kg ha-1 de P2O5,20 a 60 Kg ha de K2O e até 4 Kg ha-1 deZn.Parcelar em 3 vezes: cobertura (outubro,dezembro e março). 22. Calagem• a) fornece Ca2+ e Mg2+ como nutrientes;• b) neutraliza Al3+ e Mn2+ tóxicos às plantas;• c) aumenta disponibilidade de P e Mo;• d) favorece mineralização da matéria orgânica;• e) aumenta fixação simbiótica do N;• f) estimula desenvolvimento do sistemaradicular e absorção de água e nutrientes;• g) melhora propriedades físicas do solo (Ca2+ eMg2+ são elementos floculantes) 23. Calagem• Pode reduzir: disponibilidade de K+ emicronutrientes.• Depende de uma série de fatores: ligados àplanta, ao solo e ao corretivo utilizado(conjugação destes fatores, leva à obtenção damáxima eficiência desta prática agrícola).• Latossolo Amarelo Distrófico e de texturamédia: necessita elevar teores de cálcio emagnésio trocáveis, no mínimo, para 3, 0meq.100 – 1 g (ou 30 mmolc. kg-1). 24. Conotrachelus humeropictus• Larvas (broca): atacam frutos docacaueiro e cupuaçuzeiro, causandoestragos depreciando produto e perdas naprodução.• Cupuaçuzeiro e cacaueiro: principaishospedeiros. 25. Conotrachelus humeropictus• Destrói:mucilagem que envolve sementes dosfrutos e danos às sementes (uma larva podedestroir até 12% das sementes).• Danos indiretos (orifícios nos frutos): portasabertas para entrada de microorganismos(perdas de até 90%).• Frutos de cupuaçuzeiro: atacados ainda novoscaem antes do amadurecimento com perda total(não acontece com frutos do cacaueiro quecompletam o ciclo na planta). 26. Conotrachelus humeropictus• Fiscalização semanal áreas cultivadas:cacau ou cupuaçu.• Frutos verdes com sinais de postura:retirar e queimar (quebrar ciclo de vida doinseto).• Indicativo que as larvas estão prestes asair do interior do fruto: colher e colocarnuma lona plástica (evitar que as larvasalcancem solo). 27. Conotrachelus humeropictus• Frutos: com sinais de postura deverãoser colhidos com mais frequência (15 em15 dias).• Evitar: larvas se dirijam para solo(derrubar frutos em lonas e coletá-los emcaçuás forrados com plástico).• Nenhuma larva no solo: recomeça ciclode vida do inseto. 28. Conotrachelus humeropictus• Ajuntamento dos casqueiros: evitar quelarvas penetrem no solo (quebra dos frutos emcima de lona plástica).• Sacolejo: pequenas áreas e consiste nosacolejo (sacudir) fortemente da copa da plantae coleta manual de insetos adultos, que deverãocair sobre uma tela plástica de cor brancacolocada na projeção da copa.• Controle químico: sem resultados satisfatórios. 29. Conotrachelus humeropictusFonte: MAPA/CEPLAC – nº1 Agosto/11Belém/PA. Jovem e adulto. Adaptada: de Olzeno Trevisan. 30. Conotrachelus humeropictusFonte: MAPA/CEPLAC – nº1 Agosto/11Belém/PA. Adaptada: de Olzeno Trevisan. 31. Conotrachelus humeropictusFonte: MAPA/CEPLAC – nº1 Agosto/11Belém/PA. Postura e pré-s aída da larva. Mendes, A.C.B. 32. Metcalfiella pertusaCigarrinha do ramo - Hemiptera• Surtos populacionais: períodos derenovações foliares, associadas comdéficit hídrico, principalmente em áreascom deficiência de sombra.• Adulto: cerca de 11 mm de comprimento,coloração amarela esverdeada.• Pronoto expandido para trás: atingindoo terço apical do abdome e dotado deespinhos dorso-laterais na altura doprimeiro par de pernas. 33. Metcalfiella pertusaCigarrinha do ramo - Hemiptera• Ninfas: esbranquiçadas e em colônias com osadultos, próximas aos locais das posturascobrindo todo o galho.• Sugam: seiva através de pequenas incisões,provocando decorticação, hipertrofia eemponteiramento dos ramos.• Fêmeas: incisões com ovipositor na casca dosramos tenros, depositando os ovos (favorecementrada de patogênicos).