GESTÃO ORÇAMENTALNO ÂMBITO FAMILIAR GESTÃO ORÇAMENTAL NO ÂMBITO FAMILIAR • Ninguém tem a capacidade de mentalmente controlar todas as despesas e receitas de uma família, por muito que admita que tem tudo controlado. Muitas vezes em conversas com amigos chegamos à conclusão que todos nós somos verdadeiros experts em Finanças Pessoais. Todos sabemos onde gastamos o nosso dinheiro e quanto recebemos todos os meses. • Poucos de nós aceitamos que alguém nos diga que estamos a gastar dinheiro de mais, ou que gastamos dinheiro a comprar o que não precisamos. Ou simplesmente que insinuem que não sabemos gerir o nosso dinheiro (levamos isso mesmo como uma ofensa grave e uma intromissão nas nossas vidas). • Só Existem Duas Formas para ter Mais Dinheiro • Hoje estamos mais conscientes da importância do dinheiro e temos bem presente que só existem duas formas para termos mais dinheiro nas nossas vidas, ou poupamos mais dinheiro ou ganhamos mais dinheiro. • Elaborar um orçamento familiar permite-nos ver estes dois caminhos com maior clareza, pois ficamos sensíveis aos nossos ganhos, provenientes do nosso esforço laboral, e sensíveis aos nossos gastos, resultantes do nosso estilo de vida e das nossas necessidades. • Basicamente é resumir toda a nossa vida financeira num pequeno mapa onde as orientações surgem da conjugação dos números. Elaborar um orçamento familiar permite assim ter controlo sobre o seu dinheiro, saber como está a gastar o seu dinheiro e onde o está a gastar. Permite criar regras, eliminar excessos e acompanhar todas as estratégias e objetivos financeiros. É muito simples elaborar um orçamento financeiro e apenas necessita de 4 passos simples, nomeadamente; • 1 PASSO – As Receitas • Estas podem ser fixas ou variáveis sendo que as variáveis são mais difíceis de identificar pelo que uma estimativa ou média dará um valor relativamente fiável. • 2 PASSO – As Despesas Fixas • Consideram-se despesas fixas todas as que, pela regularidade que possuem, representam um valor relativamente constante ao longo do tempo, como por exemplo, água, luz, telefone, condomínio, alimentação, gás, prestações de créditos, comissões bancárias ou aluguer, etc.. • 3 PASSO – As Despesas Variáveis • Este tipo de despesa acontece com regularidade mas não possui um valor constante no tempo, podendo em determinado período ser de montante considerável e em outro de montante diminuto ou nulo, como por exemplo, lazer, vícios, consertos e reparações, etc. • 4 PASSO – A Situação Líquida • Chegou o momento final da orçamentação familiar que se resume em apurar a situação líquida familiar, subtraindo todas as receitas com as despesas. Se o valor for positivo temos uma situação liquida positiva revelando que existe margem para investimentos e poupanças. • Se o valor for negativo temos um sinal de alerta evidenciando que é necessário fazer algo rapidamente para contornar este resultado. • Se o valor for nulo estão é necessário prevenção e acompanhamento. Dicas e Recomendações Úteis • 1. Gestão: Plano de gastos • O plano de gastos é essencial para uma correta gestão do orçamento. O ideal é fazer um plano anual, que contemple todas as despesas correntes e ocasionais, assim como aquelas que derivam dos objectivos de curto, médio e longo prazo. Este plano deverá depois ser transposto para planos mensais (que contemplam as despesas daquele mês, assim como parcelas das despesas ocasionais de montantes superiores que irão ocorrer em meses seguintes). • Tão importante como fazer o plano é cumpri-lo! • 2. Renegociações • As renegociações regulares dos contratos existentes – de telecomunicações, seguros, gás, eletricidade, ginásio, etc – são um instrumento de poupança, pois podem reduzir custos e/ou melhores condições para o consumidor. Para o efeito, são importantes as pesquisas de mercado, em que a internet é um excelente aliado. • 3. Lista de compras • O momento em que vamos às compras pode ser a altura em que deitamos por terra o cumprimento do nosso orçamento. Assim, aconselha-se que nunca se vá às compras sem uma lista. Antes de sairmos de casa – olhando para o que temos na despensa e no frigorífico – definimos o que se precisa de comprar, assim como o montante máximo que se poderá gastar. Se houver filhos, devemos leva-los e responsabiliza-los pelo cumprimento da lista. Nada melhor do que aprender na prática como respeitar um plano de gastos. • Quanto mais vezes forem ao supermercado, mais difícil será controlar os gastos. Devemos de aproveitar as promoções para comprar em quantidade, congelar tudo o que pudermos e reduzir as visitas ao supermercado ao