Monografia - Computação em Nuvem

June 24, 2018 | Author: douglasvilla | Category: Cloud Computing, Software As A Service, Internet, Information Technology, Server (Computing)
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14INTRODUÇÃO Na atualidade compendiar custos virou um objetivo constante na maioria das organizações, principalmente nas pequenas e médias empresas, onde a sobrevivência das organizações está relacionada, mais do que nunca, à sua capacidade de captar, absorver e responder as demandas requeridas pelo ambiente. A tecnologia da informação, desde que necessária, pode se tornar grande aliada para empresas de médio e pequeno porte. Através dela, empresas focam mais tempo em estratégias que irão aperfeiçoar os negócios, evitam erros, diminuir custos, padronizar processos, compilar dados em uma única fonte, agilizam trocas de informação (disponibilizando as informações adequadas no momento certo para as pessoas que precisam dela), e entre outros. Sendo a tecnologia um dos principais instrumentos de que dispõem as empresas para alcançar competitividade, consequentemente, acadêmicos, fabricantes de equipamentos e desenvolvedores de sistemas têm investido em diversas soluções para simplificar o acesso a informação pela Internet e colocaram seu foco para suprir esta demanda, justificando assim, o crescente aumento do interesse pela adoção da computação em nuvem, mais especificamente software como serviços . Em geral, quando arrostada como um serviço compartilhado a computação se torna mais barata, nesse caso, uma alternativa atual é a adoção da computação em nuvens, um novo conceito na área de TI que consiste em compartilhar recursos computacionais através da interligação de sistemas ao invés de possuir este recurso localmente dentro da empresa. Esta premissa tem sido discutida durante muito tempo, mas, até o momento, o modelo centrado no usuário, com máquinas e aplicações individuais, tem sido dominante. Na computação em nuvem, os recursos de TI são fornecidos como um serviço, permitindo aos usuários acessarem os serviços sem a necessidade de conhecimento sobre a tecnologia utilizada. Assim, os usuários e empresas passaram a acessar os serviços sob demanda e independente de localização, o que aumentou a quantidade de serviços disponíveis. O uso desses serviços é, então, cobrado de acordo com as diferentes políticas de tarifação para o usuário final. 15 O objetivo geral desta pesquisa acadêmico foi o de identificar elementos que possam contribuir com o processo de gestão da tecnologia da informação nas pequenas e médias empresas do Brasil, bem como os desafios e oportunidades desta adoção, apontando as vantagens e desvantagens do software como serviços nas organizações. No Capítulo 1, o objetivo do presente estudo de caráter descritivo, foi identificar uma visão geral sobre a computação em nuvem, bem como, conceitos, características, modelos de implantação, modelos de serviços e desafios. No Capítulo 2, apresento uma visão geral sobre o crescimento da infraestrutura de TI implantada na pequena e média empresa. No Capítulo 3, apresento os desafios que a pequena e média empresa enfrenta ao adotar software como serviço, é descrito também as oportunidades que este modelo oferece, e por fim as vantagens e desvantagens. Finalmente, nas considerações finais, apresento o resultado da que cheguei por meio da pesquisa realizada, fazendo ainda sugestões para futuras pesquisas que se voltem para as mesmas questões aqui enfocadas. 16 1 1.1 COMPUTAÇÃO EM NUVEM Definição O termo computação em nuvem é uma tendência nova no mercado de TI (tecnologia da informação) e é fruto da competitividade acirrada, que se faz necessário para criar novas soluções e tecnologias. A computação em nuvem tornou-se presente no vocabulário do mercado de tecnologia da informação a partir do ano de 2008. Refere-se basicamente, na idéia de utilizar aplicativos e ferramentas de qualquer parte do mundo precisando somente da internet. Este termo surgiu pelo fato de a computação estar mudando de rumo Para Buyya et al (2009) a computação em nuvem está se tornando uma das palavras chaves da indústria de TI. A nuvem é uma metáfora para a Internet ou infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais, baseada em uma abstração que oculta à complexidade de infraestrutura. Cada parte desta infraestrutura é provida como um serviço e, estes são normalmente alocados em centros de dados, utilizando hardware1 compartilhado para computação e armazenamento. Para Taurion (2009) computação em nuvem é uma tendência recente de tecnologia que tem por objetivo proporcionar serviços de TI sob demanda com pagamento baseado no uso. Complementando Taurion (2009): Para entendermos o modelo computacional de computação em nuvens precisamos compreender quais são os seus desafios tecnológicos. Uma primeira analise, nos mostra que a Computação em nuvem é um somatório da evolução de diversas tecnologias, como 3 o grid computing , 4 2 processamento paralelo, autonomic computing , virtualização, browsers e outras. Hardware pode ser definido como um termo geral para equipamentos como chaves, fechaduras, dobradiças, trincos, puxadores, fios, correntes, material de canalização, ferramentas, utensílios, talheres e peças de máquinas. 2 Grid Computing é um modelo computacional capaz de alcançar uma alta taxa de processamento dividindo as tarefas entre diversas máquinas. 3 Autonomic Computing é uma área da computação, resultado de uma iniciativa da IBM de 2001, cujo objetivo é o desenvolvimento de sistemas computacionais capazes de auto-gerenciamento e adaptação a mudanças 1 em qualquer lugar e independente da plataforma. 6 Data Center é um Centro de Processamento de Dados. imprevisíveis. porem todas elas levam ao mesmo conceito: trata-se de um padrão de computação no qual. Para Alecrim (2008): Computação em nuvem se refere.17 É a idéia de utilizarmos. dentro da grande rede. De acordo com Taurion (2009) o termo computação em nuvem surgiu em 2006. em resumo. em estruturas conhecidas como DATA CENTERS otimizando o uso dos recursos. 4 Browser é um programa de computador que habilita seus usuários a interagirem com documentos virtuais da Internet. Na figura 1 podemos ter uma visão geral de uma nuvem computacional. Eric Schmidt. dados e recursos de TI são entregues aos usuários como serviço. A maioria das pessoas desconhece o termo computação em nuvem. DATA CENTERS. permitindo a expansão de sistemas computacionais complexos e uma melhor utilização dos recursos computacionais. sobre como sua empresa gerenciava seus data centers e a computação em nuvem surge da necessidade de construir infraestruturas de TI complexas. 5 Computação em Nuvem. através da internet e cobrados de acordo com o uso. à idéia de utilizarmos. . essencialmente. A ideia inicial da CLOUD COMPUTING foi processar as aplicações e armazenar os dados fora do ambiente corporativo. processam aplicações e armazenam os dados de organizações. em uma palestra do CEO da Google. Segundo Veras (2012): O que seria o CLOUD COMPUTING ? Na verdade o conceito ainda se aprimora. porem um algum momento de sua vida já deva ter utilizado algum aplicativo e ou serviço na nuvem. os mais variados tipos de aplicações através da internet com a mesma facilidade de têlas instaladas em nossos próprios computadores. 6 5 Segundo Taurion (2009) existem varias definições sobre o que significa computação em nuvem. em qualquer lugar e independente de plataforma. aplicativos. as mais variadas aplicações através da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas em nossos próprios computadores. 8 Personal Computer é um computador de pequeno porte e baixo custo. Fonte: Taurion (2009) Para Taurion (2009) a computação em nuvem é um termo para descrever um ambiente de computação baseado em uma imensa rede de servidores. sejam estes virtuais ou físicos. 7 . dedicado normalmente ao processamento de um volume grande de informações. Mainframe é um computador de grande porte. PC (Personal Computer8). modelo cliente-servidor e internet. que se destina ao uso pessoal ou por um pequeno grupo de indivíduos. portanto.18 Na figura 1 define uma visão geral de uma nuvem computacional. apesar do mau funcionamento de um ou mais dos seus componentes. uma nuvem computacional é um ambiente redundante e resiliente por natureza. De acordo com Bechtolsheim (2008) o modelo de computação em nuvem é a quinta geração da computação. Figura 1 – Visão geral de uma nuvem computacional. depois do mainframe7. Complementando Taurion (2009): Computação em nuvem é. Resiliente pode ser definido como a capacidade de um sistema de informação continuar a funcionar corretamente. uma maneira eficiente de maximizar e flexibilizar os recursos computacionais. Alem disto. do tamanho do banco de dados ou de qualquer parâmetro do sistema. também chamada de utility computing9. pois se os componentes falharem. é fornecer aos usuários e empresas componentes básicos como armazenamento. Os usuários não precisam se preocupar com backups10. cabendo ao terminal cliente efetuar pequenas tarefas de processamento locais. Para Brantner et al (2008) usuários de serviços baseados em utility computing não precisam se preocupar com escalabilidade. processamento e largura de banda de uma rede como uma “mercadoria” através de provedores espalhados pelo mundo todo. os usuários podem ler e gravar dados a qualquer tempo.19 Trata-se de uma evolução do modelo cliente-servidor. especializados nesta tecnologia e um baixo custo por unidade utilizada. os tempos de resposta são quase constantes e não dependem do número de usuários simultâneos. Para Brantner et al (2008) dependendo do modelo do negócio. 10 9 . Através deste modelo o usuário poderá acessar aplicações de negócio online. o provedor é responsável por substituí-los e tornar os dados disponíveis em tempo hábil por meio de réplicas. a partir de qualquer dispositivo virtualmente disponível. o qual é em grande parte centralizado no servidor remoto. pois a capacidade de armazenamento fornecida é de acordo com a necessidade do cliente e é praticamente infinita. é possível que o provedor de serviços repasse o custo de armazenagem. Backup é a cópia de dados de um dispositivo de armazenamento a outro para que possam ser restaurados em caso da perda dos dados originais. computação e de rede para os usuários finais. diferindo na distribuição do processamento. Utility Computing são produtos de tecnologia da informação sob demanda. Segundo Brantner et al (2008): A Utility Computing propõe fornecer disponibilidade total. já que é realizada a contabilização do uso. com o “tamanho da nuvem”. De acordo com Brantner et al (2008) a computação em nuvem é uma evolução dos serviços e produtos de tecnologia da informação sob demanda. sem nunca serem bloqueados. o que pode envolver apagamentos acidentais ou corrupção de dados. ou seja. mediante um pagamento por uso. isto é. O objetivo da utility computing. o custo dos serviços em nuvem é medido pela quantidade de recursos utilizados.20 Uma razão importante para a construção de novos serviços baseados em utility computing é que provedores de serviços que utilizam serviços de terceiros pagam apenas pelos recursos que recebem. claro que só pensar em data centers não é suficiente para garantir esta melhoria. porque isso pode torná-las mais competitivas no mercado. graças à redução dos custos de TI e à agilidade de implementação de novos produtos e soluções no mercado. principalmente. pagam pelo uso. Segundo o site do Olhar Digital11 ao utilizar a computação em nuvem obtemos vários benefícios.com. agilidade. Pedro Bicudo.ela oferece elasticidade possibilitando que as organizações usem os recursos de acordo com suas necessidades. com ela os recursos não são provisionados e nem adquiridos com antecedência. entre eles. facilidade de acesso remoto e economia de energia.olhardigital. o site do Olhar Digital: De qualquer forma. podemos destacar: redução de custos. De acordo com Veras (2012): 11 http://www. simplificação na gestão de TI. considera que as empresas não podem ignorar a importância de analisar a adoção de serviços nas nuvens. Complementando. Não são necessários investimentos iniciais em TI e o custo cresce de forma linear e previsível com o uso.br . . 