patologia

May 4, 2018 | Author: Anonymous | Category: Documents
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Degeneracoes 12345Hidropica Hialina Esteatose Glicogenoses Mucopolissacaridoses O termo degeneracao aplica-se a alterações morfológicas das células não incluindo modificações no interstício. Melhor definido como lesões reversíveis decorrentes de alterações bioquímicas que resultam no acumulo de substâncias no interior das células. Degeneração hidrópica É a lesão celular reversível ocasionada pelo acumulo intracelular de água e eletrólitos. A célula tem o volume aumentado, tumefeita. E a lesão mais comum. Causas e Mecanismos: É provocada quando uma lesão interfere no mecanismo de uma bomba eletrolítica( a bomba necessita de ATP) : uma alteração na produção e no consumo de ATP, interfere na integridade da membrana, modifica a atividade de uma ou mais moléculas que formam a bomba. Pode ser provocada por:     Hipoxia, desacopladores da fosfolarizacao mitocondrial, inibidores da cadeia respiratória ou lesão mitocondrial- reduzem a prod. de ATP. Hipertermia, pq aumenta o consumo de ATP. Toxinas que lesam a membrana Substancia inibidoras da ATPase . Ocorre retenção de sódio, redução de potassio e aumento da pressão osmótica intracelular. Ocorre expansão do citosol, aspecto granuloso dele pelas organelas estarem mais separadas, dilatação das cisternas do reticulo granular e liso e o grande acumulo de água no citosol é que conferem o aspecto vacuolar característico da lesão. Aspectos Morfologicos: os órgãos aumentam de peso e volume, as celular são mais salientes, a coloração é mais pálida( pq diminuem a quantidade de sangue pela compressão dos capilares) Ao ML as celulas são tumefeitas e o citoplasma é granuloso e acidófilo. Em estagio avançado as celulas possuem vacúolos de água. E um processo revesivel sendo eliminado a causa as celulas voltam ao aspecto normal. Degeneracao Hialina Acumulo IC de material protéico. A degeneração resulta da condensação de filamentos intermediários e proteínas associadas que formam corpúsculos no interior das celulas, em outros, representa acumulo de material de origem virótica. A degeneração hialina de fibras musculares esqueléticas e cardíacas ocorre por ação de endotoxinas bacterianas e por agressão de linfócitos T e macrófagos(miocardite e miosite chagásica) . Admite-se que o fator fundamental para que parte da celular tome aspecto homogêneo e hialino ( intensamente acidófilo) seja a desintegração dos microfilamentos, o que parece estar relacionado a ação de IL-1 e TNFa nas células musculares, nas quais induzem grande atividade catabolica. Funções do citoesqueleto:    Reorganização na mitose Das organelas Sustentação da membrana. Principal causa: álcool-> gera radicais livres(lesa citoesqueleto e filamentos intermediários) ->ocorre aglomerados protéicos Órgão afetado: fígado. Processo reversível. Esteatose É o acúmulo de gorduras neutras (mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de células que normalmente não as armazenam. A lesão e comum no fígado, epitélio tubular renal e miocárdio. O fígado fabrica: 1- Triglicerideos 2- Colesterol 3- Fosfolipideos Etiologia a Patogenese A lesão aparece toas as vezes que um agente interfere no metabolismo dos ácidos graxos da célula, aumentando sua síntese ou dificultando sua utilização por agentes tóxicos, hipoxia, alteracoes na dieta e distúrbios metabólicos de origem genética. Em condições normais os hepatocitos conjugam com as apoproteínas os ácidos graxos e triglicerídeos provenientes da absorção intestinal para transporte na forma de lipoproteínas, assim ocorre a exportação. Os glicerídeos permanecer ali no REL dos hepatocitos ate serem transportados em vesículas para o complexo de Golgi onde serão conjugados. Os ácidos graxos são importante par formação de colesterol, fosfolipideos ou glicerídeos (como mono, di ou tri), e gerar energia atraves da oxidação ate acetil-CoA e formação de corpos cetonicos. Os agentes lesivos causam esteatose hepática por interferirem nos diferentes passos do metabolismos lipídico, como: 1- aumento da síntese de lipídeos por maior aporte de ácidos graxos decorrente de lipólise ou ingestão excessiva, 2- produção excessiva de Acetil-Coa que não entra no ciclo de Krebs, 3- redução na utilização dos triglicerídeos ou de ácidos graxos para a síntese de lipídeos mais complexos devido a carência de fatores nitrogenados e ATP, 4- menor formação de lipoproteínas por def. de proteínas. 