MONOGRAFIA CHARLYTON

May 30, 2018 | Author: agas290 | Category: Working Capital, Leverage (Finance), Accounting, Budget, Profit (Economics)
Report this link


Description

6INTRODUÇÃO A pequena empresa existe desde muitos e muitos anos atrás. Nossos antepassados já administravam seus pequenos negócios, muitos deles formados pelo provedor da família e mais um ou outro parente. De modo que tudo era administrado de forma rudimentar. Até que surgiu o “capitalismo selvagem” e os pequenos empresários tiveram que ir aperfeiçoando seus serviços. E aos poucos foi ganhando mercado de maneira que hoje as pequenas e médias empresas representam segundo pesquisa do SEBRAE (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa) 99,8% das empresas no Brasil. Chér (1990, p.77), cita em seu livro A Gerência das Pequenas e Médias Empresas que “a maior preocupação dos pequenos empresários é com dinheiro e deixa de lado os recursos humanos. Ocorre que sem uma força de trabalho qualificada, bem treinada e desenvolvida, não se atingirá com facilidade (...) o sucesso financeiro do empreendimento”. Segundo Rogério Chér Muitos autores têm ponderado que independentemente do grau de industrialização ou do nível de desenvolvimento, a pequena e média empresa têm uma substancial importância na evolução da sociedade, contribuindo do ponto de vista econômico, social e até político. Para muitos, a experiência histórica tem demonstrado que esse extrato de empresas vem se mostrando essencial e indispensável a economias desenvolvidas ou em desenvolvimento. (1990, p.18). Na opinião de Chér (1990), a pequena empresa foi um dos pilares para o “desenvolvimento econômico das nações industrializadas de nossos dias”. Através de uma análise histórica, realizada por Sobman (1986), infere-se que o capitalismo moderno teve início com a pequena empresa, crescendo a partir de negociantes que, acompanhadas de seus servos, viajavam pelo interior do país vendendo mercadorias à nobreza. A pequena e média empresa em sua maioria não dispõem de recursos que auxilie o pequeno empresário na gerência do seu negócio, além do que, muitas vezes a falta de conhecimento acerca do próprio negócio torna-se um problema para a saúde geral do mesmo. Chér (1990), argumenta que a pequena empresa ainda é confundida com a pessoa física, e isso trás para a mesma, sérias conseqüências. O empresário tende a centralizar todas 7 as decisões nele próprio. Não delega tarefas e acaba tendo que carregar a empresa nas costas. Deixando as pessoas que ali trabalham sentirem-se incapazes, desmotivadas e insatisfeitas. E ainda outro aspecto: o paternalismo. Benefícios, remuneração adequada e justa, treinamento e desenvolvimento, participação e integração do trabalhador, reconhecimento pelo bom desempenho e qualidade de vida no trabalho não podem ser encarados pelos empresários, como já mencionamos, como “dádivas” ou “concessões”. A Contabilidade Gerencial está cada vez mais presente na pauta daqueles que estudam, analisam e, sobretudo, discutem a contabilidade, principalmente no âmbito didático, mas o fato é que ela ainda não é unânime no que diz respeito a existir ou não concretamente. Há os que defendem sua existência enquanto ramo da contabilidade, com técnicas e procedimentos próprios. Outros acreditam existir a partir de ações que a tornem concreta, produzindo, num lapso determinado de tempo, relatórios, avaliações, interpretação e informações de fatos contábeis e econômicos a fim de oferecer subsídios aos administradores para tomada de decisões. Iudícibus (1998, p.21), por exemplo, afirma ser a Contabilidade Gerencial: “[...] todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feito ‘sob medida’ para que a administração os utilize na tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho”. Auxiliar a gerência na tomada de decisões é o objetivo precípuo da contabilidade gerencial, a identificação dos fatos contábeis e sua quantificação para estabelecer as diretrizes a serem adotadas pelos administradores devem acompanhar passo a passo o cotidiano empresarial. Nesse particular, compete ao contador gerencial evidenciar aquilo que é relevante ou irrelevante para ser objeto de análise, aliás, a simples aglomeração de dados é algo extremamente simples de se obter através dos atuais sistemas de informações computacionais. A relevância da contabilidade gerencial reside na identificação daquilo que realmente vai fazer a diferença na decisão de fabricar um bem ou adquirir de terceiros, deixar de produzir uma linha de produtos, terceirizar, enfim, cabe ao contador atuar para subsidiar o modelo para a decisão entre diferentes linhas de ação. Considerando-se isso, este estudo tem a intenção de analisar as principais ferramentas de gestão financeira utilizada na tomada de decisão nos seus aspectos teóricos e práticos. Cremos que ao fazermos um confronto entre o que se aprende na teoria e se aplica na prática, estaremos contribuindo para a discussão e resolução de alguns problemas do dia-a-dia do profissional da área financeira. 8 O presente estudo, de caráter descritivo, foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas e virtuais. As pesquisas bibliográficas e virtuais foram realizadas nas fontes disponíveis em livros, revistas, artigos e internet, possibilitando a obtenção de mais informações e maior conhecimento sobre a Contabilidade Gerencial. Após coletados, reunidos e selecionados todos os dados referentes a pesquisa, estes foram analisados e descritos posteriormente de forma dissertativa,utilizando-se os métodos racionais de análise. devido à necessidade de dar valor ao processo de conversão da mão-de-obra. a contabilidade mantinha apenas um pequeno registro das relações externas de uma organização em relação a outras organizações comerciais não se preocupando com o processo de comunicação entre ambas. (PAMPLONA 1998. Segundo Johnson e Kaplan (1993. houve a necessidade de precificar o valor do processo de conversão da mão-de-obra e dos materiais em novos produtos e de verificar se as organizações estavam tendo resultado em relação aos recursos que consumiam na produção. “uma das fábricas a terem seus primeiros registros de custos foi a Boston Manufacturing Company. vinha a atender às necessidades dos proprietários. Com as operações em grande escala.35). Sabe-se que as organizações comerciais nos Estados Unidos seriam as primeiras a desenvolver a contabilidade gerencial.1. com o aumento dos negócios. Origem da Contabilidade Gerencial A Revolução Industrial foi um fator muito importante para a contabilidade. Exatamente neste período que se originou a contabilidade gerencial como um complemento da contabilidade financeira. No anteceder da Revolução Industrial.2) Mesmo a contabilidade gerencial. pela introdução de dois ou mais processos de conversão de uma atividade econômica específica. De acordo com Pamplona (1998. seus registros mostravam . nos EUA. p. p. surgidas após 1812”. “As primeiras organizações americanas a desenvolverem sistemas de contabilidade gerencial foram as tecelagens de algodão mecanizadas e integradas. Com isso nasceu a contabilidade gerencial. sendo em outros tempos bem simples. p. Após a Revolução Industrial.2). surgiu a necessidade de maior ênfase na contabilidade voltada aos interesses internos das organizações competitivas e ao uso de registros contábeis como meio de controle administrativo da organização. e esses iniciavam o contato mais restrito com o profissional responsável pela orientação contábil. O fator favorável ao uso das novas práticas de contabilidade gerencial observadas nas firmas industriais do século XIX foi sem duvida a procura de oportunidades de ganho.9 CAPÍTULO 1 A CONTABILIDADE GERENCIAL E OS PRINCIPAIS TÓPICOS PARA SUA EXECUÇÃO 1. 