ORGANIZAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO TÉCNICO FACULDADES OPET TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA ALCOOMETRIA CURITIBA 2011 1 DAYANE GUEDES JOSÉ MILTON DE ARAUJO NATASHA DE OLIVEIRA ALCOOMETRIA Trabalho realizado com base em aula prática da disciplina de Química para obtenção de competência do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade OPE T. Orientador(a): Prof. Ana Carolina Pareja Lobo . CURITIBA 2011 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................04 2 OBJETIVOS........................................................................................................06 3 MATERIAIS ........................................................................................................06 4 PROCEDIMENTO................................................................................................07 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................... 08 6 CONCLUSÃO......................................................................................................09 REFERÊNCIAS.....................................................................................................10 3 1 INTRODUÇÃO Alcoometria é a determinação do grau alcoólico das misturas de água e álcool etílico. O uso de álcool etílico é indicado para desinfecção (sob fricção) de superfícies fixas (bancadas,vidrarias,utensílios e equipamentos) e antissepsia da pele (mãos e antebraços), porém, deverá estar rigorosamente dentro de graduação específica para que estabeleça a ação de desinfecção desejada considerando seu poder bactericida. O álcool para desinfecção deverá conter não menos que 76,9º GL correspondente a 76,9º % v/v ou 70% p/p e não mais que 81,4ºGL correspondente a 81,4º % v/v ou 75% p/p de álcool neutro (C2H6O:46,07) a 15º C 1. Alguns termos e denominações são bastante característicos e usuais para os profissionais que o manipulam, como os definidos abaixo: a) Alcoometria: -é a determinação do grau alcoólico das misturas de água e álcool etílico. b) Alcoômetro centesimal (Alcoômetro de Gay Lussac): -destina-se à determinação do grau alcoólico ou da força real das misturas de água e álcool, indicando somente concentração do álcool em volume. O instrumento que determina o grau alcoólico é denominado densímetro e indica, imediatamente, o volume de álcool etílico contido em 100 volumes de uma mistura feita exclusivamente de álcool etílico e água, instrumento este, que foi graduado a temperatura de 20ºC, sendo necessárias correções em função da temperatura (Tábua da Força Real dos Líquidos Espirituosos). c) ºGay Lussac (ºGL = % volume) : -é a unidade que determina a quantidade de álcool etílico, em mililitros, contida em 100 mililitros de uma mistura hidroalcoólica. 1 Indicação de tít ulos etanólicos pela Farmacopéia Brasileira 4 d) ºINPM (% P = porcentagem de álcool em peso ou grau alcoólico INPM): -quantidade em gramas de álcool etílico contida em 100 gramas de uma mistura hidroalcoólica. e) Tábua da Força Real dos Líquidos Espirituosos: -a força real de um álcool é o grau indicado pelo alcoômetro centesimal à temperatura de 15º C. A força é dita aparente, quando a temperatura está acima ou abaixo de 15 ºC. (No caso desta prática, foi utilizado densímetro graduado em 20ºC, fornecido pela IES). f) Tabela de alcoometria: tabela indicativa da relação entre o grau do alcoômetro centesimal, a densidade da mistura alcoólica e o título ponderal. 5 2 OBJETIVOS O objetivo é o preparo de álcool etílico neutro 77ºGL. 3 MATERIAIS Utilizou-se os seguintes materiais: • 01 Proveta de vidro graduada em 1000 mL; • 01 Proveta de vidro graduada em 500 mL; • 01 Densímetro (calibrado a 15ºC); • 01 Termômetro; • 1000 mL de Álcool 92, 6ºGL; • 200 mL de Água destilada; • 01 Copo de Becker de 500 mL. 6 4 PROCEDIMENTO 1) Transferiu-se para a proveta de vidro nivelada 1000 mL de álcool neutro; 2) Homogeneizou-se o álcool deixando-se em repouso para acomodação das moléculas, eliminação de bolhas; 3) Introduziu-se então a parte inferior do termômetro no líquido e após aproximadamente 01 minuto fez-se a leitura da temperatura aparente anotada em 21ºC; 4) Imergiu-se o alcoômetro rigorosamente limpo e seco em movimento rotatório no líquido, estando previamente embebido no álcool etílico em ensaio; 5) O alcoômetro flutuou livremente na proveta sem tocar fundo ou paredes atingindo seu ponto de equilíbrio quando se procedeu a leitura no afloramento de sua haste ao nível do líquido indicando o grau alcoólico aparente, tendo sua graduação alcoólica real obtida através da Tabela da Força Real dos Líquidos Espirituosos (94,7ºGL); 6) Efetuados os cálculos para correção da mistura, verteu-se 187 mL de água destilada na proveta e homogenei zou-se a mistura; 7) Aferiu-se novamente a temperatura que indicava 23ºC, com o alcoômetro indicando 80; 8) Dividiu-se então a solução e acondicionou-se em dois frascos de 500 mL , sendo estes rotulados em acordo com normas padrão descrevendo produto, graduação alcoólica, conteúdo total em mL , data de manipulação e a indicação de que se destina ao uso externo. 7 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Como resultado, o objetivo foi atingido. A graduação final obtida indicou que a mistura em ensaio contém 77,3 centésimos de álcool absoluto em volume e 22,7 volumes de água, atingindo o objetivo principal deste trabalho que situa a graduação mínima em 76,9ºGL e máxima em 81,4ºGL. Foi observado e discutido o fato de que a temperatura aumenta quando da adição da água á mistura, devido a suas características físico-químicas. As fórmulas desenvolvidas e aplicadas durante o ensaio são demonstradas abaixo no QUADRO 01: volume de álcool 96ºGL= volume de álcool a ser obtido (ml) X 77(grau pretendido) graduação real do álcool absoluto volume de álcool 96ºGL – volume total de álcool 77º GL = volume de água QUA DRO 01 – Fórmula para obtenção do álcool 70. Desta forma obteve-se os seguintes dados preliminares: 1000X77/94,7 = 813,1 mL de álcool 1000-813 = 187 mL de água destilada Então, conseguiu-se o resultado final: temperatura: 23ºC alcoômetro: 80 tabela: 77,3ºGL 8 6 CONCLUSÃO O álcool obtido neste ensaio é popularmente conhecido como álcool 70 e é bastante utilizado por sua característica bactericida com eficiência comprovada de 99,9% de eliminação das mesmas apesar de não se eficaz contra os esporos, porém, ao contrário do que sugere a simplicidade de seu nome popular, é necessário precisão e destreza quando de sua manipulação para garantir sua eficácia. No caso de erros relacionados á quantidades dos solventes, pela facilidade da fórmula pode-se concluir que a mistura não estará perdida, uma vez que novos cálculos trarão novamente o resultado desejado, bastando reiniciar o processo. 9 REFERÊNCIAS Brasil, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário Nacional. Brasília: ANVISA, 2005. Acessado em 08/05/2011, disponível em http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www.anvisa.g ov.br/servicosaude/controle/controle_alcool.pdf L.C.Q.Pq. – Laboratório de Controle de Qualidade e Pesquisa Ltda, Acessado em 08/05/2011, disponível em http://www.lcqpq.com/documentos/%C3%81lcool%20Desinfetante%20%202008.pdf 10