A Força Curativa da Respiração50 exercícios respiratórios para o corpo, a alma e o espírito MARIETTA TILL O Livro Este livro prático contém exercícios respiratórios destinados a combater as mais variadas moléstias e doenças do corpo, assim como angústias, depressões e outros problemas psíquicos. Não é sem razão que, em todas as atividades que dependem do sugestionamento — acima de tudo, na hipnose e no treinamento autógeno —, a respiração, aplicada consciente e objetivamente, desempenha um papel importante. Por outro lado, utiliza-se também a força da imaginação como um elemento essencial da terapia respiratória. Por isso, acrescenta-se a cada exercício uma fórmula sugestiva ou uma imagem com função meditativa, que apóia e aumenta o poder de cura da respiração. Desse modo, a respiração não serve somente à preservação da saúde, à prevenção de doenças ou à sua cura, mas leva também ao relaxamento, ao mergulho dentro de si mesmo e à ampliação da consciência. Nesse caminho, a força da respiração torna-se a fonte da harmonia entre o espírito e o corpo. A Autora Marietta Til nasceu em Munique. Estudou filologia clássica, germânica e línguas orientais antigas na cidade do seu nascimento e em Viena. Depois da guerra, empreendeu longas viagens ao exterior, ocupando-se intensamente com a filosofia oriental. De 1962 a 1976, trabalhou como docente no colégio para estudantes estrangeiros de Munique. É discípula de Thorwald Dethlefsen e do conhecido mestre de ioga, Robert Walser, da Suíça, sendo ela própria instrutora de ioga desde 1973. PREFÁCIO Certa vez, alguém que vivia em busca da verdade foi ter com um grande mestre a fim de ser levado à experiência dos estados superiores da consciência. Vendo que ele estava mais interessado em obter poder sobre os outros do que no aperfeiçoamento espiritual, o mestre levou-o a um rio e, fazendo-o submergir, segurou-lhe a cabeça sob a água até ele quase se afogar. Só então o deixou livre, perguntando-lhe: “Qual era o seu maior desejo quando estava debaixo da água?” Esgotado e respirando profundamente, ele respondeu: “Eu queria ar!” “Então volte”, disse o mestre, “quando o seu desejo pelo próprio aperfeiçoamento for tão grande quanto o seu anseio por ar!” Sem alento não há vida! Podemos viver um bom tempo sem alimento, mas só alguns minutos sem ar Todos sabemos disso. Poucos, porém, sabem que respirar pode significar muito mais do que deixar que o corpo apreenda o ar de que necessita. Poucos sabem que a respiração representa um importante elo entre o corpo e o espírito, e que exerce urna profunda influência sobre o evento psicossomático. Por isso, o treinamento sistemático da respiração — apresentado neste livro com exemplos os mais variados — pode levar a um sensível bem-estar e a experiências positivas em todos os níveis da nossa existência. Atualmente, o treinamento da respiração faz parte dos muitos caminhos de salvação oferecidos, podendo a “salvação” ter neles o significado de “cura”. No entanto, a maioria das disciplinas que devem levar à salvação normalmente se restringe ao método da experiência corporal e da imaginação, negligenciando o importantíssimo papel que a respiração pode desempenhar nisso. O caminho hindu da ioga, com seu treinamento meditativo da respiração, faz parte dos mais conhecidos métodos de treinamento. Descobertos há milênios, durante largo período de tempo esses exercícios só foram transmitidos, em sigilo, nas associações secretas e nas escolas iniciáticas (1). Só agora, na nossa época, estes assomam novamente à luz, depois do longo tempo de subnutrição espiritual e de orientação puramente materialista que o mundo ocidental teve de atravessar. Todos os caminhos e terapias alternativas dos nossos dias visam conduzir o homem de encontro ao seu interior, promover seu autoconhecimento e transformar o seu ego exterior numa forma superior de consciência. Uma contribuição essencial para isso pode resultar da respiração que é a expressão de um processo profundamente interior. Com ela, temos em mãos um instrumento que, conduzido pela nossa vontade, tem a possibilidade de dirigir-se até os processos inconscientes e autônomos do nosso corpo, possibilidade essa da qual somente o homem, entre todos os seres vivos, pode dispor. Assim, por exemplo, a atividade cardíaca, a freqüência do pulso, a digestão e também as emoções reprimidas podem ser influenciadas, profundamente modificadas e até eliminadas pela respiração objetivada. Quem não ouviu falar dos iogues que se deixam enterrar vivos por três semanas? 1. Além das escolas de mistérios do Egito e da era clássica, fazem parte delas os primeiros cristãos (os gnósticos), os monges do monte Atos, os franco-maçom e os rosa-cruzes. As nossas formas espirituais - a concentração, a memória e o discernimento tiram proveito da respiração orientada, do mesmo modo com que nossa constituição psíquica, a exercitar-se pacientemente e a libertar-se da escória da emoção negativa. Podemos experimentar em nós mesmos aquilo de que a respiração é capaz: sentando-nos em posição ereta, numa cadeira, concentramo-nos na respiração e, de olhos fechados, eliminamos todos os outros pensamentos. Agora, prolongamos, pouco a pouco, o tempo de expiração e da inspiração, ‘observamos a respiração”. Depois de cinco minutos, iremos sentir que uma calma benéfica nos invade, e que as nossas preocupações e os nossos problemas diminuíram. Outro exemplo: vamos a uma festa popular e entramos na “montanha russa”. Cada vez que os carros descem, temos uma sensação de náusea no estômago; somos presas do medo. Mas, se inspirarmos profundamente enquanto descemos, o medo não se apresentará! Esses são apenas dois exemplos da influência da respiração orientada conscientemente. Os chineses são da opinião que a respiração calma prolonga até mesmo a vida. Seus filósofos afirmam que, quando o homem nasce, é-lhe proporcionado um determinado número de respirações. Caso respire rápida e agitadamente, a sua energia vital logo chegará ao fim. Exemplo disso eles vão buscar no macaco arisco, de vida curta, e na tartaruga centenária com a sua respiração acentuadamente lenta. Fontes bem orientadas e fidedignas vindas do Oriente nos falam de resultados respiratórios verdadeiramente miraculosos. Sabemos, assim, de monges tibetanos que, no frio intenso, sentam-se nus sobre a neve, tendo de secar certo número de lençóis molhados, antes de serem admitidos em determinados rituais da vida monástica. Eles treinam o Tum-Mo, um exercício respiratório que produz calor. A. Jusseck, um psicoterapeuta conhecido, que atualmente vive nos Estados Unidos, deve a esse exercício a salvação da sua vida, quando estava em Stalingrado. A famosa exploradora do Tibete, Alexandra David-Néel, descreve como outros monges tibetanos que se submeteram, durante anos, a certos exercícios respiratórios são capazes de vencer grandes distâncias como se tivessem “botas de sete léguas”, mais voando como pássaros do que andando, tocando a terra só de vez em quando com a ponta dos pés.3 Em tempos mais recentes, sabemos que, na psicoterapia, uma influência especial da respiração pode levar os pacientes a um nível diferente de consciência (“estado Alfa ou Teta”), no qual tornam a surgir experiências que já haviam desaparecido da memória (terapia primária, rebirthing). E o moderno método do superlearning que no estudo de línguas também é apoiado por exercícios respiratórios. Esses exemplos devem ser suficientes para esclarecer o extraordinário efeito a que pode chegar a função respiratória orientada. A respiração correta promove não apenas a agilidade do corpo, a vigilância do espírito e o equilíbrio da psique, mas também uma capacidade maior do hemisfério direito do cérebro, ao qual compete a fantasia, a vida onírica e as capacidades criativas. Esse hemisfério foi negligenciado nos nossos dias em prol do culto do intelecto. Redescoberto, ele confere sentido e alegria à nossa existência e à nossa individualidade. Respirar corretamente proporciona um acréscimo de energia ao nosso corpo sutil, também chamado corpo cinestésico, etérico ou corpo prana, porque, pela respiração, aspiramos não apenas oxigênio, mas também o elixir criativo da vida (que os hindus chamam de “prana” e os chineses de “ki”), que mantém vivo o nosso corpo psíquico, fortalece a membrana celular e reforça o sistema imunológico. A respiração correta pode nos tirar da polaridade — que sofremos desde a “expulsão do paraíso” — e nos fazer voltar à unidade, na qual a criação já não se apresenta mais como algo separado de nós, mas como solidariedade do destino em relação a tudo o que vive. Assim, o mergulho no interior de nós mesmos, mediante a respiração, não nos separa de modo algum dos nossos companheiros —coisa que muitos receiam; ao contrário, melhora nosso relacionamento social, a simpatia e o amor humano. O ar é o elemento de comunicação com o tu. Tudo tem de respirar, as plantas, os animais, as árvores e também a colmeia e até uma orquestra. O próprio universo, uma vez por dia, inspira — da meia-noite ao meio-dia — e novamente expira — do meio-dia à meia-noite. Por isso, o melhor momento para os nossos exercícios é a primeira metade do dia. Mas o alento de Brahma, o grande criador dos mundos, abrange, segundo o pensamento hindu, eras siderais, cujo ciclo atual nos trouxe a era da escura deusa Kali, dos sacrifícios humanos, das guerras e guerrilhas sangrentas, das agressões. Uma razão a mais para procurarmos auxílios libertadores que nos conduzam à luz! Respirar corretamente significa levar a consciência a todas as partes do corpo. No entanto, este é o elemento fundamental da transformação integradora do nosso ser. Se unirmos o alento à força da nossa imaginação - como o faz um químico hábil com seus ingredientes - experimentaremos um surpreendente acréscimo das nossas possibilidades e, no fim de tudo, da totalidade da nossa força vital. Um exemplo: de olhos fechados, imaginemos nosso joelho direito, com a rótula, os tendões e os ligamentos. Agora, “respiremos vigorosamente para dentro do joelho”, o que vivifica ativamente a imaginação. Podemos também pôr a mão direita - a doadora - sobre o joelho, imaginando que o fluxo energético passa, com a respiração, através do braço e da palma da mão, diretamente para o joelho. Dentro em pouco, a sensação de calor com a sua força de cura surgirá nesse local. Como um servo fiel, a respiração se submete à nossa vontade. Falando de “vontade”, não devemos cometer o erro de evocar ambições competitivas nesses exercícios altamente diferenciados. Nesses exercícios, não interessa quem respira melhor, quem absorve mais ar ou quem suspende a respiração por mais tempo. Os efeitos devem se instalar bem devagar, como por si mesmos, como que “furtivamente”. Não sendo assim, logo surgirão tensões e bloqueios, como podemos observar diariamente nos rostos crispados dos jogues. Feitos