36).GM pela implementação do controle centralizado com responsabilidade descentralizada (ATKINSON. ocorreram nas décadas iniciais do século XX para apoiar o crescimento de empresas multidivisionais diversificadas. CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL Demonstrações Financeiras Relatórios Gerenciais Usuários Externos e Administração Administração Usuários: Objetivo Objetivo e Subjetivo Preparados de acordo com as necessidades gerenciais Preparados conforme os princípios fundamentais da contabilidade (PFC’s) Características: Preparadas Periodicamente Preparadas periodicamente ou quando necessário Entidade Empresarial Entidade empresarial segmento ou Fonte: WARREN (2001. Relações Entre as Contabilidades Financeira e Gerencial. Esses autores defendem que muitas inovações. os processos de fiação e tecelagem. 36). uma medida de desempenho e a General Motors . numa única fábrica.2) . 2000. reportar e analisar informações sobre os eventos econômicos da empresa”. na contabilidade gerencial. p. a Contabilidade Gerencial “é o processo de identificar. Foi também a primeira tecelagem mecanizada a integrar. p.10 um conjunto aprimorado de contas de custo”. Esses procedimentos foram realizados pelos fundadores de outras companhias da Nova Inglaterra. p. mensurar. Destacam ainda a experiência da Dupont e da General Motors nesse período: A Dupont Company por ter introduzido uma das inovações mais duradouras que é a fórmula do Retorno sobre Investimento (ROI – Return on Investment). Para Atkinson et al (2000. tem como principal função na moderna Contabilidade Gerencial. O contador gerencial deve ser uma pessoa altamente qualificada.24). • Avaliar e assessorar os gerentes e o presidente. • Elaborar relatórios para o governo e entidades oficiais. fazendo com que.11 1.2. tomadas de decisões especiais. p.. • Propor medidas corretivas a fim de melhorar a eficiência da empresa (CREPALDI.24). É pelo departamento de contabilidade que passa o aconselhamento e a ajuda na elaboração do orçamento da empresa.24). • Fazer compilação. p. determinação de preços. 2002. síntese e análise da informação. controlar as atividades da empresa.] o contador gerencial. pois é ele quem definirá e controlará todo o fluxo de informações da empresa. ou seja. • Fazer avaliação econômica para tomada de decisões. Segue abaixo algumas funções do Contador Gerencial: • Garantir que as informações cheguem às pessoas certas no tempo certo. é o seu departamento que tem a incumbência de prestar serviços especializados aos outros administradores e à presidência da empresa. Características do Contador Gerencial Segundo Crepaldi (1998. também conhecido como controller da empresa.. querem inclusive que ele recomende qual deve ser a decisão. as informações corretas cheguem aos interessados dentro de prazos adequados e que a administração superior só receba informações úteis à tomada de decisões. [. • Elaborar relatórios padrões para facilitar sua interpretação. Também pode-se definir como característica do contador gerencial a precisão e a defesa dos interesses da empresa. a análise de variações. 1998. • Comparar o desempenho esperado com o real. p. • Proteger os ativos da empresa. uniformização da contabilização dos departamentos para que os relatórios sejam uniformes. com profundo conhecimento dos princípios contábeis. • Fazer planejamento perfeito com objetivo de se chegar a um controle eficaz. afim de que possa facilitar o manuseio da informação gerada. a função de assessoria. . • Pensar e planejar a administração tributária. mesmo que não seja esta a decisão tomada pela alta administração (WERNKE. • Organizar o sistema de informação gerencial a fim de permitir à administração ter conhecimento dos fatos ocorridos e seus resultados. como já foi citado anteriormente. pois os administradores querem que o controller forneça dados e números precisos e pertinentes à decisão que será tomada. altamente produtivo. p. tais como. automotivado. cujo monitoramento mútuo entre os diversos atores organizacionais ocorre através de normas e valores de grupo. definida a partir do modelo decisório dos gestores e que. não é suficiente para atender a todas as necessidades de informação já identificadas pelos gestores.2) “as ferramentas de contabilidade gerencial não são autosuficientes. democrático. consciente. mas sim a partir das informações desejadas pelos gestores. por meio de suas ferramentas. sofrerá modificações na medida em que o modelo decisório mudar. Para o segundo argumento. O que se defende é que sistemas de contabilidade gerencial sejam estruturados não tendo como ponto de partida as ‘melhores’ ferramentas. Ferramentas da Contabilidade Gerencial Segundo Braga (2006. p. além dessas necessidades mudarem ao longo do tempo. ser adepto a operações virtuais. Isso representa uma utilidade relativa.12 Entende-se que o contador gerencial também deve ter conhecimento de tecnologia sofisticada. dentro de uma racionalidade limitada.2). todas as informações desejadas pelos gestores. em um primeiro momento. possuir uma equipe de trabalho de alta confiança. Somente depois de terem sido definidas as informações desejadas pelos gestores é que se pode identificar quais ferramentas ‘melhor’ se encaixam a tais informações. antecipando informações que os gestores nem sabem se desejam. Para o primeiro argumento. portanto. empreendedor. 2006. poderá conduzir a decisões desalinhadas das estratégias formuladas” (BRAGA. Pode-se argumentar ainda que a contabilidade gerencial. negociador. ter padrão de exigência. resta mencionar que o sistema de contabilidade gerencial não é o único à disposição dos gestores para auxílio ao processo decisório. 1. Portanto. Certamente. desburocratizado. “Agir de outro modo. pode-se sempre argumentar que é impossível traçar. controles pessoais e controles de clã. saber se comunicar com facilidade. é preciso destacar que sistemas de contabilidade gerencial representam sistemas formais de informação e que essa formalização somente poderá ocorrer diante da identificação de quais informações se espera formalizar. um dos desafios importantes da pesquisa científica em contabilidade gerencial “é a identificação dos contextos . corajoso. ser comprometido com o sucesso da empresa e estar sempre em processo de aprendizagem continuada. Eles necessitam ser efetivamente bem-sucedidos no cumprimento de seu objetivo e esse sucesso somente pode ser definido a partir do modelo decisório do gestor”. Existem outros sistemas que podem ser utilizados no apoio à gestão organizacional. ser orientado para informação.3. com relação a esse tópico. portanto. conforme indicam suas demonstrações financeiras. a tarefa fundamental é encontrar um padrão ou norma com que se possa comparar o desempenho real. e compará-los com padrões pré-estabelecidos e tentar. diante dessas expectativas. de forma consistente. 2006. p. 2. Na pesquisa de campo. a pesquisa em contabilidade gerencial pode sempre correr o risco de escutar dos gestores que na prática. na medida em que oferecem as informações desejadas. a teoria é outra (BRAGA. a partir daí. para que a pesquisa científica em contabilidade gerencial possa ser útil para os gestores. foram considerados apenas os indicadores calculados por índices que são construídos a partir de valores extraídos do Balanço Patrimonial e do Demonstrativo do Resultado do Exercício. Em síntese. e 3. por tendência. pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes. depende da percepção dos gestores quanto aos benefícios relativos que efetivamente oferecem para o processo decisório em comparação a outros sistemas de auxílio ao processo de tomada de decisão. a análise dos indicadores econômico-financeiros pode ser realizada de várias maneiras distintas. ou orçamentos. de acordo com Iudícibus (1993. que mostram o desempenho da mesma empresa no passado. sem correlação entre si. 59). p. ela tem que partir das expectativas de informação dos próprios gestores e. ou por médias compiladas das demonstrações financeiras de . de período para período. sua eficácia. desenvolver artefatos que possam ser efetivamente utilizados em seus modelos de decisão. Dentre as mais utilizadas estão: por índices. sistemas de contabilidade gerencial são sistemas formais de informação que existem para auxiliar o processo decisório dos gestores. p. É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes. sem comparações e. De outro modo. 2006. Análise de Balanços Na análise de balanços. há três tipos de padrões: 1. 