1. sócio-diretor da consultoria TGT Consult. elasticidade.uol. . De acordo com Veras (2012) a proposta da computação em nuvem é de alguma maneira melhorar o uso dos recursos e tornar a operação de TI mais econômica.ela cria uma ilusão recursos infinita. ou seja.2 Características Segundo Taurion (2009) podemos destacar as principais características da computação em nuvem: . Estas funcionalidades e serviços são desenvolvidas utilizando novas tecnologias como VIRTUALIZAÇÃO. que possuem perfis diferentes e assim podem personalizar os seus ambientes computacionais. Segundo NIST (2011) com isto a interface de acesso à nuvem não obriga os usuários a mudarem suas linguagens de programação e sistema operacional. Apresentam aqui os conceitos mais bem aceitos e que possuem aplicabilidade. Segundo NIST (2011) as características essenciais são as vantagens que as soluções de computação em nuvem vêm a oferecem. arquiteturas de aplicação e infraestrutura orientadas a serviços e tecnologias e protocolos baseados na internet como meio de reduzir os custos do hardware e software usados para processamento. que é interpretada e executada por um processador ou por uma máquina virtual. software . Estes recursos podem ser dinamicamente 13 reconfigurados para ajustarem uma carga de trabalho (WORKLOAD ) variável. ou seja. já que Software é um programa de computador é composto por uma sequência de instruções. é o envio de trabalhos a serem processados em um ambiente computacional na nuvem de processamento. entre elas destacamos: Self-service sob demanda onde o usuário pode adquirir unilateralmente recurso computacional. laptops e tablets14). telefones celulares. 14 Tablets é um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para uso pessoal. CLOUD COMPUTING é um conjunto de recursos virtuais facilmente utilizáveis e 12 acessíveis. Dentro de uma nuvem. armazenamento e rede. Este conjunto de recursos é tipicamente explorado através de um modelo pague-pelo-uso. 13 Workload. o hardware e o Software podem ser automaticamente reconfigurados e estas modificações são apresentadas de forma transparente para os usuários.21 CLOUD COMPUTING pode ser definido de varias formas. com garantias oferecidas pelo provedor através de acordos de níveis de serviços. o trabalho a ser desenvolvido será realizado nos processadores na internet e o trabalho pronto direcionado ao dispositivo de saída do solicitante. tais como. Complementando Veras (2012): CLOUD COMPUTING é substituir ativos de TI que precisam ser gerenciados internamente por funcionalidades e serviços do tipo pagueconforme-crescer a preços de mercado. permitindo a otimização do seu uso. Outra vantagem é o amplo acesso a rede – onde recursos estão disponíveis através da rede e acessados por meio de mecanismos que promovam o padrão utilizado por plataformas heterogêneas (por exemplo. Em conjunto. hardware. 12 . algumas dessas características definem a computação em nuvem e faz a distinção com outros paradigmas. plataformas de desenvolvimento e serviços. em computação. promovendo assim uma otimização do uso dos recursos. Pode-se utilizar como exemplo a necessidade de se atualizar a versão do Microsoft Word : no modelo em nuvem. o usuário não terá que se 15 15 Microsoft Word é um processador de texto produzido pela Microsoft. Para Saraceni et al (2011): Também não há necessidade de um administrador para atualizar ou reinstalar o produto individualmente. pois neste modelo os aplicativos podem ser atualizados remotamente sem nenhuma relação com o usuário. . e o combinando com outros conhecimentos. promovendo assim o crescimento da capacidade de criação. ilustra a situação ideal onde a capacidade do sistema acompanha a demanda. Figura 2 – Mudança com computação em nuvem. Segundo Taurion (2009) o principal ponto de benefício tanto comercial como social está na capacidade da computação em nuvens em compartilhar o conhecimento. Na figura 2 (A) ilustra a situação comum.22 em um cenário com os softwares clientes instalados localmente para o acesso à nuvem são leves. como um navegador de Internet. Fonte: Veras (2012). sem desgastá-lo. onde a capacidade está sempre sobrando e a figura 2 (B). A figura 3 resume as características essenciais da nuvem definidas pelo NIST. processamento. onde sistemas em nuvem automaticamente controlam e otimizam a utilização dos recursos. Utiliza-se a abordagem baseada em nível de serviço SLA17 para garantir a qualidade de serviço. os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em qualquer quantidade e a qualquer momento. Complementando NIST (2011) o SLA fornece informações sobre os níveis de disponibilidade. desempenho ou outros atributos do serviço como o faturamento e até mesmo penalidades em caso de violação destes níveis. caso haja a necessidade de escalar com o aumento da demanda. garantindo a transparência para o provedor e o usuário do serviço utilizado. Exemplos de recursos incluem o armazenamento. 17 16 . em alguns casos até mesmo automaticamente. funcionalidade. por exemplo. processamento. largura de banda de rede e máquinas virtuais. memória. De acordo com NIST (2011) descreve que a ultima vantagem seria o serviço medido. Segundo NIST (2011) o Pooling16 de recursos é outra vantagem – os provedores de recursos de computação são agrupados para atender vários consumidores através de um modelo com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos dinamicamente e novamente de acordo com a demanda do consumidor. A elasticidade rápida também é considerada uma vantagem – recursos podem ser adquiridos de forma rápida e elástica. Pode-se também monitorar e controlar o uso de recursos. na retração dessa demanda. SLA é um Acordo preparado e traduzido para um documento de contrato assinado entre o cliente e o fornecedor de um serviço que estabelece as condições e obrigações entre as partes. Agrupamento. e liberados. alavancando a capacidade de medição em algum nível de abstração adequado para o tipo de serviço. largura de banda. armazenamento. Para os usuários. e contas de usuários ativos.23 preocupar com isso porque a versão seria atualizada de modo remoto ficando disponível sempre atualizada para utilização. Escalabilidade. computadores e seus . que é a camada mais baixa. crescendo a medida que mais sistemas se incorporem aos anteriores. composta por servidores.24 Figura 3 – Características da computação em nuvem. O fundamento básico da Computação em Nuvem é a virtualização dos recursos computacionais. Geralmente visualizamos estas tecnologias em camadas e estas por sua vez um conjunto de tecnologias especificas. que definem o seu conjunto de tecnologias. exigindo recursos administrativos e gerenciais que permitem autonomia de gestão entre os diversos sites. Para Taurion (2009): Essas características são: A abstração da infraestrutura e a distribuição geográfica dos sistemas. Complementando Taurion (2009): Em primeiro lugar encontram-se os recursos computacionais. uma vez que não se pode exigir que os sistemas que constituem uma nuvem sejam da mesma tecnologia. com a nuvem buscando se autorreconfigurar sempre que um determinado nó se torna indisponível. Fonte: NIST (2012). que permite que a nuvem seja dinâmica. A heterogeneidade dos sistemas. Adaptabilidade. Segundo Taurion (2009) a computação em nuvem tem algumas características próprias. no campo da computação distribuída. apresentações. a mineração e análise de dados são técnicas necessárias para um aproveitamento mais inteligente da informação acessível. Middleware ou mediador. imagens. Arquiteturas em nuvem facilitam estas tarefas. planilhas. Ainda para Miller (2008) a quinta propriedade é a acessibilidade – o usuário tem a possibilidade de instantaneamente buscar mais informações de diversos repositórios uma vez que dados são armazenados diretamente nas nuvens. 18 . em vez de focar na aplicação e o que ela pode fazer. Para Miller (2008) a terceira propriedade do modelo são as aplicações tradicionais – editores de texto e planilhas de cálculo. 19 E-mail é um método que permite compor. a camada middleware . elenca as principais propriedades do modelo. enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação.25 sistemas operacionais. como em uma unidade individual de trabalho. Com grandes montantes de informação armazenados em servidores nas nuvens. que oferece serviços de gestão de recursos. é um programa de computador que faz a mediação entre software e demais aplicações. A segunda propriedade do modelo de computação em nuvens é a orientação à tarefa – o foco está no que o usuário necessita realizar e em como a aplicação pode auxiliá-lo. e-mail19 entre outros – estão tornando-se menos importantes que os documentos criados por elas. a organização pioneira na disponibilização de serviços em computação em nuvens. a seguir encontra-se a camada de serviços e por ultimo temos a camada de aplicação onde estão os portais de acesso e os programas que exploram a potencialidade das nuvens. A Inteligência é a sexta propriedade do modelo de computação em nuvens. aplicações – torna-se propriedade do usuário. 18 De acordo com Miller (2008) o Google. uma vez que todos os dados e aplicações encontram-se centralizados. mensagens. A primeira propriedade do modelo é a orientação ao usuário – uma vez que o usuário está conectado à nuvem. Não há limitação a uma única fonte de dados. qualquer documento armazenado – arquivos de texto. Outra propriedade do modelo é a eficácia – o fato de se conectar centenas ou milhares de computadores a uma nuvem cria uma riqueza de poder computacional impossível de ser implementada com um único computador. 3 Modelo de Implantação Tratando-se do acesso e disponibilidade de ambientes de computação em nuvem. a programação da nuvem automaticamente redistribui os dados daquele modo para outro – trata-se de técnicas de tolerância a falhas. Neste sentido. surge a necessidade de ambientes mais restritos. A computação em nuvem torna possível a mudança de foco do computador para o usuário. Se este computador ficar indisponível. A restrição ou abertura de acesso depende do processo de negócio. muitas tarefas do modelo em nuvem devem ser automatizadas. Por exemplo. da aplicação para a tarefa e do isolamento de dados para dados acessíveis em qualquer local e compartilhados com qualquer membro que possua permissão. Para Mell and Grance (2009): Tratando-se do acesso e disponibilidade de ambientes de computação em nuvem.26 Complementando Miller (2008) a última propriedade do modelo é programável. têm-se diferentes tipos de modelos de implantação. A restrição ou abertura de acesso depende do processo de negócio. Pode-se perceber que certas empresas não desejam que todos os usuários possam acessar e utilizar determinados recursos no seu ambiente de computação em nuvem. para proteger a integridade dos dados. do tipo de informação e do nível de visão. 1. do tipo de informação e do nível de visão. onde somente alguns usuários devidamente autorizados possam utilizar os serviços providos. têm-se diferentes tipos de modelos de implantação. privada e híbrida. . Os modelos de implantação da computação em nuvem podem ser divididos em nuvem pública. as informações armazenadas em um único computador na nuvem devem ser replicadas para outros computadores da mesma nuvem. apesar dos benefícios de ser um ambiente mais controlado. o ambiente precisa se acessado fora da internet. configurações dos provedores de serviços e a utilização de tecnologias de autenticação e autorização são as principais características deste modelo. os custos – sejam compartilhados com diversos usuários. Segundo o NIST (2011) para esse modelo de implantação são empregados políticas de acesso aos serviços. outra questão que tende a ser favorável é a agilidade de implementação dos serviços. que por outro lado pode ser um problema para quem necessita de customizações.2 Nuvem pública Para Taurion (2009) as nuvens públicas podem oferecer as empresas um acesso rápido a infraestruturas computacionais. com custos mínimos. mas com acesso restrito à uma corporação ou grupo. 