Canelite no Corredor: causas e tratamentosCom causas e tratamentos controversos, o problema afeta principalmente atletas corredores que costumam correr médias e longas distâncias 15/11/2009 17:36 | Por Dr. Moises Cohen Introdução e Quadro Clínico A periostite ou síndrome do estresse tibial medial (SETM), popularmente conhecida como canelite, é um distúrbio complexo, de causas e tratamentos controversos que acomete principalmente atletas corredores que costumam correr médias e longas distâncias. Além da corrida, esta síndrome pode estar presente em vários outros esportes principalmente àqueles que envolvam saltos e aterrissagens repetitivamente. No início a dor é incaracterística e difusa ao redor da região interna da perna próximo ao tornozelo. Além da dor, o edema pode estar foto: ricardo zinner - ativo.com presente em alguns casos. Inicialmente a dor é aliviada com o repouso e piora com a atividade física, mas com a evolução do quadro pode se tornar constante, mesmo em repouso. Pode haver ainda uma dor com a elevação dos dedos do pé ou pela movimentação contra resistência do tornozelo. Nitidamente há uma queda do rentimento e posterior limitação até para as atividades diárias. Causas Na presença de uma pisada pronada excessiva (para dentro) ou de uma maior velocidade de pronação, a biomecânica da marcha ou corrida é alterada gerando um estiramento do músculo sóleo medial. Essa hiperpronação combinada com o impacto repetitivo gera a canelite na borda interna e posterior da perna, induzida por tração muscular. Esta tensão excessiva na borda medial da perna é a origem desta patologia que apresenta múltiplos fatores: - Fraqueza dos músculos dos MMII, como também a falta de alongamento do complexo sóleogastrocnêmio(musculatura da panturrilha). - Aumentos súbitos na intensidade e no volume de treinamento ou erros de treimamento. - Alterações no calçado e na superfície de treinamento (pisos mais duros). - Lesões de partes moles (musculatura). - Ausência do tempo de recuperação (descanso). Exames Complementares O primeiro exame a ser solicitado é a radiografia, que na maioria das vezes apresenta-se normal na fase inicial. Pode ocorrer calcificação na região da dor de forma longitudinal e irregular ou hipertrofia da cortical óssea da tíbia, nos casos crônicos. A ressonância magnética pode revelar um edema ósseo indicando a periostite de tração, que se não tratada á tempo pode evoluir para uma fratura por estresse. A cintilografia óssea pode demonstrar lesões longas longitudinais chegando a um terço do comprimento do osso. Tratamento O tratamento conservador através da fisioterapia é indispensável. Inicialmente deve haver uma modificação da atividade, evitando-se as corridas e os saltos por aproximadamente 10 dias. Durante esse período o condicionamento cardiorrespiratório deverá ser mantido através de exercícios na piscina com flutuador, como também na bicicleta ergométrica. A crioterapia (gelo) e o TENS (estimulação elétrica trans cutânea) podem ser usados objetivando a analgesia do local acompanhado de exercícios de alongamento para musculatura posterior da perna (gastrocnêmio-sóleo). Com a regressão dos sintomas, os exercícios de fortalecimento para toda musculatura que envolve a articulação do tornozelo (tibiais, fibulares e tríceps sural) deve ser iniciada de maneira progressiva. Colunista: Dr. Tratamento Cirúrgico O tratamento cirúrgico fica indicado nos casos não responsivos a um intenso tratamento fisioterápico. por aproximadamente 20 minutos. caso seja portador de algum problema estrutural além da correção de quaisquer fatores biomecânicos presentes.Assim que o atleta estiver assintomático. com uma progressão de 10 a 15% semanalmente. Moises Cohen. do Instituto Cohen de Ortopedia. . pode-se iniciar o trote/corrida sobre a grama. Reabilitação e Medicina do Esporte. É importante ressaltar que o mesmo já deverá estar adaptado ao tênis.