APOSTILA DES. ARQUITETÔNICO

April 5, 2018 | Author: Anonymous | Category: Documents
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Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Apostila de Desenho Arquitetônico -1- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Introdução ABNT – Associação Brasileira de normas Técnicas O sistema de padronização é o alicerce para garantir a qualidade de um projeto. Para facilitar a compreensão do projeto em nível nacional, todos os componentes que envolvem o desenho de arquitetura e engenharia são padronizados e normalizados em todo o país. Para isto existem normas específicas para cada elemento do projeto, assim como: caligrafia, formatos do papel e outros. O objetivo é conseguir melhores resultados a partir do uso de padrões que supostamente descrevem o projeto de maneira mais adequada e permitem a sua compreensão e execução por profissionais diferentes independente da presença daquele que o concebeu. Como instrumento, as normas técnicas contribuem em quatro aspectos: - Qualidade: fixando padrões que levam em conta as necessidades e os desejos dos usuários. - Produtividade: padronizando produtos, processos e procedimentos. - Tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo parâmetros, consumidores e especialistas, colocando os resultados à disposição da sociedade. - Marketing: regulando de forma equilibrada as relações de compra e venda. Abaixo algumas normas que estaremos usando:  NBR 6492: Representação de projetos de arquitetura  NBR 8196: Desenho técnico - Emprego de escalas  NBR 8402: Execução de caráter para escrita em desenho técnico  NBR 8403: Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas  NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico  NBR 10068: Folha de Desenho  NBR 10126: Cotagem em desenho técnico -2- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Unidade 01: Normas do Desenho Técnico Material de Desenho Técnico Prancheta O tampo ou prancheta serve de apoio para a folha de desenho, deve ser forrado com plástico fosco, não do tipo com brilho, de cor verde ou creme em tonalidade clara. Régua-tê e Régua Paralela A régua–tê serve, principalmente, para traçar linhas paralelas horizontais. É também usada como apoio aos esquadros no traçado de verticais. O substituto mais moderno da régua-tê é a régua paralela, presa por fios paralelos nas bordas superiores e inferiores do tampo e tem o mesmo objetivo traçar linhas horizontais e dar apoio aos esquadros. Régua Graduada e Escalímetro Régua graduada será, de preferência, opaca. Assim, a própria régua encobre traços do desenho, deixando à mostra apenas aqueles que se deseja medir. A graduação é em meios milímetros ou em polegadas poderá ser usada para leitura de desenhos feitos no sistema inglês de medidas. Esquadros No par de esquadros a hipotenusa de 1 é igual ao cateto de 2: Esquadros de 45° (Triângulo Retângulo Isósceles) e Esquadros de 60° e de 30° (Triângulo Retângulo Escaleno) Lápis ou Lapiseira O desenhista deverá escolher entre o lápis para desenho técnico ou lapiseira profissional. Todos estes tipos apresentam diferentes graus de dureza do grafite, como se vê no quadro: Graduação dos grafites Para que serve Macio 6B – 4B – 2B - B Não pode ser usado em desenhos técnicos Médio HB Pode ser usado em desenhos técnicos Duro F – H – 2H Uso normal em desenho técnicos Duríssimo 3H ... 9H Não é usado sobre o papel Compasso É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de circunferências. Os recomendados são aqueles que, além do corpo principal, possuem três partes acessórias que se adaptam uma de cada vez, ao corpo do compasso. Borracha Deve ser macia e cada vez que usamos, devemos previamente passá-la sobre um pedaço de pano limpo para evitar que, em vez de apagar o desenho, o sujemos. Transferidor, Curva Francesa e Curva Universal: O transferidor deve ter a graduação em traços finos e bem legíveis, o tamanho poderá variar de 15cm a 25cm de diâmetro. As curvas francesas são fabricadas em plástico transparente e em diversos tamanhos e modelos. -3- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Formatos e Tipos de Papéis O desenho técnico deve conter informações como dimensões, nomenclatura, proporções, orientação e etc. Cabe ao desenhista ser cuidadoso e habituar-se a retificar constantemente essas informações, promovendo, enfim, tudo o que venha a concorrer para a boa execução do desenho. A qualidade do desenho não depende somente da obediência às normas instituídas ao fato de apresentar limpo e bem executado e preencher a natureza objetiva da construção, também deve ser apresentado com bom gosto. O trabalho artístico harmoniza-se com o técnico dando-nos a idéia da obra realizada, de suas finalidades e da personalidade do desenhista. Em todo escritório de desenho, seja aquele que somente executa trabalhos de arquitetura ou o que executa todas as espécies de desenhos, e para melhor previsão de espaço, mobiliário e economia de papel, surge a necessidade de se instituído formatos e dimensões para o papel utilizado. A tabela abaixo mostra todos os formatos de acordo com a NBR 10.068, que tem o objetivo de padronizar as dimensões, layouts, dobraduras e a posição da legenda, garantindo desta forma uniformidade e legibilidade. Formatos A0 A1 A2 A3 A4 Dimensões 841mm x 1189mm 594mm x 841mm 420mm x 594mm 297mm x 420mm 210mm x 297mm Margens Esquerda Outras 25mm 10mm 25mm 10mm 25mm 7mm 25mm 7mm 25mm 7mm Largura do Carimbo 175mm 175mm 175mm 175mm 175mm O carimbo é utilizado em quase todos os escritórios técnicos com a finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Recomenda-se que o carimbo impresso seja usado junto à margem, no