com boa vontade e assiduamente, os exercícios respiratórios representam uma atividade relaxante, natural e alegre. Ranger os dentes durante sua execução é despropositado. No caso, trata-se de uma atitude que nós, ocidentais, achamos muito difícil compreender: o Wu-Wei oriental, a não-ação na ação. isso quer dizer: sem agarrar-se a um objetivo, sem ambição e sem o desejo egoísta de lucro (coisa que existe também no terreno espiritual) desenvolver uma atividade criativa, deixar fluir as energias e, no nosso caso, “abrir-se ao alento”. Em relação a isso, os hindus têm uma bela metáfora. Dizem eles: “Busca a tua estrada de autorealização no meio, entre o caminho dos gatos e o caminho dos macacos!” É que o gatinho, todo indolente, deixa que a mãe o carregue, segurando-o na boca, ao contrário do macaquinho, que se agarra com toda a força à sua progenitora. Respirar é prazer, mas não no sentido hedonista de gozar a vida. Ao respirar, “sorrimos” para os pulmões. Respirar é um ato inspirado. Inspirar significa soprar para dentro; assim, o alento é uma dádiva divina. Porque, tal como está na Bíblia, Deus insuflou o ruach ou pneuma no torrão de terra, Adão. Ambas as palavras, de origem hebraica e grega, significam, além de “alento”, também “espírito”. Mais adiante, reza a Bíblia: “...e assim o homem tomou-se uma alma viva”. Isso quer dizer que, no seu sentido mais profundo, o alento é um instrumento divino e um guia, sempre presente, que leva à grande libertação. também poderá fazê-los. Alguns poucos exercícios. já traz. o principiante não deve se preocupar com estes centros que. já modificam a nossa consciência. Quem encontrar dificuldades nessa última parte não deve desanimar. São ordenados segundo os seus efeitos e o grau de dificuldade. realizada de olhos fechados.Sobre os Exercícios Os exercícios reunidos neste livro são o resultado do trabalho de muitos anos com pessoas sadias e doentes. a respiração ritmada nos acompanhará ao longo do dia. em pé ou deitado. . mesmo ao nãoiniciado. participam da transformação do corpo. a sua localização e inclusão no treinamento respiratório de cada dia. quer passemos a maior parte do tempo em casa ou no escritório quer sejamos desportistas ou operários. o ensinamento dos sete centros energéticos da ioga. de modo que uma pessoa que está de cama e desejosa de acelerar sua convalescença. sensíveis conseqüências no decurso do dia. iremos para o trabalho com mais prazer. em cada exercício respiratório. por si só. A segunda parte inclui também exercícios que pressupõem certo “treino” da respiração e da capacidade de imaginação. e que a concentração necessária no centro interior. em nível sutil. Incluímos no nosso programa. Recomenda-se escolher sempre um ou dois dos exercícios. E como atualmente a maioria das disciplinas físico-espirituais pressupõe o seu conhecimento. do espírito e da alma. de manhã cedo. o mais importante é manter sempre a coluna vertebral reta e a bacia na posição correta. Com poucas exceções. de certo modo em “câmara lenta”. Mesmo assim. porque essas imagens constituem uma excelente ajuda. todos os exercícios podem ser praticados quando se está sentado ou deitado. não queremos nos subtrair à sua explicação. Inconscientemente. indica-se a postura respectiva mais favorável. De início. eles são ativados e postos em movimento. Aquilo que no início parece ser uma montanha intransponível mais tarde se toma um simples outeiro.hindu (a doutrina dos chacras). Para todos os exercícios. com alguma reserva. com a janela aberta. mas tomar repetidamente a imagem e colocá-la diante do seu olho espiritual. repeti-los três a sete vezes e manter essa prática durante uma semana. Quer sentado. Esperamos que a singela exposição da parte B (exercício 37) seja suficiente para facilitar. descontração e prolongando a respiração dentro do possível. Todos os exercícios devem ser realizados com calma. Não se deve esquecer que mesmo os exercícios muito simples são dotados de efeitos surpreendentes. . aquecer o ar e livrá-lo de poeira. todos os exercícios devem ser praticados com uma atitude de descontraída dedicação. associada a . A expiração deve ser acentuada para que a inspiração venha. Mas é preciso não esquecer que todo o sortimento de exercícios respiratórios representa uma ajuda para que nos tomemos mais vigorosos. conforme diz o grande médico Paracelso. Se uma das narinas funciona mal. em atitude meditativa. Um recinto calmo e bem arejado. nesse caso. apóia os seus efeitos. já entramos um pouco na esfera da magia.cada um dos exercícios. É importante respirar pelo nariz a fim de manter a umidade das mucosas. os exercícios simples poderão ser realizados também junto à escrivaninha. Os exercícios devem ser praticados de olhos fechados. serão condições vantajosas. por si mesma. É lógico que certas células nervosas dão o alarme. Ao expirar sempre devemos ser generosos. A ajuda por meio da imaginação. que exageram tudo. Esse perigo ameaça especialmente os neuróticos graves e os psicopatas. Afinal de contas. por algum motivo. A percepção interior intensiva dos espaços corporais tocados complementa cada exercício respiratório. Em todos estes anos. O fraco experimenta fortalecimento. Dessa forma. Mais tarde. dirigida para o interior. esteja impedido. A parte passa a ser o todo. positivos e sadios. seu principal efeito sempre é apontado. A afirmação de alguns críticos de que os exercícios seriam perigosos pode ser conscientemente refutada por nós que temos melhor conhecimento do assunto. se quisermos ser bem-sucedidos. Como já se mencionou no prefácio. oferecendo uma espécie de palavra mágica que mergulha no inconsciente. no avião ou durante um passeio. por fazê-los. visto desse modo. se deveria praticar mais vezes com o lado do nariz que. razão pela qual. não encontramos ninguém que. quando nos enchemos exageradamente de ar ou fazemos continuamente exercícios com a coluna vertebral.Em cada exercício. pode tomar doente todo o lado do corpo correspondente a ela por insuficiência de prana e de oxigênio. ou um local quieto no seio da natureza. em seguida. por termos ampliado os espaços interiores. Um nariz desobstruído é requisito essencial para alguém sair-se bem. “todo remédio também é um veneno”. onde continua atuando. tenha adoecido física ou espiritualmente. tornando-o um pequeno ritual. Exercício IV. Lao-Tzu SUMÁRIO OS EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS . Exercícios para expiração completa 14 Expiração com ‘fft” — a “locomotiva” 15 Expirar deitado 16 Forte retração do diafragma. deitado 18 Suspensão da respiração.. Exercícios preliminares Relaxamento completo Sentar corretamente Respiração dividida e completa II.PARTE A I. em pé 17 Forte retração do diafragma. 12 A “cobra sibilante” — estimulante circulatório 13 Respiração refrescante — (Aromaterapia) III... Exercícios básicos — treinamento da respiração 2 Respiração alternada 3 Respiração “fole” 4 Respiração Haia 5 Respiração do bocejo 6 “Soprar a sopa” 7 “Sopras a vela” 8 O “leio” 9 Respiração lateral 10 Respiração dorsal. Exercícios de suspensão da respiração e de expansão 19 Suspensão da respiração. de quatro 11 Respiração com ênfase no olfato (Aromaterapia) . Exercício II 20 Oscilação do ritmo do fôlego. 1 . O transitório se renova.O vazio recebe conteúdo. do plexo solar 30 Carregamento II.V. II 22 Estimulação pulmonar com suspensão respiratória . 23 Respiração de expansão — “o pássaro alçando vôo” V.. da coluna vertebral — pequena circulação da energia 42 Respiração . i. Exercícios respiratórios para purificação dos pulmões e do sangue 24 Respiração purificadora leve 25 Respiração “Há” 26 A “Esfinge” 27 Purificação pela respiração diafragmática VI.. Sentado 37 Exercício da coluna vertebral — os sete centros energéticos 38 Respiração I.. Exercícios para a transformação espiritual 45 Conscientização dos dois hemisférios cerebrais 46 A respiração da tranqüilidade meditativa 47 A respiração do pentagrama 48 A respiração dos elementos . Direção da consciência — respiração vocálica e consonantal 31 Direcionamento da energia do alento (prana) para lugares doentes 32 Formação de uma capa áurica 33 Respiração vocálica 1.. da coluna vertebral 41 Respiração IV..PARTE B 1. da coluna vertebral — o exercício “Eu sou” 44 O exercício Tum-Mo dos tibetanos II. u . da coluna vertebral — grande circulação da energia 43 Respiração VI. com as vogais a. Respiração da coluna vertebral. 34 Respiração vocálica II — Om 35 A “respiração da cruz” — respiração vocálica III 36 Respiração consonantal — terapia vibratória OS EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS . e.21 Oscilação do ritmo do fôlego. alternada. da coluna vertebral (com resistência) 39 Respiração II. Carregamento de energia 28 Exercício simples de carregamento 29 Carregamento 1. do plexo solar VII. da coluna vertebral (“chafariz”) 40 Respiração III. o. Inteiramente por si mesma. Não interferimos no acontecimento natural. na cabeça e no tronco. com os braços acima da cabeça. O queixo aponta levemente para o peito. No lugar onde nasce o impulso de inspirar. “Crescemos além” do corpo. Experimentamos a sensação: “Respira-se dentro de mim”. os globos oculares dirigidos para a base do nariz. quando nos preparamos para os exercícios respiratórios. O queixo abaixa-se . deixamo-nos afundar cada vez mais como se mergulhássemos num grosso edredão de plumas. o alento entra e sai. o testemunhamos. aí está o nosso centro. observamos a nossa respiração. estiramo-nos para cima e para baixo. No relaxamento completo. Pode-se ter a sensação de uma leve lordose. de modo que possamos virar a palma das mãos para cima. a coluna vertebral reta. Em seguida. a respiração se torna mais lenta e calma e. distanciamo-nos do quotidiano e. Não devemos confundi-lo com um cochilo agradável num divã! Sentar Corretamente A postura: os ossos da bacia estão na vertical. nas costas. distanciamo-nos das coisas. Acompanhando a crescente sensação de peso nos braços e pernas. sejam elas importantes ou não. unimos um pouco mais as omoplatas. Os braços estão esticados ao lado dos quadris. os pés um pouco afastados um do outro.EXERCÍCIOS PRELIMINARES Relaxamento Completo Este treino de descontração deveria ser realizado sempre em primeiro lugar. Deitamo-nos numa esteira e. sem nenhum ruído.49 A respiração “cósmica” I 50 A respiração “cósmica” II I. Relaxamento significa vigilância interior e máxima concentração. Os olhos estão fechados. os ombros descontraídos. Tudo se distancia de nós. como pessoas que desaparecem numa longa alameda. apenas o observamos. neste instante. como se quiséssemos olhar para dentro do cérebro. começamos com o próprio relaxamento. A boca está fechada. vemos como todos os problemas se tornam menores ou insignificantes. Agora. coloca-se um apoio (um livro ou uma almofada) sob o cóccix. usa-se um cobertor firmemente enrolado e senta-se a