1. dados históricos.4. Em geral. do que apurar dezenas e dezenas de índices. Como conseqüência. As informações que produzem são determinadas pelas ferramentas existentes. Seu sucesso e. objetivos.13 organizacionais e os estágios no curso de vida organizacional em que sistemas de contabilidade gerencial podem representar uma alternativa útil para auxílio ao processo decisório” (BRAGA. ainda. após a escolha dos índices a serem analisados.3).3). É importante salientar que. o desempenho de outras empresas. e por ponto de equilíbrio. fixados antes do período do exame. Anthony (1996) enfatiza que na análise de balanços. tirar uma idéia de quais problemas merecem uma investigação maior. Para Padoveze (1994. 1. Todo processo de gerenciamento contábil tem seu ponto culminante. Orçar significa processar todos os dados contábeis atuais introduzindo os dados previstos para o próximo exercício.Cálculo do Custo do Produto/Serviço Para Iudícibus (1998. 1. terem uma visão a longo prazo.293).14 muitas empresas. sem orientação. propriedade ou serviço”. sendo um instrumento de avaliação e desempenho. p. em termos de controle. objeto. “Todas as administrações fazem planos. . entendido como fundamental é o processo de estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa. no cálculo de centenas de índices.238) Portanto. e não uma organização. no orçamento empresarial. porém muitas vezes se pode fazer uma concessão aproximada para os fatores que causam a não comparabilidade. p. p. Ela trata da interpretação e da relevância desses índices. Nenhum deles é perfeito.333). é preciso decidir antecipadamente o que deve ser feito e quais os recursos necessários para se atingir o objetivo pré-estabelecido. “a palavra custo. ou seja. O orçamento envolve planejamento. Não se pode conceber uma organização de qualquer tipo cujos líderes não pensem sobre quais deveriam ser os objetivos da organização e sobre o melhor modo de atingí-los”. Uma das grandes vantagens do orçamento está na obrigatoriedade dos administradores pensarem no futuro. Um grupo de pessoas que não operam de acordo com alguma espécie de plano é meramente uma multidão incoerente. Orçamento Empresarial Conforme Anthony (1996. (ANTHONY. de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca dos planos de lucros.103). 1996.5. a análise financeira e de balanços não se resume. na linguagem comercial. significa o quanto foi gasto para adquirir certo bem. O objetivo do plano orçamentário não é apenas prever o que vai acontecer e seu posterior controle. p. procurando relacionar também os fatores externos que influenciam as decisões da empresa. como muitos acreditam.6. Ponto básico. o Custeio Direto ou Custeio Variável caracteriza-se por apropriar aos produtos ou serviços somente os seus custos variáveis. primeiramente. que é a diferença entre as receitas e os custos e despesas variáveis. dentre outros”. para avaliar as alternativas provenientes da . custos variáveis”. De acordo com Martins (1996. níveis e eficiência de produção e qualidade dos padrões estabelecidos. ficando os fixos separados e considerados como despesas do período. que se entenda o conceito de método de custeio direto. p. segundo o mesmo autor é um “bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas”. Acompanhar distorções de valores. Diferente da despesa que. deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto”.27). Servir como ponto de orientação quanto a medidas de correção.15 Segundo Martins (1996.243). “margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário do produto. indo diretamente para o Resultado. A margem de contribuição propicia informações ao gerente para decidir sobre se deve diminuir ou expandir uma linha de produção. linhas deficitárias etc. Análise da Margem de Contribuição A melhor maneira de se entender o conceito da margem de contribuição precisa-se. contribuição por produto. para os estoques só vão. Segundo Padoveze (1994. como conseqüência. p. os sistemas de custos visam dois objetivos principais: “um bom custeamento do produto e propiciar condições para avaliação do desempenho departamental. 1. “no Custeio Direto ou Custeio Variável. Uma concepção de grande relevância. só são alocados aos produtos os custos variáveis. é o conceito de margem de contribuição ou de abordagem de contribuição. que deriva-se do custeamento variável. p. entre outros aspectos. Os custos fixos são subtraídos desta margem de contribuição para se obter a renda líquida. Em amplitude restrita.54). Para Iudícibus (1993.178). custo é o “Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”.7. Viveiros (1993. p.35) cita que os objetivos principais do sistema de custo gerencial são: Suprir a alta administração de informações para a tomada de decisão. Identificar. Os custos podem ser divididos em diretos ou indiretos de acordo com a facilidade de alocação ou fixos e variáveis de acordo com o seu comportamento. p. automaticamente. Matarazzo (1997. p. O Fluxo de Caixa assume importante papel no planejamento financeiro das empresas. atualizado e utilizado na tomada de decisões.8.16 produção. a necessidade de capital de giro. portanto interesse da empresa buscar essa otimização. dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa. expressando as entradas e saídas de recursos financeiros ocorridos em determinados períodos de tempo. tais como: Valor Presente (Valor Atual Líquido). O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa. Paybaxck e Taxa Média de Retorno. Portanto. p. considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo. sendo. Fluxo de Caixa Para Zdanowicz (1996. avaliar o desempenho da empresa. coordenar. o Fluxo de Caixa constitui ferramenta de fundamental importância para a boa administração e avaliação das organizações. e que representam o grau de liquidez da empresa. O Fluxo de Caixa é o registro de controle sobre a movimentação do caixa de qualquer empresa. bem como as operações financeiras que são realizadas diariamente. constitui-se num exercício dinâmico. de propagandas especiais. Também é possível decidir sobre estratégias de preço. Normalmente a análise é realizada através de indicadores específicos. no grupo do ativo circulante. o fluxo de caixa é o instrumento de programação financeira. organizar.369) cita que “a Demonstração do Fluxo de Caixa é peça imprescindível na mais elementar atividade empresarial e mesmo para pessoas físicas que se dedicam a algum negócio”. A otimização dos fluxos de caixa reduz. de acordo com cada projeto ou situação analisada. 