1. dos 20 . ser instalado para dentro do firewall da companhia.3. Prosseguindo com as vantagens.27 1. Como o próprio nome indica. Trata-se de uma modalidade que mistura parte dos dois formatos descritos anteriormente. As nuvens privadas. trata-se de um ambiente com todas as características de computação em nuvem.3 Nuvem híbrida Existe ainda. ou seja.3. Gerenciamento de redes. correspondem ao uso do conceito de nuvem computacional localizados internamente ao firewall20. também chamadas nuvens empresariais.1 Nuvem privada Segundo Taurion (2009) diante da necessidade de ter mais segurança às empresas que querem adotar serviços em computação em nuvem é a nuvem privada. um terceiro formato conhecido como nuvem híbrida. Para serem consideradas nuvens privadas. na maioria dos casos. Esta por sua vez. exige um investimento maior em relação à nuvem pública. à nuvem pública além do custo.3. sem compartilhar os recursos de TI com outras empresas. pois esta última prevê que todos os recursos – e por consequência. já que encontramos soluções pré-empacotadas. 1. sendo esta suportada por uma comunidade específica que partilhou seus interesses. elas permitem que uma nuvem privada possa ter seus recursos ampliados a partir de uma reserva de recursos em uma nuvem pública. Este tipo de modelo de implantação pode existir localmente ou remotamente e geralmente é administrado por alguma empresa da comunidade ou por terceiros. servidores de e-mail próprios no data center.4 Nuvem comunidade Para Mell and Grance (2009) no modelo de implantação de nuvem comunidade ocorre o compartilhamento por diversas empresas de uma nuvem. com e-mails nos escritórios regionais operados por serviços em nuvens publicas.4 Computação em Nuvem e seus papéis Segundo Marinos e Briscoe (2009) diante na necessidade de ter mais segurança às empresas que querem adotar serviços em computação em nuvem é a nuvem privada. trata-se de um ambiente com todas as .3. 1. 1. tais como a missão. em geral. O termo “computação em ondas” é. São poucas as empresas que a curto e médio prazo irão operar totalmente nas nuvens. utilizado quando se refere às nuvens híbridas. Complementando Chirigati (2009): As nuvens híbridas combinam os modelos das nuvens públicas e privadas. os requisitos de segurança. A conexão entre as nuvens pública e privada pode ser usada até mesmo em tarefas periódicas que são mais facilmente implementadas nas nuvens públicas. Irão operar em ambientes híbridos. Essa característica possui a vantagem de manter os níveis de serviço mesmo que haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. por exemplo. política e considerações sobre flexibilidade. Podemos entender com ambientes híbridos. Como o próprio nome indica.28 recursos de TI em uma nuvem pública e os aplicativos ou infraestruturas mais críticos em uma nuvem privada. Fonte: Marinos e Briscoe (2009). . Para Marinos e Briscoe (2009) os atores podem assumir vários papéis ao mesmo tempo de acordo com os interesses. gerenciar e monitorar toda a estrutura para a solução de computação em nuvem. sendo que apenas o provedor fornece suporte a todos os modelos de serviços. podem-se classificar os atores dos modelos de acordo com os papéis desempenhados. A Figura 4 destaca de forma clara estes papéis: Figura 4 – Papéis na Computação em Nuvem. acesso e perfil para os diferentes usuários que estão envolvidos e fazem parte de uma solução de computação em nuvem. mas com acesso restrito a uma corporação ou grupo. Os papéis são importantes para definir responsabilidades. deixando o desenvolvedor e o usuário final sem esse tipo de responsabilidade e fornecendo serviços nos três modelos de serviços. sem compartilhar os recursos de TI com outras empresas. Os desenvolvedores utilizam os recursos fornecidos e disponibilizam serviços para os usuários finais.29 características de computação em nuvem. O provedor é responsável por disponibilizar. Para entender melhor a computação em nuvem. Esta organização em papéis ajuda a definir os atores e os seus diferentes interesses. 5 Escalabilidade de nuvens Segundo Chirigati (2009): As aplicações desenvolvidas para uma nuvem precisam ser escaláveis.30 Complementando Marinos e Briscoe (2009): O provedor é responsável por disponibilizar. deixando o desenvolvedor e o usuário final sem esse tipo de responsabilidade e fornecendo serviços nos três modelos de serviços. 1. ou seja. Os desenvolvedores utilizam os recursos fornecidos e disponibilizam serviços para os usuários finais. Uma nuvem escalável horizontalmente tem a capacidade de conectar e integrar múltiplas nuvens para o trabalho como uma nuvem lógica. gerenciar e monitorar toda a estrutura para a solução de computação em nuvem. Porem para os usuários a escalabilidade deve ser transparente. Uma nuvem escalável verticalmente pode melhorar a própria capacidade. De acordo com Chirigati (2009) diante deste cenário podemos imaginar a computação em nuvens como uma enorme rede de nós que precisa ser escalável. Os atores podem assumir vários papéis ao mesmo tempo de acordo com os interesses. Complementando Chirigati (2009): A escalabilidade pode ser dividida em horizontal e vertical. Esta organização em papéis ajuda a definir os atores e os seus diferentes interesses. por este motivo a escalabilidade é uma característica fundamental na computação em nuvem. . sendo que apenas o provedor fornece suporte a todos os modelos de serviços. de forma que os recursos utilizados possam ser ampliados ou reduzidos de acordo com a demanda do cliente. incrementando individualmente seus nós existentes. eles não precisam saber onde estão armazenados os dados e de que forma eles serão acessados. bibliotecas de programação e linguagens de programação. esta a camada de aplicação. Fonte: Marinos e Briscoe (2009). Desktops são computadores de mesa. suportes a workflows24. ou seja. sendo que cada uma destas trata de uma particularidade na disponibilização de recursos para as aplicações. Figura 5 – Arquitetura de computação em nuvem. Nesta camada de desenvolvimento os usuários finais não tem acesso. A figura 4 esboça as camadas da arquitetura de computação em nuvem.6 Arquitetura Segundo Machado et al (2009) a arquitetura de computação em nuvem é baseada em camadas. Encontramos nestes ambientes interfaces mashups23. Acima das duas camadas anteriores. desktops22 e outros recursos de hardware. que é a camada de interesse do usuário. podendo ter recursos heterogêneos.31 1. 23 Mashup é um site personalizado ou uma aplicação web que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo 24 Fluxos de trabalho. De acordo com Machado et al (2009) a camada de plataforma esta acima da camada de infraestrutura e provê os serviços para que as aplicações possam ser desenvolvidas. componentes. Clusters ou aglomerado de computadores é formado por um conjunto de computadores. clusters21. Nesta camada temos os data centers. A mais baixa das camadas é a de infraestrutura através dela que os prestadores de infraestrutura disponibilizam os serviços de rede e armazenamento da nuvem. implementadas. pois é através dela que eles utilizam os aplicativos. testadas e trazidas para o ambiente da nuvem pelos prestadores de serviços. os desenvolvedores das soluções para computação em nuvem. 22 21 . recursos de programação concorrente e distribuída. sendo ela destinada aos usuários mais experientes. Como principais fornecedores destes serviços. 26 Google Talk é um serviço de mensagens instantâneas e de VoIP desenvolvido pela empresa Google 27 Amazon S3 é o armazenamento para a Internet. 25 . planilhas e apresentações. comunicador instantâneo. Para Taurion (2009) entre estes podemos destacar alguns dos aplicativos que fazem parte do pacote de serviços Google Docs25. 29 Live Mesh é o sistema de sincronização da Microsoft que permite que arquivos e pastas sejam compartilhadas e sincronizadas em vários dispositivos. 26 Estes serviços são gerenciados pelos servidores da Google. ou seja. Google. nos servidores da Microsoft. sua proposta principal é a de permitir que o usuário acesse seu desktop de qualquer computador. a empresa tem disponibilizado de forma gratuita ou paga. tendo uma enorme capacidade de armazenamento e processamento de dados. pioneira na disponibilização serviços na camada de aplicação. 28 Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2) é um serviço web que oferece capacidade computacional redimensionável na nuvem. serviços de agenda. Ainda para Taurion (2009) a Microsoft disponibiliza o Live Mesh29. usuário tenha apenas acesso a internet e uma conta de usuário. sendo necessário que o Google Docs é um serviço do Google para uso de domínios próprios em diversos produtos oferecidos pela rede Google.32 1. onde o usuário pode encontrar aplicativos de edição de textos. Ele foi desenvolvido para facilitar a web-escala de computação para os desenvolvedores. com a diferença que os arquivos estarão sendo armazenados dentro da nuvem. Ele é projetado para tornar web escala de computação mais fácil para os desenvolvedores. a empresa entrou no mercado oferecendo serviços como o Simple Storage Solution-S327. e o Elastic Compute Cloud28. planilhas e apresentações. o conceito de computação em nuvem já é comum em algumas das empresas mais famosas da internet. serviço que permite aos usuários alugarem computadores virtuais para a execução de suas aplicações. como o Google Agenda. para o armazenamento de dados. onde o usuário pode encontrar aplicativos de edição de textos. algumas empresas brasileiras como a Datasul e Aprex. como o Google Talk. Amazon. através do conceito de computação em nuvem. podemos destacar as seguintes empresas e seus serviços já ofertados. Também podemos relacioná-las nesta nova modalidade de prestação de serviços.7 Exemplos Segundo Taurion (2009) apesar de ser um modelo bem recente no mercado de TI. de acordo com a quantidade de usuários. Fonte: Meneses (2011). Figura 6 – Exemplos de Computação em Nuvem. mas não possui nenhum dos servidores de que precisa. não precisa se preocupar com espaço em disco nem processamento. 2009). pois. descobriu que poderia ganhar dinheiro e vender sua infraestrutura desde o inicio e falando de usuários domésticos tende a aumentar o uso. A figura 6 demonstra as principais empresas que oferecem serviços de computação em nuvens. Complementando Taurion (2009): Outro exemplo. . pois os sistemas funcionam através de equipamentos alugados nos Estados Unidos (Nogueira e Pezzi. a Amazon que de forma pioneira. o PC pode ser apenas um chip ligado em um monitor com um navegador para se conectar a Internet.33 De acordo com Taurion (2009) já a empresa brasileira SambaTech trafega milhares de DVD’s por mês. criptografia. netbooks 30 31 ou até mesmo em smartphones . No que diz respeito à confiabilidade e responsabilidade. sistemas operacionais. pois estes podem ser processados fora das empresas. Segundo Agrawal et al (2009) a computação em nuvem é um modelo que utiliza a Internet para disponibilizar seus serviços.8 Desafios da segurança Segundo Taurion (2009) um dos assuntos muito discutido em computação em nuvem é a segurança. confidencialidade e integridade. Dois desafios devem ser perfeitamente endereçados em um ambiente de computação em nuvem: a gestão da segurança e privacidade e a gestão dos equipamentos móveis. o provedor deve fornecer recursos confiáveis. numa tradução livre do inglês) é um telemóvel com funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por meio de programas executados por seu sistema operacional. software. entre outros. especialmente se a computação a ser realizada é crítica e deve existir uma delimitação de responsabilidade entre o provedor e o usuário. De acordo com Agrawal et al (2009): Questões de segurança devem ser consideradas para prover a autenticidade. Isso se torna mais complexo visto que os recursos computacionais utilizam diferentes domínios de redes. Laptop no Brasil é chamado de notebook ou computador portátil leve. devem-se ter meios para impedir o acesso não autorizado a informações e que os dados sensíveis permaneçam privados. 31 Netbook é um termo usado para descrever uma classe de computadores portáteis tipo subnotebook com características típicas: peso reduzido. Complementando Taurion (2009): A segurança em computação em nuvem começa no navegador que é o ponto de entrada de acesso nas nuvens e pode estar rodando em desktops. políticas de segurança. 30 . Os procedimentos 32 de segurança em computação em nuvem serão muito diferentes dos usados atualmente pelos firewalls. laptops . projetado para ser transportado e utilizado em diferentes lugares com facilidade. dimensão pequena ou média e baixo custo. 32 Smartphone (telefone inteligente.34 1. Dessa forma. 