Confeitaria Italiana

April 15, 2018 | Author: Anonymous | Category: Documents
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É impossível falar sobre confeitaria italiana e se esquecer de Catherine de Médici, Filha de II de 'Medici Lourenço (1492-1519), Duque de Urbino e de Madeleine de la Tour d'Auvergne (1495-1519), o sangue em suas veias francês e italiano. Catarina chegou a França, apenas 14 anos, Henri d'Orleans casados sob o comando do Papa Clemente VII, certamente casamento político para resolver algumas operações no Estado do Vaticano, Florença e os relatórios dos médicos com a Orleans. A jovem Catherine levou com ele em Paris sua governanta, alguns confeiteiros, cozinheiros de Mugello e um sorveteiro de Urbino. Introduzindo os sabores da Itália na cozinha e confeitaria francesa. Muitos falam que a cozinha francesa só é o que é hoje, por causa do “toque” italiano. A Itália possui sobremesas famosas no mundo todo, e algumas delas são: O zabaione creme usado pelos sicilianos como um grande estimulador, feito a base de gemas de ovos e açúcar. A gianduia usada pelos piemonteses como alimento energético que curava resfriados. No começo os piemonteses não apreciaram muito o cacau, mas em 1850 surge o primeiro bombom, e durante o carnaval, surge a Gianduia, uma afortunada variação que nasceu da união do chocolate com o delicado creme de avelã, inventado pelo piemontês Langhes, levando primeiramente o nome de “gianduitto”. O cannoli, que vem tradicionalmente da Sicília. É uma massa doce frita, enrolada e preenchida com um creme que é composto de ricota, açúcar, baunilha, pistache, chocolate, e outros ingredientes. Pode ser preenchido também com Mascarpone. Struffoli são pequenas bolas de massa fritas, crocantes por fora e suaves por dentro, e são acompanhadas de mel e laranja. São originais de Napoli. Pignolata é um doce Siciliano. É uma massa leve coberta com chocolate e limão, meio a meio. É grande e pode servir muitas pessoas. Tiramisu é um doce tradicional da italia. É composto por biscoitos (savoiardi) mergulhados em café, distribuídos numa forma e alternados com umas mistura de mascarponi e gema de ovo, e depois polvilhado com chocolate em pó. Em certos lugares da Europa, principalmente no Sul da Itália,o dia de San Giuseppe, dia 19 de março, é sempre festejado, pois é considerado o santo protetor da família. Neste dia todas as pessoas que se chamam Giuseppe, são homenageadas com uma sobremesa chamada “Zeppole” que só é feita neste dia, este costume de presenteá-los, surgiu há muito tempo, e ficou marcada na tradição italiana e de seus descendentes. A “Zeppole” é um doce consumido desde o Império Romano, ela é frita em óleo quente e mel, ao decorrer dos milhares de anos essa sobremesa sofreu grandes alterações e hoje é acrescentado o creme e o açúcar de confeiteiro, assim substituindo o mel e três cerejas. O pão, doce ou salgado, ocupou muito espaço na alimentação italiana. O pão "romagnola", inchado e doce, muito consumido antigamente pelos camponeses, foi substituído pelo urbanizado panetone, considerado antigamente como o "pão de Natal" dos bolognesis rurais, juntamente com os "pans di zucca" (pão de abóbora), o "pão de uva", o "panine", cozido no forno e composto de ovos, fermento, açúcar e sal, mais popularmente conhecidos por "ciambelle" e "ciambelloni". A real história do panetone, no entanto, se perdeu no tempoA segunda versão é de que o panetone teria sido confeccionado pela primeira vez por um certo Ughetto, no tempo de Ludovico, o mouro, na padaria Della Grazia, em Milão, e passou a se chamar no início de "Pani de Toni", nome do padeiro que o criou. No entanto, o panetone começou a ser conhecido no mundo todo a partir do ano de 300. O pintor holandês Jan Albert Rootins (1615 - 1674) representou no centro de seu quadro "Natureza morta com frutas", um magnífico panetone. Com a evolução da técnica de cozimento, surgiu o primeiro bolo, um bolo simples de amêndoas, sem recheio ou cobertura, mas sua inovação logo se espalhou por toda Europa. Os bolos passaram a ser a atração principal dos banquetes grandiosos e vivaz, principalmente quando o assunto era a sua decoração. O processo de adicionar manteiga em diversas camadas de massa fina era muito utilizado no Egito Antigo e no Império Romano em suas tortas. A origem das tortas assadas surgiu há 600 anos, mas o ponto “massa folhada” é um termo bem recente. Em uma cerimônia do Conselho de Veneza, que condenava o luxo nas cerimônias nupciais é mencionada entre os alimentos e bebidas proibidas. Um ingrediente que está presente em diversas receitas é o Mascarponi, que é um queijo obtido através da adição de acido ao creme de leite. É bem cremoso e tem um sabor adocicado. A castanha foi, por muito tempo, considerada o alimento dos pobres, bem mesmo antes da criação do “Marrons Glacês”, mas, certamente, este fruto nativo das montanhas de Piemonte e Toscana também era delicado pelos nobres. Na Itália, em 1854, Giovanni Vialardi, mestre de cozinha e confeiteiro de Charles Alberto e Vittorio Emanuele II, publica “II Trattato di cucina, pasticceria moderna, credenza e relativa confettureria”. O grande mérito de Vialardi é de ter sistematizado, de modo rigoroso, a gastronomia Piedmontese, além de ter unificado o sistema de medida, transformando onças, libras, pesando trigos em gramas e quilogramas. A “Granita” e o “Sorbetto”, versões primitivas do sorvete, foram introduzidos pelos árabes. As receitas que os sorveteiros italianos empregavam secretamente foram finalmente, plagiadas por um cozinheiro francês chamado Clement no fim do século XVII, e este, emigrando para os Estados Unidos, abriu uma indústria de sorvetes, com bastante sucesso. Na Itália, as refeições da semana são encerradas com frutas ou sorvetes. Já aos domingos, as refeições são encerradas com uma sobremesa do tipo torta ou um doce de colher. As tortas são feitas de geléia, frutas, creme ou até mais nutritiva como a pastiera di grano, feita com ricota, trigo em grãos e frutas cristalizadas. Os doces de colher podem variar desde o Creme de leite cozido ao famoso Tiramisu, também conhecido como “levanta - defunto” por ser nutritivo. Nos feriados e nas datas comemorativas como casamentos, aniversários, e batizados, a sobremesa que encerra as refeições é o famoso bolo decorado. Referências: Livros: Barghini, Laura . O Grande livro da cozinha Italiana. Editora Melhoramentos. Perella, Angelo Sabatino. História da Confeitaria no Mundo. Editora Livro Pleno, 1999. Pgs 41, 67, 73, 76, 81, 86, 107, 108, 137


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