Assentamento Da Via

June 7, 2018 | Author: Marcos Almeida | Category: Track Gauge, Train, Rail Transport, Screw, Wood
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Assentamento da viaferroviária Assentamento da via ferroviária  São vários os processos de assentamento em uso, correspondendo a cada um deles conjunto de equipamentos dos mais simples aos mais sofisticados:  procedimento manual → empregado em pequenas renovações de trechos de linha em tráfego ou no assentamento de desvios;  procedimento mecanizado → empregado no assentamento de trechos novos. Assentamento da via ferroviária  A opção por um desses processos é de fato mais um problema de logística e de bom senso pois está sujeita a fatores como:  produtividade exigida pelo cronograma;  características dos componentes da infra- estrutura; e  o custo elevado dos equipamentos. Assentamento da via ferroviária  A diferença básica está na montagem da grade (conjunto dos trilhos, dormentes e acessórios de fixação).  A partir da grade montada, todos os processos convergem para a mesma seqüência. Locação e implantação dos marcos de alinhamento e nivelamento  Pré-locação do eixo com piquetes nos pontos singulares da via:  Antes de iniciar o assentamento da superestrutura ferroviária deve ser feita a locação do eixo da via, denominada locação para trilhos.  Nivelamento final com a projeção do greide dos trilhos:  Após a locação do eixo, na qual são implantados os piquetes é feito novo nivelamento no eixo e projetado o greide final dos trilhos.  Este estudo do greide final dos trilhos vai suprimir qualquer irregularidade da plataforma, através de pequena variação nas alturas do lastro. Locação e implantação dos marcos de alinhamento e nivelamento  Transferência da locação do eixo para a margem da plataforma:  piquetes de trilhos com entalhe lateral para indicar a cabeça dos trilhos (a posição da superfície de rolamento) com a altura do lastro, do dormente e do trilho empregado; e  Marcação da superelevação nas curvas:  nas curvas o valor da superelevação a ser dada ao trilho externo também será incluído na altura indicada pelos marcos de referência de alinhamento e nivelamento. Preparação dos dormentes  Antes de ser distribuído junto à faixa da estrada, os dormentes de madeira devem ser entalhados e furados.  O entalhamento consiste em preparar, na face superior do dormente, dois entalhes, onde vão se adaptar as placas de apoio do trilho.  Se a placa de apoio já tem a inclinação necessária, o entalhe no dormente é feito na horizontal e de modo que a placa se encaixe no dormente. Entalhamento dos dormentes de madeira Preparação dos dormentes  Dependendo do grau de mecanização disponível e da produtividade requerida, o emplacamento poderá ser feito no estaleiro, chegando o dormente no local de serviço já com a placa de apoio fixada. Dormentes de madeira com placas de apoio e fixações Processos de assentamento da via  Processo clássico → é adotada uma única frente de serviço;  Processo moderno → são abertas várias frentes de serviço. Processo clássico de assentamento da via  Distribuição dos dormentes, em caminhões, ao longo do eixo, após ou não uma primeira distribuição de lastro.  No caso de dormentes de madeira, já entalhados e furados;  No caso de dormentes de concreto, acompanhados de suas fixações já colocadas.  O lastro pode ser transportado para o local de assentamento da via em vagões próprios, no caso de prolongamento de uma linha ou ramal já existente, ou em caminhões, no caso de linha férrea inteiramente nova. Distribuição de dormentes de concreto Processo clássico de assentamento da via  Distribuição, em caminhões, das talas, parafusos, porcas e arruelas próximas às juntas (trilhos ligados por talas ou TLS – trilhos longos soldados).  Se forem usadas, por exemplo, barras com 4 furos serão necessários: 4 talas, 8 parafusos, 8 porcas e 8 arruelas. Processo clássico de assentamento da via  Os materiais de fixação do trilho ao dormente (placas, parafusos, pregos etc), no caso da madeira, também são distribuídos ao longo do eixo da linha por caminhão.  A cada 100m é deixado o material necessário para atender a 50m para cada lado deste ponto. Dormentes de concreto e fixações Processo clássico de assentamento da via  Os dormentes são colocados transversalmente à linha, se não o foram inicialmente, a partir do ponto inicial de assentamento.  Em seguida, são colocados nos espaçamentos previstos no projeto, já com as placas de apoio fixadas com tirefonds.  Caso o entalhamento dos dormentes de madeira seja feito no local, deverá ser feito nesta ocasião, para depois, então, prosseguir-se com a colocação das placas e dos dormentes nos espaçamentos previstos. Processo clássico de assentamento da via  Colocação dos trilhos longos soldados:  Transporte de roletes para suporte inicial e movimentação longitudinal das barras de trilhos;  Os roletes são colocados.entre os dormentes (para os dois trilhos), numa extensão de aproximadamente 400 m, a cada 3 dormentes e em nível, para que o trilho corra sem atritar-se com os dormentes, metade junto à última extensão lançada e metade na frente de serviço; Processo clássico de assentamento da via  Colocação dos trilhos longos soldados:  transporte das barras de trilhos longos soldados (comprimento em torno de 200 m) por via ferroviária, a partir do estaleiro de solda ou de depósito de estocagem. Processo clássico de assentamento da via  Colocação dos trilhos longos soldados:  Com a chegada do trem de serviço com as barras soldadas, duas delas são presas às extremidades da via já lançada.  