35 Em Agrawal et al (2009) é apresentado uma abordagem segura e escalonável para preservar a privacidade. É utilizada uma estratégia de distribuição dos dados em vários sítios do provedor e técnicas para acessar as informações de forma secreta e compartilhada em vez de utilizar a criptografia, que é computacionalmente caro. Para Cooper et al (2009) cada sistema em geral tem seu próprio, modelo de dados e política de privacidade destes dados. Complementando Cooper et al (2009): Quando ocorre a movimentação de dados entre sistemas, deve-se garantir a privacidade dos dados mesmo com a mudança entre modelo de dados diferente e que aplicações multi-inquilino acessem dados de outras aplicações apenas de acordo com as políticas definidas. Técnicas de criptografia podem ser utilizadas para garantir a privacidade dos dados. No entanto, estas técnicas têm implicações significativas de desempenho de consultas em SGBD’s. Dessa forma, alternativas para a integração de técnicas de criptografia com SGBD’s devem ser investigadas e desenvolvidas, já que a complexidade computacional da criptografia de dados aumenta o tempo de resposta da consulta. Segundo Brodkin (2008) a computação em nuvem tem atributos únicos que demandam análise de risco em áreas como integridade de dados, recuperação e privacidade, e avaliação de questões legais em áreas como: e-discovery33, compliance34 e auditoria. Alem disto descreve em relatório do instituto Gartner, que a computação em nuvem está repleta de riscos de segurança. Em primeiro lugar no relatório de riscos de segurança em computação em nuvem, está acesso privilegiado de usuários. Dados sensíveis sendo processados fora da empresa trazem, obrigatoriamente, um nível inerente de risco. Os serviços terceirizados fogem de controles físicos, lógicos e de pessoal, que as áreas de TI criam em casa. Gartner (2008) diz em relatório que devemos E-discovery refere-se a qualquer método de busca, pesquisa, localização e obtenção de dados e informações eletrônicos com a intenção de utilizá-los como evidências, em um processo judicial. 34 Compliance é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer. 33 36 conseguir o máximo de informação que você precisa sobre quem vai gerenciar seus dados. Para Brodkin (2008) em segundo lugar no relatório de riscos de segurança em computação em nuvem, está o compliance com regulamentação. As empresas são as responsáveis pela segurança e integridade de seus próprios dados, mesmo quando essas informações são gerenciadas por um provedor de serviços. Estes provedores de serviços tradicionais estão sujeitos a auditores externos e a certificações de segurança. Em Terceiro lugar no relatório dos principais riscos de segurança em computação em nuvem está a localização dos dados. Quando uma empresa está usando a computação em nuvem, ela provavelmente não sabe exatamente onde os dados estão armazenados, nem ao menos o país em que estão os Data Centers. Complementando Gartner (2008): Pergunte aos fornecedores se eles estão dispostos a se comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições específicas. E, mais, se eles vão assumir esse compromisso em contrato de obedecer os requerimentos de privacidade que o país de origem da empresa pede. De acordo com Brodkin (2008) o quarto risco de segurança em computação em nuvem, está a segregação dos dados. Dados de uma empresa na nuvem dividem tipicamente um ambiente com dados de outros clientes. A criptografia é efetiva, mas não é a cura para tudo, esta por sua vez apenas mitiga o risco. Complementando Gartner (2008): “Descubra o que é feito para separar os dados. O fornecedor de computação em nuvem pode fornecer a prova que a criptografia foi criada e desenhada por especialistas com experiência. Acidentes com criptografia pode fazer o dado inutilizável e mesmo a criptografia normal pode comprometer a disponibilidade dos serviços”. Em quinto lugar no relatório está a recuperação dos dados. Qual a garantia destes dados para o cliente em caso de um desastre. Mesmo se a empresa não 37 sabe onde os dados estão um fornecedor de computação em nuvem devem saber o que vai acontecer se isto ocorrer Complementando Gartner (2008): “Qualquer oferta que não replica os dados e a infra-estrutura de aplicações em diversas localidades está vulnerável a falha completa. Pergunte ao seu fornecedor se ele tem a habilidade de fazer uma restauração completa e quanto tempo vai demorar”. Em sexto lugar no relatório está o apoio à investigação. A investigação de atividades ilegais pode se tornar impossível em computação em nuvem. Complementando Gartner (2008): “Serviços nas nuvem são especialmente difíceis de investigar, por que o acesso e os dados dos vários usuários podem estar localizados em vários lugares, espalhados em uma série de servidores que mudam o tempo todo. Se não for possível conseguir um compromisso contratual para dar apoio a formas específicas de investigação, junto com a evidência de que esse fornecedor já tenha feito isso com sucesso no passado.” Para Brodkin (2008) o ultimo risco de segurança em computação em nuvem, está viabilidade em longo prazo. No mundo ideal, o seu fornecedor de computação em nuvem jamais vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. Mas a empresa precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso isso aconteça. Complementando em seu relatório Gartner (2008) diz “pergunte como você vai conseguir seus dados de volta e se eles vão estar em um formato que você pode importá-lo em uma aplicação substituta”. 1.9 Modelos de serviço A seguir, segue as três principais modalidades de serviços oferecidos em computação em nuvem. Esse tipo de serviço é executado e disponibilizado por servidores em Data Centers de responsabilidade de uma empresa desenvolvedora. ficarão pelo caminho. atualização e suporte. Thin Client. Para o NIST (2011) a capacidade fornecida ao consumidor é usar as aplicações do fornecedor que funcionam em uma infraestrutura da nuvem. Segundo Aulbach.110) migrar para o mundo SaaS não será uma transição fácil e muitas empresas de software estabelecidas. prevê que o fornecedor do serviço responda pela manutenção.9. (2009): Um mesmo software pode ser utilizado por múltiplos usuários. no qual. p. são hospedados por um fornecedor ou um provedor de serviço terceirizado que permite aos clientes acessarem esse aplicativo por meio de uma rede. de modo que depende primariamente de um servidor central para o processamento de atividades. sistemas operacionais. servidores.38 1. disponibiliza-o a um custo baixo a uma grande quantidade de usuários. ou mesmo capacidades de aplicação individual. armazenamento. com a possível exceção de limitada aplicação específica e definições de configuração de utilizadores Segundo Taurion (2009. O consumidor não administra ou controla a infraestrutura básica.1 Software como serviço (SaaS) Trata-se de um modelo de distribuição de softwares. Complementando o NIST (2011): As aplicações são acessíveis dos vários dispositivos do cliente através de uma relação do thin client 35 tal como um navegador de internet. 35 . Este modelo também é conhecido no mercado como software como serviço (software as a service – SaaS). sejam pessoas ou empresas. ou seja. incluindo nuvens de rede. principalmente as de menor capacidade de investimento. normalmente a internet. o software é desenvolvido por uma empresa que ao invés de vendê-lo ou usá-lo para beneficio exclusivo. ou cliente magro é um computador cliente em uma rede de modelo cliente-servidor de duas camadas o qual tem poucos ou nenhum aplicativo instalados. (2009). Velte e Elsenpeter. dispensando a aquisição de licença de softwares. permite controlar conforme as necessidades de uso.39 Para o NIST (2011) o SaaS representa os serviços de mais alto nível disponibilizados em uma nuvem. destaca-se: . sua implantação não requer uma equipe de TI dedicada. no que se trata de licença de software. Comparando com o modelo atual onde o cliente instala o software no computador pessoal. Figura 7 – Arquitetura de uma aplicação SaaS. Os prestadores de serviços disponibilizam o SaaS na camada de aplicação. De acordo com SUN et al (2007) existem grandes vantagens de utilização desse conceito para o consumidor. pois o software ira rodar no servidor. podemos destacar as seguintes vantagens: o cliente não precisa se preocupar com a infraestrutura. Esses serviços representam as aplicações completas que são oferecidas aos usuários. assim o SaaS traz a redução de custos. Fonte: Velte. Para SUN et al (2007) software como serviço é um conceito sobre a implementação de um mesmo software que pode ser adquirido por múltiplos usuários. o que leva a rodar inteiramente na nuvem e pode ser considerado uma alternativa a rodar um programa em uma máquina local.a alta disponibilidade – os arquivos . 40 e sistemas podem ser acessados remotamente de qualquer local. -a implantação rápida – o sistema já está disponível remotamente. . Não há obrigatoriedade da interface base como em um sistema de software convencional. conforme as empresas desenvolvedoras vão se consolidando. Figura 8 – Comparação de pacotes de software tradicional e de SaaS. Segundo Melo et al (2012) a figura 8 descreve a comparação de características entre os modelos de pacotes de software tradicional e de software como serviço. . alternativas para que essas limitações sejam superadas estão sendo encontradas. o investimento é feito por assinatura.a customização – pode ser adaptado ao cliente por ele mesmo.a precificação simplificada – pagando-se apenas pelo que for necessário para utilização. Fonte: Melo et al (2012). . tornando necessário somente a liberação de novos usuários. .a descentralização – pode ser utilizado a partir de qualquer ponto que atenda todas as necessidades ao acesso remoto. De acordo com SUN et al (2007) existem por outro lado algumas limitações encontradas na computação em nuvem – como os cuidados com segurança já que os arquivos ficam em servidores de terceiros e a necessidade da internet. Mas. base de dados e recursos de mensagem. 36 . Segundo o NIST (2011) a capacidade prevista para o consumidor é a prestação de transformação. recursos. eventualmente. switches . podendo oferecer informações. armazenamento. mas tem controle sobre os sistemas operacionais. armazenamento. e. no qual o cliente paga apenas pelos serviços utilizados e pode. 36 37 38 O consumidor não administra ou controla a infraestrutura de nuvem subjacente.2 Infraestrutura como serviço (IaaS) Trata-se de um modelo onde o usuário contrata o Data Center e a infraestrutura de hardware e software pela internet ou intranet. sistema operacional. como uma interface única para administração da infraestrutura. Todas as tecnologias que compõem a infraestrutura da empresa podem ser utilizadas para o acesso. o controle limitado de componentes de rede selecionar. redes e outros recursos computacionais. 