canto inferior do papel. Essa colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos forem arquivados. O carimbo deve possuir os seguintes itens principais, ficando, no entanto, a critério do escritório, o acréscimo de outros ou a supressão de alguns:         Nome do escritório Titulo do projeto Nome do Cliente Nome do Arquiteto ou Engenheiro Nome do Desenhista e data Escalas Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho Assinatura do Arquiteto ou Engenheiro e do Responsável pela execução da obra que pode ser a de um Arquiteto ou Engenheiro O desenhista deve procurar fazer todas as pranchas de um projeto com um formato único, isto é, com as mesmas dimensões. Quando isto não for possível, procura-se, pelo menos, ajustar as pranchas em dois formatos. A experiência ajudará muito na escolha do formato ideal. -4- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Tipos de Papéis: Papel Opaco Papel branco e por não serem transparentes, estes papéis são mais utilizados para os desenhos coloridos. Em geral o anteprojeto é feito neste tipo de papel para valorizar as cores e a apresentação. Papel Manteiga É um papel vegetal mais fino, semitransparente e fosco. O papel manteiga é utilizado para esboços, estudos e detalhes, aceita bem o nanquim, o lápis HB até o F, o hidrocor e não presta para aquarela, aguada e guache. Por se tratar de papel fino, não permite correções no desenho feito a nanquim, salvo raras exceções. Papel Vegetal É semitransparente, semelhante ao papel manteiga, sendo mais espesso. Serve para desenhos a lápis com grafite duro (F, H ou 2H) ou nanquim. Aceita o hidrocor, mas não a aquarela ou o guache. Não deve ser dobrado, pois deixa manchas nas cópias e acaba por rasgar-se. É mais indicado para o desenho de projetos por sua resistência ao tempo e por permitir raspagens e correções. -5- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Tipos de Linhas Os projetos utilizam uma variedade de tipos de linhas, para representar objetos em várias situações. A norma que vai auxiliar na especificação das linhas é a NBR 8403 – Aplicação de Linhas em Desenhos / Tipos de Linhas / Larguras das Linhas A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2. As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de linhas no desenho. Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas. O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a representação de hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 7mm. Linha Denominação Continua Larga Aplicação Geral Contornos Visíveis e arestas Visíveis Linhas de interseção imaginárias, linhas de cotas, linhas auxiliares, linhas de chamadas, hachuras, contornos de seções e linhas de centros curta Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não coincidir com linhas traço e ponto Esta linha destina-se a desenhos confeccionados por máquinas Contornos não visíveis Arestas não visíveis Contornos não visíveis Arestas não visíveis Linhas de centro Linhas de simetrias Trajetórias Planos de cortes Continua estreita Contínua estreita a mão livre Contínua estreita em Ziguezague Tracejada larga Tracejada estreita Traço e ponto Traço e ponto, larga nas extremidades e na mudança de direção Traço e ponto largo Traço dois pontos estreita Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial Contornos de peças adjacentes, posição limite de peças móveis, linhas de centro de gravidade, cantos antes da conformação, detalhes situados antes do plano de corte -6- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Escalas A necessidade do emprego de uma escala na representação gráfica surgiu da impossibilidade de representarmos, em muitos casos, em grandeza verdadeira, certos objetos cujas dimensões não permitem o uso dos tamanhos de papel recomendados pelas Normas Técnicas. Nesses casos empregamos escalas de redução, quando necessitam obter representações gráficas maiores que os objetos utilizamos escalas de ampliação. Assim, os objetos podem ser desenhados com suas dimensões ampliadas, iguais ou reduzidas. No desenho de arquitetura geralmente só se usam escalas de redução, a não ser em detalhes, onde aparece algumas vezes a escala real. A escolha de uma escala deve ter em vista:  O tamanho do objeto a representar  As dimensões do papel  A clareza do desenho Cada uma dessas condições deve ser sempre respeitada, pois tem grande peso na boa apresentação do desenho. Escala de Redução Escala Natural Escala de Ampliação 1 / 12,5 1 / 10 1 / 125 1 / 100 1 / 75 1 / 50 1/1 1 / 7,5 1/5 1 / 2,5 1/2 1 / 25 1 / 20 Letras e Algarismo As letras e os algarismos complementam as figuras, por isso, serão feitas depois de concluído o desenho. As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são:  As letras e os algarismos devem ser claramente distinguíveis entre si, para evitar qualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal  A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o dimensionamento.  As alturas h e c não devem ser menores do que 2,5mm. Na aplicação de letras maiúsculas e minúsculas, a altura h não deve ser menor que 3,5mm -7- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Características Altura das letras maiúsculas (h) Altura das letras minúsculas (c) Distância mínima entre caracteres (a) Distância mínima entre linhas de base (b) Distância mínima entre palavras (e) Largura da linha (d) 2,5 0,5 3,5 1,5 0,25 3,5 2,5 0,7 5 2,1 0,35 Dimensões (mm) 5 7 10 3,5 5 7 1 1,4 2 7 10 14 3 4,2 6 0,5 0,7 1 14 10 2,8 20 8,4 1,4 20 14 4 28 12 2 Locação de Cotas no Desenho Os desenhos de arquitetura, como os demais desenhos técnicos, devem trazer corretamente indicadas todas as suas medidas. A unidade usada é o metro. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões. É importante evitar o cruzamento de linhas de cotas. Os algarismos das cotas são colocados ACIMA da linha de cotas. Existem outras regras igualmente importantes:  As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade  Uma cota não deve ser cruzada por linha do desenho  As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida  As alturas dos algarismos são uniformes dentro do mesmo desenho  Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho  A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade para todas as cotas sem o emprego do símbolo. -8- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Unidade 02: Etapas do Desenho Arquitetônico Planta Baixa de Situação Planta que compreende o partido arquitetônico como um todo, em seus múltiplos aspectos. Pode conter informações específicas em função do tipo e porte do programa, assim como para a finalidade a que se destina. Para aprovação em órgãos oficiais, esta planta deve conter informações completas sobre localização do terreno. A Planta Baixa de Situação deve indicar:  Terrenos vizinhos (lote / quadra)  Vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com os respectivos equipamentos urbanos.  Indicação do Norte  Curvas de nível existentes ou projetadas  Área do terreno  Contorno e dimensões do terreno  Escala  Notas gerais, desenhos de referência e carimbo -9- Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Planta Baixa de Locação ou Implantação A Planta Baixa de Locação ou Implantação não se limita à casa ou construção. Ela deve mostrar os muros, os portões, árvores existentes. A planta baixa de implantação serve como ponto de partida para a marcação ou locação da construção no terreno. A Implantação deve indicar:  Sistema de coordenadas referenciais do terreno.  Curvas de nível existentes e projetadas.  Indicação do Norte  Indicação das vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas cobertas, platôs e taludes.  Perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas gerais e níveis principais.  Indicação dos limites externos das edificações: recuos e afastamentos.  Eixos do projeto.  Amarração dos eixos do projeto a um ponto de referência.  Denominação das edificações.  Escalas  Notas gerais, desenhos de referência e carimbo. - 10 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Planta Baixa Vista superior do plano secante horizontal, localizado a, aproximadamente, 1,50m do piso em referência. A altura desse plano pode ser variável para cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários. - 11 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico           A planta baixa deve indicar: Indicação do norte. Eixos do projeto. Sistema estrutural. Indicação das cotas entre os eixos, cotas parciais e totais. Marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do plano de corte. Indicação dos níveis de piso acabado. Denominação dos diversos compartimentos e respectivas áreas úteis. Marcação de cortes e fachadas. Escalas. Notas gerais, desenhos de referência e carimbo. - 12 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Corte Transversal e Corte Longitudinal Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal, seja no transversal. O corte, ou cortes, deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo possível de detalhes construtivos. Pode haver deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser assinalados, de maneira precisa, o seu início e final. Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e vice-versa. Os cortes devem indicar:  Indicação das cotas verticais.  Indicação de cotas de nível acabado dos diversos pisos.  Denominação dos diversos compartimentos.  Escalas.  Notas gerais, desenhos de referência e carimbo. - 13 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico - 14 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Fachada Representação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes transversais e longitudinais podem ser marcados nas fachadas. As fachadas devem conter:  Eixos do projeto.  Indicação de cotas de nível acabado.  Escalas.  Notas gerais, desenhos de referência e carimbo. - 15 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Representação Gráfica de Arquitetura Linhas de representação Linhas de contorno - Contínuas A espessura varia com a escala e a natureza do desenho, conforme exemplo: (± 0,6 mm) Linhas internas - Contínuas Firmes, porém de menor valor que as linhas de contorno, conforme exemplo: (± 0,4 mm) Linhas situadas além do plano do desenho - Tracejadas Mesmo valor que as linhas de eixo, conforme exemplo: (± 0,2 mm) Linhas de projeção - Traço e dois pontos Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises, balanços, etc., conforme exemplo: (± 0,2 mm) Linhas de eixo ou coordenadas - Traço e ponto Firmes, definidas, com espessura inferior às linhas internas e com traços longos, conforme exemplo: (± 0,2 mm) Linhas de cotas - Contínuas Firmes, definidas, com espessura igual ou inferior à linha de eixo ou coordenadas, conforme exemplo: (± 0,2 mm) Linhas auxiliares - Contínuas Para construção de desenhos, guia de letras e números, com traço; o mais leve possível, conforme exemplo: (± 0,1 mm) Linhas de indicação e chamadas - Contínuas Mesmo valor que as linhas de eixo, conforme exemplo: Linha de interrupção de desenho Mesmo valor que as linhas de eixo, conforme exemplo: (± 0,1 mm) - 16 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Escalas Escalas mais usuais 1/2; 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100; 1/200; 1/250 e 1/500. Nota: Na escolha da escala, deve-se sempre ter em mente a futura redução do desenho. Escala gráfica A escala