1. De forma sintética. O objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas. Conforme Assaf Neto (1989). A sua adoção possibilita . que deve ser constantemente revisto. serviços ou produtos e principalmente.37): Denomina-se fluxo de caixa de uma empresa ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período determinado. Esse instrumento possibilita: planejar. que corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de tempo. etc. Taxa Interno de Retorno. dentro das disponibilidades. ou de equilíbrio é aquele volume em que as receitas totais se igualam aos custos totais”. No ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo. gera indicadores do momento ideal para a realização de empréstimos ou captações de recursos externos. gerados a partir de suas próprias operações a aferir o potencial efetivo das organizações para implementar decisões de investimento. “O ponto de ‘ruptura’. Segundo Iudícibus (1998.9. a análise de custo/volume/lucro facilita a escolha custo de ação mais desejável na forma operacional: o curso de ação mais desejável é o que apresentar as inter-relações de custo. p. permitindo conhecer a capacidade de expansão com recursos próprios. além de orientar as aplicações dos excedentes de caixa (superávites) no mercado financeiro. Repetidamente mudamos um ou mais dos quatro fatores e anotamos o seu efeito. volume e lucro. como para implementar decisões que dependem de aportes adicionais. volume e lucros mais satisfatórios. Esta análise pode estabelecer efeitos da mudança de um ou mais desses fatores sobre os outros e suas inter-relações”. distribuição de lucros e/ou pagamento de dividendos. receita. são simulações de operações (TAFNER. Análise de custo/volume/lucro. receita. tanto para a cobertura de eventuais situações déficits. evitando situações de insolvência ou falta de liquidez que representam sérias ameaças à continuidade das organizações. p. com base na avaliação do seu potencial para geração de recursos no futuro para saldar seus compromissos e para pagar a remuneração dos seus empreendedores.34). A autora diz ainda que: Juntamente com o planejamento de lucros. possibilitando maiores ganhos para a organização e melhor compatibilização dos prazos. a avaliação da capacidade de financiamento do seu capital de giro ou se depende de recursos externos. p. 1.55) “a análise custo/volume/lucro estuda as interrelações entre quatro fatores: custo. para usar um termo moderno empregado em outras disciplinas. financiamento.55). Viabiliza. 1993. Relação Custo/Volume/Lucro e Ponto de Equilíbrio De acordo com Tafner (1993. A boa utilização da ferramenta Fluxo de Caixa também possibilita o conhecimento do grau de independência financeira das organizações.17 uma boa gestão dos recursos financeiros. ainda. Também. Essa informação do ponto de equilíbrio é de grande importância porque identifica o nível mínimo de atividade em que a empresa ou cada divisão deve operar conseguindo cobrir . Apuramos este curso de ação mediante testes sucessivos. 18 todos os custos variáveis das unidades vendidas ou produzidas. e com isso maximizar os lucros por ação. O cálculo do grau de alavancagem utiliza os seguintes índices da análise de balanço: • • Retorno sobre o Patrimônio Líquido: o quanto a empresa gera de lucro para cada $100 investidos e.1. Alavancagem Financeira e Operacional De acordo com Matarazzo (1997. quando o custo do capital é superior ao gerado pelo próprio negócio. Retorno sobre o ativo: quanto os acionistas ganham para cada $100 investidos.210): . segundo Crepaldi (1998. e também cobrir todos os custos fixos. pois. a alavancagem é desfavorável (negativa).9.404) “A expressão alavancagem financeira significa o que a empresa consegue alavancar. a administração da alavancagem financeira está relacionada a capacidade que a empresa tem de administrar os recursos. A razão entre as taxas de retorno sobre o Patrimônio e de retorno sobre o Ativo é chamada de grau de alavancagem financeira: GAF = RsPL/ RsA 1.168) ressaltam que a “alavancagem pode ter um efeito benéfico ou não para a empresa”.2. aumentar o lucro líquido através da estrutura de financiamento”. em função do aumento da margem de contribuição (diferença entre receitas e custos variáveis) e manutenção dos custos fixos. (1999. 1. Santos et al. ou seja. na análise da melhor maneira de se calcular o preço de um produto. os objetivos da empresa quanto ao lucro a ser obtido. p. p. p. próprios e/ou de terceiros. basicamente. No entanto. Quando a taxa de retorno de investimento é maior que o custo do capital a alavancagem é favorável (positiva).9. Logo. Determinação do Preço de Venda A formação do preço de venda é um assunto amplamente discutido também pela teoria econômica. é preciso que se conheça variáveis como o tipo de mercado em que a empresa atua e características do produto. Ao passo que alavancagem operacional significa o quanto a empresa consegue aumentar o lucro através da atividade operacional. ao contrário. A formação do preço de venda a partir do custo determina.98). O autor cita os seguintes objetivos básicos da gestão de preços: Um adequado retorno sobre o investimento. Existe também a utilização do multiplicador sobre os custos. p. também conhecido como “mark up” que é definido por Rodrigues e Varolo (1993. pelo menos um parâmetro inicial estabelecendo o limite inferior de preço de venda a ser praticado. como sendo “um índice multiplicador ou divisor que aplicado ao custo do produto fornece o preço de venda”. Seria a partir desse objetivo que a empresa passaria a adotar determinado procedimento com relação ao preço. Abaixo desse limite a empresa estará trabalhando com prejuízo em suas operações.19 É o mais importante fator na estruturação do preço de venda do produto. uma determinada participação no mercado. . uma capacidade de enfrentar a concorrência e a obtenção da lucratividade global compatível. conforme Padoveze (1994. O ponto de concorrência vem a exercer de uma maneira ou outra uma influência no preço. p. Diante de um aumento na oferta do mesmo produto por uma maior quantidade de empresas. o preço desse produto tende a cair. mercadoria ou serviço. 280). as taxas de juros de longo prazo são mais elevadas que as de curto prazo. excepcionalmente. há uma escassez crônica de recursos de longo prazo. liquidez e risco é tal que se o capital circulante liquido ou a liquidez aumentarem. poderá incorrer em riscos de insolvência. é uma opção de aplicação discutível. Deve-se deixar bem clara que existem exceções de conjunturas quanto ao grau de risco. A técnica agressiva requer o financiamento de necessidades imediatas com recursos de curto prazo e as necessidades permanentes de capital de giro. O parâmetro conservador tem como base financiar todas as necessidades de recursos que uma empresa demanda com operações de longo prazo. 293).294). vez que. 1987. utilizando-se.20 CAPÍTULO 2 A GESTÃO FINANCEIRA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 2.289) assinala ainda a “existência de três técnicas para se obter uma composição adequada de financiamento dos recursos totais demandados por uma empresa: a técnica agressiva. As sazonalidades também são financiadas com recursos de curto prazo por essa técnica.1. 283) “o relacionamento entre capital circulante líquido. duplicatas a receber e estoques) e passivos circulantes (duplicatas a pagar. p. Nesse sentido essa técnica acarretaria custos financeiros mais elevados para a empresa. com recursos de longo prazo. o risco da empresa diminuirá. Para Gitman: O objetivo da administração financeira a curto prazo é gerir cada um dos ativos circulantes (caixa. títulos negociáveis. a conservadora e a mista”. p. (1987. pois os recursos que se podem obter no curto prazo. títulos a pagar e contas a pagar) a fim de alcançar um equilíbrio entre lucratividade e risco que contribua positivamente para o valor da empresa. e em países de estabilidade monetária. Dilema Risco-Retorno De acordo com Gitman (1987. em países como o Brasil.Gitman (1987. p. tal opção vem submeter à empresa a um ponto de risco maior. as taxas de juros de curto prazo são menores que as de longo prazo. Também deve-se ressaltar o fato de que certas operações realmente . no caso de imprevisibilidades. e vice-versa”. essa opção implica em ganhos. e. p. Sob o ponto de vista de custo. têm clara limitação. recursos de curto prazo (GITMAN. Efetivamente. pois em se tratando de economias estáveis ou mesmo em épocas de normalidade em economias instáveis. normais das atividades empresariais.349). 