• Ataques: intensos e aliados a altas densidadespopulacionais (podem causar a morte dosramos atacados). 34. Metcalfiella pertusaCigarrinha do ramo - Hemiptera• 1) Inspeções periódicas (semanais ou quinzenais):detectar presença de adultos, ninfas e ramoslesionados.• 2) Controle cultural:• Sombreamento adequado contribui para redução daincidência da praga (temperaturas elevadas e baixasprecipitações pluviométricas favorecem proliferação daespécie). Podas de limpeza para eliminação de ramosdebilitados e/ou atacados.• 3) Controle químico:• Quando houver alta infestação de ninfas, ao contráriodos adultos, estas vivem em colônias e não semovimentam facilitando controle. 35. Metcalfiella pertusaCigarrinha do ramo - HemipteraThiodan CE – 800 ml/100 litros de águaMalatol 100 CE – 300 ml/100 litros de águaDecis 25 CE – 200 ml/100 litros de água• Pulverização alternada: intervalo de 21 diasentre aplicações (suspendê-las com reduçãopopulacional dos insetos-praga).• Redução após 1ª aplicação com Thiodan CE:desnecessário aplicar demais produtos. 36. Inimigos naturais• Beauveria bassiana (Bals.) Vuill.(primeiro registro da ocorrência natural deum fungo).• Percevejo predador Apiomerus apicalisBurmeister (Hemiptera: Reduviidae).• Abbelloides marquesi Brèthes, 1924(Hymenoptera: Trichogrammatidae),parasitóide de ovos (FONSECA,1934). 37. Metcalfiella pertusaCigarrinha do ramo - HemipteraFonte: Boletim Informativo da CEPLAC – nº 2/ago/05 - Valter B. Maia e Maria Júlia Valverde. 38. Metcalfiella pertusa – Cigarrinha-dos-ramosHemiptera – Incisões nos ramosFonte: Oliveira, M. L.; LUZ, E.D.M.N. 2005. Identificação e manejo das principais doenças do cacaueirono Brasil. Ilhéus, CEPLAC/CEPEC/SEFIT. 132p. 39. Metcalfiella pertusa – Cigarrinha-dos-ramosHemipteraFonte: Oliveira, M. L.; LUZ, E.D.M.N. 2005. Identificação e manejo das principais doenças do cacaueirono Brasil. Ilhéus, CEPLAC/CEPEC/SEFIT. 132p. 40. Metcalfiella pertusa – Cigarrinha-dos-ramosHemipteraFonte: Oliveira, M. L.; LUZ, E.D.M.N. 2005. Identificação e manejo das principais doenças do cacaueirono Brasil. Ilhéus, CEPLAC/CEPEC/SEFIT. 132p. 41. Metcalfiella pertusa – Cigarrinha-dos-ramosHemiptera – Fungo Beauveria bassianaFonte: Oliveira, M. L.; LUZ, E.D.M.N. 2005. Identificação e manejo das principais doenças do cacaueirono Brasil. Ilhéus, CEPLAC/CEPEC/SEFIT. 132p. 42. Tripes (Selenothrips rubrocinctus)• Folhas: hábito alimentar raspador –sugador, manchas cloróticas no limbo,tornam-se necrosadas, dando origem àqueima.• Ataque intenso: queda parcial ou totaldas folhas (emponteiramento).• Após brotação: pode haver reinfestação,com depauperamento ou mesmo morte daplanta. 43. Tripes (Selenothrips rubrocinctus)• Frutos: ferrugem (dificulta reconhecer estadode maturação (colheita de frutos verdoengos ouexcessivamente maduros, afetando a qualidadedo produto final).• Redução rendimento do trabalhador: testarestado de maturação (raspar casca do frutoantes de colhê-lo).• Ferrugem: deposição na superfície do fruto, doexcremento líquido que formas jovens carregamna extremidade do abdome, derramamento eoxidação do conteúdo celular, provocado pelohábito alimentar. 44. Tripes (Selenothrips rubrocinctus)Fotos: www.agrolink.com .br 45. Tripes (Selenothrips rubrocinctus)• Favorecem sobrevivência e crescimento depopulações: presença de folhas e frutosparcialmente maduras, temperaturas elevadas,ausência de chuvas e sombreamento.• Controle cultural: manutenção dosombreamento provisório por maior tempopossível e evitar plantio com sombreamentodefinitivo escasso ou ausente (preferência poráreas com excesso de sol). 