gráfica deve ser de acordo com a escala do desenho. Norte Onde: N - Norte verdadeiro NM - Norte magnético: pode ser utilizado somente na fase de estudos preliminares NP - Indicação da posição relativa entre os vários desenhos constituintes do projeto. Esta indicação é opcional e deve ser acompanhada da indicação do norte verdadeiro. Indicação de Chamadas Indicação Gráfica de Acessos - 17 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Indicação de sentido ascendente nas escadas e rampas Indicação de Inclinação de Telhados, Caimentos, Pisos e etc Cotas Generalidades As cotas devem ser indicadas em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 1m e em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1m, e os milímetros (mm) devem ser indicados como se fossem expoentes, conforme o exemplo abaixo: As cotas devem, ainda, atender às seguintes prescrições:  As linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de impossibilidade.  As linhas de chamada devem parar de 2 mm a 3mm do ponto dimensionado.  As cifras devem ter 5mm de altura, e o espaço entre elas e a linha de cota deve ser de 1,5 mm;  Quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar a cota ao lado, indicando seu local exato com uma linha.  Nos cortes, somente marcar cotas verticais.  Evitar a duplicação de cotas. Dimensão dos vãos de portas e janelas A cota é indicada no vão acabado pronto para receber as esquadrias, conforme exemplo: - 18 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Cotas de nível As cotas de nível são sempre em metro. As cotas de nível têm duas representações, como as indicadas a seguir: N.A. - Nível acabado N.O. - Nível em osso Marcação dos cortes gerais A marcação da linha de corte deve ser suficientemente forte e clara para evitar dúvidas e mostrar imediatamente onde ele se encontra. Nota: Quando o desenho indicado estiver na mesma folha, deixar em branco o local designado para o número da folha. - 19 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Marcação de detalhes Ampliação e detalhes Numeração e títulos dos desenhos Em cada folha, os desenhos, sem exceção, devem ser numerados a partir do nº 1 até “n”. Indicação das fachadas e elevações As elevações devem ser indicadas nas plantas, em escalas convenientes. Designação das portas e esquadrias Utilizar para portas P1, P2, P3 e Pn e para janelas J1, J2, J3 e Jn. - 20 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Representação dos materiais mais usados Os materiais mais usados devem ter sua convenção representada, conforme exemplos: - 21 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Quadro geral de esquadrias Os elementos das janelas e portas devem estar especificados num quadro geral, conforme exemplos: J1 J2 J3 J4 J5 J6 J7 J8 Ambiente Sala de Estar Sala de Jantar Quarto 1 Quarto 2 Banheiro Social Banheiro Suíte Cozinha Área de Serviço Altura (h) x Largura (l) 1,50 x 1,20 1,50 x 1,20 1,50 x 1,20 1,50 x 1,20 0,60 x 0,80 0,60 x 0,80 1,30 x 1,20 1,30 x 1,20 Peitoril (p) 0,95 0,95 0,95 0,95 1,70 1,70 1,00 1,00 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 Ambiente Sala de Estar Sala de Jantar Quarto 1 Quarto 2 Banheiro Social Banheiro Suíte Cozinha Área de Serviço Altura (h) x Largura (l) 2,10 x 0,80 2,10 x 0,80 2,10 x 0,70 2,10 x 0,70 2,10 x 0,60 2,10 x 0,60 2,10 x 0,70 2,10 x 0,70 Quadro de Áreas e Afastamentos Quadro de Áreas Área do Terreno Área de Projeção da Edificação Taxa de ocupação Área Total da Edificação Área Livre Largura x Profundidade = XX.XX m² Largura da Edificação x Profundidade da Edificação = XX.XX m² XX.XX % = Área de Projeção da Edificação x 100 Área do Terreno Soma das área de todos os andares caso a edificação tenha Área do Terreno – Área de Projeção da Edificação Alinhamento e Afastamentos Alinhamento Afastamento Frontal Afastamento Lateral Medida do logradouro até o limite frontal do Terreno Medida do Limite frontal do Terreno até a Edificação Medida do Limite lateral do Terreno até a Edificação - 22 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Unidade 03: Sistema de Esquadrias Janelas e Portas Aberturas de janelas e portas interrompem os planos de parede que dão a uma edificação sua forma e aos espaços internos e externos, suas definições. Elas são os elementos de transição no projeto de arquitetura e de arquitetura de interiores que vinculam, tanto visualmente quanto fisicamente, um espaço a outro e o interior ao exterior. O tamanho, a forma e a localização das janelas e portas afetam a integridade visual de uma superfície de parede e a sensação de fechamento que ela proporciona. Janelas Uma janela pode ser vista como uma área brilhante em uma parede ou um plano escuro à noite, uma abertura enquadrada por uma parede ou um vazio separando dois planos de parede. Ela também pode ser ampliada até o ponto onde se torna plano físico da parede – uma parede de vidro que visualmente une um espaço interno ao exterior ou a um espaço interno adjacente. A escala de uma janela esta relacionada não somente com o plano de parede na qual ela se insere, mas também com as nossas próprias dimensões. Estamos acostumados com vergas de janelas levemente mais altas do que nós próprios e com alturas de peitoris que correspondem à altura de nossas cinturas. Quando se usa uma grande janela para se expandir visualmente um espaço, aumentar a vista ou complementar em unidades menores, para manter a escala humana. As janelas podem ser classificadas em dois grandes grupos: com caixilhos fixos e com caixilhos móveis. Embora ambos os grupos dêem luz e vistas aos espaços internos, as janelas com caixilhos fixos não permitem a passagem do ar, ao contrário daquelas com caixilhos móveis podem ser abertas e fechadas. Assim, a decisão de se usar caixilhos fixos deve ser cuidadosamente analisada. Os códigos de obras regulamentam os tamanhos mínimos de abertura de janelas que fornecem iluminação natural e ventilação para os espaços habitáveis, bem como o tamanho de janelas móveis que servem como saídas de emergência em espaços residenciais de dormir. - 23 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Tipos de Janelas  Batentes e vidraças são estacionários.  