máximo. Deve-se também manter atenção aos catálogos de supermercados para se poder aproveitar ao máximo as promoções que vão aparecendo. • Quanto a detergentes, devemos seguir rigorosamente as indicações dos fabricantes. Não é preciso encher o boião com detergente da roupa, nem despejar metade do frasco de lava-tudo no balde. Menos é mais dinheiro na carteira! • 4. Envolvimento da família • A família, incluindo os mais jovens, deverá ser envolvida na gestão financeira da família. Se os objetivos de curto, médio e longo prazo forem definidos em conjunto, o envolvimento e a predisposição para o seu cumprimento é maior. • 4. Envolvimento da família De salientar que a informação transmitida às crianças deverá depender da sua maturidade. A opinião geral é a de que não é necessário estar a sobrecarregá-las com demasiados detalhes sobre as contas da família, mas é importante que conheçam a sua capacidade financeira real, por isso pode-se ir explicando o que se pode ou não gastar e porquê. • 5. Poupança • Faça-se, religiosamente, o planeamento da ementa semanal. Esta é uma das melhores e mais eficazes dicas de poupança. A curto prazo, vai-se notar uma redução significativa nas contas de supermercado. Além de poupar, vai-se poder também evitar o desperdício alimentar ao não se deixar nenhum produto estragar, e poder-se-á até fazer uma dieta saudável. • 5. Poupança O pequeno-almoço deve ser tomado em casa e deve- se levar os lanches e o almoço para o trabalho. É uma das melhores dicas de poupança e é mais saudável, e provavelmente mais saboroso. Num mês consegue-se poupar dezenas – ou centenas – de euros com esta pequena alteração na alimentação. • 5. Poupança Deve-se cozinhar com os tachos tapados, reduzir o número de vezes que se abre o frigorífico, retirar carregadores das tomadas quando não em uso, desligar as luzes e aparelhos nas divisões vazias, etc. Fazer os possíveis para reduzir o consumo de energia e vai-se verificar uma diferença na fatura ao final do mês. • 5. Poupança O mesmo aplica-se também ao consumo de água, que se pode reduzir com pequenos truques, como o uso de redutores de caudal, colocar uma garrafa cheia no autoclismo e tomar duches em vez de banhos de imersão. • 5. Poupança Planear e poupar com antecedência para despesas extra como as férias, o regresso às aulas, o pagamento dos seguros ou um computador novo. Poupa-se dinheiro ao não ter de pagar mais por fazer compras a crédito, e assim vale a pena poupar para uma compra grande, mesmo que se precise de o fazer por alguns anos. • 5. Poupança Em várias bombas de gasolina consegue-se poupar alguns cêntimos em certos dias, muitas vezes ao fim de semana. Consegue-se, também, obter descontos de várias formas, é uma questão de pesquisar. Deve-se também praticar uma condução defensiva, não só para poupar no combustível, mas também para chegar a casa e ao trabalho inteiro. • 5. Poupança Por vezes, é possível encontrar em sites como o OLX ou o eBay artigos usados em muito bom estado, mas a um preço muito reduzido em comparação a artigos novinhos em folha. Desde que se tenha cuidado ao procurar e ao comprar, esta é uma das dicas de poupança que pode facilmente ser usada e abusada em nosso proveito. • 5. Poupança O botão da camisa saltou? As calças rasgaram-se? O bolso do casaco rompeu-se? Não gaste dinheiro a substituir peças de roupa a não ser que seja estritamente necessário, pois com um pequeno arranjo não se nota que alguma vez houve problema – a não ser que tenha rasgado as calças a metade. • 5. Poupança A poupança deve ser encarada como um gasto consigo próprio (a célebre ideia de pagarmos a nós próprios em primeiro lugar), logo deverá ser feita à cabeça e de forma automática. Ou seja, no início do mês devemos colocar de parte a fatia do ordenado que se destina à poupança. • 5. Poupança Se dermos ao banco uma instrução para que exista uma transferência automática para outra conta, tanto melhor. Esta outra conta deve ser uma conta poupança, em que não existam cartões (o que evita levantamentos irrefletidos). No que diz respeito ao montante a poupar, pode ser uma quantia fixa ou uma percentagem do seu rendimento. • 5. Poupança Mais importante do que quanto poupa, é a regularidade com que o faz. • 6. Siga o seu dinheiro • O saldo das contas bancárias deve ser visto com regularidade para ter uma noção clara da sua realidade financeira em cada momento e, se for caso disso, fazer reajustes ao seu orçamento. • 7. Revisão • O plano de gastos não é um documento estanque, pelo que deve ser revisto frequentemente para, caso seja necessário, haver ajustamentos face a despesas