1998. p.Passivo Circulante Operacional. que são tradicionalmente financiadas por fornecedores e estão inseridas e ajustadas dentro da previsibilidade do ciclo operacional.294). em menor rentabilidade. estocagem e outras (MATARAZZO. cujos valores são empregados como parte dos recursos que irão cobrir os gastos do ativo circulante operacional (MATARAZZO. como por exemplo a compra de matérias-primas para a produção corrente. . p.Necessidade de Capital de Giro. 1998. PCO . implica claramente em custos maiores e. Quando ACO > PCO. Assim: NCG = ACO .PCO. ACO . O passivo circulante operacional refere-se a valores inerentes aos itens operacionais constantes no passivo circulante. portanto. O ativo circulante operacional trata-se dos investimentos operacionais que decorrem das necessidades das atividades normais das entidades: compras de mercadorias e matérias primas.348). 348) “a necessidade de capital de giro reflete o montante de que a empresa necessita tomar para financiar o seu ativo circulante em decorrência das atividades de comprar.Ativo Circulante Operacional. As necessidades sazonais também não teriam sentido em serem financiadas a longo prazo pelo seu caráter transitório (GITMAN.21 não teriam sentido em serem financiadas a longo prazo. A necessidade de capital de giro compõe-se da diferença entre os valores do ativo circulante operacional e o passivo circulante operacional. há NCG positiva. 1987. Determinação da Necessidade de Capital de Giro Determina-se a necessidade de capital de giro de uma entidade pela diferença entre o investimento do passivo circulante operacional e os valores constantes do Ativo circulante operacional. A técnica conservadora. p. 2. p. NCG . Fonte: Matarazzo (1998).348). 1998. Segundo Matarazzo (1998. produzir e vender”. significando que a empresa deve buscar fontes de financiamentos (MATARAZZO. embora possa garantir um nível de liquidez bastante seguro. p.2. constituindo-se de recursos dos quais a entidade deve buscar no seu capital próprio ou de terceiros. e. 1999. utilização de trabalho intensivo.3.5% dos . KEHDY e BLANC (2007). além de gerar desenvolvimento de talento e de habilidades empresariais. p. desde que os prazos médios se mantenham constantes. e que o passivo cíclico seja constituído somente por contas a pagar. Segundo Gimenes (apud MENEZES. somente as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 65. Embora não se possa fazer uma análise da importância das pequenas e médias empresas brasileiras apenas pelos aspectos econômicos.4. culturais dentre outros também possuem uma relevância no cenário brasileiro as quais não se pode ignorar. 2. KEHDY e BLANC (2007). NCG = ativo cíclico – passivo cíclico (1) Fonte: FLEURIET.crescimento econômico com base em iniciativas de negócio de pequena escala. (PINHEIRO apud MENEZES. Que a importância das micro. oportunidade de desenvolvimento econômico para as populações locais. 1999. Importância das Pequenas e Médias Empresas A importância das pequenas e médias empresas na economia brasileira não pode ser medida apenas por critérios econômicos. desenvolvimento de estratégias que ajudam a passar as iniciativas econômicas do setor informal para o setor formal. demonstrando que esta é proporcional às vendas da empresa. 11). pequenas e médias empresas está baseada em premissas: oportunidade de emprego. Admitindo que as únicas contas que compõe o ativo cíclico sejam estoques e contas a receber. p. os números da sua participação na economia nacional são relevantes e expressivos. Dimensionamento da Necessidade de Capital de Giro O modelo Fleuriet permite que através dos índices de prazo médio se obtenha a necessidade de capital de giro. a igualdade (1) pode ser escrita da seguinte maneira: NCG = estoques + contas a receber – contas a pagar (2) Fonte: FLEURIET.22 2. pois os aspectos sociais. formação de uma base econômica para expansão dos negócios. 12) “em 2000. 6% do seu faturamento global”.Percentual de firmas sobreviventes em 2004 entre as nascidas em 2007: Fonte: SEBRAE/ES (2007). Tabela 01: Porte dos estabelecimentos x pessoal ocupado (2007) em %: Fonte: SEBRAE/ES (2007). tabela 13 e 14.23 empregos no país e geraram 57. Embora tenham uma representatividade importante em todos os setores da economia nacional. Ressalta-se a constatação de que os investimentos realizados em pequenas e médias empresas geram mais empregos que aqueles realizados em empresas de grande porte ao se aplicarem recursos similares. constituindo se num elemento importante para o desenvolvimento econômico e . conforme pode ser constatado pelos números fornecidos pelo SEBRAE (2007). Também em número de estabelecimentos e pessoal empregado o desempenho das empresas de pequeno e médio porte são preponderantes para economia capixaba e nacional. com base em dados coletados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Tabela 02 . conjunturais e tributação. nesses três anos. Praticamente 60% não chegam aos quatro anos. Caso do engenheiro Marcelo Molinari. seguido das causas econômicas. 2. mas que falhou com uma fábrica de biscoitos e com um escritório de contabilidade. "Isso evidencia um problema crônico no Brasil. É o que mostra a pesquisa Fatores Condicionantes de Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil.8 bilhões. Constatada a importância das pequenas e médias empresas no cenário econômico e social. o levantamento mostra que. abrem-se todos os anos 470 mil empresas .5. 772. entre 2000 e 2002. publicada pelo Sebrae. O principal motivo para o fenômeno são as falhas gerenciais dos empreendedores. que triunfa hoje com uma indústria metalúrgica.24 social. que leva o empresário à não avaliar corretamente dados vitais para a . Metade das Empresas Fecha em Até Dois Anos Metade das empresas brasileiras morre antes de completar dois anos de atividade. Escassez de dinheiro foi o principal motivo apontado pelos microempresários falidos para o fechamento das portas de seus negócios: 42% deles cravaram "falta de capital de giro" como o maior motivo. que é a falta de financiamentos adequados para micro e pequenas empresas". a falhas gerenciais na condução do negócio. 33 anos. porque o ritmo de abertura de empresas é muito intenso. em primeiro lugar. No Brasil. afirma Luis Carlos Floriani. Nem tudo é desperdiçado. as pequenas e médias empresas têm uma taxa de sobrevida baixa quando comparadas com as de maior porte. O Sebrae estima que elas geravam 2. Entende-se que a superação de boa parte desse problema só será possível quando parte dos problemas gerenciais presentes nessas entidades forem sanados. A pesquisa conclui que as causas da mortalidade estão relacionadas.muitas pelas mesmas pessoas que encerraram atividades anteriores. porém.4 milhões de empregos e que. investiram R$ 19. a sua alta taxa de mortalidade nos primeiros anos de existência pode se traduzir em um entrave ao desenvolvimento social e econômico. Realizado no primeiro trimestre deste ano. secretário-geral do Movimento Nacional da Micro e Pequena Empresa (Monampe). "As falhas gerenciais estão relacionadas à falta de planejamento na abertura do negócio. A maioria absoluta (96%).679 empresas fecharam as portas. emprega até nove funcionários. Mas dinheiro apenas não basta: a segunda maior causa apontada foi a "falta de clientes". da concorrência. o empresário não tem tempo para cuidar de tantos detalhes. relata o secretário-geral do movimento. sentencia. Desenvolvida pela Associação de Joinville e Região das Pequenas. dos clientes e de todos os outros fatores administrativos que a administração de uma empresa envolve? "A quantidade de informações que se precisa hoje para manter uma empresa é muito maior do que dez anos atrás”. Depois oferece treinamentos que vão de marketing a finanças. desenvolvendo ele mesmo o produto ou