cavaleiro nesse rolo. . sem distender dolorosamente os tendões. as costas permanecem retas. mas dobradas e deitadas uma para cada lado no chão. o outro pé é colocado na dobra entre as coxas. Assento indonésio: as pernas não estão cruzadas. Assento diamantino ou japonês: de joelhos. de tal modo que o alto da cabeça parece estar sendo puxado para cima por uma força invisível. nossa base está firmemente ancorada. As coxas devem ter contato com o assento. ou entre as nádegas e os calcanhares. usando eventualmente uma pequena almofada entre os pés e o chão. A postura de lótus — sentado com as pernas cruzadas: as plainas dos pés voltadas para cima. Nessa postura. o dorso de cada um dos pés repousa sobre a barriga da perna oposta. Assento num pequeno banco: a parte inferior das pernas é enfiada sob o banquinho. Variante: apenas uma das plantas dos pés voltada para cima. coloca-se uma almofada firme ou um cobertor dobrado sob as nádegas para que os joelhos se apóiem bem no chão. As plantas dos pés apóiam-se no chão ou em cima de um cobertor dobrado. formando uma base firme. é fácil manter a coluna e a bacia na vertical. Observação: As duas primeiras posturas na posição sentada são difíceis para o homem ocidental.um pouco em direção ao peito. sentar-se sobre as pernas. No assento de lótus e no indonésio. mas a coluna não deve encostar no espaldar da cadeira. mas vale a pena treiná-las. e a energia flui livremente por elas. de modo que é fácil manter as costas retas. Caso o assento da cadeira tenha uma inclinação para trás. os joelhos não devem ficar muito altos. Variante: enquanto os joelhos ainda estão muito rígidos. Sentar numa cadeira: as pernas dobram-se em ângulo reto. Nessas posturas. abaulando-se. Fazer o exercício de cinco a sete vezes. Dessa forma. com os polegares apontando para trás. enchendo conscientemente a parte média dos pulmões e distendendo bem as costelas. Colocamos ambas as mãos sobre o abdômen e. Fazer o exercício de cinco a sete vezes. de modo consciente. onde sentimos uma pequena concavidade. as costas também se alargam. dirigimos conscientemente a energia para o coração e para os pulmões. fazemos uma pequena pausa e. deve-se tentar prolongar a respiração o máximo possível! Ao expirar. De pulmões cheios. depois. Sempre. O abdômen se eleva. a) Respiração abdominal Esta respiração serve para fortalecer a nossa base. sempre expirar completamente (“dar deixa mais feliz do que receber”). em seguida. c) Respiração das extremidades dos pulmões Colocamos os três dedos médios de ambas as mãos sobre a caixa torácica. em todos os exercícios. e ficamos “redondos como um barril”. coisa freqüentemente negligenciada. dirigimos conscientemente a energia para todos os órgãos abdominais e para os pés. expiramos vagarosamente. deixando o abdômen se contrair. Inspiramos. retemos um pouco o ar. A parte inferior do tecido pulmonar é a mais vigorosa. enchemos a parte inferior dos pulmões. para Sentir os Diversos Estados dos Pulmões Vamos nos lembrar: primeiro. atualmente muito negligenciada (má postura com o . acalmando a circulação. devagar. b) Respiração torácica Colocamos ambas as mãos sobre as costelas. expirando. Após termos inspirado. debaixo das clavículas. Ali está a extremidade dos pulmões.1 Respiração Dividida e Completa Deitado. Respiramos lenta e comodamente como em “câmara lenta” e. Ao expirar. portanto. sem muita participação do abdômen e do peito — enchemos lentamente a extremidade dos pulmões. Efeito: aumento da vitalidade. para Melhorar o Desempenho do Nariz . Fazer o exercício de cinco a sete vezes. normal Juntamos as três fases respiratórias anteriores numa única inspiração e expiração. d) Respiração completa. por pura sensação! Neste exercício. suspender a respiração por três tempos. recolho energia. recomenda-se o seguinte ritmo: inspirar em cinco tempos. Agora — dentro do possível. sinto-me cada vez melhor. Mas. de pulmões cheios. expirar em cinco tempos. podemos dirigir toda a energia assimilada conscientemente para todo o corpo. desde o vértice até a planta dos pés.” II. apenas até o ponto em que seja agradável. sem forçar.peito encolhido). isso funcionará sem contagem. embora sejam muito úteis à atividade cerebral. por fim. Imaginamos: “Em cada respiração. retemos o alento. passamos para as costelas e. por favor.EXERCÍCIOS BÁSICOS .TREINAMENTO DA RESPIRAÇÃO 2 Respiração Alternada Sentado. indo ao encontro dos dedos. Começamos pelo abdômen.” “De momento a momento. que correspondem aproximadamente à batida cardíaca. suspender o alento por três tempos. imaginamos a tireóide e o cérebro. Tudo isso. não de maneira a incomodar. corre de baixo para cima. dentro em pouco. Fazer o exercício de cinco a sete vezes. dirigindo-lhes a energia. ficando bem despertos. enchemos a extremidade dos pulmões. Para começar. antes de tudo. Segundo a concepção oriental. fator muito importante para o ato libertador —relacionado com esse exercício — de “descer ao âmago do nosso ser”. o abdômen deverá estar totalmente descontraído. Agora. Colocamos as mãos sobre o abdômen e inspiramos lentamente até estarmos agradavelmente cheios de ar. de maneira bem vigorosa e audível.O polegar e o indicador estão prontos para fechar o lado correspondente do nariz. bem rápida e superficialmente.” 4 Respiração Hara Sentado Essa respiração vem da esfera das disciplinas japonesas e se refere ao abdômen como suporte principal do ponto energético ki a ser procurado cerca de 3 centímetros abaixo do umbigo. com simples respiração torácica (exercício 1 b). expiramos de boca entreaberta e com a ajuda de um prolongado “ffff”. a assimilação de prana. Fazer isso durante trinta a sessenta segundos. um homem sem Hara é um homem inconstante. com a ajuda de um fole. Efeito: ativa e estimula os órgãos da digestão. alternando. Arejamento e limpeza do nariz. b) fazer o mesmo. com simples respiração abdominal (exercício 1 a). “Hara” é a palavra japonesa que significa “abdômen”. só retornando à . produz calor e combate o cansaço. para o Abdómen e o Peito a) pôr as mãos sobre o abdômen. Imaginamos: “Vivo e desperto no cérebro. Este é fortalecido mediante esse exercício. expirar pela narina esquerda ou pela direita. como se se quisesse. inspirar e expirar pelo nariz. a quem cabe. Fazer o exercício durante meio minuto. Enquanto isso.” 3 Respiração “Fole” Sentado. Imaginamos: “Força e profunda confiança. em seguida. inspirar por ambas as narinas e. acender o fogo numa lareira. Fazemos uma pequena pausa e. Agora. Efeito: ativação das células nervosas do terço superior do nariz. ” 6 “Soprar a Sopa” Sentado Fazemos “um bico” com a boca. aumenta a memória e a clareza de espírito. Para controlar a respiração. imaginamos uma bola de chumbo que desce interiormente para o fundo da bacia. por um curto espaço de tempo. Por favor.sua posição inicial no fim da expiração. Imaginamos: “Estou bem desperto e com a cabeça lúcida. Ter a consciência do abdômen alivia o cansaço do homem ocidental. Efeito: libertação do medo.” 5 Respiração do Bocejo Sentado A boca deve ficar bem aberta. Imaginamos: “Firme e inatacável como uma rocha. Fazer o exercício cinco vezes. no estômago e na vesícula biliar. como se fôssemos assobiar.” . será mais fácil fazer a respiração do bocejo em grupo. ampliação dos brônquios. Com a ajuda da vogal “a”. Também pode ser de algum auxílio imaginar que se está sendo libertado de uma carga pesada. relaxamento de tensões e medos. e combate às dores menstruais. não vamos ter escrúpulos estéticos ao nos identificarmos. eliminação de cólicas no baixo-ventre. Imaginamos: “Desperto e sadio. com a figura acentuadamente barriguda de uma estátua de Buda. inspiramos pelo nariz e expiramos pelos lábios em forma de bico. Efeito: desperta o centro energético entre as sobrancelhas. descontração. Durante a expiração. Efeito: aprofundamento da respiração. Como bocejar é contagioso. durante o qual nos esticamos como um gato que acorda do sono. imaginando que queremos esfriar uma colher cheia de sopa quente. Expirar pela boca aberta. provocamos um autêntico ato de bocejar. colocamos a palma da mão direita diante da boca. esticamos o mais possível a língua para fora e inspiramos e expiramos suavemente pelo nariz. com o tempo.7 “Soprar a Vela” Sentado Sentamo-nos diante de urna vela acesa e com os lábios em forma de bico sopramos na direção da chama. recolhemos a língua e pressionamos firmemente o lado inferior dela contra o c6u da boca. Imaginamos: “Visando o alvo e concentrado. Fazer o exercício sete vezes. Na postura de meia-vela. Voltar a esticar a língua para fora e repetir o processo umas cinco vezes. a respirar pelo nariz. Efeito: o mesmo do exercício 6 . distanciamo-nos cada vez mais da vela. sem apagá-la. 8 O “Leão” Deitado ou Sentado nos Calcanhares’ Na postura de “meia-vela” (ver ilustração). estou me sentindo cada vez melhor. enquanto isso. precisamos soprar cada vez com mais força e com melhor pontaria. de modo que o efeito aumenta. Em seguida. mas apenas o bastante para fazê-la curvar-se. continuando. a garganta recebe melhor irrigação sanguínea. Imaginamos: “De momento a momento. Assim. o que aumenta o efeito. Efeito: combate resfriados incipientes e doenças das vias respiratórias. Aos poucos.“soprar a sopa.” . trabalho cada vez melhor. durante a inspiração. abaulamos as costas como faz o gato. esticamos o lado esquerdo. Retemos o ar um pouco e. Esticamos o máximo possível o lado direito. de Quatro “Corcunda de Gato” Apoiados nas mão e nos joelhos. Em seguida. tratando de sentir o coração e o pulmão esquerdo. em seguida. por cima da cabeça. Expiramos e deixamos cair o braço. Expiramos novamente. Efeito: conscientização e ampliação dos dois pulmões e libertação de bloqueios. depois. Fazer o exercício sete vezes. Efeito: Arejamento total dos pulmões. expirando. com o indicador esticado.9 Respiração Lateral Em Pé ou Deitado Deitamos a mão esquerda sobre o lado direito das costelas. apalpando interiormente o pulmão direito. 11 Respiração com Enfase no Olfato (Aromaterapia) . retraímos a espinha dorsal em direção ao chão e levantamos a cabeça. Fazer o exercício três vezes de cada lado. enchendo especialmente a região dorsal dos pulmões com bastante ar fresco.” 