Vidraças são os panos ou as folhas de vidro.  Não é possível a ventilação.  Não são necessários ferragens ou venezianas  Formas e tamanhos variáveis, conforme o tamanho máximo de vidraças disponível.  Dois caixilhos se deslocam verticalmente em trilhos ou sulcos separados e mantidos na posição desejável por fricção ou por mecanismo de contrapesos.  Não há proteção contra chuvas.  Podem se efetivamente resistentes a intempéries.  Podem ter venezianas ou tampos de proteção externa  50% de ventilação  Podem consistir em (A) dois caixilhos, dos quais um desliza horizontalmente (50% de ventilação) ou (B) três caixilhos, onde o caixilho do meio é fixo e os outros dois são móveis (66% de ventilação)  Não tem proteção contra chuva.  Devem ter venezianas externas Portas de vidro usadas para se acessar pátios ou sacadas são similares a janelas de correr.  Os caixilhos móveis têm dobradiças e geralmente abrem para fora.  100% de ventilação; podem direcionar ou desviar brisas.  Não têm proteção contra chuva, os caixilhos podem ser obstruções, quando abertos, ferragens roto-operadora, quando ou de fricção são usadas para a estabilidade dos caixilhos, quando abertos. - 24 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Tipos de Janelas  Semelhantes às janelas de batentes, mas as dobradiças são no topo (janela de toldo) ou na base (janela de hospital).  100% de ventilação.  Ambos os tipos dão ventilação sem a formação de correntes.  Janelas de toldo também dão proteção contra chuva.  Podem ser difíceis de proteger contra as intempéries.  Requerem espaço para a abertura do caixilho.  De princípio semelhante às janelas de toldo, exceto pelo fato de que é usada uma série de estreitas palhetas opacas ou translúcidas.  Podem direcionar o fluxo de entrada de ar.  Usadas em climas quentes, onde tanta a ventilação quanto a privacidade são necessárias.  Janelas de sacada, também chamadas de Bay Windows, usam uma combinação de janelas com caixilhos fixos ou móveis e clarabóias para proteger uma parte do espaço interno que se projeta para fora da edificação.  Clarabóias podem consistir em unidades fixas ou móveis.  E necessário o uso de vidraças de segurança, seja com o uso de vidros aramados, vidros laminados, vidros temperados, acrílico ou policarbonato.  Clarabóias fornecem luz natural sem interferir com a disposição do mobiliário e mantendo a privacidade ou bloqueado vistas desnecessárias.  Clarabóias com aberturas para ventilação, permitindo que o ar quente escape em climas quentes. - 25 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Construção de Janelas Janelas industrializadas têm tamanhos padronizados, mas esses variam conforme a cada fabricantes. Tamanhos sob encomenda estão geralmente disponíveis, mas com custos adicionais. Os vão na construção de paredes geralmente deixam cerca de 13 mm ou 19mm de cada lado, na verga e no peitoril para o nivelamento e a fixação das janelas. Chapas protetoras e calafetos no lado externo dos batentes ajudam a manter as juntas estanques e a minimizar a infiltração de ar. Guarnições e remates são usados para esconder e acabar os vãos entre uma janela e a abertura existente na parede. O tipo de remate usado no interior contribui significativamente com a característica de um espaço. - 26 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Batentes de Madeira A maioria das janelas usadas atualmente são unidades pré-fabricadas com batentes de madeira ou metal. Batentes de madeira em geral são feitos em madeira de cor clara, de fibras chatas e seca em estufa. Geralmente são tratadas na fábrica com conservantes impermeabilizantes. O exterior dos batentes pode ser fabricado sem acabamento, apenas tratado com stain ou base ou revestimento com vinil ou alumínio coberto por vinil, para menor manutenção. O interior dos batentes em geral não recebe acabamento de fábrica. - 27 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Janela de Madeira Típica - 28 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Batentes de Metal Batentes de metal são mais fortes e, portanto, geralmente têm menor perfil do que batentes de madeira. Os tipos mais comuns são de alumínio e aço, embora também existam janelas de aço inoxidável e bronze. Batentes de alumínio têm um acabamento de fresagem natural ou são anodizados, para proteção adicional e cor. Como o alumínio não é um condutor eficiente de calor, a umidade pode se condensar na face interna dos caixilhos em dias frios, a menos que se inclua uma barreira térmica. Batentes de janelas em aço devem ser galvanizados ou receber base ou tinta, para ter resistência contra corrosão. Janela de Metal Típica - 29 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Como alumínio é suscetível à ação galvânica, os materiais de ancoragem e de proteção devem ser de alumínio ou de material compatível com alumínio, como aço inoxidável ou aço galvanizado. Materiais diferentes, como cobre, devem ser isolados do contato direto com o alumínio através de um material impermeável e não condutor como neoprene ou feltro revestido. Portas As portas e os vãos de porta permitem o nosso acesso físico, de nossos móveis e bens para dentro e para fora de uma edificação e de uma sala a outra