O trem, a seguir, recua, e as duas barras vão caindo sobre os roletes colocados entre os dormentes.  O deslocamento até o local de fixação do trilho também pode ser feito com a utilização de trator puxando as barras. Processo clássico de assentamento da via  Colocação dos trilhos longos soldados:  Depois de colocadas sobre os roletes da via existente, as barras são empurradas pelo próprio trem, de modo a ficarem sobre os roletes existentes no trecho a ser construído.  Após o posicionamento dos trilhos longos soldados na bitola, os roletes são transportados para sua nova posição entre os dormentes do novo trecho e a composição poderá fazer o lançamento de mais duas outras barras. Lançamento dos trilhos Processo clássico de assentamento da via  Implantação da bitola:  Nos alinhamentos retos, deve se dar, rigorosamente, a bitola especificada para a estrada de ferro.  Nas curvas, a bitola é aumentada ligeiramente → super-largura. Processo clássico de assentamento da via  Implantação da bitola:  Os trilhos são assentados com uma pequena inclinação em relação à vertical, de modo a acompanhar a inclinação do aro das rodas dos veículos.  No Brasil esta inclinação, em geral, é de 1:20 (5%).  Esta inclinação pode ser dada diretamente no dormente ou na placa de apoio. Processo clássico de assentamento da via  Tolerâncias na bitola:  A passagem dos veículos faz com que a via adquira defeitos que alteram a bitola: os alargamentos e os estreitamentos.  O alargamento ocorre devido ao afrouxamento da fixação do trilho ou ao seu desgaste.  O estreitamento ocorre se a inclinação do trilho for aumentada por qualquer motivo.  As tolerâncias admitidas na bitola variam de –3 a +6 mm nos alinhamentos retos e +10mm nas curvas. Processo clássico de assentamento da via  Tolerâncias na bitola:  A passagem dos veículos faz com que a via adquira defeitos que alteram a bitola: os alargamentos e os estreitamentos.  O alargamento ocorre devido ao afrouxamento da fixação do trilho ou ao seu desgaste.  O estreitamento ocorre se a inclinação do trilho for aumentada por qualquer motivo.  As tolerâncias admitidas na bitola variam de –3 a +6 mm nos alinhamentos retos e +10mm nas curvas. Processo clássico de assentamento da via  Jogo da via:  É a diferença entre a bitola da via (em reta) e a distância entre as faces externas dos frisos das rodas, medida 10mm abaixo do plano de rodagem: j = b – d  O jogo da via, em alinhamento reto, é fixado entre 9 e 15mm;  Nas curvas, a folga total será a soma do jogo da via em alinhamento reto mais a super-largura adotada. Processo clássico de assentamento da via  Quando do seu posicionamento sobre os dormentes, a medida do afastamento das duas filas de trilhos deve ser constantemente controlada através do “gabarito de bitola”, que consiste em uma barra de ferro com dois ressaltos na distância igual à bitola da linha. Processo clássico de assentamento da via  Fixação das barras descarregadas:  Fixação das extremidades dos trilhos descarregados com talas de junção e parafusos (juntas provisórias).  Posteriormente estas juntas serão substituídas por solda elétrica ou aluminotérmica, executada in loco.  À medida que os trilhos forem sendo colocados sobre os dormentes e antes de iniciar a fixação (pregação), ligam-se as juntas por meio das talas de junção, colocando dois ou três parafusos mal apertados. Processo clássico de assentamento da via  Fixação das barras descarregadas:  É feita a fixação de uma fila de trilhos, sendo a outra colocada na posição certa conforme o “gabarito de bitola” para então também ser fixada aos dormentes.  A fixação das duas filas de trilhos é feita de maneira alternada (dormente sim, dormente não) ou a cada três dormentes.  Como resultado, tem-se a linha pontilhada, sobre a qual pode trafegar o trem de serviço que leva o material adiante.  Após a passagem do trem com trilhos longos, os trilhos são fixados aos dormentes soltos. Processo clássico de assentamento da via  Puxamento da grade  Consiste em dar à via férrea, o alinhamento do projeto que foi marcado no terreno através dos “marcos de alinhamento e nivelamento”.  A operação de puxamento consiste em deslocar a grade formada pelos trilhos e dormentes, por meio de alavancas, de modo a colocar os trilhos na posição certa indicada pelos marcos.  Entra aí o trabalho do “mestre de linha” que a distância observa o alinhamento entre os marcos e comanda o pessoal que movimenta a linha por meio de alavancas. Puxamento da grade Processo clássico de assentamento da via  Distribuição do lastro da segunda camada:  Carregamento de pedra nos estoques (dotados de pás carregadeiras – sempre uma sobressalente).  