5- Distúrbios no deslocamento e de form. Das vesículas Causas principais: Ingestao abusiva de etanol Hipoxia Desnutrição protéica-energetica Distúrbios do metabolismo lipídico associados a obesidade Na ingestão abusiva de etanol ele é oxidado a acetaldeido e acetil-CoA usando NAD, que é reduzido a NADH2, o excesso de acetil-CoA gerado favorece a síntese de ácidos graxos, que somados ao da circulação produz o acumulo. E ainda aos radicais livres produzido pelo acetaldeido lesa o transporte das vesículas de lipoproteínas. Nos estados de hipoxia, há redução da síntese de ATP. Nesses casos, a esteatose decorre, em boa parte do aumento da síntese de ácidos graxos a partir do excesso de acetil-CoA, cuja oxidação no ciclo de Krebs esta diminuída, originando o acumulo. Reducao de ATP Tb dificulta a síntese de lipídeos complexos(fosfolipideos e esfingolipideos) e diminui a utilização de acidos graxos e tri. Na desnutrição protéico-energetica dois fatores são importantes: 1. Carência de proteínas o que leva a diminuição na síntese das apoproteinas, reduzindo a formação de lipoproteínas e a excreção de triglicerídeos, 2. Ingestão calórica deficiente causa mobilização de lipídeos do tecido adiposo, aumentando o aporte de ácidos graxos para o fígado. Agentes tóxicos (p.ex. CCl4) lesam o retículo endoplasmático granular e reduzem a síntese de proteínas, podendo levar a esteatose por afetar a síntese de lipoproteínas. Nos adultos a desnutrição protéica pode não levar a esteatose. Existe outras síndromes que alteram a membrana da mitocondrial que podem levar a esteatose. Esteatose associada à síndrome metabólica: Características da síndrome:     Obesidade central Dislipidemia Intolerância a glicose Resistência a insulina    Hipertensão arterial sistêmica Aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 Esteatose visceral A esteatose nessa síndrome ocorre devido a resistência a insulina onde ela deixa de controlar a glicogenolise, a gliconeogenese e a glicogenogenese. Nos músculos esquelético e cardíaco, os mesmos mecanismos (excesso de citocinas pro-inflamatorias e de ácidos graxos) diminuem os efeitos da insulina, dificultando a utilização da glicose, por diminuição da expressão do transportador de glicose(GLUT – 4) no sarcolema. Resistencia a insulina no fígado e nos músculos aumenta a disponibilidade de glicose na circulação, o que hiperestimula as células beta das ilhotas de Langerhans, a hiperglicemia ativa a entrada de glicose nas células beta, estimulando a produção de ATP/ADP, o que fecha canais de K+ e abre canais de Ca++, mediadores da liberação de insulina. Para produzir mais insulina, as células beta sofrem hipertrofia e hiperplasia. Como a resistência a insulina aumenta progressivamente, hipertrofia e hiperplasia das células beta não se mantem indeficidamente sobrevindo sua exaustão, o que leva ao diabetes tipo 2. Caderno: A insulina no diabetes não existe ou não funciona corretamente. Entao não tem inibição da lípase. Quebra de lipídeos o tempo todo ocorre no fígado e ele não consegue exportar todas que permanecem ali ->esteatose. Lâm. A. 48. Esteatose hepática macro- e microgoticular. Observase distribuição difusa dos vacúolos lipídicos nos hepatócitos. Os vacúolos são redondos, de limites nítidos e tamanho variável. Os vacúolos maiores se formam por confluência dos menores. Quando volumosos, deslocam o núcleo e citoplasma do hepatócito para a periferia porque, sendo os lípides (no caso, triglicérides) insolúveis em água, não se misturam com o citoplasma. Isto é um importante elemento no diagnóstico diferencial com a alteração vacuolar vista na lâmina A. 10. As principais causas de esteatose hepática na prática clínica são a desnutrição e o alcoolismo crônico. Nesta lâmina de fígado com esteatose não há corpúsculos hialinos de Mallory (ver A. 293), nem cirrose. Glicogenoses São doenças genéticas caracterizadas pelo acumulo de glicogênio nas células do fígado, rins, músculo esqueléticos e coração e que tem como causa a deficiência de enzimas que atuam no processo de degradação. Dependendo da doença, os depósitos podem ser intralisossomicos ou no citosol. É o que acontece Tb nos túbulos renais no diabetes mellitos. SE for no músculo os depósitos acontece necrose com a atividade física intensa. Mucopolissacaridose Acumulo intracelular de glicosaminoglicanos/proteoglicanos. Ocorre por defeitos genéticos nos lisossomos. O macrófago tira as proteínas e o fibroblasto repõe. Ocorre deficiências respiratória, mental, de paredes de vasos sanguineos, e articulares. MORTE CELULAR O ponto de não retorno da célula, onde existe a irreversibiliade tem como alterações a grande tumefação mitocondrial, perda das cristas, depósitos floculares da matriz, bolhas e solução de