10 Respiração Dorsal. levantamos o braço esquerdo. inspirando. Imaginamos: “O coração e os pulmões trabalham de maneira sadia e normal. saúde para a pleura. Combate problemas de postura e escoliose. combate à falta de vontade e ao cansaço. Essa resistência intercalada chama forças ocultas à superfície. cheirando com prazer.” ‘Estou à altura da minha tarefa.Sentado Fechamos uma das narinas com o indicador e inspiramos com a outra narina. aspiramos profundamente o aroma pelo nariz. por exemplo. que governa nossas funções corporais. deixamos que a inspiração nos encha de ar. como se estivéssemos “farejando”. sibilando “sss”. Enquanto isso. Efeito: o acima descrito. interrompemos a inspiração por um instante e.” “Estou tranqüilo e descontraído. como. expiramos bem lentamente. Efeito: estimulação da circulação. pondo uma gota de óleo aromático (ou um pouquinho de café moído) numa das mãos e. Imaginamos: ‘Estou desperto e vivo. limão (refrescantes). expira-se pela mesma narina. . lavanda. Fazer o exercício de três a cinco vezes. Fazer o exercício três vezes para cada lado. aumento da pressão sangüínea. café moído na hora (faz despertar). Sabemos que esses óleos têm maior efeito terapêutico do que a infusão da mesma planta. Inflamos um pouco as narinas a fim de dar mais intensidade ao aroma. expandindo o peito. novamente de maneira intermitente. mas não rápido demais.Estimulante Circulatório Sentado Sentamo-nos em postura reta e. em seguida. mente. imaginamos intensamente um aroma que deve ter um determinado efeito. sálvia (calmantes).” 12 A “Cobra Sibilante” . Em seguida. porque o ato de cheirar leva a ação do aroma para o cérebro. Não se deve esquecer de fazer uma pausa entre a inspiração e a expiração e vice-Versa. Podemos também ir mais longe e aplicar a aromaterapia de maneira mais prática. Fazer o exercício de três a cinco vezes. descemos dentro de nós mesmos até o fundo da bacia (ver exercício 4. Por isso. Efeito: frescura. no início. combate à asma e à anorexia. detemo-nos um pouco e.” 13 Respiração Refrescante . seguem aqui três exercícios para treinar a expiração completa. laranja ou mente). em seguida. . fft. de limão. até que não haja mais nada nos pulmões. Imaginamos: “Sinto-me refrescado e distante das coisas. Contudo. como se fosse através de uma válvula entreaberta.EXERCÍCIOS PARA EXPIRAÇÃO COMPLETA 14 Expiração com “fff” — a “Locomotiva” Sentado Nota preliminar: em todos os nossos exercícios. como o fazemos normalmente.Aromaterapia A língua. a respiração “Hara”). Efeito: inspiração mais profunda. Sentados em postura reta. enrolada no sentido longitudinal. Enquanto isso. combate à agitação. Quando os pulmões estiverem bem cheios. é esticada bem para fora. fft”. sorvemos suave e gostosamente o ar. quando o ar está muito quente. através dessa espécie de tubo.” III . minha resistência aumenta mais. deixando desse modo sair o alento pela abertura estreitada da boca. imaginamos um aroma refrescante (por exemplo. à ira e ao aborrecimento. podemos prescindir dessas substâncias. com a crescente habilidade.Imaginamos: “A cada dia. Ao mesmo tempo. O uso direto dessas essências facilita. expiramos normalmente pelo nariz. é essencial aprender a beber “até a última gota” o alento. deixamos o ar entrar lentamente. Fazer o exercício sete vezes. aumento do volume respiratório. o exercício. mas podemos igualmente pôr uma gota dessas substâncias sobre a língua. faremos com os lábios um movimento de “fft. dobramos o tronco para a frente. vivo a mim mesmo. levamos as mãos às costelas. até o chão.Imaginamos: “Tornando-me vazio. os polegares apontados para as costas. enquanto erguemos a metade do corpo. levamos os braços por cima da cabeça. apertamos firmemente as costelas.” 16 Forte Retração do Diafragma Em Pé . Fazer o exercício três vezes.” 15 Expirar Deitado a) estendemo-nos no chão. Acompanhando a expiração. pegamos as articulações dos pés com as mãos e inclinamos a teste na direção dos joelhos. Tornamos a fazer uma pequena pausa. Fazemos uma pequena pausa. voltemos a encher os pulmões. Em seguida. como se quiséssemos espremer uma esponja. voltando lentemente ao decúbito dorsal. Fazemos uma pequena pausa. a ativação do diafragma e dos órgãos abdominais. Tornamos a fazer uma pequena pausa. erguemos lente e concentradamente toda a parte superior do corpo. As mãos estão novamente ao lado dos quadris. com o queixo apontado para o peito. Imaginamos: “O vazio é o ventre materno de todas as coisas. durante a qual expiramos totalmente o ar. b) estamos estendidos no chão. Efeito: o aprofundamento do processo respiratório. erguemos a cabeça e. Junto com a inspiração. Combate à asma e à bronquite. Fazer o exercício três vezes. e inspiramos profundamente. junto com a expiração. Em seguida. Voltamos a inspirar novamente e levamos a cabeça de volta ao chão. o da retração do diafragma em pé. de modo que sob estas se forme uma concavidade profunda. de um golpe. Expiramos completamente “até a última gota” e. de modo que sob estes se forme uma concavidade profunda. Efeito: forte irrigação sangüínea dos órgãos abdominais centrais.Estando em pé. Esticamos agora os braços e os levamos por cima da cabeça até o chão. puxamos o diafragma. pâncreas). melhoria dos processos de assimilação (fígado. deixando depois o alento refluir livremente e erguendo-nos. com os pulmões vazios. . expiramos totalmente e. retraímos. para debaixo das costelas. Aguentamos assim enquanto pudermos (dez a vinte segundos). o diafragma para debaixo das costelas. Imaginamos: “Saúde e ordem para todas as minhas células. para cima. Fazer o exercício de duas a três vezes. vesícula biliar. ao mesmo tempo em que nos estendemos ao máximo. tal como no exercício 16. de golpe. em seguida. Em decúbito dorsal.” 17 Forte Retração do Diafragma Deitado Esta postura é mais difícil. estômago. combate à diabete e aos problemas da digestão. porém o exercício é mais eficiente do que o 16. inclinamo-nos um pouco para a frente e nos apoiamos com as mãos nos joelhos ligeiramente dobrados. e suspendemos a respiração por tanto tempo quanto possível. aquecendo-o. a purificação do corpo com eliminação dos detritos e a renovação celular. combate à diabete e à disfunção hepática.” IV . Imaginamos “Inteiramente no Aqui-e-Agora. até que os pulmões se tenham enchido por completo. Fazer o exercício de duas a três vezes. a partir da região entre o umbigo e o esterno. o tempo de suspensão pode ser prolongado para um ou dois minutos. os braços voltam aos seus lugares ao lado do corpo. e.Mantemos essa postura o maior tempo possível. mas é imprescindível que a coluna vertebral se mantenha reta.” “Forte e inatacável. podemos descontrair um pouco o diafragma. Mais tarde. a redução do açúcar (combate à diabete). Em seguida. Durante a suspensão. derrama-se uma torrente de prana através de todo o corpo.” . Será bom fazer um pouquinho de esforço. deixamos o ar’ entrar novamente. Um período de vinte a trinta segundos é um tempo excelente para começar. sem esforço. podemos imaginar que. em seguida. fazendo mesmo um pouquinho de esforço. Efeito: o fortalecimento dos pulmões e do fígado. Fazer o exercício três vezes. a concentração de oxigênio. fechamos a epiglote. regeneração celular. Efeito: forte irrigação sangüínea dos órgãos abdominais centrais. Exercício 1 Sentado Fazemos uma inspiração completa. baixando o queixo sobre o peito. Simultaneamente.EXERCÍCIOS DE SUSPENSÃO DA RESPIRAÇÃO E DE EXPANSÃO 18 Suspensão da Respiração. intercalando pausas. Imaginamos: “Vigor e saúde fluem para todas as células. Liberando a expiração. deixando-o descer. lateralmente contra o abdômen inferior.” “Estou me sentindo cada vez melhor. que deixa entrar a água com toda a força. inclinamos o queixo sobre o peito e relaxamos o diafragma. a seguir. ambas as mãos formando punhos e. imaginando uma comporta recém-aberta. de cinco a sete vezes. o peito ou o abdômen durante tanto tempo quando pudermos. Finalmente. isto é. Massagear então o abdômen com a mão. sobre a região abaixo da zona umbilical. fazendo de sete a catorze círculos. Fazer o exercício de duas a três vezes. enquanto suspendemos a respiração. Como apoio. sentindo com que vigor e profundidade a inspiração torna a pôr-se em andamento. . expiramos livremente. Fechamos. alternadamente. Com a respiração suspensa. I Sentado Inspiramos. deitamos as mãos sobre o abdômen. Fazer o exercício três vezes. abraçar os joelhos e descansar. retraímos ou expandimos.19 Suspensão da Respiração. relaxante para as vias nervosas da cabeça. abaixando o queixo em direção ao peito e relaxando o diafragma. com as Pernas Encolhidas Inspiramos e suspendemos o alento. produzindo forte sensação de calor devido à melhor circulação do oxigênio nos alvéolos pulmonares e nas células. Depois. Exercício II Decúbito Dorsal.” 20 Oscilação do Ritmo do Fôlego. os pressionamos. interrompemos a respiração. Efeito: combate ao cansaço. Em seguida. expiramos lentamente. A língua toca a parte anterior do céu da boca. Imaginamos: “Estou pleno de energia. dedicando alguns segundos a cada uma das fases. Agora. só que de maneira um pouco mais intensa. sinto a plenitude. com as mio abertas. como se esta fosse um saco bem cheio. Fazer o exercício duas ou três vezes. indo até as costas. Com a nossa imaginação. com as pontes dos dedos.” “Forte e invencível.” 22 Estimulação Pulmonar. deixamos inicialmente vir a nós a inspiração libertadora e. Vigilância! Imaginamos: “Esvaziado. e nos deixamos inclinar para frente.Efeito: combate o nervosismo e o medo de exames. com Suspensão Respiratória Em Pé Estamos em pé. damos palmadas. suspendemos a respiração. inteiramente soltos e relaxados. Em seguida. sobre toda a caixa torácica. toda a região do peito. só que a duração dessa interrupção não será tão longa. . deixamos que os pés “criem raízes no chão”. ao mesmo tempo que percutimos. inspiramos. Imaginamos: “Estou à altura de tudo. Expiramos vigorosamente “até a última gota” e. II Em Pé Podemos fazer com os pulmões vazios o mesmo que no exercício 1. expirando. os pés um pouco afastados. como se quiséssemos nos acocorar. em seguida. Fazer o exercício de duas a três vezes. Depois. “Oscilamos”. conforme já foi mostrado. tomamos a normalizá-la. fechamos a epiglote para que nada possa entrar e inclinamos o queixo sobre o peito. soltamo-nos. eretos. inclinando o queixo um pouco em direção ao peito. O passo seguinte ~ suspender a respiração. Efeito: como acima.” 21 Oscilação do Ritmo do Fôlego. de pulmões vazios. Durante a suspensão. erguemos os braços. e ao expirar comprimi-los com força de encontro ao corpo. como se quisésssemos abraçar o mundo. estou livre!” V . a fim de que se intensifique a sensação de “ser capaz de voar Depois. finalmente. depois. para três e.