ou rendimentos imprevistos. • Vantagens de fazer compras semanais • Fazer compras uma vez por semana permite: • aceder a promoções em diferentes produtos todas as semanas; • comprar mais produtos frescos e ter uma alimentação mais saudável; • comprar produtos com um curto prazo de validade; • controlar melhor a conservação dos produtos; • programar melhor as compras a fazer; • ter mais espaço na dispensa, no congelador e no frigorífico. • Vantagens de fazer compras mensais • Por sua vez, fazer compras apenas uma vez por mês possibilita: • poupar em combustível ou em transportes; • ganhar tempo para outras atividades; • comprar apenas o que é preciso, diminuindo as compras por impulso; • fazer compras em quantidade, aproveitando mais as promoções; • ter uma melhor ideia do dinheiro gasto em compras por mês. Como poupar mais no supermercado? • A poupança não passa apenas pelo planeamento das compras. Existem outras formas de poupar nas compras. Pode-se por exemplo usar apps de poupança no supermercado para descobrir os produtos mais baratos e seguir as dicas gerais de poupança nas compras. • Deve-se também procurar fazer compras nos hipermercados com preços mais reduzidos. • Conheça os passos que podem estreitar uma relação de namorados do ponto de vista financeiro. Juntar o amor e as finanças, poderá ser a receita para o sucesso do casal. • Namorar não é um trabalho de um dia só. Cuidar da sua relação amorosa exige-lhe a permanente força de Afrodite, deusa grega do amor, mas também uma gestão financeira a dois. Conheça os passos que podem estreitar uma relação de namorados do ponto de vista financeiro. • 1. Pensar a dois • Um diz poupa e o outro diz gasta. Se as suas finanças estão assim comece por tentar restaurar a união nos objetivos ligados ao dinheiro. Se não existem metas comuns na gestão dos recursos dos namorados, nem padrões de consumo semelhantes, este pode ser um sinal de que os caminhos se separam. • 1. Pensar a dois • Procure tomar decisões conjuntas e unir forças com a sua cara-metade para poupar pelo menos 10 por cento do rendimento disponível do casal. Se não conseguirem alcançar esta percentagem, comecem por poupar uma percentagem menor no princípio do mês, quando recebem os salários. • 2. Fazer contas • Una-se ao seu namorado ou namorada nas contas do casal e faça contas à vida. Aponte todas as despesas do mês e transmita ao seu parceiro este hábito de registos. Vão poder comparar os gastos mensais e encontrar despesas que podem sair das suas vidas, criando margem para elaborar um orçamento eficaz e de sucesso para os meses seguintes. • 3. Sonhos em conjunto • Se as suas poupanças são para as férias de sonho no próximo verão, o melhor será um depósito de curto prazo. Estes depósitos a curto prazo poderão ser bastante importantes, sobretudo para iniciar o casal a partilhar as suas finanças. Poderá permitir consolidar a relação e até identificar erros para que no futuro não voltem a acontecer. • 4. A pensar na casa • Aprofundar uma relação pode passar por uma casa comum. A compra de casa é certamente um dos passos mais importantes na vida de um casal de namorados, por isso empenhe-se. No entanto, nem tudo na vida é fácil, e a compra de casa é certamente um passo de gigante na vida amorosa, mas, sobretudo, na vida financeira do casal. • 4. A pensar na casa • Preparando-se atempadamente para este passo, poderá significar que alguns dos problemas iniciais sejam ultrapassados, visto que já poderiam estar programados. As contas poupança-habitação reduzem os custos na hora de aplicar as suas poupanças na casa, as outras contas poupança no seu banco são mealheiros úteis na sua jornada para casa nova. • 5. Preparar o futuro • Se chegar à velhice com o seu namorado de uma vida será que vai ter uns bons anos dourados de reforma? A esta pergunta sobre o amanhã você tem de responder hoje. Como? Fazendo os investimentos certos para a sua reforma generosa. Lembre-se do peso que a inflação terá na sua vida e da necessidade de conseguir obter uma rendibilidade que mantenha um rendimento nos anos de reforma semelhante ao de idade activa. • 5. Preparar o futuro • Diversifique investimentos, corte nos custos e não complique. Uma carteira de fundos de investimento geridos por profissionais pode ajudá-lo no seu caminho até à reforma. Se quer arriscar mais faça-o nas idades mais jovens para depois aumentar o seu perfil conservador à medida que vai chegando à idade da sua aposentação. Elaborado por: Sónia Romariz Fim Boas poupanças! https://www.youtube.com/watch?v=U753Lwn 0eRg&list=PLXyv-- R3LimHeQQQ1MtjZhI9rClbeMHkA&index=10