37 Host é qualquer máquina ou computador conectado a uma rede. 38 Switch é um dispositivo utilizado em redes de computadores para reencaminhar módulos (frames) entre os diversos nós. Pelo uso de um modelo de pagamento elástico.9. aplicativos implantados. o IaaS tem ganho espaço.41 1. aumentar ou reduzir os serviços contratados da forma que necessitar. O provedor pode oferecer servidor. roteadores e o suporte para a adicionar novos equipamentos de forma simples e transparente. armazenamento em disco. a aplicação API (Application Programming Interface ) para interação com hosts . mas apenas usar seus serviços. De acordo com NIST (2011): Application Programming Interface (ou Interface de Programação de Aplicativos) é um conjunto de rotinas e padrões estabelecidos por um software para a utilização das suas funcionalidades por aplicativos que não pretendem envolver-se em detalhes da implementação do software. que podem incluir sistemas operacionais e aplicativos. fundamental que o consumidor seja capaz de implantar e executar programas arbitrários. serviços e aplicações aos usuários ou outros nós na rede. facilmente. Para NIST (2011): O IaaS traz algumas características. que requer negociações e contratos com fornecedores de infraestrutura. roteadores. Citamos como exemplo de IaaS o Amazon EC2 (Elastic Cloud Computing) e o Eucalyptus39 (Elastic Utility Computing Architecture Linking Your Programs To Useful Systems). Ou seja. sem se preocupar com a hospedagem das operações e a manutenção da infraestrutura. ao invés de adquirir espaço físico. Para Maluli (2010): Os fornecedores de IaaS gerenciam a transição e a hospedagem de aplicações em suas infraestruturas. plataformas de computação altamente seguras. Também é responsável por prover toda a infraestrutura necessária para a SaaS e o PaaS. Segundo Maluli (2010) ao contrário da terceirização tradicional (outsourcing). os clientes da IaaS essencialmente alugam estes recursos de provedores como um serviço terceirizado completo. O IaaS é baseado em técnicas de virtualização de recursos de computação. custos baixos devido à redução de investimentos em capital e infraestrutura. protegidas e isoladas contra violações. não será necessário a aquisição de novos servidores e equipamento de rede para a ampliação de serviços. pois é de acordo com suas necessidades. habilidade em gerenciar oscilações de demandas (picos e vales). padronizado e otimizado para as aplicações dos clientes. Geralmente o serviço é cobrado em base mensal e o cliente paga somente pelo que consumir de recursos. Eucalyptus (Elastic Utility Computing Architecture Linking Your Programs To Useful Systems) é uma plataforma de software para a implementação de privada de computação em nuvem em clusters de computadores 39 . a IaaS é centrada em um modelo pré-definido. Observando do lado da economia. e os clientes mantêm a propriedade e o gerenciamento das aplicações. sistemas de armazenamento e outros recursos de computação. software e equipamento de rede em centros de processamento de dados (Data Center). nestes serviços podemos incluir servidores. Complementando Maluli (2010) cita ainda alguns benefícios dessa arquitetura: uso de tecnologias atuais para equipamentos de infraestrutura. servidores.42 O IaaS traz os serviços oferecidos na camada de infra-estrutura. Resumidamente é a entrega da infraestrutura de computação como um serviço em um ambiente típico de plataforma virtualizada. o PaaS fornece a infraestrutura necessária para que os desenvolvedores de software construam novos aplicativos ou aumentem as funcionalidades de soluções já existentes. linguagens de programação e ambientes de desenvolvimento para as aplicações. criando uma plataforma que agiliza esse processo.43 1. hospedar e gerenciar aplicações em função de suportar o ciclo de vida do desenvolvimento de aplicações. Também fornece um sistema operacional. Segundo Maluli (2010) são serviços (interface nas nuvens para criação de ferramentas). implantar. conformes padrões. Ajuda a remover as JavaScript é uma linguagem de programação utilizada para criar pequenos programinhas encarregados de realizar ações dentro do âmbito de uma página web. auxiliando a implementação de softwares. já que contém ferramentas de desenvolvimento e colaboração entre desenvolvedores. como para os desenvolvedores independentes de software e empresas que desenvolvem soluções para nichos verticais. A plataforma como serviço é atraente tanto para empresas que precisar criam aplicativos customizados.9. Fornece algum nível de suporte para simplificar a criação de interfaces de usuários. e a oportunidade para desenvolvedores terem uma visão melhor de suas aplicações e do comportamento de seus usuários.3 Plataforma como serviço (PaaS) Trata-se de um modelo menos difundido de computação em nuvem. tais como as linguagens HTML ou JavaScript40 Complementando Maluli (2010): Outras características são a integração com servidores Web e bancos de dados. 40 . Complementando o NIST (2011): O PaaS oferece uma infraestrutura de alto nível de integração para implementar e testar aplicações na nuvem. Para o NIST (2011) o PaaS tem por objetivo facilitar o desenvolvimento de aplicações destinadas aos usuários de uma nuvem. para desenvolver. testar. 44 preocupações de desenvolvimento de Software em relação ao uso de aplicações por muitos usuários concorrentes. . 1 EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE Definição De acordo com o SEBRAE (2012) existem pelo menos três formas de identificar uma empresa PME (de pequeno e médio porte).000. quantidade de funcionários ou ate mesmo pelo faturamento anual.00 (Duzentos e Quarenta Mil Reais) e igual ou inferior a R$ 2. não alteram os problemas básicos dos administradores e . De acordo com Drucker (1981): O tamanho não modifica a natureza de uma empresa ou os princípios de sua administração. Fonte: Chiavenato (2009). Isto é possível analisando dados como.400.00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).400.000. e igual ou inferior a R$ 60. como segue abaixo na figura 9: Figura 9 – Classificação SEBRAE sobre o tamanho das empresas.000. receita operacional bruta.45 2 2.000.00 (sessenta milhões de reais). Mantendo os dados do SEBRAE e RFB as empresas de médio porte são aquelas que empregam de 100 a 499 funcionários e geram um faturamento superior a R$ 2.000.00 (Dois Milhões e Quatrocentos Mil Reais). é caracterizada como uma empresa de pequeno porte aquela que emprega de 20 a 99 funcionários e gera um faturamento anual superior a R$ 240. Ainda segundo dados do SEBRAE e a RFB. geralmente. dados do SEBRAE (2003. as PME’s são as que mais empregam.5% no PIB. No Brasil.1 milhões de empresas no país são PME’s (SEBRAE. Estes dados divulgados no site do SEBRAE evidenciam que a PME representa grande parte do total de empresas no Brasil. 2010). como também apresenta problemas distintos e deficiências típicas. Complementando Drucker (1981): Cada um dos estágios do tamanho de uma empresa não só exige uma estrutura administrativa específica. Acrescenta que o maior problema das empresas pequenas e médias é que. não afetam a administração do trabalho e do trabalhador. De acordo com o IBGE. gerando 60% dos empregos formais e cerca de 20% do PIB. Mas o tamanho afeta a estrutura administrativa. O mercado interno brasileiro vem apresentando um forte crescimento principalmente nos últimos 15 anos. O SEBRAE destaca em 2007 “as micro e pequenas empresas representam para a economia brasileira 98% das empresas formalmente estabelecidas.46 ainda. são pequenas demais para manter a administração de que precisam. pois cada tamanho exige um comportamento e uma atitude diferente dos órgãos administrativos. Este fato tem paralelamente favorecido o crescimento de pequenas e médias empresas Observa-se que essa classificação tem derivações diferentes em se tratando de indústrias ou prestadoras de serviços conforme demonstrado da tabela a seguir: . em 2010 fechou com crescimento de 7. Os cargos de cúpula destas empresas exigem uma versatilidade maior que as posições correspondentes nas grandes empresas. 2008) cerca de 98% das cerca de 5. não integrada e dominada por incompatibilidade entre sistemas. Para Buonanno et al (2002) as pequenas empresas possuem pouco conhecimento técnico. Esse processo demanda esforço e aprendizagem pela experiência. Bharadwaj (2000) afirma que apenas injetando dinheiro em máquinas e equipamentos e comprando sistemas. conectividade externa e serviços de infraestrutura que envolve indicadores do número de microcomputadores por empregado e conectados. o contrário uma infraestrutura inadequada. a infraestrutura física de TI é composta pelas tecnologias de informação e comunicação.2 Infraestrutura de TI e a PME Segundo Souza (2004). processos interfuncionais e oportunidades de vendas cruzadas. restringe severamente as opções de negócio de uma empresa. Uma boa infraestrutura pode permitir iniciativas tais como a melhoria no ciclo de entrega. o que representa um fator limitante para a implantação de projetos de TI. velocidade de conexão da internet e estratégias de segurança. Para o autor. a infraestrutura de TI é composta de conectividade interna. . Confirmando essa ideia. De acordo com Bharadwaj (2000). pode-se considerar difícil para as organizações com infraestruturas de TI defasadas alcançarem níveis de integração desejados. Segundo Weill e Broadbent (1998). Weill e Broadbent (1998) afirmam ainda: Embora os 41 diversos componentes de uma infraestrutura sejam “commodities ”.47 2. Os resultados obtidos em implantações de sistemas de informação são muito diferentes entre médias e pequenas empresas. os processos gerenciais necessários para integrá-los em uma infraestrutura customizada ao contexto estratégico de uma empresa são recursos bastante escassos. pelas plataformas técnicas e de banco de dados compartilháveis. 41 Mercadoria. as empresas desenvolvem as suas infraestruturas de TI ao longo de toda a organização e interligam parceiros. não permitindo gastos altos cujo retorno seja em longo prazo. Complementando Taurion (2009): “Com a computação em nuvem esta empresa não precisa ter este parque de computadores instalado em seus escritórios. às perspectivas de ganhos ligadas a melhor utilização da infraestrutura. A empresa fica refém do fornecedor da infraestrutura. enquanto nos demais períodos toda essa capacidade computacional se torna pouco utilizada. Não paga pela capacidade instalada ociosa como fazia no modelo anterior”. outros por receio de serem substituídos e alguns por dificuldade em utilizar esta nova ferramenta. De acordo com Souza (2004) alem deste fator limitante também destacou alguns fatores que afetam a implementação da infraestrutura de TI. que pode se mostrar. entre eles estão os aspectos financeiros – o orçamento destas empresas é limitado. com o passar do tempo.48 Taurion (2009) exemplifica de modo interessante. Ela adquire a quantidade de capacidade necessária e apenas paga por este uso. A falta de conhecimento técnico pode levar as empresas a adquirir uma infraestrutura fechada com manutenção e suporte exclusivos e extremamente caros. A grande dificuldade para convencer as pequenas empresas em investir em infraestrutura em TI é que não é fácil medir o retorno obtido. no caso de uma empresa de comércio eletrônico que faz a venda de produtos pela internet. como épocas de Natal e Dia das Mães. Neste exemplo. é o treinamento de funcionários – o treinamento para uso desta nova infraestrutura demanda tempo e dinheiro e nem todos se adaptam a ela. Também devido ao pouco conhecimento técnico em TI as PME’s podem cometer erros ao adquirir uma infraestrutura subdimensionada ou superdimensionada ao projeto que deseja . Segundo Souza (2004) o conhecimento técnico sem duvida é outro fator que afeta a implementação da infraestrutura de TI. Alguns por receio de serem sobrecarregados com trabalho extra. Para Souza (2004) outro fator que afeta a implementação da infraestrutura de TI. limitada e defasada tecnologicamente. a empresa precisaria de um parque computacional nos períodos de grande demanda. 49 implementar. Esta última razão pode ser minimizada com a adoção da computação em nuvem. ele afirma que a pouca familiaridade das pequenas e medias empresas com a tecnologia da informação pode ser um importante nicho de mercado para fornecedores de soluções de TI. O que representa além do custo imediato na aquisição dos equipamentos. Ainda para Souza (2004) apesar dessas dificuldades. estes fatores tornam-se limitantes ou impeditivos para o uso da computação em nuvem. Além disso. 64% das MPE não se informatizam por falta de conhecimento sobre os benefícios que a TI. Verifica-se também que apenas 71% dos microcomputadores das MPE estão conectadas a internet. custos adicionais desnecessários de manutenção e suporte do sistema. . e 44% porque não querem comprometer o seu capital de giro. Observa-se que o percentual das micro e pequenas empresas que utilizam microcomputador é baixo. Fonte: Adaptado de SEBRAE (2010). 