“O Pássaro Alçando Vôo” Em Pé ou Andando Imaginamos estar no cume de uma montanha. como se estivesse espremendo uma esponja. Repetir o exercício várias vezes. combate à timidez e ao nervosismo. respiramos a cada terceiro passo e expiramos no terceiro passo seguinte. retornamos pelo mesmo caminho. até a fase zero. fortalecimento das membranas celulares. voltados para cima. um pouco mais alto. . sensação de alegria e bem-estar.” “Estou livre. Imaginamos: “Eu posso. cheio de iniciativa. Repetimos uma vez a fase com os quatro tempos. Imaginamos: “Forte. prolongamos a duração para dois tempos. Inicialmente. Andando. deixando a inspiração cada vez mais curta. irrigação sanguínea da caixa torácica. em seguida. enquanto prolongamos a respiração.EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS PARA PURIFICAÇÃO DOS PULMÕES E DO SANGUE 24 Respiração Purificadora Leve Deitado Na posição deitada.Efeito: Revitalização e fortalecimento da atividade pulmonar. deixando-os soltos. até que estejam inteiramente abertos. em cada fase.” 23 Respiração de Expansão . eu posso. Ao inspirar soltar os joelhos. quatro tempos. Efeito: fortalecimento da autoconfiança. inspiramos e expiramos com a duração de um tempo. puxar os joelhos de encontro ao peito e abraçá-los. o vento nos atravessando. respirando pelo abdômen. Essa é. Levantamos os braços para cima da cabeça e repetimos. valendo-nos para isso também de algumas retrações do diafragma. Em seguida. tomamos a pressionar o diafragma para cima. Esticamos as pernas e repetimos. o que é bom para a asma. que pressionamos contra o chão. esticamos os braços por cima da cabeça. recolhemos os joelhos e os abraçamos com ambos os braços.” . até as vértebras lombares. Efeito: arejamento e purificação dos lóbulos pulmonares. Imaginamos: “Fresco e sadio. Imaginamos” “Fresco e puro. Ver acima. fortalecimento da atividade cardíaca.” “Recém-nascido. Efeito: purifica-nos de substâncias tóxicas. erguemo-nos. a mania de emagrecimento. libertando-nos com um “há” sem ruído.” 25 Respiração “HÁ” Deitado ou em Pé Em decúbito dorsal. a palma das mios ou a ponta dos dedos tocam o chão. inclusive as do meio ambiente. Fazer o exercício três vezes. Em seguida.Efeito: ativa a atividade linfática. sem exagerar. sem ruído. esticamos os braços para cima da cabeça. Inspirando. para o chão. Imaginamos “Fresco e sadio. uma postura de maravilhoso relaxamento. ao expirar “há”. além de melhorar a ortostática da coluna. sem dobrar os joelhos. Fazemos uma pequena pausa e. pela boca aberta. Ao mesmo tempo que expiramos. o que elimina as toxinas. ao mesmo tempo. Fazer o exercício três vezes. expulsamos vigorosamente todo o ar. Dentro do possível. a bronquite crônica. Reanima e aprofunda a inspiração.” O mesmo exercício em pé Com urna profunda inspiração. nos inclinamos. Para completar a exaustão. ao mesmo tempo que inspiramos profundamente. enchendo todos os espaços pulmonares até o último recanto. levamos o alento para baixo. a coluna vertebral e a cabeça para trás. respira-se vigorosamente pelo abdômen. A mudança da postura deve ser paulatina. passa por trás deste e toca o joelho esquerdo. Permanecendo durante algum tempo nessa postura.” “Todo o meu sistema nervoso está pleno de energia vital. dobrando o joelho. devido à estimulação da atividade linfática. A coluna vertebral permanece reta. em “câmara lenta”. agora giramos. até onde for possível. em seguida.” “Reto de corpo e alma. Imaginamos: “Tenho urna espinha dorsal. Então. Efeito: desintoxicante. o braço direito envolve o joelho direito ou.26 A “Esfinge” Sentado Estamos sentados no chão. vivificadora e fortalecedora do sistema nervoso. de pernas esticadas. Em seguida.” 27 Purificação pela Respiração Diafragmática Sentado Expiramos completamente e deixamos que a inspiração ocorra lentamente no sentido da parte inferior dos pulmões (a inspiração completa iria perturbar o fluxo desse exercício fortemente ativado). desintoxicando o organismo. passamos a perna direita por cima da perna esquerda (o pé fica paralelo à coxa esquerda). recolhemos de um só . faz-se a mesma coisa do outro lado. para maior efeito. Vamos nos dar tempo! A intensa pressão no baixo-ventre ativa o trabalho das glândulas linfáticas. finalmente. até que esquentem. várias vezes. Em cada expiração. o dorso das mesmas. estimulação dos processos abdominais (digestão. entrecruzamos os dedos das duas mãos e as esticamos lentamente. Repetimos esse processo ritmicamente. Massageamos os dedos de uma das mãos com o polegar e o indicador da outra. massageamos o dorso dos pés até o metatarso e. Em seguida.CARREGAMENTO DE ENERGIA 28 Exercício Simples de Carregamento Deitado a) carregamento das mãos Primeiro esfregamos as palmas das mãos. intensificando desse modo o seu efeito estimulante. afastando-as sob resistência. Então. até que fiquem quentes. pelo menos durante meio minuto. recém-nascido. a parte da energia que . porém conscientemente. Dessa forma. Depois. giramos os cinco dedos do pé esquerdo. expiramos vigorosamente pelo nariz todo o ar inspirado. transformação das substâncias nutritivas). De início. inspiramos e expiramos calma.” VI. levantando um pouco os joelhos. dirigimos toda a energia assimilada para o corpo inteiro. Depois. c) União das palmas das mãos e das plantas dos pés Unimos agora as palmas das mãos e as plantas dos pés. eliminação. em seguida. aumento da respiração celular. com a mão esquerda. devemos proceder lentamente. Só quando estivermos bem treinados deveremos acelerar essa respiração. uma contra a outra e.golpe o abdômen para dentro e o diafragma para cima e. simultaneamente. as plantas dos pés. Em seguida. esfregamos mais uma vez as mãos. Efeito: purificação dos poluentes ambientais. em ambos os sentidos. com respiração completa. fazemos o mesmo com os dedos do pé direito. b) Carregamento dos pés Com a mão direita. Imaginamos: “Pleno de energia. Fazer o exercício de três a cinco minutos. Tem muito que ver com as nossas emoções e experiências inconscientes e reprimidas do passado. Imaginamos: “Estou pleno de energia vital. Colocamos a ponta dos dedos. Efeito: sensível aumento da vitalidade corporal e psíquica. até que diante do nosso olho espiritual vejamos surgir uma esfera crescente de luz no meio do nosso corpo. mas a expiração deverá ser aperfeiçoada. podemos acumular nele energias além da medida comum. Fazer o exercício de três a sete vezes. situado atrás. combate à debilidade. Deixamos vir a inspiração e. Mediante a força do nosso alento. sadio e forte. um pouco separados. antes de tudo. sobre o epigastro abaixo das costelas (o dedo médio deve ficar na altura do umbigo). do Plexo Solar Sentado . deixaremos que. tal como foi descrito. ao cansaço e às emoções negativas.” “Estou à altura de qualquer situação.” 30 Carregamento II.” 29 Carregamento I. Não devemos exagerar a inspiração. É importante que este esforço mental se torne um intenso “apalpar no sentido interior”. situado entre a espinha dorsal e o umbigo. saia dos pulmões um luminoso de prana. ser uma bateria corporal que deve ser abastecida regularmente. Imaginamos então vivamente o plexo solar. Efeito: iniciativa e orientação no sentido do mais elevado dentro de nós. quando esta for completa. Os dedos não devem se tocar. do tamanho aproximado de um punho. passando pelos ombros. Podemos prolongar esse exercício durante um tempo que vai de cinco a dez minutos. Imaginamos: “Sou o sol da minha vida. do Plexo Solar Sentado ou Deitado O plexo solar é um aglomerado de nervos. com a nossa expiração. mas sua função é. mãos e pontas dos os para o plexo solar.normalmente se esvai das palmas das mãos e das plantas dos pés para o ambiente permanece no corpo e se potencializa a cada nova respiração. depois de poucos minutos. carregamos novamente as mãos. neste exercício. imaginamos que o membro. Efeito: combate à depressão e ao tédio da vida. Do mesmo modo que no exercício 29. estão situadas de maneira oposta e enviam mutuamente energia uma para a outra. Esse “fluxo solar” é intensificado pelas mãos que. vesícula biliar. a palma da mão esquerda deve estar no lugar correspondente às costas. o carregamento simples das mãos. da bile e do pâncreas. fortalecimento das membranas celulares. Em seguida. como sempre. mas também em outras pessoas.Carregamos primeiro as mãos. pousamos a mão direita sobre o abdômen acima do umbigo. A expiração. estamos concentrando a energia num lugar bem determinado e. não apenas em nós mesmos. o órgão. conscientes de que do alto do universo recebemos energia e de que assimilamos muito prana do ar ao nosso redor. já sentimos o resultado devido ao calor crescente. abertura do acesso ao inconsciente e às repressões do passado. a saúde flui também para os outros órgãos dessa parte do abdômen (estômago. inspiramos profundamente. fígado e pâncreas). não devendo o pensamento se desviar. uma ferida.” VII . quer seja ele uma articulação.DIREÇÃO DA CONSCIÊNCIA Respiração vocálica e consonantal 31 Direcionamento da Energia do Alento Prana para Lugares Doentes Sentado ou Deitado Primeiro. Por isso. Com a força da expiração dirigimos esse fluxo luminoso através da mão para o lugar a ser curado. tal como na descrição do exercício 28a — o carregamento simples. Em cada respiração. Nesse caso. colocamos a mão direita sobre o local dolorido. deve ser bem . Experimentamos uma forte sensação de calor no meio do corpo e sentimos que o alento é o veículo da energia conduzida. Essa direção da consciência pode ser praticada. Em seguida. dirigimos um fluxo de energia através dos braços e das mão para o plexo solar. Imaginamos: “Sou radiante como um sol. mantemos os olhos fechados. Quer dizer. etc. Então. um órgão. etc. no meio da região umbilical. E necessário ter muita concentração. durante a expiração. fortalecimento do fígado. de boca fechada. tal como no exercício 28a. adoecido está pleno de saúde e de vitalidade. i. usando-se apenas o direcionamento da consciência e da respiração.” 33 Respiração Vocálica I. em regiões onde estivermos expostos a agressões.” 32 Formação de uma Capa Áurica Sentado Inspiramos lenta. aspiramos muito prana. Esta nos protege de todas as agressões. quando necessitarmos de proteção. como se fosse um muro impenetrável.” “Sou inatacável. Imaginamos: “Deus me protege. Fazer o exercício de cinco a dez minutos. fazendo com que. u Sentado . bile. como. se intensifica mais. enviamos então. mesmo sem o apoio da mão. até nos envolver completamente. para o ambiente imediatamente ao nosso redor. etc. seja de longe ou de perto. plena e profundamente. por exemplo. surja pouco a pouco unia densa “capa áurica”. diante do nosso olho espiritual. sob a forma de raios energéticos. sozinhos. retiramos a mão curadora bem devagar para o lado e a sacudimos. como se. No fim. dessa forma. não apenas as de natureza espiritual como as psíquicas. de todos os lados. Podemos imaginar que os raios energéticos que formam o material dessa capa áurica brotam da região umbilical como uma névoa branca que.). Só os fracos são agredidos! Efeito: proteção contra agressões. coração. Somos circundados por um muro de matéria sutil e nos tomamos fortes dentro da nossa aura.vigorosa e fazer um pouco de ruído na garganta. a cada respiração. Efeito: como descrito acima. Expirando. ao voltar tarde da noite para casa. quiséssemos lançar longe as forças negativas. no escuro. Imaginamos: “De momento a momento. o. conscientemente esse fluxo de prana assimilado. sinto-me melhor. Este não é um gesto vazio! A cura pode funcionar. enquanto imaginamos que. com as Vogais a. e.” “Saúde e ordem para o meu (joelho. estômago. Esse exercício poderá nos ocupar por mais tempo. sendo a palavra que simboliza a eternidade” (Rabindranath Tagore).OM Sentado Inspiramos profunda e plenamente e. As vibrações em “u” fortalecem o baixo-ventre. as vibrações em “o”. estômago. até que vibrem. Efeito: fortalece. sentimos claramente as vibrações que estimulam as regiões correspondentes. Novamente. Variante: Acompanhando a expiração. podem curar. do mesmo’ modo que no exercício 33 — a respiração vocálica 1 — fazemos soar vigorosamente o Om. fazemos soar. dentro em pouco. a vogal desejada. a massa encefálica e o processo do pensamento. ativar ou estimular. inspiramos profundamente cantando Om. canta-se Om para “dentro das palmas das mãos e das plantas dos pés”. ao mesmo tempo. as vibrações em “a”. ao expirar com o abdômen descontraído. Dois terços do tempo da expiração deverão ser aplicados no “o” e um terço no “m”.Este exercício baseia-se no importante conhecimento de que as vibrações de cada uma das vogais correspondem a determinadas partes ou órgãos do corpo. Expiramos prolongadamente com a vogal e. imaginando vivamente que o Om é escrito em letras luminosas na . e as vibrações em “i”. Fazer o exercício sete vezes. Imaginamos: “Estou vibrando no ritmo cósmico. os órgãos abdominais e o plexo solar. os sons podem provocar efeitos visíveis. melhora a circulação. Inspiramos plenamente e. A sílaba Om é “o som mais perfeito e representa a integridade das coisas. através do canto ou de um instrumento.” ‘Alegria!” 