serviço que será vendido. "Nenhuma microempresa consegue sobreviver sozinha por mais de três anos". Não é incomum que o próprio empreendedor atue no processo produtivo. "As indústrias brasileiras investiram pesado em tecnologia. nove funcionários. Em seguida há consultorias de gestão e. entre outros fatores". secretário-geral do Monampe. As estruturas de fiscalização estão mais rígidas. do planejamento. no máximo. faz um diagnóstico das empresas que participam. que em 1986 comprou uma pequena fábrica de móveis.6. Máquinas desempregaram gente e não havia um planejamento para reacomodar toda aquela massa de pessoas sem emprego. Os negócios até que iam bem. a solução passa obrigatoriamente pelo associativismo. Como o casal Geraldo e Tereza Morais. Ele é um dos participantes do Programa para Diminuiçao da Taxa de Mortalidade da Micro e Pequena Empresa (Prodim). Empresas que fazem parte de consórcios de exportação ou de incubadoras tendem a durar mais tempo. as decisões precisam ser tomadas de forma mais rápida. Primeiro. no final. Resultado: a maioria virou empreendedor por necessidade". quem vai cuidar da burocracia. quando o Brasil abriu seu mercado para exportações. Médias e Micro Empresas (Ajorpeme) em parceria com o Sebrae. o programa tem quatro fases. Há razões que embasam sua tese: 96% das empresas que fecharam suas portas entre 2000 e 2002 têm. 2. o potencial dos consumidores. dos fornecedores. e os juros aumentaram e nossas dívidas se multiplicaram". "De uma hora para outra a inflação disparou. aponta o levantamento. Num cenário assim. lembra Geraldo. O bom das pequenas empresas começou na década de 1990. Argumenta Floriani: Sozinho. palestras sobre . mas a sucessão de fracassos dos planos econômicos do governo os fez fechar as portas.25 sobrevivência do empreendimento. A opinião é de Luis Carlos Floriani. como a existência de concorrência.. Associativismo é Alternativa para Evitar Falência Se o problema são falhas gerenciais. Na faixa dos três anos. "Hoje seria muito mais difícil de fecharmos as portas". Nem só de epitáfios vivem os vivos. O Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial . conforme a célebre newtoniana. o percentual se considerava alarmante (62.9%.4% dessas entidades e. pura e simplesmente. 2007). podendo vir a se alongar como uma tendência benéfica. com o Super Simples.7% das micro e pequenas empresas fecham as portas antes do segundo ano de funcionamento. três exercícios. porque extraídos do órgão que neste país melhor entende do problema. é onde se dá uma espécie de atenuação desse enorme prejuízo social que é o estrangulamento das micro e pequenas iniciativas econômico-empresariais. vêm felizmente declinando a partir de 2001. (SEBRAE/ES.7%). o país assiste a notícias governamentais sobre o que se vai fazer de bom para essas iniciativas altamente germinativas do emprego da mão-de-obra. "Temos mais condições e estamos mais preparados". posto que cogitará. No curso dos primeiros três anos de operações. fecham 56.7.9%. . A Região Nordeste lidera no país a funesta estatística da mortalidade das micro e pequenas empresas considerado o período de quatro anos. para 59. É claro que este último número é igual e patentemente insatisfatório sob todos os ângulos pelos quais se estude o fenômeno.Falências das Pequenas e Médias Empresas na Região do Brasil As informações indicam ainda que 49. de desobrigar essas modestas iniciativas do pagamento de todo e qualquer imposto e toda e qualquer taxa na ordem federal. a cada ação corresponde uma reação igual em sentido contrário. No exercício anterior. Agora. mas declinou. no sentido de que se lance com a brevidade possível o programa fazendário Super Simples. conforme assinalado.CNDI está em vias de aprovar documento dirigido ao Presidente da República. Se. ir-se-á mais longe. A chamada taxa de mortalidade correspondente ao período assinalado. até quatro exercícios. (SEBRAE/ES. na maioria dos casos. Não disporiam as micro e pequenas empresas do oxigênio sem o qual nem os grandes conglomerados empresariais sobreviveriam: não dispõem. 2007). diz Geraldo Morais. (MF) 2. pretenso sucessor do Simples que veio para facilitar às micro e pequenas empresas o pagamento das respectivas obrigações fiscais.26 encargos e tributos. o Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). São dados fidedignos. anota o Sebrae. do necessário capital de giro. fecham 59. mas trata-se de um declínio da posição pior para uma posição melhor. É preciso também reconhecer que a desoneração de parte ou do todo da carga fiscal que pende sobre as firmas de que falamos é uma forma indireta de lhes prover o capital de giro a que aspiram. (SEBRAE/ES. segundo o modelo federal. isto é. tão apenas. não se excluem. para que.27 O projeto iria mais distante ainda: a União Federal está induzindo os Governos Estaduais a seguirem as suas pegadas. desobrigar as micro e pequenas empresas do recolhimento dos tributos e contribuições estaduais. recaia sobre elas. Esta série de providências em gestação não impedirá que as autoridades públicas revejam o problema do financiamento do capital de giro das micro e pequenas empresas. nos termos do que acima ficou enunciado. a União Federal ficaria satisfeita se eles concordassem numa representativa diminuição dos respectivos tributos. Maior giro e dispensa de tributos completa-se. taxas e contribuições. Caso não seja possível o expediente da parte dos Estados. 2007). . a tributação municipal. possibilitando o cumprimento das obrigações assumidas. que deveriam ser saudados ao fim de cada viagem para a continuidade do crédito” (BRIGHAM e HOUSTON. títulos negociáveis. A Gestão do Capital de Giro. Política de Capital de Giro: diretrizes determinantes das decisões sobre os níveis do ativo circulante e seu financiamento. Este ciclo é chamado de ciclo operacional de caixa. Gerenciamento de Liquidez: planejamento de compras e de utilização de recursos líquidos. (2001) nos dão algumas definições de capital de giro e termos relacionados: Capital de Giro: Investimento da empresa em ativos de curto prazo (período inferior a um ano) em caixa. vendem mercadorias a crédito e depois cobram as contas a receber. o tempo. Administração do Capital de Giro: gerenciamento dos ativos e passivos circulantes.28 CAPÍTULO 3 O PAPEL DO CAPITAL DE GIRO PARA O CRESCIMENTO DAS MPE´S O termo capital de giro teve origem com os antigos mascates ianques.Em geral as empresas seguem um ciclo operacional no qual compram estoques. pois era o que o mascate vendia (girava) para gerar seus lucros. engloba a administração. 1999). que carregavam suas carroças com mercadorias e percorriam suas rotas vendendo seus artigos. Capital de Giro Próprio: parte do ativo circulante que é financiada com recursos da própria empresa. estoques e contas a receber. Gapenski e Ehrhardt. A carroça e o cavalo eram financiados com capital próprio. Tem como um dos principais fatores. A mercadoria era chamada de capital de giro. dos níveis desejados dos seus ativos e seus passivos. produzem. dentro de critérios estabelecidos dos ativos circulantes e dos passivos circulantes definidos através de uma política adotada pela empresa. . Índices de Liquidez: quocientes que mostram a relação entre caixa e outros ativos circulantes de uma empresa e seus passivos circulantes. porém o capital para a compra de mercadorias era financiado pelos bancos e eram chamados de empréstimos para capital de giro. Brigham. compondo os ativos fixos do mascate. será determinado também o resultado de cada empresa competidora e divulgado em um Relatório Confidencial. (1997. bem como uma visão estratégica do cotidiano empresarial. que menores preços podem não garantir a rentabilidade necessária. o fator determinante para o sucesso nas vendas é o menor preço praticado pela empresa competidora. visto