55% usa apenas um microcomputador. Na figura 10 apresenta características de uso da TI pelas pequenas e medias empresas. Estes podem oferecer serviços relacionados à infraestrutura física. Figura 10 – Características de uso da TI pela MPE. sistemas e recursos humanos que são necessários para que as PME’s atinjam seus objetivos. Sem duvidas. destas que utilizam. e acham que requer elevados investimentos. ou em empresas terceirizadas para essa finalidade. Ainda para Technologies (2011) a recuperação técnica está em quinto lugar nesta classificação dos chamados. como a configuração de telas. ou seja. como por exemplo. A seguir estão apresentadas algumas categorias de classificação dos chamados técnicos. bem como treinamentos sobre determinados processos utilizando o sistema. Em quarto lugar nesta classificação. Geralmente. e as mesmas são identificadas e anotadas em um chamado. esses chamados são classificados com base em políticas de atendimento de suporte. Este grupo. memórias exauridas ou então perda de pacotes do tráfego da rede. bem como a orientação da instalação dos sistemas nos terminais. Para Technologies (2011) em primeiro lugar nesta classificação dos chamados técnicos. está a instalação – nesse grupo encaixase a instalação do software no servidor do cliente. Em segundo lugar nesta classificação dos chamados técnicos. surgem várias sugestões de melhoria. Em último lugar na classificação dos chamados. ou sequência de rotinas a serem feitas. têm como finalidade a recuperação dos bancos de dados corrompidos por panes ou falhas ou então otimização do mesmo. adota um modelo de software pronto. estão as falhas de software – nesse grupo estão os chamados que são identificados como falha no sistema. está a orientação técnica – nesse grupo identificam-se os chamados que têm a finalidade de orientar o uso do software.50 Segundo Technologies (2011) os sistemas de suporte à infraestrutura de TI são baseados em chamados técnicos aberto pelos usuários em departamentos de TI das empresas. 42 Proxy é um servidor intermediário que atende a requisições repassando os dados do cliente à frente . destaca-se o parque de hardware – nesse grupo se encaixa fatores externos que de alguma forma que prejudica ou causa erros na utilização do sistema. o bloqueio por antivírus ou proxy42 entre outros fatores físicos dos componentes envolvidos no sistema computacional. estão as melhorias e atualizações – como a empresa não trabalha com customização do software. De acordo com Technologies (2011) em terceiro lugar na classificação dos chamados. preços mais competitivos. O processo de globalização se aprofunda proporcionalmente à interpenetração das redes de produção e se expande pelo mundo de maneira que os elos entre as condições da força de trabalho de diferentes países se aproximam. associação de empresas com o intuito de juntas aumentarem o poder de barganha perante seus fornecedores. 2.3 A PME no mundo globalizado Segundo Castells (2006) o mundo globalizado e as novas tecnologias demandam novas definições ao mundo empresarial. conquistando assim. investindo sempre na melhoria de seus produtos e serviços e dando maior atenção a formação de profissionais que possam contribuir para este . a valorização da flexibilidade e da agilidade. permite que estas tenham uma maior oportunidade nas inovações. as quais facilitam ações rápidas de adaptação a novas mudanças. Portanto. auxiliando-as a permanecer no mercado o qual muda constantemente. ano a ano vêm demonstrando grande crescimento econômico. possibilitando uma igualdade na concorrência com as grandes empresas. As iniciativas inovadoras das PME’s visam à continuidade e alcance de crescimento. pois possibilita que as PME’s ganhem mercado a cada dia. as PME’s através desta nova visão vêm constantemente buscando a união através de redes de associados. ficando cada vez menos distinta em termos de qualificações especializadas e tecnologia.51 2. Motivadas pelo cenário estável da economia de nosso país as PME’s atualmente são de extrema importância ao sistema econômico do nosso país. ou seja. A atual estabilidade da moeda e o controle inflacionário de nosso país permitiram o crescimento destas empresas auxiliando bastante o sucesso dos negócios. Esta atual busca vem dando resultados positivos.4 O crescimento da PME através da inovação Segundo Castells (2006) na maioria das vezes as PME’s possuem atividades diversificadas e estruturas flexíveis. pois estas. De acordo com Souza (2009) a competição entre os funcionários é uma das formas também utilizadas pelas PME’s para que possam alcançar o crescimento. Segundo (Souza. atraindo maior número de clientes satisfeitos. onde as negociações e transferências de fundos são eletrônicas. especialmente através da internet. Grande parte das PME’s atuam também no comercio varejista e na sua busca incessante pelo crescimento. traz benefício direto à empresa . maior rendimento para estas empresas. e com isto. e esta. no qual se encontra em grande crescimento nos últimos anos. para isto todos os esforços de uma empresa estão voltados à satisfação de seus clientes e associados. a qual leva a empresa há uma maior visão e futuro. motivado pelo grande crescimento de usuários da rede de computadores. Para garantir a permanência atualmente das empresas em um mercado cada vez mais acirrado é de extrema importância à melhoria constante de produtos e serviços a fim de satisfazer o mercado. obriga-se faz com que estas empresas procurem produzir produtos e serviços que possam suprir estas necessidades. também conhecido como e-commerce43. .52 crescimento com ideias e tecnologias inovadoras. depara-se com um novo mercado. 43 E-Commerce é a realização de compras e transferências de fundos eletronicamente. Para Souza (2009) com este considerado crescimento novas empresas são criadas a cada dia para suprir o comércio eletrônico. estas empresas reduzem em muito seus custos de operação e de necessidade de capital. o do comercio eletrônico. pois neste mercado não se faz necessário o uso de grandes instalações para atender aos clientes ou de grande número de funcionários para manter suas atividades. é sempre estimulada.aumento da produtividade. desempenhando suas atividades exclusivamente para atender a este mercado. no qual. pois com o aumento da competição. 2009): Esta inovação nas pequenas e médias empresas dá-se através da percepção de necessidades do mercado. pois trabalhando apenas por meio eletrônico. logística. . o que traz bastante vantagem às PME’s. podendo prestar serviços mais personalizados aos seus clientes. Eles são sistemas independentes da plataforma e a arquitetura do software interage em todos ou na maior parte do fluxo de informações de atividades de uma empresa. através do programa SEBRAETEC – serviço em inovação e tecnologia. sendo o ERP um dos mais utilizados. como fabricação.1 ERP . pretende disponibilizar cerca de 800 milhões de reais até 2013. pois através do meio eletrônico esta diferença não é notada. Um ERP pode apresentar diversos módulos de gestão de serviços. Com isto algumas iniciativas propõem que a inovação ganhe um crescimento simultaneamente com o mercado. O SEBRAE é um exemplo disso. ERP é um termo que se refere a um conjunto de atividades executadas por um software integrando dados de diversas áreas com o objetivo de integrar todos os setores de uma empresa. para incentivo a inovação nas PME’s. principalmente as do setor de varejo. Complementando a Pesquisa GEM (2010) os pequenos e médios empreendedores buscam mais alternativas para suporte no avanço de suas atividades. No inicio de 2010 visando facilitar o acesso a crédito e subsidiar parte do investimento para serviços tecnológicos. De acordo com a Pesquisa GEM (2010) quando a PME brasileira pensa em inovar.Enterprise Resource Planning Segundo Nogueira e Pessoa (2006) a maioria das grandes empresas utiliza algum tipo de sistema integrado. clientes e fornecedores.53 As PME’s. 2. além de técnicas apropriadas para a gestão empresarial. Para Nogueira e Pessoa (2006) tem-se um módulo central que interage com os vários módulos de uma arquitetura ERP.4. se depara com problemas tributários e também com o desconhecimento de incentivos e parcerias com instituições de ensino e pesquisas. finanças e recursos humanos. vêem no comércio eletrônico a chance de poder diminuir a grande diferença de capital entre elas e às grandes empresas. proporcionando a administração de recursos. A acumulação de capacidade tecnológica está vinculada a uma série de fatores internos e externos às empresas. na execução de novos projetos. capazes de afetar a sua competitividade. facilitando o gerenciamento das informações. e compreende “as capacidades de adquirir. Segundo Rocha (1996) para os fatores internos. assimilar. mudar ou criar tecnologia. 2. utilizando a tecnologia tanto em produtos como em processos como recurso potencial. e na inovação”. instituições de ensino e pesquisa. Contudo.5 Capacitação tecnológica da PME Um dos fatores fundamentais para as empresas que pensam em competir é buscar a capacitação tecnologia. ou seja. absorção. este não é um processo que ocorre de forma isolada. no investimento. já para os fatores externos é preciso que exista a articulação com os demais atores envolvidos no processo (governo. é necessária uma atitude determinada das pessoas que com no sentido de traçar estratégias para superação das limitações.54 O usuário do sistema ERP executa uma aplicação que acessa as informações de uma base de dados única (servidor) e este interage com todos os aplicativos do sistema. De acordo com Rocha (1996) alcançar a capacitação tecnológica é um desafio que se apresenta a todas as empresas e que aumenta na mesma medida em que aumentam as inovações tecnológicas ocorridas no seu entorno. O processo de incremento de capacitação tecnológica está relacionado à capacidade de aprender. assimilar e incorporar conhecimentos de natureza técnicocientífica e aplicá-los de modo a manter ou melhorar o seu desempenho socioeconômico. adaptar. outras empresas. centros tecnológicos. Segundo Canuto (1993) este processo ocorre em todas as atividades da empresa. Em outras palavras. . difusão e introdução de inovações tecnológicas. em três âmbitos: na fabricação e demais atividades operacionais correntes. e entre outros) com vistas à criação e o fortalecimento de um sistema que privilegie a capacitação tecnológica e a competitividade das empresas. usar. entende-se por capacitação científica e tecnológica a ampliação do potencial de desenvolvimento. o que é bom para o fluxo de caixa da empresa. descrevemos alguns elementos de valor: utilização de uma infraestrutura flexível e escalável. É uma grande oportunidade para empresas de tecnologia fornecer serviços de computação em nuvem. uma vez que essas empresas possuem recursos reduzidos. Segundo Arraial (2011) no Brasil o nível de adoção de serviços de TI nas PME’s ainda é baixo. eliminando ou reduzindo custos com instalação. pensamos em vários fatores que nos motivam a utilizar a esta tecnologia. pois esta tem muito mais chances de crescer. Complementando Arraial (2011): Uma alternativa é o uso de recursos de computação em nuvem que permitem que aplicativos e ferramentas sejam utilizados remotamente sem a necessidade de se tê-los localmente.55 3 SOFTWARE COMO SERVIÇO E A PME 3. infraestrutura. recursos e processos do negócio. em geral. que pode gerar recursos financeiros muito grandes. com melhor utilização dos recursos computacionais. pensando em resposta rápida de sistemas. . Segundo Arraial (2011) à medida que adquirem novos equipamentos e tecnologias. criar novos negócios para ser uma empresa inovadora. acelerar o desenvolvimento de produtos melhorando a vantagem do tempo.1 O mercado SAAS e a PME Quando falamos em valores da computação em nuvem para uma determinada organização. maior produtividade. é com o aprendizado desenvolvido ao longo da vida do empreendimento que os gestores de PME’s brasileiras passam a ter maior controle das finanças. a computação em nuvem permite um baixo investimento com um rápido retorno. seus esforços para manter os sistemas operacionais se tornam maiores. Segundo Taurion (2009): Quando o assunto é Computação em nuvem. Adicionalmente. manutenção e suporte. surge simultaneamente à necessidade de uma gestão mais profissional do empreendimento. Com certeza os canais atuais de massificação de vendas. As ofertas atuais no modelo de computação em nuvem ainda possuem modelos de utilização bastante complexos. não estão prontos para dar um tratamento no mesmo nível para as PME’s.56 Com o crescimento da organização. Com a perspectiva de custos mais baixos e bom desempenho. Por outro lado para um novo segmento que ainda está descobrindo como tirar o melhor proveito das ferramentas de TI. como call centers44 e quiosques. mostrar para as PME’s que os impactos das ferramentas de TI podem causar na produtividade são enormes e que elas já estão prontas para utilizar os novos produtos baseados na computação em nuvem. ou seja. De acordo com Arraial (2011) nos países desenvolvidos a discussão sobre o tema computação em nuvem gira em torno da migração de sistemas e aplicações. e é nesta fase que as ferramentas de tecnologia se mostram mais evidentes. treinar esse canal será um grande desafio e sem falar que ainda é necessário que estes conheçam melhor a rotina diária dos gestores de TI das PME’s para oferecerem tratamento e suporte adequado. algo que nunca foi problema para as grandes Ou central de atendimento é composta por estruturas físicas e de pessoal. Para Arraial (2011) o custo das tecnologias de informação de ponta sempre foi impeditivo para se implantar um serviço de computação em nuvem nas as PME’s. ou seja. no Brasil a discussão sobre o tema deveria ser outra. o baixo nível de maturidade em TI das PME’s no Brasil torna o segmento um verdadeiro mar de oportunidades para as tecnologias de computação em nuvem. que têm por objetivo centralizar o recebimento de ligações telefônicas. os grandes fornecedores de tecnologia ainda deixam a desejar na questão do suporte ao cliente. a computação em nuvem começa a entrar na pauta diária das PME’s. sem duvidas são as maiores beneficiadas com as novas ofertas de computação em nuvem. afirma que: As pequenas e médias empresas. e é neste cenário que as ofertas de computação em nuvem são promissoras. Complementando Arraial (2011). um mercado ainda muito pouco explorado. 