dentro dessa. Através de seu desenho, construção e localização, as portas e os seus vãos podem controlar o uso de um recinto, as vistas de um espaço ao outro e a passagem de luz, som, calor e ar. - 30 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico As portas podem ter estruturas de madeira ou metal revestidas com madeira, metal ou um material especial como laminado plástico. Elas podem ser pré-pintadas, receber uma base para pintura de fábrica ou ser revestidas com diversos materiais. Elas podem ser envidraçadas, para transparência, ou ter venezianas, para ventilação. Portas de vidro geralmente são fabricadas com vidro temperado de ½ polegada ou ¾ polegadas (13 ou 19 mm), com acessórios para sustentar articulações e outras ferragens. Ombreiras não são necessárias e a porta pode ser instalada diretamente contra a parede ou a divisória. Portas especiais incluem aquelas fabricadas com classificação de resistência ao fogo, classificação acústica ou valor de isolamento térmico definido. - 31 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Tipos de Portas  Articuladas em ombreiras.  Portas pesadas ou largas podem ser fixas nas verga e no chão.  Mais convenientes para entradas e passagens.  Tipo mais efetivo para isolamento acústico e para proteção contra intempéries.  Para uso externo ou interno.  Exigem espaço para abertura.  A porta é fixa em trilhos e corre para dentro de uma cavidade da parede.  Usadas onde a abertura normal de um aporta interferiria com uso do espaço.  Têm boa aparência, quando abertas.  Somente para uso interno.  Semelhantes às portas corrediças embutidas, exceto pelo fato de que a porta é suspensa por trilhos externos à verga da porta.  Principalmente para uso interno.  Difíceis de proteger contra intempéries, mas podem ser usadas externamente em climas quentes.  As folhas deslizam ao longo de trilhos suspensos e ao longo de guias ou trilhos no piso.  Permitem, no máximo, 50% de abertura.  Usadas principalmente como proteção visual.  Usadas no exterior com portas corrediças de vidro. - 32 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Tipos de Portas  Consistem em painéis de porta articulados que correm ao longo de trilhos suspensos.  Somente para interiores.  Comumente usadas como barreiras visuais para se fechar espaços de armazenamento e closets.  Semelhantes às portas articuladas, exceto pelo fato que os painéis são menores.  Somente para o uso interno.  Usadas para subdividir grandes espaços em salas menores.  Os painéis de porta deslizam em trilhos suspensos.  Os trilhos podem ser configurados de modo a seguir uma trajetória curvilínea.  Os painéis podem correr para dentro de uma abertura na parede ou um vão.  Consistem em seções de portas articuladas que giram em trilhos suspensos até uma posição horizontal acima do vão.  Podem fechar aberturas extremamente altas ou largas, em interiores ou exteriores.  Não são de uso freqüente. - 33 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Construção de Portas Portas metálicas ocas têm folhas de metal de revestimento fixas a uma estrutura reforçada de perfis de aço; uma estrutura de papelão ou alveolar ou núcleo de espuma de plástico rígida. Estão disponíveis em padrões lisos ou completamente envidraçadas, com pequenos visores, aberturas ou venezianas. As portas metálicas podem ter um acabamento esmaltado, ser revestidas com vinil ou ter uma pela de aço inoxidável ou de alumínio, com acabamentos polidos ou texturizados. - 34 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Portas de madeira lisas podem ter aberturas com vidros ou venezianas, as portas ocas têm uma estrutura que fecha um núcleo de fibra-de-vidro corrugado ou uma grade de tiras de madeira. Elas são leves, mas têm pouca resistência térmica ou acústica. São feitas principalmente para uso interno. A porta solida têm um núcleo de blocos de madeira, madeira aglomerada ou composto mineral que são unidos entre si. São usadas principalmente como portas externas, mas também podem ser usadas sempre que se desejar maior resistência contra o fogo, isolamento acústico ou estabilidade. As portas de madeira estão disponíveis em três classes de madeira-de-lei: 1. Primeira qualidade, que é adequada para acabamentos naturais, transparentes; 2. Boa qualidade, que é usada para acabamentos com tintas ou transparentes; 3. Boa condição, que exige duas demãos de tinta para cobrir defeitos superficiais. Portas de madeira com estrutura de travessas e montantes consistem em uma estrutura de travessas e montantes que sustentam almofadas de madeira sólida ou compensado, luzes de vidro ou venezianas. Vários desenhos de almofadas estão disponíveis, inclusive portas totalmente composta de venezianas ou portas envidraçadas. - 35 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Batentes de Portas Como a maior parte das portas é fabricada em vários tamanhos e tipos padronizados, o tratamento dado à abertura e ao desenho da guarnição são as área onde o projetista pode manipular a escada e o caráter de uma porta. Assim como as portas, os batentes de portas são itens padronizados. Portas metálicas ocas são montadas a partir de estruturas metálicas ocas. Os batentes podem ter rebaixos simples ou duplos e podem estar alinhados com a espessura da parede ou sobrepostos. Alem das guarnições lisas padronizadas, há vários outros tipos de molduras disponíveis. - 36 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico As portas de madeira usam estruturas ocas de metal ou madeira. Os batentes de portas externas geralmente têm rebaixos de moldura, enquanto os batentes de portas internas podem apresentar rebaixos samblados. Guarnições são usadas para tapar o