46. Tripes (Selenothrips rubrocinctus)• Controle químico: quando população atingirnível de controle.• Amostragens: subdividir em quadras de 5 ha(uniforme quanto ao sombreamento e idade dasplantas).• Quadra amostrar 20 plantas: uniformementena área, contando, população na face abaxial de5 folhas parcialmente maduras, totalizando 100folhas por quadra.• Iniciar no fim do período chuvoso: repetircada 15 dias (nível de controle da população,média de 3 insetos por folha). 47. Tripes (Selenothrips rubrocinctus)Fotos: www.ecuaquimica. com 48. Monalonio (Monalonion annulipes)• Pequenos percevejos (chupança): sériosdanos a cultura. Tanto adultos como jovens,sugam seiva dos ramos novos e frutos. Atacamtambém pecíolo e folhas.• Ramos: áreas necróticas nos locais da picada,de origem toxicogênica.• Intenso: paralisação no crescimento dos ramose posterior secamento e queda das folhas,(aparecimento do complexo queima ou mortedescendente).• Perda de área foliar: decréscimo de produção. 49. Monalonio (Monalonion annulipes)• Frutos: formação de pústulas (bexigas) devido toxinainjetada pelo inseto, quando se alimenta.• Frutos (8 cm ou mais de diâmetro): não afetadiretamente as amêndoas (favorecem penetração deagentes patogênicos que provocarão a deterioração dasmesmas (frutos novos apodrecem ou ficam enegrecidos,petrificam e morrem).• Ataques intensos: frutos completamente desenvolvidose maduros com coloração característica totalmentealterada (mumificados). Cor natural dos frutos ficasubstituída por cinza-claro (podem ser colhidos em fasede maturação inadequada ou descartados pelostrabalhadores pela ocasião da colheita).• Observados em cacauais a pleno sol: sombreamentoé importante para evitar proliferação do inseto. 50. Monalonio (Monalonion annulipes)• Controle cultural: práticas culturaisconvencionais (árvores de sombras nasáreas com deficiência). Manter plantaslivres de brotos ou chupões.• Plantas hospedeiras: cupuaçuzeiro.Rondônia (araçá-pera, cajueiro, cruá,cacauí, bananeira, goiabeira emangueira). 51. Monalonio (Monalonion annulipes)• Controle biológico:• Formiga vermelha Ectatommatuberculatum: predadora de insetos e domonalônio na planta em que seestabeleceu e também nas plantaspróximas.• Percevejo vermelho Ricola spinosa:eficiente predador de monalonio. 52. Monalonio (Monalonion annulipes)Controle químico: levantamento da populaçãoexistente (amostragens nos períodos delançamento e maior bilração e frutificação).• Subdividir área: quadras de 5 ha, uniformesquanto ao sombreamento e idade das plantas eamostrar 20 plantas quadra-1, 5 frutos planta-1.• Pelo menos 1 fruto com ninfas e/ou adultos:caracterizada área-foco e necessidade decontrole.• Restringir às áreas-foco.• Intervalo entre amostragens: 15 dias. 53. 1 - Monalonion annulipes Signoret, 1858.Fonte: Ann. soc. entomol. Fr. (n.s.),2008, 44 (3) : 345-371Monalonion dissimulatumDistant, 1883.Monalonion bondariCosta Lima,1938.Fonte: nzdl.sadl.uleth.ca Fonte: entopcastillo.blogspot.com1 54. Monalonion annulipes Signoret, 1858.Fonte: A g r o f o r e s t e r í a e n l a s A m é r i c a s N º 4 3 - 4 4 2 0 05 55. Escolitídeos• Xyleborus spp.• Plantas adultas: perfuram galhos e troncos.• Galhos: secamento.• Troncos: amarelecimento geral das folhas atésecar totalmente (consequência da penetraçãode fungos patogênicos, através dos orifíciosabertos). 56. Xyleborus spp.