continuidade na membrana, sejam indicativas de lesão irreversível. Ocorre no organismos vivo e é seguida de autólise, o processo recebe o nome de necrose. Autolise significa a degradação enzimática dos componentes celulares por enzimas da própria célula liberadas dos lisossomos após morte celular. É a paralisação irreversível das funções vitais. E irreversível. Necrose: Definicao > Morte celular seguida por autólise. As células não conseguem conter as enzimas lisossomais (hidrolases-proteases,lípases, glicosadases, ribonucleases e desoxirribonucleases) dentro dos lisossomos e assim essas saem para o citosol, e essas foram ativadas pelas altas concentrações de cálcio no citoplasma, ocorre a digestão de seus componentes celulares. A autólise é uma conseqüência da necrose. Aspectos Morfológicos: A Necrose isquêmica nos órgãos de circulação terminal adquire coloração esbranquiçada e torna-se tumefeita. Na necrose anoxica ocorre o extravasamento de sangue a partir do vaso não-obstruido e a área comprometida adquire aspecto hemorrágico. Na necrose por tuberculose, a área necrosada tem aspecto de massa de queijo, esbranquiçada e quebradiça, tendo recebido o nome de necrose caseosa. Na sífilis as lesões necróticas tomam o aspecto de goma, daí o nome necrose gomosa. Há um tipo de necrose em que o tecido é digerido ate a liquefação, ficando muito mole, com aspecto de semifluido. É a necrose por liquefação, comum no encéfalo. Achados microscópicos:    Alterações nucleares caracterizadas por intensa contração e condensação da cromatina, tornando o núcleo intensamente basófilo e bem menor: picnose nuclear. Digestao da cromatina, ausência do nucleo: cariolise Nucleo fragmentado e se dispersa no citoplasma: cariorrexe. Esses fenômenos são devido ao abaixamento excessivo do pH na célula morta e da ação da desoxirribonucleases e de outras proteases que digerem a cromatina. Alteracoes citoplasmáticas( visível ao ME):    Acidofilia Aspecto granuloso e tende a formar massas amorfas de limites imprecisos, pois as membranas se rompem e o material citoplasmático autolisado se mistura. Vacuolos nas organelas. Caderno: Perda de integridade da membrana plasmática, degradação de proteínas do citoesqueleto, desacoplamento dos ribossomos do RE, citoplama mais eosinofilico( enxerga no mo) Causas e tipos: 1. Reducao da energia, quer por obstrução vascular( isquemia, anoxia), quer por inibicao dos processos respiratórios da célula. 2. Produção de radicais livres 3. Acao direta sobre enzimas, inibindo processos vitais da célula (agentes químicos e toxinas) 4. Agressao direta a membrana citoplasmática, criando canais hidrofílicos pelos quais a célula perde eletrólitos Caderno: Hipoxia, radiações, agentes químicos, vírus, fungo, bactérias, aumento da temp., trauma físico. Depende da dose e do tipo de tecido. NECROSE POR COAGULACAO OU ISQUEMICA: Alem das alterações nucleares, especialmente cariolise, o citoplasma apresenta aspecto de substancia coagulada(acidófilo, granuloso e gelificado). Macroscopicamente a area atingida fica esbranquiçada. A causa mais freqüente é a isquemia por isso também denominada necrose isquêmica. Quase sempre, a região necrótica é circundada por um halo averemelhado ( hiperemia que tenta compensar a isquemia ocorrida). Consistencia firme e a coloração é amarelada. Causa mais comum é a hipoxia. NECROSE POR LIQUEFACAO: Tambem chamada necrose por coliquacao ou coliquativa. E aquela que a área necrosada adquire consistência mole, semifluida ou mesmo liquefeita. E comum após anóxia no tecido nervoso, na supra-renal ou na mucosa gástrica. A liquefação é causada pela liberação e grande quantidade de enzimas lisossômicas. Nas inflamações purulentas, também há necrose por liquefação do tecido inflamado, produzida pela ação das enzimas liberadas pelos leucócitos exsudados. Fica uma massa amorfa sem características morfológicas. NECROSE CASEOSA: A massa necrosada adquire aspecto macroscópico de massa de queijo. Microscopicamente, a principal característica é a transformação das células necróticas em massa homogênea, acidófila, contendo núcleos picnoticos e , principalmente na periferia núcleos fragmentados cariorrexe , as células perdem totalmente os seus contornos e os detalhes estruturais. É comum na tuberculose, mas pode ser encontrada na paracoccidioidomicose e tularemia. A lesão parece decorrer de mecanismos imunitários de agressão envolvendo macrófagos e linfócitos T sensibilizados, apesar de não ser possível afastar hipoxia, uma vez que o granuloma é hipovascular. Aspecto nem firme e nem fluido. NECROSE GOMOSA: É uma variedade de necrose por coagulação