34 Respiração Vocálica II . combate as perturbações da fala e fortalece a voz. proporcionando a cura de si mesmo. Ao se tornarem audíveis. fígado. etc). as vibrações em “e”. deixando o abdómen solto a fim de aumentar a ressonância. a tireóide e a laringe.” “Saúde pana o meu (coração. carregar de energia. o coração. Fazer o exercício de sete a dez vezes. a partir da polaridade da criação (duas hastes!) à unidade primordial do incriado. em seguida. deixamos florescer uma rosa no centro da cruz — o símbolo do retomo. ça passe” (Isso passa). do chamado “centro cardíaco” — cantamos primeiro a vogal “u”. 35 A Respiração da Cruz . portanto. ao longo da haste. Seria bom experimentar pessoalmente. ao medo e à timidez. colheitas muito mais ricas são obtidas. por ocasião da ordenha. . Imaginamos: “Unido ao cosmo. a toda a criação. seguindo a nossa expiração. para reconhecer como a terapia sonora influencia a alma e o corpo. nos campos de milho “irrigados” com boa música. A cruz com a rosa era o símbolo da Ordem secreta dos Rosa-cruzes. os animais.[6] Fazer o exercício de sete a dez vezes. que curava seus pacientes com a sempre repetida fórmula: “Ça passe. A partir do ponto de intersecção das duas hastes — perto. e que. Efeito: combate à gagueira e à tartamudez. Basta lembrar-se de Coué. No fim. para a parte superior da baste longitudinal. com grande concentração. da qual também Goethe fazia parte! Fazer o exercício três vezes. Experimentos realizados nos Estados Unidos constataram o forte efeito da terapia sonora sobre os nossos irmãos. claro e quente. e as nossas irmãs. Ela tem um efeito transformador sobre o nosso sistema celular e sobre toda a química do nosso corpo. Descobriu-se que as vacas dão mais leite quando.Respiração Vocálica III Imaginamos uma cruz dentro de nós: a haste longitudinal é a coluna vertebral e os braços são a haste transversal. cantando três vezes a sílaba Om.palma das mãos ou na planta dos pés e que o fluxo do prana assimilado na inspiração está indo. cantamos a vogal “i” para cima. para esses lugares. Efeito: harmonização dos sentimentos. dirigindo-a verticalmente para baixo. tudo isso com a força da expiração e duas vezes em cada uma das fases.” [6]. estimulação dos centros energéticos superiores. há música harmoniosa. as plantas. depois dirigimos a vogal “a” para o interior de toda a haste transversal. trazem energia dos mundos superiores para o nosso corpo invisível. Isso se relaciona com o fato de que.Terapia Vibratória Assim como as vogais. “n” (cantado “ennn”) combate a constipação e a sinusite. O ‘sss” apóia a circulação sanguínea. Efeito: como o descrito acima. das amígdalas. Fazer o exercício de três a sete vezes. E o nosso corpo físico não poderia existir sem o fluxo energético do corpo sutil! [6] Esses centros energéticos assemelham-se a pequenos discos de cerca de seis centímetros de diâmetro que. são “despertados”. na espinha dorsal — nossa “arvore da vida” — encontram-se sete centros energéticos que. Elas atuam em nível superior e de maneira mais forte do que os simples exercícios anteriores. determinadas consoantes também podem ser cantadas. sutil. tornam-se radiantes como . ininterruptamente. porém. no homem comum. seio frontal. Quando.” “Tomo sobre mim a cruz da vida. proporciona concentração e aumenta a capacidade de pensar. porque estimulam uma ocorrência espiritualizante. quando nos conscientizamos deles e os carregamos de energia.” 36 Respiração Consonantal . como o “s”. invulnerável e imortal. o “ng” (cantado “enngg”) estimula a irrigação sanguínea da garganta. o “n” e o “m”. o “m” (cantado “emmmm”) vibra na massa encefálica. etc.).Imaginamos: “Sou consciência pura.” OS EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS [PARTE B] 1. Imaginamos: “Saúde para a minha garganta (ouvidos. porque têm efeitos curativos. SENTADO 37 Exercício da Coluna Vertebral — os Sete Centros Energéticos As diversas “respirações da coluna vertebral” ocupam lugar especial no campo do treinamento respiratório. têm um brilho semelhante ao da brasa abafada. das cordas vocais e dos ouvidos. RESPIRAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL. e Teresa Neumann. da Alemanha. a indiana Ma Giri Bala vivia há mais de cinqüenta anos sem comer e sem beber (ver YoganandaY Autobiografia de um Iogue). Estes centros energéticos. na história recente. . [7] Pela perspectiva lateral do tronco. da energia sexual. vamos fazer um breve esboço da esfera de ação dos centros e da sua relação com o evento físico-psíquico-espiritual. Centro sacro Situado na parte inferior do abdômen. cujos caules nascem de determinado ponto da espinha dorsal (ver ilustração). “nutre” literalmente o corpo físico visível é demonstrado. Cor: laranja. Editora Grasset 1985). a francesa Marthe Robin passou quarenta anos sem se alimentar (ver Guitton. 7. parecem flores. Para coordenar melhor nossos exercícios com os centros energéticos. Editora Schnell & Steiner. Centro-raiz Situado no fundo da bacia. 1968). assim como o corpo de éter e prana a que estão ligados. entre a quinta vértebra lombar e o sacro. 6. Therese Neumann. Cor: vermelha. circulação e pressão sanguíneas. 1. Fonte de energia para os outros centros energéticos. abastecimento energético de todo o organismo. eliminação e purificação.pequeninos sóis de cores cintilantes. Digestão. também no sentido psíquico-espiritual. com os centros energéticos. viveu trinta anos sem alimento sólido ou liquido (ver Steiner. pelos exemplos de jejum completo. Que o corpo sutil. Assim. Sede da energia vital. 2. podem ser claramente percebidos pelos videntes. Portrait de Marthe Robin. próximo do cóccix. 5. contendo a possibilidade da transformação do ego em “eu superior” A conscientização e o carregamento dos sete centros energéticos Primeira possibilidade: . circulação sangüínea. segundo os xamãs. 6. Regulação do princípio do poder (uso e abuso). Estômago. entre as sobrancelhas. pâncreas. 7. região inferior dos pulmões. Panes inferiores do cérebro. paladar. conhecimento espiritual. Cor: azul claro. laringe. Centro frontal Situado no centro da testa. estão as raízes e o começo do “caminho com coração”. Alimentação dos centros espirituais (6 e 7) com energia vital. entre os centros energéticos inferiores e superiores. Cor: verde. Plexo solar ou centro umbilical Situado entre a duodécima vértebra torácica e a primeira vértebra lombar. “Digerir”. audição. é especialmente importante para nós. Coração. o lugar onde a energia vital-animal pode ser transformada em amor todo-envolvente e onde. Devido à sua posição “mediana”. esôfago. Tireóide. União com o mundo cósmico-espiritual e com sua energia espiritual. o “terceiro olho”. Cor: azul Índigo. Nele reside a fonte de simpatia com todos os entes vivos. intuição. Centro do vértice No vértice. olfato.3. Cor: lilás-violeta. fonte da comunicação humana. cordas vocais. 4 Centro cardíaco Situado entre a quarta e quinta vértebras torácicas. Cor: amarela. fígado. Centro laríngeo Situado sob o “pomo-de-adão”. Estreitamente relacionado com as emoções e o sistema nervoso vegetativo. importante para as pessoas que ensinam e orientam. visão. também no sentido psíquico-espiritual. dirigimos.” “Sou a árvore da vida. Esta recolhe o fluxo energético das regiões superiores. por assim dizer. laríngeo.). Efeito: fortalecimento dos órgãos e das partes do corpo ligados ao centro em questão. Expirando. A coluna vertebral é a nossa “árvore da vida”. a fonte das energias mais sutis! [8] . diante do nosso olho espiritual. Imaginamos: “Energia e saúde para o meu centro. com a imaginação. a imagem do centro desejado. imaginamos: envio a energia captada para o meu centro (cardíaco. imaginamos: com a minha mão esquerda. umbilical.. o fluxo claro e luminoso para o interior do centro. expirando.Tal como já foi descrito. deixamos surgir. capto energia. Deitamos nossa mão direita sobre ele e. A mão direita (ou a ponta dos dedos) é apoiada sobre o centro energético desejado. etc. na direção do céu.” Vamos lembrar: Todos os exercícios da coluna vertebral produzem o carregamento e fortalecimento dos centros energéticos.. no direcionamento da energia respiratória (prana) para os lugares doentes. Inspirando. com a sua cor correspondente. criação de energias de cura nesses lugares. Segunda possibilidade: Erguemos o braço esquerdo acima da cabeça. voltando para cima a palma da mão. De olhos fechados. Respiramos bem lentamente. depois. a boca está aberta como uma fenda. esclerose múltipla. suspendemos um pouco a respiração e. espiritualização. expiramos lentamente. No vértice. mas ao longo da medula e através do cérebro. observamos depois que.” 39 Respiração II da Coluna Vertebral (“Chafariz”) Sentado Inspiramos da mesma maneira que no exercício 38 — a respiração 1 da coluna vertebral —. pelo mesmo caminho. Isso produz um leve chiado. Isso abafa o simpático e nos tornamos calmos e interiorizados. Efeito: aumento da irrigação sangüínea e da vitalidade do cérebro e do sistema medular. Scheuermann e Bechterew.” “Reto de corpo e alma. nos últimos tempos. o fluxo de prana não flui mais para os pulmões. Conscientemente. melhorias satisfatórias em casos de anorexia (tendência à magreza em mulheres jovens). imaginando dentro dela o canal com a medula espinhal e as suas funções vitais e importantes. ao ponto mais baixo da espinha dorsal. durante a expiração. Não podemos deixar de mencionar que. Durante a inspiração. No decorrer da nossa respiração ritmada. em casos de asma de qualquer origem. ativação dos centros energéticos. Igualmente chega-se à abstenção do fumo.8. de maneira eficaz. O som é como um “chiiii”. a borda da língua tocando os dentes. temos a sensação de calor. e. em seguida. leva-se o fluxo de prana de volta. deixamos o prana fluir sobre a medula e o seu prolongamento até o vértice. apoiada. Enquanto isso. antes de tudo. Imaginamos: “O meu corpo é aprumado. mas. juntamente com os exercícios da coluna vertebral combinados com exercícios respiratórios fáceis. foram obtidas. 