vão entre o batente e a parede. Elas podem ser desnecessárias se o material da parede tiver bom acabamento e estiver alinhado com o batente. As guarnições de portas, através de suas formas d cores, podem acentuar uma porta e a articular como um elemento visual distinto no espaço. A abertura da porta pode ser ampliada com o uso de cor e de guarnições. Por outro lado, batentes e guarnições podem se desejáveis ser minimizados visualmente para reduzir a escala de uma porta ou para que essa simplesmente pareça ser um vazio em uma parede. Se estiver alinhada com a parede na qual se inserir, uma porta poderá ter acabamento de modo a se fundir e tornar parte da superfície da parede. - 37 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Unidade 04: Circulações Verticais - Escadas Escadas nos permitem mover verticalmente entre vários níveis de pisos de uma edificação. Os dois critérios funcionais mais importantes no projeto de escadas são a segurança e a facilidade de subida e descida. As dimensões dos espelhos e pisos de uma escada devem ser proporcionadas de modo a se adequar ao movimento do nosso corpo. Sua inclinação se for acentuada, pode tornar a subida fisicamente cansativa e psicologicamente proibitiva, além de tornar a descida perigosa. Se os degraus forem baixos, a escada deverá ter pisos de profundidade suficiente para acomodar nossas passadas. Os códigos de obra regulam as dimensões máximas e mínimas dos espelhos e pisos. - 38 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Dimensões de Escadas Uma escada deve ter largura suficiente para acomodar confortavelmente a passagem de pessoas, bem como de móveis e equipamentos que precisam subir ou descer. Os códigos de obras especificam larguras mínimas baseadas no uso e nas cargas de ocupação. Além desses mínimos, contudo, a largura de uma escada também fornece informações visuais sobre a sua qualidade publica ou privada. - 39 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Tipos de Escadas em Plantas A configuração de uma escada determina a direção do nosso percurso de subida e descida pelos seus degraus. Há vários tipos básicos de configuração pra os degraus de uma escada. Essas variações resultam do uso de patamares, que interrompem o vão da escada e possibilitam sua mudança de direção. Os patamares dão oportunidade de descanso e possibilitam acessos e vistas. Junto com a inclinação de uma escada, a localização dos patamares determina o ritmo de nosso movimento à medida que subimos ou descemos por uma escada. Uma importante consideração no planejamento de qualquer escada é como ela relaciona os percursos de movimento em cada nível de pavimento. Outra é o espaço que ela exige. Cada tipo básico de escada tem proporções básicas que afetarão sua localização possível em relação aos outros espaços em torno dela. Essas proporções podem ser alteradas até certo ponto ajustando-se a localização dos patamares dentro daquele padrão. Em cada caso, devem ser previstos espaços no topo e na base de uma escada para que a entrada e a saída sejam seguras e confortáveis. Os patamares devem ter, no mínimo, a largura da escada e profundidade quase sempre igual à largura. - 40 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Degraus ingrauxidos são os pisos de degraus cujas extremidades têm tamanhos diferentes e que são usados em escadas circulares e espirais. Escadas em L e em Meia Volta também podem ter degraus ingrauxidos em vez de um patamar, para economizar espaço ao se mudar de direção. Degraus ingrauxidos podem ser perigosos, pois oferecem pouco apoio para os pés em suas extremidades internas. Os códigos de obras geralmente restringem seu uso a escadas privativas dentro de unidades residenciais individuais. Escadas circulares podem ser usadas em saídas de emergências se o raio interno tiver, no mínimo, o dobro de largura da escada; consulte o código de obras, para exigências específicas. - 41 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Construção de Escadas A construção de escadas pode ser entendida se pensando primeiramente na escada como um plano de piso inclinado que é sustentado pelas suas laterais por vigas chamadas banzos, dormentes ou pernas, já os pisos individuais dos degraus podem ser considerados como pequenas vigas planas de madeira que se estendem entre os banzos da escada. - 42 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Construção de Escadas Escadas em aço são análogas na sua forma às escadas em madeira. Perfis metálicos de aço servem como banzos e dormentes. Os pisos das escadas vencem os vãos entre os banzos. Os pisos podem consistir em gabaritos de aço preenchidos, grades de aço ou chapas lisas com superfície superior texturizada. Escadas em aço são em geral projetadas e fabricadas sob encomenda. Uma escada de concreto é projetada como uma laje de concreto armado unidirecional e inclinada com degraus formados ao longo da sua superfície superior. As escadas de concreto exigem análise cuidadosa da carga, do vão e dos apoios. A largura mínima das escadas será de 0,80 m. As escadas de edifícios de mais de dois andares terão a largura mínima de 1,20 m e serão incombustíveis. É considerado material incombustível o concreto armado. A existência de elevador em um edifício não dispensa a construção da escada. - 43 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Escadas, Considerações Gerais e Cálculo A parte horizontal de um degrau denomina-se piso do degrau e a parte vertical, perpendicular ao piso, denomina-se espelho do degrau. Dados experimentais fizeram concluir que a altura mais recomendável para o espelho de uma escada é de 0,18 m. A profundidade deve ser no mínimo 0,25cm. Blondell, arquiteto