na qual o tecido necrosado assume aspecto compacto e elástico como goma, fluido e viscoso como goma arábica. É encontrada na sífilis tardia ou terciária. ESTEATONECROSE: Tambem denominada necrose enzimática do tecido adiposo, é uma forma de necrose que compromete adipocitos. Trata-se de necrose encontrada na pancreatite aguda necro-hemorragica que ocorre por extravasamento de enzimas dos ácinos pancreáticos. Por ação de lípases sobre os triglicerídeos, os ácidos graxos liberados sofrem processo de saponificação na presença de sais alcalinos, originando depósitos esbranquiçados ou manchas com aspecto macroscópico de pingo de vela. ESteatonecrose ocorre também em outros locais após traumatismos sobre o tecido adiposo, especialmente na mama EVOLUCAO: Células mortas e autolisados compotam-se como um corpo estranho e desencadeiam uma resposta no sentido de promover sua reabsorção e de permitir reparo posterior. Depende do tipo de tecido, do órgão e da extensão da lesão, uma necrose pode seguir vários caminho descritos abaixo: REGENERAÇÃO: Quando o tecido tem capacidade regenerativa, os restos celulares são reabsorvidos, por meio da resposta inflamatória que se instala, e fatores de crescimento são liberados pelas células vizinha e pelos leucócitos exsudados, induzindo multiplicação das células parenquimatosas, se o estroma é pouco alterado, há degeneração completa do tecido. É o que ocorre no fígado, por exemplo, se as áreas de necrose são pequenas, permitindo a conservação da malha de fibras reticulares. É cura pq recupera a morfologia e a função. CICATRIZACAO: É o processo pelo qual o tecido necrosado é substituído por tecido conjuntivo cicatricia (fibroso) No tecido é induzido mediadores pró-inflamatrorios que iniciam alterações vasculares e a exsudação celular necessárias a reabsorção dos restos celulares. Neutrofilos e macrofagos fagocitam os restos celulares e em seguida surgem fibroblastos e células endoteliais proliferadas a partir de capilares do tecido não lesado. Desse modo, a medida que os macrofagos avançam a área e substituída por tecido conjuntivo que depende da liberação de fatores de crescimento.Por ação contrátil dos miofibroblastos, a cicatriz conjuntiva tende a se retrair e a reduzir o volume da área comprometida. Dependendo do tecido é cura, pois recupera a morfologia e a função. ENCISTAMENTO: Quando o material necrótico não é absorvido por ser muito volumoso ou por causa de fatores que impedem a migração de leucócitos, a reação inflamatória com exsudação de fagócitos se desenvolve somente na periferia da lesão. Esse fato causa proliferação conjuntiva e formação de uma cápsula que encista o tecido necrosado, o qual vai sendo absorvido lentamente,permanecendo em seu interior um material progressivamente mais liquido. ELIMINACAO: Se a zona de necrose atinge a parede de uma estrutura canalicular que se comunica com o meio externo, o material necrosado é lançado nessa estrutura e daí eliminado, originando uma cavidade. Esse fenômeno é comum na tuberculose pulmonar, em que o material caseoso é eliminados pelos bronquos e forma as chamadas cavernas tuberculosas. CALCIFICACAO: A zona de necrose pode também se calcificar. Certos tipos de necrose tendem frequentemente a calcificação, como a necrose caseosa, especialmente na infância. Embora os níveis de Ca++ se elevem muito nos tecidos mortos, pouco se sabe sobre os mecanismos íntimos que regulam a calcificação nesses locais. Ex.: aterosclerose e com perda da elasticidade da parede do vaso. GANGRENA. É uma forma de evolução de necrose que resulta da ação de agentes externos(bactérias) sobre o tecido necrosado. Desidratacao da região atingida, especialmente quando em contato com o ar origina a gangrena seca, tomando a área lesada aspecto de pergaminho> ocorre nas extremidades dos dedos, dos artelhos e na ponta do nariz, a maioria das vezes por causa de lesões vasculares como que ocorre no diabete melito. A coloração é escura devido a impregnação por pigmentos derivados da hemoglobina. Gangrena úmida ou pútrida decorre de invasão da região necrosada por microorganismos anaeróbicos produtores de enzimas que tendem a liquefazer os tecidos mortos e a produzir gases de odor fétido. E a que ocorre em necroses do tubo digestivo, pulmões e pele. Absorcao de produtos tóxicos da gangrena pode levar ao choque séptico. A gangrena gasoso é secundaria a contaminação do tecido necrosado com germes do gênero clostridium que produzem enzimas proteolíticas e lipolíticas e grande quantidade de gás, sendo evidente a formação de bolhas gasosas.


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