que. Conforme ensinam Martins & Luna: As contas do Balanço estão relacionadas ao cálculo das necessidades de Capital de Giro e forma de financiamento destas.1 A Gestão de Custos Administrativos Capital de Giro é um “jogo” (habilidade para lidar com o lucro ativo e passivo) empresarial apoiado em técnicas de simulação cujo objetivo é conduzir o educando a testar e avaliar ações sem ter que submeter a empresa a riscos ou custos de uma situação real. é fundamental conhecer os Demonstrativos Financeiros mais utilizados pela empresa: Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultados. As pequenas empresas participantes necessitam de um conhecimento em custos e gestão do capital de giro. porém.29 A boa política de Capital de Giro é elaborada para minimizar o tempo entre desembolsos de caixa com materiais e o de recebimentos de vendas. necessariamente trabalham com produtos cuja qualidade é inquestionável. Cabe a pequena empresa competidora. em contrapartida preços elevados podem significar queda nos volumes de vendas comprometendo o desempenho econômico da empresa. no atual cenário mundial. Vendas e Preços praticados por região. conforme será visto mais adiante ao se tratar do Ciclo Operacional. sua Demanda. As contas do Demonstrativo de Resultados. p. Para o Gerenciamento do Capital de Giro. seu Fluxo de Caixa. 3. Estes aspectos são necessários para a avaliação das necessidades do Capital de Giro e o entendimento do Ciclo do Negócio. a pequena empresa que praticar o menor preço terá maiores possibilidades de venda. Com a determinação do preço de venda. entre outras informações essenciais para a gestão da pequena empresa. Como no mundo real em que estão inseridas as pequenas empresas. Diante deste fator. por sua vez. as pequenas empresas para permanecerem no mercado. para fazerem frente às situações impostas pelo mercado aqui representado pelo animador. sem o comprometimento de sua saúde financeira. determinar o valor de venda em função de garantir sua participação no mercado.54). no qual constará o Balanço da pequena empresa. vão refletir os aspectos econômicos da empresa. Este relatório subsidiará a empresa nas decisões para o período . seu Demonstrativo Gerencial de Resultados. Vale ressaltar. 3.30 seguinte. . Em 1945 abriu sua primeira filial na cidade de São Paulo. sendo um dos maiores bancos do mundo. será gerado um Relatório Especial dos Resultados das pequenas empresas participantes.2 As Dificuldades das Pequenas e Médias Empresas em Gerir o seu Capital de Giro É permitido à pequena empresa fazer aplicações no mercado financeiro. apresentada no Boletim Informativo. Em 1963 adquire 50% das ações da Aymoré Financiamentos. A taxa de Juros para aplicação será 30% maior que a taxa de juros referencial do Banco Central. na conta Receitas Financeiras e o montante aplicado no Realizável a Curto Prazo do Balanço Patrimonial do período da aplicação. que será debitado no período seguinte à aplicação juntamente com o seu resgate. As aplicações feitas em um período serão resgatadas no período seguinte. Ferramentas de Acesso ao Capital de Giro Disponíveis Para as MPE´s no Banco Real Com experiência de 90 anos no país. a Demanda e Venda por região com a participação de cada empresa concorrente e os preços médios praticados pelas empresas nas regiões de atuação. O resultado líquido da aplicação deverá ser registrado no DGR (Demonstrativo Gerencial de Resultados). Sobre o resultado da aplicação incide uma taxa de 35% referente ao imposto de Renda. Também está presente em mais de 70 países. O ABN AMRO Brasil engloba um conjunto de empresas: • • • • • ABN AMRO Bank BANCO REAL ABN AMRO Asset Management BANDEPE REAL SEGUROS A trajetória do ABN AMRO começou em 1917. o ABN AMRO tem profundo conhecimento no mercado brasileiro. Além do Relatório Confidencial. os Índices Econômicos/ Financeiros. 3. contendo informação sobre os Balanços das Empresas. 3. com os seguintes objetivos: • • • Aprimorar cada vez mais o atendimento a nossos clientes.a. 57.0% superior aos R$ 439 milhões registrados no mesmo período de 2007.31 O nome ABN AMRO Bank surge em 1993.  Lucro 2007 O resultado operacional alcançado no 1° semestre de 2004 pelo Banco Real e empresas ABN AMRO no Brasil foi 25. Adicionalmente. resultados do foco do Banco Real e empresas ABN AMRO nas necessidades de seus clientes. quando muda sua sede do Rio de Janeiro para São Paulo. Atingir posição de liderança em mercados selecionados e Maximizar o valor adicionado para o acionista.  Crescimento da plataforma de negócios . Estas foram algumas das mais importantes fases da instituição no Brasil.1% maior que o registrado no mesmo período de 2007. O lucro líquido foi de R$ 690 milhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido no semestre foi de 19.1% maior que no 1ºsemestre de 2003 e lucro líquido de R$ 690 milhões. atingindo R$ 931 milhões.  Lucro 2006 Banco Real Empresas ABN AMRO no Brasil apresentam resultado operacional 25.5% a. Essa elevação se deve ao crescimento da carteira de crédito e de uma sólida retomada do crescimento das receitas de serviços. A aquisição do Banco Real e do Bandepe acontece em 1998. entrou em vigor a nova estrutura mundial do banco. amparado por três linhas de negócios. vale mencionar o resultado positivo decorrente da variaçãocambial que impactou a posição de hedge (investimentos no exterior) causando uma redução na linha de impostos. Em 2001. ressaltando o suporte do Banco. registrou um crescimento de 45% em relação ao total no mesmo período de 2007. A carteira de crédito representou 47. Os dois bancos irão atuar com produtos e serviços através de canais de acesso eletrônicos que irão oferecer o mesmo nível de serviço (Internet.163 pontos de atendimentos próprios e 5.a.2% em relação a junho de 2007 e atingiu R$ 28. processos e infra-estrutura. o Banco Reale empresas ABN AMRO no Brasil compreenderam em 30 de junho de 2004 uma rede de 3. O varejo.  Aquisição do Banco Sudameris Desde que a administração do Banco Sudameris foi assumida pelo Banco Real e empresas ABN AMRO no Brasil o foco principal vem sendo a retomada das atividades comerciais e a busca de maior eficiência a partir do aproveitamento das sinergias entre as instituições.4% a. profissionalismo. impulsionado pelo varejo. assegurando a conquista de mais um passo na direção da construção da nova história do Banco Real e do Banco Sudameris.6 bilhões. seguindo os princípios e valores de respeito. O crescimento da carteira de crédito ao varejo foi impulsionado por negócios com pequenas empresas.0 bilhões. call center e autoatendimento) atendendo as necessidades específicas de cada segmento de clientes. um crescimento de 45. O Banco Real acompanha atentamente as taxas de juros praticadas no mercado. As taxas correspondentes a cada produto. oferecendo mais segurança e modernidade aos clientes do Banco Sudameris. Até outubro deste ano deve estar finalizada a migração de sistemas.2 bilhões registrados em junho de 2007.32 Os ativos totais do Banco Real e empresas ABN AMRO no Brasil alcançaram R$ 60. pois tem como objetivo oferecer sempre as melhores condições a seus clientes.5% em relação aos R$ 41. cresceu 57. . que representa mais de 50% dos créditos concedidos. Linha de crédito para empresa. trabalho em equipe e integridade que pautam a atuação do ABN AMRO em todas as suas atividades. A rentabilidade dos ativos no período foi de 2.418 pontos de venda.7% do total de ativos. Com a aquisição do Banco Sudameris.  