44 . Isto significa que todas as coisas que o Google e Amazon fazem tão bem também devem ser feitas por grandes empresas em seus data centers. o acesso a tecnologias que trazem inteligência e aumentam competitividade.2 Os desafios De acordo com NGC (2007) até bem pouco tempo para que tudo estivesse em pleno funcionamento. Diante deste cenário. cumprimento das obrigações fiscais (emissão de notas fiscais eletrônicas).57 empresas decifrar através dos bem treinados executivos de venda das grandes corporações multinacionais. os investimentos em tecnologia da informação eram quase sempre absurdos. Segundo Prado et al (2011) um dos grandes problemas das PME’s. a gestão de maneira globalizada da principal ferramenta de comunicação usadas pelas empresas: e-mail.. a infraestrutura de TI. que cada vez estão mais ligadas à tecnologia. . empresa especialista em computação em nuvem e outsourcing. simbolizadas pelas nuvens privadas 3. agilidade para ampliar a infraestrutura. descreve algumas razões para as PME’s adotarem a computação em nuvem. o fácil acesso a tecnologias de armazenagem e backup que antes só grandes empresas conseguiam pagar. e por fim a garantia de segurança – todos os dados gerados na nuvem devem ter uma proteção contra vírus rodando na nuvem e este por sua vez não estaria nos computadores locais e sim nos servidores da empresa. Para poder ter escala para prestar grandes volumes de serviços. segundo gestores de TI da GlobalWeb. Para Taurion (2009): A velocidade de adoção da computação em nuvem vai depender da maneira de como as companhias usarão os novos recursos e como elas atenderão às crescentes expectativas dos seus clientes. entre elas estão: a possibilidade de contratar "aluguel" de hardware como serviços. pois na maioria das vezes demandava compra de hardwares. data centers deverão investir em uma abordagem industrializada. licenças dos softwares e também dos investimentos em servidores e backups. como por exemplo. é o tempo desperdiçado em tarefas que não estão relacionadas ao seu negócio. Ainda para o NGC (2007): Esses sistemas de gestão. De acordo com Zillig (2011) o software como serviço envolve uma modalidade de aquisição de softwares na qual se contrata um “serviço” disponibilizado pelo aplicativo enquanto durar sua assinatura.58 Contava ainda com a contratação de profissionais especializados. mercados como o software como serviço. Rede de alcance mundial: é um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na Internet. esse formato reduz os custos. Segundo Zillig (2011) a busca pela redução de custos virou uma obsessão nas empresas. Com a plataforma na nuvem o software é hospedado em um data center. que poderiam comprometer ainda mais a folha de pagamento. e não as empresas contratantes. este cenário vem mudando: ainda temos os sistemas de gestão tradicionais. que não podem investir muito. o que reduz custos. Fique atento. vêm ganhando relevância. 45 . proporciona segurança e confiabilidade dos dados. com isto os orçamentos estão cada vez mais apertados e de outro lado. que rodam via Internet. suas operações necessitam ter soluções eficientes. principalmente no contexto das PME’s brasileiras. 45 Para NGC (2007) este modelo passa a ser uma tendência forte para as PME’s que não precisam investir muito para ter um serviço mais estratégico. Segundo NGC (2007): Atualmente. Ainda pouco difundido entre os pequenos e médios empresários. Por esse fato. conhecidos como “softwares como serviço”. A área de TI não escapa disso. pois quem deve estar preparado com a tecnologia de ponta e programas inteligentes é o fornecedor dos sistemas e assim acompanhar as nuances de mercado. que são baseados na web . As PME’s por sua vez têm a responsabilidade de fazer as suas escolhas sobre o tipo de serviço que desejam ter em suas empresas. podem ser alugados e não comprados. com isto permite que os dados estejam disponível a qualquer realidade empresarial e de qualquer lugar. mas também temos os inovadores. De acordo com Chiavone (2011) software como serviço é a forma comercial na qual os softwares (normalmente hospedados ou baixados da nuvem) deixam de ser licenciados no modelo tradicional e passam a ser considerados como prestação de serviços. De acordo com Macedo (2011). explana que o SaaS já é realidade e em breve estará dividindo o mercado igualmente com a compra de novas licenças. segundo as estatísticas do IDC e Gartner em 2011.simplificação do gerenciamento dos aplicativos. a adoção do software como serviço nas PME’s trazem alguns benefícios. Estas por sua vez. Esta redução nos custos se dá devido à terceirização de alguns serviços de TI da empresa contratante para o fornecedor software como serviço. O usuário passa a usar o software sem se preocupar com as atividades que no modelo convencional eram básicas. esse conceito está intrinsecamente ligado à definição de cloud computing. manutenção. o mercado de software como serviço vai representar 30% do volume de novas vendas das licenças de softwares no mundo. entre eles estão: . Para Taurion (2009). pois. Segundo Macedo (2011) as PME’s estão apostando numa nova modalidade de serviço para atrair novos clientes com custos efetivamente menores e a principal alternativa encontrada pelas empresas para manter as estruturas de TI sem comprometer os serviços foi à utilização do modelo software como serviço. as empresas estão trabalhando com a definição de software como serviço. Complementando Macedo (2011). de forma que o usuário paga efetivamente pelo que utiliza. sem investimentos antecipados. preocupações com versões e com a garantia da escalabilidade crescente ou decrescente. ao utilizarem os aplicativos na nuvem e pagar por isso mensalmente. upgrades.59 Segundo Chiavone (2011): Atualmente. Outra vantagem para as PME’s está em não haver mais a necessidade de contratos de manutenção. como: instalação. passam a ser responsabilidade do prestador de serviços e não do cliente. Pagando apenas a taxa mensal baseada no número de funcionários ou funcionalidades que acessam o serviço já lhe dá o direito de usar. backups e entre outros. A razão deste sucesso consiste no fato do cliente não ter a obrigação de adquirir a licença de uso. . redução do investimento em capital. entre elas: a segurança dos dados – um dos dilemas para as PME’s é sobre a disponibilização de dados vitais e confidenciais da empresa para terceiros. . muitas vezes torna-se praticamente impossível definir por onde os mesmos trafegam e onde se hospedam. pois a grande maioria dos fornecedores de computação em nuvem oferece seus serviços em um modelo público de assinatura ou de pagamento pelo uso. Para Casey (2011) outra precaução é o plano de emergência – as PME’s devem ter planos de emergência no caso de migração para outro provedor de serviço ou para a desistência do uso.acesso às novas funcionalidades de forma rápida e sem o oneroso processo atual de instalar novas versões. Segundo o NGC (2007) software como serviço é o modelo que se compreende melhor dentro do novo panorama de serviços de informática. Além disso. como os dados estão dispersos na rede. . apesar destas razões Casey (2011) recomenda algumas precauções que precisam ser tomadas para sua adoção. os contratos de utilização da computação em nuvem devem abranger aspectos de segurança dos dados. Por outro lado. Com certeza nestes dois casos haverá perdas de informações importantes. .velocidade de implementação. Neste as aplicações de negócios contam com um alojamento à distância e se integram diretamente nos escritórios dos usuários finais. O software como serviço resultará cada vez mais economicamente à medida que mais empresas compartilhem seus custos de infraestrutura. De acordo com Casey (2011) para se precaver de imprevistos. A última precaução para se adotar um serviço de computação em nuvem são as regras contratuais – as regras contratuais variam de acordo com o país e deste modo é preciso muita cautela na seleção e contratação da empresa fornecedora de serviços. .60 . A segunda precaução para se adotar um serviço de computação em nuvem é a disponibilidade de acesso e a confiabilidade – o provedor deve dispor de redundâncias e cópias de segurança contornando de forma adequada eventuais contingências e minimizando prejuízos às vezes. mas é possível mitiga-las. a segurança destes dados deve ser garantida.possibilitar que a área de TI se concentre em apoiar o negocio final da empresa. confiabilidade e recuperação total dos dados com prazo pré-definido. incalculáveis ao cliente. terão maior agilidade e capacidade para concorrer em negócios desafiantes. Em primeiro lugar devem avaliar a segurança – a estrutura de segurança existente nos servidores que hospedam os arquivos em computação em nuvem é normalmente muito superior aos modelos tradicionais. elas poderão se preparar para um desenvolvimento que. com isto. É possível que o cloud computing ainda não tenha alcançado sua maturidade. entre elas através de encriptação. os dados são codificados na máquina do usuário e permanecem codificados . Alguns acreditam compartilharam dados sigilosos e estes deixá-los espalhadas pela nuvem em um servidor que nem ao menos sabe onde está.praticamente as mesmas usadas por instituições de grande porte . devem avaliar os pontos principais a seguir. ao experimentando os serviços disponíveis no mercado antes de contratá-los. ou seja. as empresas que aproveitarem o novo modelo de acesso a TI descobrirão que com menores custos em tecnologia. Complementando NGC (2007): Além disso.como se fosse o servidor da sua empresa. Por exemplo. Para Chiavone (2011) antes das PME’s optarem pela adoção da computação em nuvem e consequentemente software como serviço. mas se a história dos avanços tecnológicos se repete as empresas preparadas para a mudança em TI estarão mais bem posicionadas para aproveitar ao máximo as novas oportunidades. a segurança se torna uma grande vantagem ao aderir a tecnologias em cloud e no modelo SaaS. usam normalmente tecnologia de ponta. pois poderão contar com esta estrutura robusta . Complementa Chiavone (2011): Dessa forma. o que definitivamente não é verdade. mudará o modo de provê e acessar a tecnologia. para o mercado PME. as empresas que oferecem backup online garantem a segurança dos arquivos de várias formas.61 Para o NGC (2007) a recomendação tanto de fornecedores quanto de analistas é que as PME’s devem investigar o potencial da computação em nuvem com pouco risco. Sem um link de internet adequado não adianta contratar um serviço “completo e maravilhoso” na nuvem. o mesmo cuidado e confiança que são dedicados a comprar um software e instalar em seus desktops. por exemplo. a tecnologia já está disponível de forma ampla. Lembramos que como a infraestrutura no Brasil Infelizmente ainda tem muito a evoluir. É necessário inicialmente entender exatamente quais são as finalidades da solução oferecida para assim ajustar as expectativas da empresa. as empresas devem buscar fornecedores conceituados e serviços com credibilidade no mercado. pois. Para Chiavone (2011) em terceiro lugar as PME’s devem avaliar o link46 de Internet – este sem duvidas é o ponto de maior importância a ser avaliado na adoção do modelo software como serviço. ou seja. é uma referência num documento em hipertexto a outras partes deste