• Xyleborus affinis (Eichhoff, 1867)• Xyleborus ferrugineus (Fabricius, 1801)• Xyleborus geayi (Hagedorn, 1905)• Xyleborus gracilis (Eichhoff, 1868)• Xyleborus hagedorni (Iglesias, 1914)• Xyleborus neivai (Eggers, 1928)• Xyleborus obliquus (LeConte, 1878)• Xyleborus paraguayensis (Schedl, 1949)• Xyleborus retusus (Eichhoff, 1868)• Xyleborus squamulatus (Eichhoff, 1868)• Xyleborus tolimanus (Eggers, 1928)• Xylosandrus compactus (Eichhoff, 1875) 57. mauritiusbeetles.myspecies.infoXyleborus ferrugineusmauritiusbeetles.myspecies.infoXyleborus affinispadil.gov.auXyleborus pelliculosuspadil.gov.auXyleborus pelliculosusen.wikipedia.orgXyleborus dryografhusen.wikipedia.orgXyleborus monografhus 58. Escolitídeos• Xylosandrus compactus• Viveiro e campo: mudas recém transplantadas.• Sintomas: escurecimento da casca e exudaçãode líquido através do orifício de penetração(seca coloração esbranquiçada, murchamentoda parte superior e morte da planta).• Fungos patogênicos: Fusarium spp. eLasiodiplodia theobromae.• Solos pobres/ácidos e deficiência hídrica:favorecem ataque da praga. 59. Xylosandrus compactusFonte: www.ceplacpa.gov.br/site/wp.../sistema%20producao%20cacau.pdf 60. Xyleborus spp. e X. compactus• Controle cultural: vistoriar viveiro e área apóstransplante das mudas (especial no períodoseco, eliminar e queimar plantas atacadas).• Ataque no tronco de plantas adultos: difícil daplanta ser salva (sintomas aparecem quando jáhouve penetração e contaminação de fungospatogênicos).• Retirar e eliminar plantas: queima.• Ataque nos ramos de plantas adultas ouparte aérea acima da região cotiledonar dasmudas: poda e queima das partes atacadas.• Solos pobres e ácidos: correção e adubaçãopara evitar danos de Xyleborus compactus. 61. Xyleborus spp. e X. compactus• Controle químico: usar somente mudasenviveiradas ou no campo, apóseliminação daquelas atacadas pelo inseto.• Inseticida: endosulfan (Thiodan 35 CE ouMalix) alto volume, 300 ml do produtocomercial para 100 litros de água.• Plantas adultas: não realizar. 62. Steirastoma breve (Sulzer, 1776)Manhoso• Equador, Venezuela, Trinidad e Suriname.• Brasil: Amazônia os ataques são maisfrequentes (Rondônia e Mato Grosso emgrandes infestações).• Larvas: iniciam processo de alimentaçãono cambio da planta, abrindo galerias emespiral. Posteriormente, penetram nolenho, podendo resultar na morte dosramos ou planta jovem. 63. Steirastoma breve (Sulzer, 1776)Manhoso• Plantas (1 a 3 anos de idade): preferidas, iniciandoataque principalmente pelas regiões do coleto debifurcação dos ramos principais.• Aparecimento de serragem e exudação gomosa naregião afetada: indicação da presença do inseto.• Ataque: pode determinar morte de cacaueiros jovens oumá formação da copa de plantas adultas.• Maiores infestações: período menos chuvoso eplantios em áreas de mata recém-desbravadas e comdeficiência de sombreamento.• Adultos: alimentam-se do córtex da planta (entrada deagentes patogênicos). 64. Steirastoma breve (Sulzer, 1776)Manhoso• Controle mecânico: inspeções periódicas. Plantasatacadas caule ou tronco e possíveis de seremrecuperadas, retirar larva com canivete, eliminar e tratarregião lesionada com pasta a base de óxido cuproso(Cobre Sandoz), para evitar penetração de fungos.• Controle cultural: plantas ou galhos mortos devem sereliminados ou queimados. Manter sombreamentoprovisório por maior tempo possível (evitar plantio comsombreamento definitivo escasso ou ausente).• Quiabeiro (Hibiscus sculentum): período seco funcionacomo armadilha. Catação manual e queima de insetosadultos e larvas desenvolvidas. 65. Steirastoma breve (Sulzer, 1776)Manhoso• Controle químico: lavouras jovens, até 3 anos deidade, com insetos adultos na área ou 10% de plantascom sintomas de ataque de adultos ou de larvas, apósamostragem de 100 plantas, distribuídas ao acaso emquadras de 5 hectares, fazer 2 ou 3 pulverizações emintervalos de 20 dias com uma solução de endolsulfan35% (Thiodan 35) na dosagem de 350 g de i.a. ha-1 (1 ldo produto), adicionando 100 ml de espalhanteadesivo (Ag-bem, Novapal, etc.) para cada 100 litrosda suspensão. 