Crescimento contínuo do total de empréstimos e financiamentos. O processo como um todo tem transcorrido conforme o esperado. de acordo com seu projeto ou necessidade. do Disque Real Pessoa Jurídica. As taxas podem ser prefixadas ou pós-fixadas. a pequena e micro empresa tem acesso a uma linha de crédito destinada a atender às necessidades de caixa de curto e médio prazo. Depois da aprovação do limite. pode parcelar o pagamento em até 8 vezes • • Capital de Giro Final: sua empresa escolhe a melhor forma de pagamento. de acordo com o fluxo de caixa da sua empresa. Se preferir. identificadas com o nome Real Giro Automático. ou preenchendo uma das três últimas folhas de seu talão de cheques. As modalidades de Capital de Giro disponibilizadas pelo Banco Real são: • Capital de Giro 13º Salário: a taxa é pré-fixada e sua empresa tem carência de até 60 dias para pagar a primeira parcela. de acordo com as previsões de receita Capital de Giro Parcelado: os pagamentos são mensais. Valores a partir de R$ 500 podem ser divididos de 3 a 9 vezes em parcelas fixas. e a cada parcela paga o limite é recomposto com base no valor principal.33 • Capital de giro Com o Capital de Giro do BANCO REAL/ ABN AMRO. sem a necessidade de descapitalização. você pode oferecer uma série de garantias que serão atreladas ao empréstimo. Sua empresa recebe o valor contratado de uma só vez na conta corrente e conta com prazos flexíveis para pagamento. do Auto-Atendimento. Na hora da contratação. você pode utilizar o crédito por meio do Real Internet Empresa. . verdadeiramente. conciliada e mantida com respeito às boas técnicas contábeis. O profissional da área financeira. que são os recursos advindos do faturamento “sem nota fiscal”. . que tem formação técnica ligado ao seu negócio. os empresários tomam decisões incompatíveis com os objetivos da empresas levando-as a morte precocemente. cada vez mais necessitam de controles precisos e de informações oportunas sobre seu negócio para adequar as suas operações às novas situações. O primeiro passo para uma. da concorrência. pela própria natureza das funções que lhe são solicitadas a desempenhar. Esta prática. necessitará de formação bem diferente daquela exigida para o profissional que atua na contabilidade formal. do controle dos gastos. para elaborar e interpretar relatórios que mensurem os resultados e forneçam informações necessárias para tomadas de decisões e. isto tem levado a um grande numero de falências.34 CONCLUSÃO As empresas estão em constantes mudanças. concordatas e fechamento das pequenas empresas nos seus primeiros anos de vida. do ponto de equilíbrio. visando ocultar o chamado “caixa dois”. de um planejamento tributário. execução e controle. etc. para o processo de gestão: planejamento. Sem o conhecimento do mercado. economia. precisando assim de bons conhecimentos matemáticos e estatísticos. mas sem a formação administrativa de gestão. visa diminuir os custos tributários envolvidos na operação de um negócio. bastante comum. finanças. é que seja atualizada. que ninguém pode negar. é a existência de controles financeiros á parte. do fluxo de caixa. na atualidade ela passa a ser vista também como um instrumento gerencial que se utiliza de um sistema de informações para registrar as operações da organização. marketing. As empresas de pequeno porte normalmente são administradas pelos próprios sócios. Realidade presente na maioria das empresas brasileiras. da formação de preços. tais como administração. pesquisa operacional e técnicas de planejamento. da legislação pertinente ao seu negócio. Observamos que durante anos a Contabilidade foi vista apenas como um sistema de informações tributárias. do controle dos estoques. deve organizar-se de modo a manter um processo contínuo de comunicação com seus clientes. pois a sua utilização atende tanto aos grandes quanto aos pequenos empresários. Já os métodos multicritérios agregam um valor significativo à informação contábil.35 A empresa. porém. buscando perceber seus anseios e suas necessidades para que possa ser um instrumento gerencial eficaz. para vender o seu produto e se valorizar. mas também conferem ao processo de tomada de decisão uma clareza e conseqüente transparência. portanto. o microempresário também pode usufruir dela. a aplicação dos métodos multicritérios é ainda muito escassa. na medida em que não somente permitem a abordagem de problemas considerados complexos e. não disponíveis quando esses procedimentos ou outros métodos de natureza monocritério são utilizados. inteirarem-se acerca das características dos métodos e suas prováveis aplicabilidades na lide gerencial cotidiana. por isto mesmo. para usufruir desta poderosa ferramenta de apoio ao processo de tomada de decisões. aos profissionais da área financeira. não tratáveis pelos procedimentos intuitivo-empíricos usuais. O fato de os contadores manterem comunicação constante com seus clientes já abre espaço para que a contabilidade gerencial venha a ser disseminada e despertar o interesse dos empresários das pequenas e microempresas. . Na área financeira. Cabe. pois a contabilidade gerencial não é apenas para as grandes empresas. Rogério. 1999. 6. Teoria e Prática. Sérgio de. Robert N. Alexandre. Anthony A. 6. 1999. BRAGA. 1998. jul.1. São Paulo: Atlas. 2006. São Paulo: Atlas.. 1989. Proposta de um Sistema de Avaliação de Custos Intangíveis. A Gerência das Pequenas e Médias Empresas: O que saber para administrá-las. Sistemas de Controle Gerencial Tradução: Adalberto Ferreira das Neves. São Paulo: Maltese. Luiz F. DIEHL. CREPALDI. CHÉR. São Paulo: Atlas. São Paulo: FIPECAFI.1. UFRGS: Porto Alegre. Contabilidade Gerencial. GOMES. Análise e Interpretação. ed. R.M. Tese (doutorado). 1998. IUDÍCIBUS. Silvio Aparecido. São Paulo: Atlas. Revista ANGRAD. São Paulo: Atlas. v.. 1997.. ATKINSON. et all. 1990. UFSC: Florianópolis. Anais.2000./set. Finanças Corporativas e Valor. BORGERT. Carlos Alberto. A Importância do Apoio Multicritério à Decisão na Formação do Administrador. In: Congresso Brasileiro de Custos. 1999. Custos intangíveis: uma proposta de avaliação. 1996. FREITAS JR. Construção de um Sistema de Gestão de Produtos à Luz de uma Metodologia Construtivista Multicritério. Altair. ASSAF NETO. São Paulo: Atlas.A. . Demonstrações Financeiras: Estrutura. Rio de Janeiro. _________. 2ª ed.36 REFERÊNCIAS ANTHONY. n. Antonio A. 2000.. H. Dissertação (mestrado). Contabilidade Gerencial.. São Paulo. Contabilidade Gerencial. Acesso em: 21 Out. MARTINS. São Paulo: Atlas. MATARAZZO. Dante C. 1998. Ariovaldo et al. São Paulo: FIPECAFI. Contabilidade Gerencial. José E. et al. SVEIBY. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. 6. São Paulo: Atlas. 1996. Rio de Janeiro: Campus. SANTOS. Marcos Antonio. Metodologia de Trabalho Acadêmico. 1999. . 1993. Robert S. Rio de Janeiro: Juruá Editora. 4 ed.. 2001. 1999. São Paulo: Pioneira. In: Congresso Brasileiro de Custos. PAMPLONA. Contabilidade gerencial: a restauração da relevância da contabilidade gerencial nas empresas. REIS. 2 ed. 1997. Edson de O. São Paulo: Atlas. Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo. São Paulo. Tese de Doutorado Apresentada a FEA / USP. Contabilidade de Custos.37 JOHNSON. Carl S. VIVEIROS.iem. 1994. Clóvis Luís. São Paulo: Atlas. O Papel da Subjetividade no Contexto da Contabilidade Gerencial. A Contabilidade Gerencial. Retorno de Investimento: abordagem matemática e contábil do lucro empresarial. 2001. São Paulo: Atlas. 1996. Um enfoque em sistema de informação contábil. Ernando A. et al. H Thomas. Disponível em: http://www. PADOVEZE. Ulisses de. 2 ed. Anais. São Paulo. 1999. Contabilidade Gerencial.br/edson/. 1993. Práticas de Contabilidade Gerencial Adotadas por Subsidiárias Brasileiras de Empresas Multinacionais. Reinaldo. Porto Alegre: DC Luzato.. 1998. TAFNER. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. Curso de contabilidade gerencial. 1993. SOUZA. KAPLAN. A Nova Riqueza das Organizações. Elisabeth P. Karl Erik. GUERREIRO. Eliseu. Rio de Janeiro: Campus. ZDANOWICZ.. dos. Enfoque Gerencial da Contabilidade de Custos.efei. WARREN. 2007. 38 .


Comments

Copyright © 2024 UPDOCS Inc.