38 Respiração I da Coluna Vertebral (com Resistência) Sentado Apalpamos internamente a espinha dorsal.” “Unido ao Céu e à terra. por esses exercícios. de fato. nossa imaginação deve deixar que o fluxo carregado de prana saia do vértice como essência de luz que se . inspiramos pela boca. Ao mesmo tempo. aberta como uma pequena fenda. Fazer o exercício sete vezes. O caminho do prana tem. inspirando lenta e profundamente pela narina esquerda. no lado direito do corpo. fechamos o lado direito e expiramos pelo esquerdo. predomina um fluxo positivo. até que os pulmões estejam repletos de ar. Estamos completamente concentrados na coluna vertebral. elétrico. Fazer o exercício sete vezes. Quando inspiramos. fechamos a narina esquerda com o dedo médio — o indicador pousa no meio da testa — e expiramos pela narina direita. “solar”. no caminho para o “eu superior”. fortalecimento do sexto centro magnético. portanto. Este exercício vem do Vigyan Bhairava Tantra. enquanto.” “O que se esquece de si mesmo encontra. Depois. sendo uma instrução dada por Civa à sua esposa Devi. até o cóccix. Fazer o exercício de sete a quatorze vezes. Fazemos uma pequena pausa. em seguida. ao longo da medula. devemos ter presente que o fluxo de prana retorna ao cérebro pelo lado oposto. o frontal (ver 37. do “ego”. explicação dos centros energéticos). no lado esquerdo prevalece um fluxo negativo. Alternada. inspiramos pelo lado direito. fechamos a narina direita. interrompemos. magnético e “lunar”.” Variante: . a forma de uma ferradura. da Coluna Vertebral Sentado Com o polegar. o fluxo de prana flui desde o hemisfério esquerdo (ou direito) do cérebro. Efeito: compensação harmoniosa de todos os problemas psíquicos. quando expiramos. porque quem dá recebe.” 40 Respiração III. Imaginamos: “Passo aos outros aquilo que recebi. Efeito: descontração da “persona”. Imaginamos: “Estou em equilíbrio. Este exercício tem por base o conhecimento de que.dispersa em faíscas. Interrompemos um pouco e. Durante a inspiração. Fazer o exercício de cinco a sete vezes. obliterado no decurso da história humana. visualizamos como um fluxo energético . Fechamos. e procedemos como indicado acima.” 41 Respiração IV da Coluna Vertebral . Efeito: estimulação dos órgãos abdominais. desde o centro-raiz até a última vértebra cervical. alternadamente.Pequena Circulação da Energia Sentado Com a ajuda do desenho abaixo. evita-se unia interrupção da circulação. combate à azia. até o alto da cabeça. com os sete centros energéticos. Aqui atua principalmente a glândula pineal. Visualizamos a coluna vertebral. fortalecimento dos órgãos bipartidos (rins e pulmões). as narinas. prolongada pela medulla oblongata e o canal curto. mas inspiramos e expiramos vigorosamente pelo abdômen. visualizamos o caminho do fluxo energético que deve aumentar a nossa vitalidade. Imaginamos: “Coragem e autoconsciência. através do cérebro. o “olho do centro da cabeça”.A respiração alternada pode ser combinada com a respiração “fole”. Levamos a ponta da língua para o centro do céu da boca mas sem pressionar! Desse modo. ao longo do lado dorsal das pernas. vemos com o nosso olho interior como esse fluxo energético e luminoso desce. . deste. no sentido anti-horário. Portanto. com a mão aberta. Fechamos a circulação. começamos novamente e deixamos que o ciclo da respiração nos leve para cima e para baixo. o fluxo energético.” “Todo o meu sistema nervoso está pleno de energia vital. Efeito: aumento da vitalidade. passa de baixo para cima ao longo da coluna vertebral. Para sentirmos o ponto de intersecção. quatorze vezes. em geral. Os exercícios da coluna vertebral deveriam. Encerrando o exercício. pelo lado do peito. depois. As alunas massageiam primeiro no sentido anti-horário e. ao fundo da bacia.luminoso toma o caminho ao longo da coluna vertebral. quatorze vezes. durante o nosso exercício. vitalidade e ordem. o caminho desenha uma lemniscata. voltando. que transmite uma sensação de aconchego. deixar uma sensação de calor permanecer por longo tempo. contraímos a musculatura do fundo da bacia. o 6-nal da espinha dorsal. até o vértice. até a ponta dos dedos dos pés. nas vértebras lombares ou de um fluxo constante e quente nas costas. ao fundo da bacia. em seguida. durante muitas horas. a partir daí. Inspirar: ao mesmo tempo. forte ativação das células e de suas membranas. Durante a expiração. claro e luminoso. os alunos masculinos massageiam o abdômen. pondo a língua no meio do céu da boca. o circuito se fecha. Nesse ponto. pelo lado de fora. passando pela frente. Praticando intensamente esse exercício a pequena circulação sanguínea funcionará vigorosamente. até o vértice. transformação das energias num estado de agregado mais sutil. por si mesma. através dos centros energéticos. até o fundo da bacia. no sentido horário. no sentido horário e.” 42 Respiração V da Coluna Vertebral .Grande Circulação da Energia Deitado ou Sentado Visualizamos o caminho da energia segundo o desenho anterior: da ponta inferior da coluna vertebral ao vértice e. visto lateralmente. atravessando a medulla oblongata e o cérebro. a cada vez que. Imaginamos: “Saúde. um “8” deitado. símbolo do infinito. este ponto é tocado. pelo lado anterior das pernas. Há alunos que falam de uma “mio quente” no sacro. Inspirar: o fluxo energético retoma. Inspirar: começar a circulação desde o início. até o ponto de intersecção no fundo da bacia. mas visualizamos a inspiração entrando pelo “terceiro olho” — o centro energético frontal entre as sobrancelhas. ao expirar. em alta voz.” “Coragem e autoconsciência. Efeito: estimulação dos centros energéticos. combate ao entupimento das veias. Efeito: Revitalização da atividade cardíaca e da circulação. Os olhos estão fechados e estamos completamente concentrados. “sou-u-u”. passando pelos metatarsos. emitimos um prolongado “eu-u-u”.” . a energia circulará por si mesma no corpo. O “u” faz vibrar até o fundo da bacia.Expirar: o fluxo desce do vértice pelo lado anterior do corpo. Após o encerramento do exercício. laringe. pelas partes de trás das pernas. pelo vértice. Imaginamos: “Eu sou o que sou.” 43 Respiração VI da Coluna Vertebral — O Exercício “Eu Sou” Sentado ou em Pé inspiramos. Em seguida. Estamos completamente dentro da coluna vertebral. até o fundo da bacia. pelos calcanhares e pelas plantas dos pés. deixando a essência do alento sair. Expirar: retrair a musculatura do fundo da bacia. tornamos a inspirar pelo “terceiro olho” e. passando pela testa. tíbias. centro cardíaco e umbigo. aproximadamente de cinco a dez minutos. como nuvem rosada. Inspirar: contrair a musculatura do fundo da bacia! Expirar: o fluxo energético passa agora pelo lado posterior das coxas. fortalecimento das vias nervosas. Imaginamos: “Pleno de energia do alto da cabeça à planta dos pés. ativação das pernas e dos pés. até a ponta dos dedos dos pés. combate ao receio e à timidez. expirando. pronunciamos. joelhos e coxas. Há ressonância no corpo inteiro. O exercício decorre. a de uma corda de alpinista. é possível estender o exercício até meia hora. Estaremos “em chamas”. “apareceu um dia no acampamento-base da . na sexta. na quinta. só que agora alargando o canal fazendo-o atingir até a espessura de um fio de lã. Vemos a cor vermelha e sentimos calor. Temos a visão do fogo. da iniciativa e da coragem. Imaginemos: ‘Todas as minhas energias estão unidas num único feixe. esse fio atinge a espessura de um barbante. Depois de uma pequena pausa. podendo-se combiná-lo com o exercício 3. por exemplo. Os olhos estio fechados. ao expirar. através do canal (do cóccix ao alto da cabeça). na quarta. em sete fases. queremos mencionar o “caso Man Bahadur”. tomamos a inspirar. como na formação da capa áurica) e visualizamos o canal medular tão fino como um fio de seda. o fogo estará completamente aceso. que aumenta dentro da medula. de ombros descontraídos. Inspiramos (a melhor maneira é com a resistência. e nos concentramos sobre a coluna vertebral. a respiração “fole” [9] Efeito: calor. intensificação da atividade. a de um cabo de navio e. “Esse homem”. dirigimo-lo no sentido oposto (do alto da cabeça ao cóccix).44 O Exercício Tum-Mo dos Tibetanos Sentado Sentamo-nos com uma postura bem correta. a de um cabo elétrico. Em caso de extremo frio. Ao inspirar.” ‘Purifico-me no fogo”. Prosseguimos com mais algumas respirações e. então. na sétima respiração. Na terceira respiração. [9] Em relação à produção de calor por meio de certos exercícios. assim diz o relato. tal como acima. ocupa toda a largura das nossas costas. deixamos o prana fluir de baixo para cima. portanto. . (N. de dia. Inspiramos lentamente. Vestia calça e casaco de algodão fino. por assim dizer.* Para sentir ainda melhor as duas metades do cérebro.” Esse relato foi publicado pelo Dr. mesmo com temporal e neve. eretos. colete de lã fina. para o lugar entre os dois hemisférios. II. é dividido em duas metades. combinar a expiração com a projeção de um número. olhando alternadamente com o olho esquerdo para o hemisfério esquerdo do cérebro e. pausa. durante algumas semanas. escalava as geleiras e. Essa localização é necessária para que se possa aprender a conduzir nossa consciência ao lugar certo. então. ficando repletos de ar. combinar a expiração com a projeção de uma letra. ao expirar. fazemos uma pequena pausa. dormia ao relento.nossa expedição no Himalaia. internamente. à noite. dirigimos o “holofote” para a metade direita do cérebro. T. lado direito: inspirar. com ambos os olhos. dirigimos o fluxo da consciência. onde se encontra o corpo caloso. começaremos o exercício propriamente dito. ao sonho. em seguida. Respiramos calma e ritmicamente. quando. Procuramos ter presente que: o lado esquerdo corresponde ao pensamento lógico e. o lado direito. para o hemisfério esquerdo do cérebro e olhamos. por meio do corpo caloso. fazemos uma pausa e. como se fosse um holofote. 1963. em seguida. pausa. à intuição e à inspiração. camisa de algodão. Expirando. no Journal of Applied Physiology. para o hemisfério direito. Estamos sentados. mas à idéia criativa. podemos ampliar o exercício da seguinte maneira: * Inspiração aqui não se refere ao ato da respiração.000 metros de altitude. Não tinha sapatos nem luvas. com o olho direito. L. de olhos fechados. a expedição. a uns 5.) lado esquerdo: inspirar. um velho capote e um grande turbante. Pugli. e olhamos. e. para dentro. Acompanhou. Tornamos a inspirar. EXERCÍCIOS PARA A TRANSFORMAÇÃO ESPIRITUAL 45 Conscientização dos dois hemisférios cerebrais Sentado ou Deitado Concentramo-nos no cérebro que. estabelecendo contato com o nosso cérebro. Sentimos.” 