2 aplicações no intervalo de 30 dias,pulverizando tronco e ramos das plantas. Pulverizaçõesdirigidas ao tronco e galhos dos cacaueiros (250 l dasuspensão ha-1). 66. Steirastoma breve (Sulzer, 1776)ManhosoFonte: cerambycidae.pagesperso orange.fr 67. Steirastoma breve (Sulzer, 1776)ManhosoFonte: www.ceplacpa.gov.br/site/wp.../sistema%20producao%20cacau.pdf 68. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)• Larvas (broca): frutos do cacaueiro ecupuaçuzeiro (depreciam produto e perdas naprodução).• Destrói: mucilagem que envolve sementes dosfrutos (pode causar danos às sementes, umalarva destrói até 12% das sementes).• Principais hospedeiros: cupuaçuzeiro ecacaueiro.• Rondônia, Acre, Amazonas, Mato Grosso ePará. 69. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)• Fatores que favorecem sobrevivência ecrescimento das populações:• presença de frutos;• alta umidade;• sombreamento excessivo;• copa excessivamente adensadas ;• matas às proximidades da lavoura(hospedeiros nativos). 70. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)• Controle cultural:• a) colher e retirar todos frutos atacadosexistentes nas plantas (quebrar em cima delonas, chão compactado ou terreiros e eliminaras larvas);• b) ralear sombreamento em plantaçõesexcessivamente sombreadas;• c) poda fitossanitária: controle da vassoura-de-bruxa Crinipellis perniciosa (auxiliar naredução populacional da praga); 71. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)• d) plantações com ataques anuais da praga:estreitar intervalo de colheitas (evitar que larvasempupem no solo).• e) frutos após retirados das plantas:recolhidos imediatamente em recipientes ousacos para evitar que larvas ao saírem dosfrutos antes de serem amontoados, penetrem nosolo.• f) após 2 horas da colheita em média 20%das larvas: abandonam frutos (tentativa desobrevivência, devido alteração da posição dofruto quando retirado da planta). 72. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)Fonte: MAPA/CEPLAC – Ficha Técnica nº1 – Agosto/11. Autor: Olzeno Trevisan 73. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)• Controle químico: Após quebra de frutos, nointerior da lavoura, aplicar nos casqueiros,inseticida endosulfan (Thiodan 35CE) naproporção de 300 ml do produto para 100litros de água (controle de larvas que ficam nascascas após quebra dos frutos colhidos, ondese desenvolvem, transformando-se em adultos,reinfestando lavoura).• Pulverização da lavoura com inseticidasapós constatação de frutos brocados:quando da proximidade da colheita é inviável. 74. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)• Controle biológico:• Fungos: Metharizium anisopliae eBeauveria bassiana, pulverizados nasuperfície do solo.• Amazonas: pupas parasitadas porLixophaga sp. (Diptera, Tachinidae) eUrosigalphus sp. (Hymenoptera,Braconidae). 75. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)Fonte: www.entomologia.ufam.edu.br/.../Cartilhabroca%20cupua.pdf 76. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)Fonte: MAPA/CEPLAC – Ficha Técnica nº1 – Agosto/11. Autor: Olzeno Trevisan 77. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)Fonte: www.entomologia.ufam.edu.br/.../Cartilhabroca%20cupua.pdf 78. ABBroca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)Vista inferior do abdome de ummacho(A) e uma fêmea(B).Observar número de segmentos.MachoFêmeaFonte: www.entomologia.ufam.edu.br/.../Cartilhabroca%20cupua.pdf 79. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)PUPAFonte: www.entomologia.ufam.edu.br/.../Cartilhabroca%20cupua.pdf 80. Broca-do-fruto do Cupuaçuzeiro(Conotrachelus humeropictus)Furo de saída dalarvaLarvas de 4ª fase atacandosementes de frutos de cupuaçu.Fonte: www.entomologia.ufam.edu.br/.../Cartilhabroca%20cupua.pdf 81. Vaquinhas• Maecolaspis ornata e Metachroma spp.• Chrysodina spp.,• Colaspsis spp.,• Percolaspsis ornata,• Costalimaita ferrugínea,• Diabrotica septenliturata,• Ephyraea spp.,• Nodonota spp.,• Rhabdopterus spp. 82. Diabrotica septenliturata 83. VaquinhasColaspis ornata GermarCostalimaita ferrugíneaFoto: famu.org Foto: agrolink.com.br 84. Vaquinhas• Controle químico: espécie(s) apresentar(em),densidade populacional que justifique.• Maiores populações: período menos chuvosona região (emissão de folhas novas pela planta).• Amostragens: quadras de 5 ha.• Quadra: 20 plantas ao acaso , percorrendo umaa uma, estendendo sob copa lençol de coleta de4 m x 4 m. Sacudir rápida e vigorosamente aplanta e seus galhos: coletar rapidamentevaquinhas caídas sobre lençol.• Repetir: quinzenalmente amostragem.• Inseticida: usar com 10 vaquinhas em médiapor planta. 85. Lagartas• Euclystes plusioides: folhas, renovos, flores efrutos. Espécie de maior frequência. Frutosnovos: destroem casca prejudicandodesenvolvimento dos mesmos.• Cerconota dimorpha: folhas maduras,alimenta-se da parte do limbo entre as nervuras.Hábito noturno: de dia em ninhos ou "túneis"(fios de seda e fezes, entre duas ou mais folhassecas presas entre si). 86. LagartasEuclystes plusioides"Ninho" de Cerconota dimorphaCossula nigripennataFonte: www.ceplacpa.gov.br/site/wp.../sistema%20producao%20cacau.pdf 87. Lagartas• Cossula nigripennata: bloqueia tronco egalhos do causando secamento e posteriormorte (fungo Beauveria bassiana).• Pseudoplusia includens: folhas novas, comumnos viveiros (cor verde e 40 mm último instar).• Diopa sp.: folhas em estágio de maturação(população não atinge níveis elevados).• Silepta prorogata: “lagarta enrola folha”.Folhas novas de plantas adultas e mudas. 88. Lagartas• Oxyptilus sp.: pequenas de 13 mm de comprimento.Folhas novas nos primeiros estágios, parte central dasfolhas e pequenos furos arredondados (comuns emviveiros)..• Zetesima baliandra: colônias entre duas folhas coladaspor fios de seda. Epiderme dessas folhas (máximo 17mm de comprimento no último estágio larval).• Populações mantidas em nível populacional baixo(raros surtos).• Inimigos naturais: anfíbios, pássaros, aranhas eprincipalmente insetos predadores e parasitóides comobesouros, moscas, vespas e formigas, bem comonematóides e entomopatógenos, contribuem paramanutenção desse equilíbrio. 89. Lagartas• Controle químico: início de surtos, comaumento considerável das populações.• Inspeções periódicas: época seca.• Inseticidas piretróides, Bacillusthuringiensis ou fisiológicos comodiflubenzuron. 90. Formigas• Formiga de fogo (Solenopsis sp.): colôniassob casca e copa das árvores, cupinzeirosabandonados, madeira em decomposição, nosolo e sobre cacaueiros.• Apesar de benéficas: predadoras de outrosinsetos, causam prejuízos quando em altasinfestações pela criação, proteção e transportede cochonilhas e pulgões (protocooperação).Sugam seiva: definhando planta (fornecemsubstância açucarada através de suas fezes dasquais formigas se alimentam).• Sérios problemas ao homem: dolorosasferroadas (dificultam práticas culturais). 91. Solenopsis sp.Fonte: lifeafterdarkjewelry.blogspot.comFonte: diariodemarilia.com.br Fonte: antbase.org 92. Formigas• Controle químico: altas populações(ninhos). carbaril 5% (Carvin 5 e Sevin 5)ou endosulfan (Thiodan e Malix) oudeltametrina (Decis 25 CE, K-otrine e K-obiol25 CE).