O trem de lastro chega à frente de serviço onde já está uma máquina reguladora de lastro.de porte médio, em movimento lento e em grupo de quatro vagões de cada vez.  Em cada vagão, 3 homens controlam a saída da pedra que cai parte entre os trilhos e parte fora da linha.  Concluída a descarga, o trem volta para o local de estocagem do lastro. Distribuição do lastro Processo clássico de assentamento da via  Regularização provisória  Espalhamento do lastro (que está sob forma irregular) pela máquina regularizadora de lastro que já está no local. Regularização do lastro  Primeiro levante, alinhamento e socaria  O primeiro levante, feito pela máquina socadora – niveladora, é da ordem de 12 cm e será executado após a passagem dos trens de serviço do avançamento.  O lastro é encaixado sob os dormentes, levantando-se a grade da linha por meio de pequenos macacos hidráulicos ou mesmo pelas próprias máquinas niveladoras e socadoras.  Uma vez encaixada a pedra britada sob os dormentes, vem a socaria, um afofamento do lastro lançado, por meio das socadoras Processo clássico de assentamento da via Levante da linha Levante e socaria  Primeiro levante, alinhamento e socaria  O nivelamento dos trilhos é verificado por meio de régua e nível, de modo a atingir a altura marcada nos “marcos de referência”.  Cuidados devem ser tomados para a transição do nivelamento na extremidade do trecho em que já foi lançado lastro com o que ainda não teve esse lançamento. Processo clássico de assentamento da via  Distribuição e regularização provisória do lastro para a terceira camada  As operações são semelhantes às descritas anteriormente.  Segundo levante, alinhamento e socaria  Entrada da máquina socadora – niveladora para efetuar o levante de pelo menos 5 cm, e socaria. Processo clássico de assentamento da via  Colocação da camada final para complementação do lastro, para a execução dos alinhamentos e nivelamentos definitivos.  As operações de carregamento e descarna de pedra são idênticos aos casos anteriores. Processo clássico de assentamento da via  Regularização do lastro e acabamento  A socadora pesada procede o puxamento, nívelamento e socaria, ajustando as superelevações definitivas nas curvas.  Terminado o nivelamento da linha é feita a correção final do alinhamento, pois é possível ocorrer um pequeno deslocamento durante o nivelamento.  Enche-se de lastro o intervalo entre os dormentes, até a altura e compõem-se os taludes de lastro, de acordo com o projeto.  Para este trabalho existem equipamentos (socadora – niveladora – alinhadora pesada e reguladora de lastro), que fazem o acabamento e taludamento, retirando inclusive o excesso de brita (coroamento do dormente). Processo clássico de assentamento da via  Liberação de tensões e soldagem de fechamento  Antes de soldá-los definitivamente, faz-se a neutralização de tensões dos trilhos, dando-lhes o comprimento teórico que corresponde a uma temperatura predeterminada que coincide com a temperatura média da região onde está sendo assentada a via, com uma tolerância de ± 5º C.  Quando a temperatura dos trilhos estiver abaixo da neutra, procede-se ao afrouxamento das fixações.  Permite-se a dilatação do trilho solto e, em seguida, efetua-se o re-aperto das fixações. Processo clássico de assentamento da via  Implantação de marcos  marcação quilométrica, referências de alinhamento e nivelamentos de acordo com o estaqueamento do projeto. Processo clássico de assentamento da via  Neste caso, todo material é transportado por meio de caminhões, ao longo da plataforma da ferrovia, inclusive a pedra britada para o lastro.  A seguir o lastro é espalhado em um primeira camada que de nivelamento da linha e obtendo-se uma compactação primária.  Na seqüência, os dormentes e os trilhos são assentados sobre essa camada de lastro,executando-se as mesmas operações descritas no processo clássico.  Permitido o tráfego na ferrovia, pode-se completar o lastro, atingindo a altura especificada no projeto, e fazendo o nivelamento, puxamento e acabamento final. Processo moderno de assentamento da via Assentamento dos aparelhos de mudança de via  Os aparelhos de mudança de via (AMVs) e os desvios são construídos por turmas especiais.  Os AMVs são colocados na sua posição antes do inicio da construção da via. Assentamento dos aparelhos de mudança de via  A seqüência das operações é a seguinte:  Colocação de pedra de lastro nos locais pré- determinados para AMV.  Carregamento, transporte e descarga dos materiais dos AMVs (vigotas, peças e acessórios metálicos).  No transporte, emprega-se uma carreta para vigotas e outra para os materiais metálicos.  Nas proximidades do local deve estar disponível um pequeno guindaste para a descarga. Assentamento dos aparelhos de mudança de via  A seqüência das operações é a seguinte:  Pré-montagem do AMV  distribuição dos dormentes especiais ao lado da via; e  colocação das placas de apoio sobre os dormentes, se necessário.  Montagem definitiva do AMV  Após a fixação das placas, colocação das peças metálicas de serviço (encostos, agulhas, contratrilho, etc) sobre os dormentes.  Implantação do lubrificador.  Construção dos desvios.


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