documento ou a outro documento. Da mesma forma se for necessário reduzir a quantidade não teremos problemas. Em quinto lugar as PME’s devem avaliar o custo – com soluções na nuvem.62 (encriptados) no servidor na nuvem até que o próprio usuário. se oferecem suporte técnico e principalmente quais as garantias oferecidas contra as possíveis adversidades. com certeza dificilmente a expectativa será atendida. como descrito acima. após isto. alguns prestadores de Internet oferecem garantia de apenas 10% do total contratado (que é o mínimo garantido pela legislação). sendo apenas necessário adequar à quantidade dos serviços já prestados. independentemente da qualidade do fornecedor do serviço. a escalabilidade leva imediatamente uma discussão em relação às vantagens Ou ligação. opte por resgatá-los ao seu computador. Só então serão decodificados. Segundo Chiavone (2011) em segundo lugar as PME’s devem avaliar quem é o fornecedor – igualmente ao serviço convencional. as empresas estão sempre adequadas ao seu momento. são necessários na contratação de um serviço em computação em nuvem. buscar um histórico do fornecedor. pois com o software como serviço. através de suas credenciais de acesso. De acordo com Chiavone (2011) a escalabilidade vem em quarto lugar – é extremamente racional ter uma solução com escalabilidade para as PME’s. 46 . De acordo com o crescimento da empresa. Por exemplo. futuros investimentos na compra de licenças ou infraestrutura não serão mais necessários. estariam fora do alcance de muitos. A empresa deve sempre ponderar quais os custos vai ter no modelo tradicional e na adoção de softwares na nuvem. é preciso considerar investimentos em licenças. uma rede de supermercado. A opção de SaaS está ligada à possibilidade de transformar gastos antecipados em despesas mensais adequadas ao volume de utilização. por exemplo. quando há interrupção no fornecimento de energia primária. entre outros. Segundo o NGC (2007): Ao reduzir os custos de TI.63 de custo para as PME’s ao investirem em computação em nuvem. Complementando Chiavone (2011): No modelo tradicional. Complementando Chiavone (2011): Existe uma previsão de que 50% dos e-mails no mundo estarão hospedados na nuvem dentro dos próximos três anos. pois os terminais necessitam trocar dados de forma constante. 47 Ainda para Chiavone (2011) as PME’s devem avaliar em sexto lugar o que levar para a nuvem? Qualquer serviço de computação em nuvem depende totalmente da internet. E graças à possibilidade de não possuir e manter hardware e software . sem dependência externa. infraestrutura. facilitando o fluxo de caixa e a adequação do investimento de informática à realidade da empresa.as pequenas e médias empresas descobrirão a disponibilidade de mais dinheiro para destinar a outros custos operativos. alimentando os dispositivos a ele ligado. porém para as PMEs essa adoção será ainda mais rápida. o cloud computing poderá proporcionar às pequenas e médias empresas amplas capacidades computacionais que. mesmo que seja pequeno. servidores. no-breaks . É um desafio muito grande manter um No-break é um sistema de alimentação secundário de energia elétrica que entra em ação.e de não necessitar ampla capacitação para estes sistemas . 47 . necessita que a maioria de seus dados sejam armazenados fora da nuvem. de outro modo. a redução de energia é avaliada em mais de 60% com servidores. Networking é a união dos termos em inglês "Net". no-breaks. Além disso. Esse é um bom exemplo para entender onde está a redução de custos. Existem ainda expectativas de que o mercado de computação em nuvem venha se acelerar já que é um novo modelo computacional. ferramentas de programação e capacidade computacional) que vem apresentando custos decrescentes. as PME’s ainda têm dúvidas sobre algumas questões. mais empresas irão adotar soluções envolvendo a computação em nuvem e historicamente este conceito ainda é muito novo. as empresas podem contratar serviços 48 adicionais como filtragem Anti-Spam e antivírus também na nuvem. Mas. dependendo do porte. Principalmente. Segundo Macedo (2011). Estudos mostram que o TCO (Custo Total de Propriedade) reduz em até 30% em relação ao modelo convencional de compra de licenças de software. climatização e sistemas anti-incêndio. O termo. Basta contabilizar o custo de um servidor de e-mail. 49 De acordo com Zillig (2011) o serviço é uma grande promessa para os próximos anos: analistas apontam que esse segmento apresenta um crescimento São sistemas que mantém a caixa de entrada livre de e-mails indesejáveis. mais os respectivos softwares e comparar com o custo de manter um serviço baseado em web. que poderá aos poucos substituir o modelo atual. sem dúvida. que significa "Rede" e "Working". maior será a possibilidade de essa pessoa conseguir uma boa colocação profissional 49 48 . Ecologicamente correto (TI verde). o principal aliado desse modelo é o fator ambiental. em sua forma resumida. não mobilizando a estrutura tecnológica do cliente. significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa. Gradativamente. que é "Trabalhando". As PME’s avaliam que este modelo propicia economia de custos e crescimento dos negócios. 3. sustentável.3 Perspectivas futuras Para Saraceni et al (2011) a inserção do modelo software como serviço nas PME’s pode mudar de forma significativa o modo que é consumida a tecnologia da informação.64 servidor de e-mail. O modelo SaaS é fruto da convergência de diversas tecnologias (networking . pois requer uma manutenção considerável. . podendo chegar a uma receita global de até US$ 21. ele desperta algumas dúvidas no âmbito das PMEs. Hoje já é possível contar com soluções integradas e disponíveis não somente no PC ou MAC. Nos próximos anos. para ganhar mobilidade e gerenciamento via web. mobilidade escabilidade e ausência de servidores. Para Saraceni et al (2011) de acordo com a NWR. este mercado fará uma migração natural para o software como serviço através de contratos ou outro prestador que ofereça esse benefício.. Segundo Taurion (2009) há estimativas de que em menos de cinco anos cerca de 80% das empresas já disponibilizarão o SaaS como complementação ou até mesmo substituição do modelo tradicional.65 vigoroso desde o ano passado. O SaaS é um conceito já entendido em larga escala na realidade das grandes corporações.3 bilhões até 2015. Com essas empresas descobrindo as vantagens do modelo. ou seja. o crescimento do mercado de software como serviço deve acontecer principalmente pela chegada de novas empresas que começarão a trabalhar com esse conceito. Para Chiavone (2011): A tendência é a unificação das plataformas de trabalho.]”. como a cobrança mensal. uma utilização multiplataforma.] Ainda existem alguns questionamentos quanto à aceitação nas pequenas e médias por conta da influência de fatores culturais ou falta de conhecimento [. acredita-se ocorrer um aumento de 19% em clientes de pequeno e médio porte que passem a utilizar esse tipo de solução. Uma grande adoção pelo cenário empresarial pode desencadear um novo processo de revolução na economia. Segundo Zillig (2011) “[. . mas também em seu smartphone e tablet.. A tecnologia da informação como um todo apresenta um progresso crescente e cabe aos tomadores de decisões levarem em consideração todos os aspectos e riscos a fim de tomar uma decisão assertiva diante das especificidades de um sistema de gestão para sua empresa.. De acordo com Chiavone (2011): O cloud evoluiu muito e no geral as empresas enxergam esse movimento como uma realidade. No entanto.]”. No entanto. mais ainda existem alguns desafios a serem superados. fácil e seguro.. algumas preocupações culturais e até mesmo falta de informação a respeito do conceito. No Brasil ainda existem dificuldades com largura de banda para acesso à internet. garantindo tranquilidade para as empresas que rapidamente se acostumam com a comodidade dos novos serviços [. essas evoluções não foram suficientes para dizer que esse segmento já esteja maduro... . como hoje o software como serviço está ligado diretamente à computação em nuvem.] o processo de migração é simples.. “[.66 Para Chiavone (2011). Estes desafios geram oportunidades de pesquisa que devem ser superados. infraestrutura. principalmente com foco em suas necessidades. vem revolucionando a forma de comercialização dos recursos computacionais. já que não há necessidade. gerenciamento de dados. Diversas empresas apresentaram suas iniciativas na promoção da computação em nuvem. pode-se verificar certas vantagens de sua adoção para as PME’s. mas que existe um grande esforço neste sentido. várias soluções. Foi possível perceber que a computação em nuvem ainda não tem uma definição clara e completa na literatura. software como serviço. os principais aspectos de computação em nuvem e alguns conceitos e tecnologias relacionadas com estes ambientes. No contexto da computação em nuvem como um serviço pode-se observar que é um paradigma que está cada vez mais popular. Com a combinação de diversas tecnologias.67 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta monografia apresentou a origem do termo computação em nuvem. tendo assim um menor custo total de propriedade. existentes em outros modelos computacionais. bem como. foram discutidos alguns desafios de pesquisa importantes. que podem ser gratuitos os pagos de acordo com a política da empresa mantedora do mesmo. de forma que computação em nuvem seja amplamente aceita e utilizada por todos. é muito provável que diversas aplicações destas áreas tornem-se acessíveis através dela. dos serviços de apoio. A comunidade científica e grandes consultorias que prestam este serviço também têm apresentado algumas iniciativas. e assim se obtém um . entre elas destaca-se: a empresa poderá ter acesso a uma arquitetura de sistema sem a necessidade de adquirir uma licença do software. disponibilidade. focando na disponibilização dos recursos em forma de serviços. consequentemente. podem ser aplicadas em ambientes de computação em nuvem. Avaliando mais a fundo a computação em nuvem. É importante ressaltar que. modelos. que resolvem ou mitigam estes desafios. segurança e padronização. tais como aspectos da própria utilização da computação em nuvem. Neste estudo. facilitando a vida dos usuários e profissionais. pensando em pequenas e medias empresas. Por outro lado. da manutenção. dispensando o custo de infraestrutura. com isto a computação em nuvem vai se destacar como sendo uma das melhores alternativas. Procura-se explicar também os riscos desta adoção. como todos são conhecedores. fazer um estudo e verificar se a rede não estará sujeita a um congestionamento no tráfego de dados.68 melhor retorno do investimento. bem como os fornecedores vendem seus produtos e serviços. é um cenário com grandes perspectivas de ganhos para os servidores que disponibilizarem esse tipo de serviço. todas as aplicações estão sujeita a falhas e o Brasil ainda não dispõe de uma internet estável e de alta velocidade. já que alternativas para o incentivo de investimento em inovação nas PME’s estão abrindo portas para o aumento de investimento por parte desses empresários. saber qual a taxa de transmissão da rede. Segundo Taurion (2009. portanto antes de efetuar um contrato com uma empresa para colocar seus dados na nuvem é importante verificar bem o contrato. Com o mundo corporativo cada vez mais competitivo. Em contrapartida.47) o resultado final é uma transformação pelo qual os usuários compram tecnologias. . serão pressionadas para se mostrarem mais eficientes. as organizações nos próximos anos. p. conhecer bem a empresa e analisar se realmente é viável estar migrando seu sistema para um ambiente virtual. Syst.24. F. 2003. Alfons. Kossmann. Venugopal. 35th SIGMOD .. D. JACOBS. 2003. Rio de Janeiro. 0:1709–1716. GRAMIGNOLI. march 2000. E. S. Stefan. Hersheys. D. pp. Agrawal. ACM Press. and reality for delivering computing as the 5th utility. 2004.Based Perspective on Information Technology Capability: An Empirical Investigation. 2008. Abbadi. 2009. In Proceedings of the ACM SIGMOD international conference on Management of data.. J. A. Cloud computing and emerging it platforms: Vision. A. and Kraska.. D. ______. A Comparison of Flexible Schemas for Software as a Service. Broberg. Rio de Janeiro. v. New York.. 2005.. MIS Quaterly. BRANTNER. 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