• Formiga saúva (Atta sexdens):desfolhamento parcial ou total da planta(podendo causar morte). 93. Azteca chartifex caçaremaFonte: discoverlife.org 94. Azteca chartifex caçaremaFonte: www.cabruca.com.br/index.php?option=com_content...id...Fonte: antclub.ru 95. Azteca chartifex caçarema• Ninhos pendentes: galhos e árvores desombreamento.• Semelhantes aos cupinzeiros arbóreos:ninhos com aspecto de papelão (até 30kg).• Também conhecida como formigaAsteca: coloração pardacenta com partesuperior mais escura e abdomeamarelado (tamanho aproxima-se dos 3mm). 96. Azteca chartifex caçarema• Defendem com mordidas pouco dolorosas:liberando substância (polifenol de odorcaracterístico, com função de alarme nacolônia).• Dominante e territorialista: excelentepredadora no controle de tripes, percevejos,lagartas de várias espécies de mariposas e deoutros insetos.• Produtores: a espalham nas plantações paracontrolar infestação de insetos. 97. Azteca chartifex caçarema• Diversidade de formigas: importante papel regulador sobrepopulações de fitófagos do cacaueiro e das árvores desombreamento.• Manutenção de formigueiros de espécies estrategicamenteinteressantes: manter qualidade das copas dos cacaueiros eárvores de sombreamento.• Poda cautelosa: evitar que esta, e outras espécies de formiga, setornem muito abundantes favorecendo disseminação da podridãoparda.• Manutenção da serrapilheira: lugar onde vive grande parte dabiodiversidade das formigas nos cacauais. 98. Nome comum/científico Princípio ativo FormulaçãoDosagem Classetoxiológicag.i.a./haProduto comercialP/ha P/100 L.águaEstenoma (lagarta)Stenoma decoradeltametina 25 CE 325 150 ml 130 ml IIendosulfan 35 CE 175 500 ml 500 ml ILagarta-de-compassoPeosina mexicana Triclorton 50 E 300 600 ml 600 ml IILagarta enrola-folhaSytepla prorogataTriclorton 50 E 300 600 ml 600 ml IIEndosulfan 35 CE 245 700 ml 700 ml ITripesSelenotnnps rubrocinctusEndosulfan 35 CE 280 800 ml 800 ml ITriclorton 50 E 300 600 ml 600 ml IIChupançaMonalonium spp.Endosulfan 35 CE 280 800 ml 800 ml Ideltametina 25 CE 5 200 ml 200 ml IIBroca-do-troncoXylosandrus morgerusTheoborus villosulusdeltametina 25 CE 6,25 250 ml 250 ml IIVaquinhasPercolaspis ornataTaimbezinhia theobromaeCopaspis spp.deltametina 25 CE 5 200 ml 200 ml IICarneirinhosLasiopus cilipeslordops aurosanaupactus bondandeltametina 25 CE 5 200 ml 200 ml IIÁcarosTetanychus mexicanusEmpolles reyesiEndosulfan 35 CE 280 800 ml 800 ml Ideltametina 25 CE 5 200 ml 200 ml IICigarrinhasHoplophonon pertusumHoriola spp.Clastoptera sp.deltametina 25 CE 5 200 ml 200 ml IISoldadinho ou ZebrinhaToxoptera aurantiliEndosulfan 35 CE 280 800 ml 800 ml Ideltametina 25 CE 5 200 ml 200 ml II 99. Estes slides são concedidos sob uma Licença CreativeCommons sob as condições de Atribuição, Uso Não-Comercial e Compartilhamento pela mesma Licença, comrestrições adicionais:• Se você é estudante, você não está autorizado a utilizarestes slides (total ou parcialmente) em uma apresentação naqual você esteja sendo avaliado, a não ser que o professorque está lhe avaliando:a) lhe peça explicitamente para utilizar estes slides;b) ou seja informado explicitamente da origem destesslides e concorde com o seu uso.Mais detalhes sobre a referida licença veja no link:http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/Autor: Prof. Luiz Henrique Batista SouzaDisponibilizados por Daniel Mota (www.danielmota.com.br) sobprévia autorização.
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Report "PROF. LUIZ HENRIQUE - Cultivo do cacaueiro adubação e pragas"