47 A Respiração do Pentagrama . até parecer preencher todo o universo. no baixo ventre. na suavidade e na inatividade. verão-inverno. Imaginamos: “Estou no aconchego do grande fluxo cósmico.esquerdo: o número “1” direito: a letra “a” o número “2” a letra “b” o número “3” a letra “c” Podemos prosseguir com essa combinação de letras e de números durante o tempo que for agradável. um calor que se estende até circula no as plantas dos pés e. preto-branco. praticado nos conventos japoneses. Imaginamos: “Estou desperto e sereno. como. pela cidade e para além. Deixamos então que as fases respiratórias se tornem cada vez mais leves e longas. Crescemos além de todos os limites. abrandamos a respiração. corpo inteiro. útil para canhotos e para pessoas que sofreram algum ataque apoplético. na leveza. promove a calma do nosso campo interior como contrapeso à agitação do ambiente.” 46 A Respiração da Tranqüilidade Meditativa Sentado ou Deitado Este exercício. Deixamos que o corpo e o coração se aquietem. Efeito: serenidade psíquica e bem-estar corporal. combate às perturbações do ritmo cardíaco e à insônia. aumento da criatividade. Efeito: melhoramento das funções cerebrais. Experimentamos o silêncio completo. Toda a sugestão se concentra no silêncio. até sentirmos claramente como o corpo começa a vibrar suavemente. Nosso corpo se expande indefinidamente pelo quarto. por exemplo. Os globos oculares voltamse para a base do nariz. etc. assim como inverter a combinação ou estender o exercício até pares opostos. descontraímo-nos e fechamos suavemente os olhos. finalmente. respirando para o interior desse símbolo do ser humano e. tornamo-nos tão grandes como um gigante. continuamos a crescer para todos os lados ate que. encolhemo-nos até o nosso tamanho normal. Deixamo-nos encher completamente pela inspiração. à angústia e à falta de confiança em si próprio.” 48 A Respiração dos Elementos Sentado Este exercício proporciona muito prazer. em seguida. as pontas dos dedos das mãos e o topo da cabeça. A cada respiração. Imaginamos: “Sou o pentagrama. E preciso estar ciente de que os quatro . combate à pusilanimidade. no entanto. exige. em forma de pentagrama. expirando.” “Sou o círculo. Efeito: ampliação da consciência. preenchemos todo o recinto e crescemos até mesmo para além dele.Deitado O pentagrama é um dos antigos símbolos do homem. abrimos as pernas e estendemos os braços para os lados. especial força de concentração e de visualização. Mantemos essa postura expandida durante algum tempo e. As pernas e os braços assumem a posição inicial. expandimo-nos juntamente com o pentagrama. Imaginamos que estamos encaixados num pentagrama cujos cinco ângulos são as pontas dos pés. Finalmente. Estamos deitados no chão. podemos potencializar a força ígnea por meio desse exercício. de maneira natural e sutil. o nosso nível material. ou seja. esvoaçam bandeiras. de que podemos tirar proveito. c) De boca entreaberta. nossos cabelos e pele estão úmidos. mantendo o abdômen solto. mas a experiência da “água” nos transformou. Cada um deles tem as suas qualidades e irradiações características. 2. aspiramos o elemento ar. com todos os poros. ou seja. Se temos falta de água. expiramos lentamente. assim como o ar que nos circunda. Suponhamos que não sentimos energia ígnea suficiente dentro de nós. Pipas sobem. sopramos. as árvores cobertas de orvalho e um riacho murmurando. Devolvemos o que recebemos. Segue aqui a indicação sumária e separada do exercício para cada um dos quatro elementos. O elemento ar a) Sentamo-nos numa postura correta. sorvemos o elemento água em forma de vapor ou de neblina com todos os poros e “nos tornamos água”. de maneira normal. permanecendo um tempo um pouco mais longo. a água corre sobre o nosso rosto como lágrimas. falta de sensibilidade. fazendo “ssss”. deixamos que a água torne a sair. Nós nos “tornamos água”. b) Imaginamos estar num morro. Tendo inspirado. gralhas bailam no ar. no meio do vento outonal. que sentimos falta de iniciativa e de energia. o nosso apoio interior. . Visualizamos uma paisagem outonal com neblina. aspiramos o elemento água desse ambiente. Fazemos isso inspirando normalmente e. de modo a facilitar a sua realização. em seguida. em postura correta e descontraída. com a boca em forma de bico.elementos — o fogo. O elemento água Estamos sentados. 1. uma pequena quantidade do elemento adquirido. sorvemos sete vezes. com a boca entreaberta (mais ou menos como na respiração I da coluna vertebral) e as bordas da língua tocando os dentes. a água. o sopro do vento nos ajuda a aspirar. de cada vez. devolvendo-o ao ambiente. para nos aprofundarmos totalmente na natureza da água. em seguida. suspendemos a respiração durante um breve tempo a fim de fixar dentro de nós o elemento água e. em tudo o que vive. simpatia ou descontração. nesse caso. o ar e a terra —estão presentes. com o abdômen descontraído. o elemento ar. O ar fortalece nossa capacidade de comunicação. Em sete tempos. a terra. Assim. Então. a experiência “terra”. depois de ter inspirado normalmente. o calor. aberto para o que acontecerá. A terra aberta exala um odor de fertilidade. expiramos normalmente. após ter inspirado normalmente.” “Eu sou a terra. g) Sentimos. em seguida.” “Eu sou o ar. sentimos o calor e vemos as brasas vermelhas. O elemento terra a) Sentamo-nos em postura correta. a experiência do “ar”. dentro em pouco. em meditação. o vento. d) Fazemos uma pequena pausa a fim de fixar o elemento fogo e. de boca fechada. 3. estou firmemente plantado. e expiramos normalmente. fazendo “fff’. receberá a semeadura. fixando o elemento ar. c) Com a boca entreaberta. I) Expirar sete vezes. em meditação. o oceano. estou voando. em seguida. a experiência “fogo”. fixando o elemento terra e. os quatro exercícios acima poderão provocar uma transformação psico-espiritual. b) Imaginamos uma fogueira de São João numa montanha. sou leve. de boca fechada. 4. e) Repetir sete vezes. expiramos normalmente. pensamos na semente que se abrirá para uma nova vida. g) Apalpamos. fazendo “ffff” após a inspiração normal. as labaredas sobem para o céu. g) Sentimos. o fogo crepita. f) Expirar sete vezes. aspiramos o elemento terra. e) Repetir sete vezes. coisas velhas estão se incinerando — transformação! c) De boca entreaberta. Imaginamos: “Eu sou a água. cheio de confiança. f) Expirar sete vezes. aspiramos o elemento fogo. e) Repetir sete vezes. a chama. com o abdômen descontraído. fazendo “ffff”.” 49 A Respiração “Cósmica” I Sentado . com o abdômen descontraído. de boca fechada.” “Eu sou o fogo.d) Fazemos uma pequena pausa. O elemento fogo a) Sentamo-nos em postura correta. o rio. em meditação. sou um com a humanidade. d) Fazemos uma pequena pausa. Efeito: Praticados com a necessária dedicação. b) Imaginamos estar na margem de um campo recentemente arado que. No decorrer da inspiração. inspiramos lentamente e nos elevamos. e o queixo inclinado em direção ao peito. Imaginamos: “A proteção das forças superiores me envolve. abaixamos novamente as mãos. elevamo-las cada vez mais alto até que. para o nosso próprio coração. surge a seguinte imagem: nosso coração se mostra como um centro luminoso de onde todo o nosso ser flui para o alto. de ombros relaxados e abdômen descontraído. para o cosmos. na altura do centro cardíaco. podemos recorrer à bela representação da união com o “eu superior” contida no Livro Tibetano dos Mortos. tranqüilidade. para baixo. Ao expirar. até encontrar o coração do nosso “eu superior” que. serenidade. na altura aproximada da cabeça. na direção do teto.Sentamo-nos em postura correta. até o “eu superior”. paira acima de nós. expirando. em Pé Do Livro Conversas com Seth. antes de tudo.” 50 A Respiração “Cósmica” II. A parte posterior inferior da cabeça deve estar voltada um pouco para cima. com essa inspiração. Enquanto nos familiarizamos com essa imagem. e a nossa alma a Deus. Efeito: sente-se esse efeito. Combinamos essas duas fases respiratórias com o seguinte gesto: no início da inspiração. de Jane Roberts . como fenômeno divino. que nos envia a força do seu coração. Diante do nosso olho espiritual. Coração se une a coração. as palmas das mãos estão voltadas para a parte anterior do corpo. Como apoio à nossa visualização. sejam como duas taças a receber a energia vinda de cima. encerrando a força recebida — que podemos imaginar sob a forma de luz —‘ com ambas as mãos no nosso coração. Absorvemos essa força e a dirigimos. no nível psíquico: aconchego. Outros levarão mais tempo.. elas permeiam a folhagem e as nuvens e. recebemos a energia do espaço cósmico. o núcleo ígneo do magma. que se encontra no lugar onde surge o nosso impulso respiratório. Alguns.” 1. 3. Inspirando. Sentimos o nosso centro. juntamente com a expiração. acompanhando a expiração. dentre vós. acima de vós. abrindo-nos em toda a largura em direção ao céu e. por baixo de vós. 2. finalmente. até o centro da terra. o conseguirão na primeira tentativa. deixamos o fluxo atravessar os pés e a terra até o centro do globo. Assim que sentirdes dentro de vós essa fonte de energia. procurai seguir o fluxo energético que permeia todo o vosso corpo. se expandem até as mais remotas esferas do universo. Pelo intercâmbio. para longe. Estes “lançam raízes para dentro da terra”. no íntimo. Da mesma forma. Imaginai como as irradiações (da vossa fonte de energia) penetram. e como. Na respiração seguinte. A cada repetição. ao mesmo tempo. sentindo-vos a vós mesmos como o centro de tudo isso. sem impedimento. . deixamo-nos encher pela inspiração e. as emanações da vossa consciência e da força criadora da vossa alma penetram no mundo exterior.. passando pelas mãos e pelas pontas dos dedos e. também pela cabeça. Este exercício vos dará uma idéia da verdadeira criatividade e da vitalidade da vossa alma. procurai senti-lo passar através das pontas dos dedos das mãos e dos pés. 4. nossa vitalidade e nossa consciência aumentam. Agora. enviamos o fluxo energético. enviamos o fluxo energético para os pés. erguemos os braços.. fechai vossos olhos e buscai sentir.“. para o universo. partindo do centro. no espaço.. a fonte da energia de onde partem vossa respiração e vitalidade. Dirigimos tranqüilamente nossa respiração a partir desse lugar. ” ‘Aberto às inspirações superiores. saúde e harmonia.”’ ‘Tranqüilidade.” . Efeito: sensação de expansão ilimitada e de grande potência criativa. Fortalecimento do invólucro protetor etéreo. Imaginamos: “Uno com o cosmos. força. e proteção contra as influências hostis.Fazer o exercício sete vezes.
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