francês, estabeleceu uma formula empírica que permite calcular a largura do piso em função da altura do espelho e vice versa. A fórmula é a seguinte: 2e + p = 0,64 Isto é, 2 vezes a altura do espelho (e) mais a largura do piso (p) é igual a 0,64cm (largura de um passo simples). Desta fórmula, tendo em vista que o melhor valor para h = 0,18 cm e tirando o valor de p (largura do piso), temos: p = 0,64 – 2e p = 0,64 – 2 X 0,18 p = 0,64 – 0,36 p = 0,28 Se quisermos calcular o valor de e (altura do espelho) em função do valor de p (largura de um piso) escolhido usaríamos a seguinte fórmula: e = 0,64 – p 2 As escadas com mais de 16 degraus deverão ter um patamar. A largura do patamar é a mesma que a da escada e o comprimento quase sempre é igual à largura, a fim de facilitar a mudança de direção da escada. O patamar divide a escada em dois lances. - 44 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico As escadas de caracol (helicoidais) só serão toleradas quando servirem de comunicação a torres, adegas, giraus, casas de maquinas ou entre-piso. É obrigatório o uso do corrimão nas escadas cujo ângulo de aclive for superior ou igual a 45º. O ângulo de aclive α = 45º quando h = p, isto é, quando a altura do espelho (e) for igual à largura do piso (p). Quando h < p (o espelho menor que o piso) α será menor que 45º. Devemos considerar sempre livre todo o espaço compreendido por uma paralela à linha de aclive dos degraus e afastado dela no mínimo 2,00m. No cálculo de uma escada temos que considerar em primeiro lugar: a altura do pé direito (h) e a espessura do piso superior (laje). Soma-se a altura do pé direito com a espessura do piso superior. Temos: h + laje Divide-se o resultado encontrado pela altura escolhida para o espelho (e), o resultado n será o número de degraus da escada: n = h + laje Isto é, o número de degraus é igual à altura do pé direito mais a espessura do piso superior dividido pela altura do espelho. Calcula-se em seguida, pela Fórmula Blondell, a largura do piso do degrau (p). Para completar o cálculo da escada deveremos determinar a distância em projeção horizontal entre o primeiro e último degrau. Ora, uma escada de n degraus possui (n – 1) x p; logo à distância C será igual ao produto da largura do piso encontrado pelo número de degraus menos um. e C = (n – 1) x p Temos: - 45 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Corrimãos Nos Estados Unidos, a ADA regula as dimensões mínimas e máximas e os perfis dos corrimãos, de modo a garantir a sua firmeza de apoio. Corrimãos não devem ter elementos pontudos ou abrasivos; devem ter seção transversal circular e diâmetro de 32 mm a 51 mm; são aceitas outras formas se elas proporcionarem firmeza de apoio correspondente e tiverem um perímetro de 102 mm a 159 mm. Distância livre mínima até a parede: 38 mm. Os códigos de obras regulamentam a altura mínima dos corrimãos e o tamanho máximos das aberturas das balaustradas que protegem as laterais abertas das escadas, sacadas e deques. Os corrimãos devem se projetar, pelo menos, 305 mm horizontalmente, na parte superior e inferior de cada lanço de escada. - 46 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Rampas Rampas possibilitam transições suaves entre diferentes níveis de pavimento de uma edificação. Para que se tenham inclinações confortavelmente baixas, elas precisam ser relativamente longas. Em geral são usadas para acomodar uma mudança de nível ao longo de uma rota acessível ou para fornecer acesso a equipamentos com rodízios. Rampas é um plano inclinado que se utiliza para circulação de pessoas, de cargas ou de veículos. Deve-se prever patamar de descanso em condições semelhantes às da escada. Para uso por pedestres a inclinação ideal é de 8%; por ocupar muito espaço, costuma-se fazê-la com 10%. O elemento que deve nortear a inclinação de uma rampa é a sua extensão. Em rampas curtas podese fazê-la até com inclinação superior a 10% no caso de absoluta falta de espaço no ambiente. Como nas escadas, o guarda-corpo costuma ser colocado com altura de 0,80 m a 1,00 m. Em caso de pânico esta altura maior não é suficiente para dar proteção, pois a altura da metade do corpo humano situa-se em torno de 1,10m (altura do umbigo); segue-se que, para proteção mais eficaz, deve-se usar guarda-corpo com altura mínima de 1,20 m. - 47 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico - 48 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Processo de Cálculo Uma regra de três fornece o comprimento da rampa: C = (h x 100) ÷ 8% < i Para o caso de h = 3,00m (altura a vencer) e inclinação de 10%, temos: C = (3,00 x 100) ÷ 10% C = 300 ÷ 10 C = 30 metros Casos Especiais 1. Rampas para paraplégicos  Deve-se projetá-la com 7 a 10%, sendo este o limite máximo, que deve ser evitado.  Excepcionalmente, em rampas muito curtas pode-se chegar a 12% 2. Rampa para automóveis  Inclinação usual: 10% a 13%  Em rampas longas: até 5%  Em rampas muito curtas: até 20% - 49 - Escola Técnica UNISUAM Curso Técnico em Edificações Disciplina Desenho Arquitetônico Rampa Helicoidal Cálculo: Na rampa helicoidal o comprimento que se obtém nos cálculos é o eixo médio, ou seja, aquele que é medido na metade da largura da rampa. Para o exemplo abaixo faremos: H = 2,40m, Inclinação i = 10% e Largura útil L = 1,20m. Aplicando a regra de três já referida fica: C = (h x 100) ÷ i C = (2,40 x 100) ÷ 10 C = 240 ÷ 10 C = 24 metros Tal como o caso de uma escada e para a esta altura devemos colocar patamar; temos, pois: Comprimento da rampa + Patamar = 2πR 24 m + 1,20 m = 2πR 25,20 m = 2πR R = 25,20 ÷ 2π R = 25,20 ÷ 2 x 3,14 R = 4 metros - 50 -


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