Apostila Periodontia Teoria

May 30, 2018 | Author: Joao Carlos da Silva | Category: Diabetes Mellitus, Immune System, Bone, Dentin, Tooth
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PERIODONTIAProf. Renato Corrêa Viana Casarin Prof. Márcio Zaffalon Casati www.concursosdeodontologia.com.br [email protected] ABITEP – PERIODONTIA_ Tel.: 11 3214 - 8949 1 ANATOMIA E HISTOLOGIA DOS TECIDOS PERIODONTAIS PERIODONTIA – PERI – Ao redor; ODONTO – Dente. PERIODONTO DE SUPORTE OU SUSTENTAÇÃO 1. Cemento Radicular 2. Ligamento Periodontal 3. Tecido Ósseo PERIODONTO DE SUPORTE OU SUSTENTAÇÃO 1. LIGAMENTO PERIODONTAL PERIODONTO DE PROTEÇÃO 1. Gengiva Livre 2. Gengiva Inserida 3. Gengiva Papilar ou interproximal ou interdental Tecido conjuntivo frouxo, feixe de fibras colágenas unindo o dente ao osso alveolar. CÉLULAS: fibroblastos, osteoblastos, cementoblastos, osteoclastos, células Nervosas, células mesenquimais indiferenciadas. FUNÇÕES: 1. Ancoragem / Sustentação: associada às fibras; 2. Sensitiva / Proprioceptiva: Terminações nervosas presentes no espaço ligamentar; 3. Nutricional: Vasos sanguíneos; 4. Homeostase: Células de defesa; 5. Regenerativa: Células Mesenquimais Indiferenciadas; TIPOS DE FIBRAS: 1. Fibras Colágenas: fibras predominantes; 2. Fibras Reticulares: adjacentes a membrana basal e vasos; 3. Fibras Elásticas: associada aos vasos sanguíneos; 4. Fibras Oxitalâmicas: perpendiculares as fibras principais do ligamento periodontal, auxiliam no SUPORTE das fibras do ligamento e vasos sanguíneos; LOCALIZAÇÃO E RESISTÊNCIA AS FORÇAS 1) Apical: Perpendiculares a superfície dos ápices radiculares até a crista alveolar. Resistem às forças verticais e extrusivas aplicadas aos dentes. 2) Oblíqua: Posiciona-se em uma direção oblíqua a partir da área acima da região apical da raiz, inserindo-se para cima no processo alveolar. Resistem às forças mastigatórias verticais ou intrusivas. 3) Horizontal: Estendem-se horizontalmente do cemento no terço médio da raiz até o osso alveolar adjacente. Resiste à inclinação dos dentes. 4) Crista alveolar: Origina-se na região cervical, logo da JCE, estendendo-se ate a crista alveolar e para o interior do tecido gengival. Resistem a forças intrusivas. 5) Inter-radicular: Encontradas nos dentes multirradiculares, dispostas perpendicularmente à superfície dentária e ao processo alveolar adjacente. Resistem às forças verticais e laterais. DICA IMPORTANTE: Embora as fibras estejam sempre inseridas no osso e no cemento, essas possuem uma orientação ondulada que permite uma MOBILIDADE FISIOLÓGICA. 2. TECIDO ÓSSEO / PROCESSO ALVEOLAR: Dividido em: 1. Osso compacto: lâmina dura e cortical; 2. Osso esponjoso: medula óssea; www.concursosdeodontologia.com.br [email protected] ABITEP – PERIODONTIA_ Tel.: 11 3214 - 8949 2 ANATOMIA DO PROCESSO ALVEOLAR: dependente da função dental/ estímulo funcional – Presença do Dente. Altura: 2 a 3 mm da junção cemento-esmalte; Largura: Dependente da área: mais espesso na região posterior que anterior; IMPORTANTE: Alterações no metabolismo ósseo (osteoporose) influenciam. Após a perda dental o processo alveolar é reabsorvido, originando o rebordo ósseo. IMAGEM RADIOGRÁFICA DO TECIDO ÓSSEO Lâmina dura (osso compacto) e Osso trabecular (osso esponjoso). FUNÇÃO DO TECIDO ÓSSEO: 1. Ancoragem do ligamento periodontal; 2. Processo de remodelação – aposição e reabsorção; FISIOLOGIA DO OSSO ALVEOLAR Sistema de Havers: Mecanismo interno de suprimento vascular, em especial em ossos mais espessos; Canais de Volkman: caminho para vasos sanguíneos, linfáticos e nervosos. Sistema de Havers Sistema de Havers Canais de Volkman REMODELAÇÃO ÓSSEA: Está relacionada à demanda funcional ou forças aplicadas (ortodontia). Linhas de reversão: Com a repetição dos processos de reabsorção e formação óssea, ocorre a interação entre células osteogênicas (osteoblastos e osteócitos) e osteoclásticas (osteoclastos), formando as linhas de reversão. CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO: 1. Osteoblastos: Os osteoblastos produzem matriz não mineralizada - osteóide. Essa matriz será mineralizada posteriormente. Contudo, alguns osteoblastos ficam aprisionados no interior da matriz mineralizada, regridem de tamanho e função, tornando-se osteócitos. 2. Osteócitos: Osteoblastos aprisionados: importante da manutenção do tecido ósseo; 3. Osteoclastos: Oriundos dos monócitos, são células gigantes específicas para a destruição de matriz óssea mineralizada. DEFEITOS ÓSSEOS FISIOLÓGICOS a) DEISCÊNCIA – Perda da continuidade da margem óssea, expondo a superfície radicular. b) FENESTRAÇÃO- Fenestra (janela) no tecido ósseo expondo a superfície radicular, mas mantém continuidade da margem óssea. www.concursosdeodontologia.com.br [email protected] ABITEP – PERIODONTIA_ Tel.: 11 3214 - 8949 3 3.CEMENTO RADICULAR CARACTERÍSTICAS: Tecido calcificado, não vascularizado, não inervado, organizado em camadas na superfície radicular, e recobre a dentina; Produzido por cementoblastos, que são originados das células mesenquimais indiferenciadas. Conteúdo inorgânico do cemento é de 45 a 50% (hidroxiapatita). ORIGEM: Ectomesenquimal; TAMANHO: Espessura de 30 a mais de 1.000um;, CÉLULAS: Cementoblastos – responsáveis pela produção da matriz cementária; e cementócitos. FUNÇÃO DO CEMENTO: 1. Ancoragem do dente no alvéolo: através da inserção de fibras de Sharpey; 2. Reparar fraturas radiculares simples: nova deposição; 3. Selar canais pulpares e proteger túbulos dentinários; 4. Reinserção das fibras periodontais: cementogênese é contínua, o que contribui para a inserção de novas fibras; IMPORTANTE: FIBRAS DE SHARPEY: Porção Terminal das fibras colágenas do ligamento periodontal que ficam “inseridas” em cemento de um lado e osso alveolar do outro, promovendo a inserção do dente. ALTERAÇÕES DO CEMENTO RADICULAR: Sua porosidade e características fazem com que quando exposto ao meio oral ou bolsa periodontal absorve toxinas bacterianas, ocorrendo perda e ganho de minerais, irregularidades em sua superfície, e adesão de grânulos patológicos (calculo dental). Por isso deve ser removido estrutura dentária durante a raspagem e alisamento radicular. TIPOS DE CEMENTO Acelular Primeiro a ser depositado – antes do inicio da oclusão. Recobre o 1/3 cervical até aproximadamente metade da raiz, espessura varia entre 30 a 230 um, principal função ancoragem Afibrilar Ausência de fibras de Sharpey (Sistema intrínseco de Fibras) Celular Formado após o dente alcançar o plano oclusal, formato irregular. Contém células em seu interior e as fibras de Sharpey abrangem menor número de sua superfície. Cemento acelular mais mineralizado que o cemento celular. Fibrilar Presença de fibras inseridas (Sistema Extrínseco de Fibras) CLASSIFICAÇÃO DO CEMENTO (SCHROEDER) CEMENTO ACELULAR AFIBRILAR: Não contém células, nem fibras, produzido por cementoblastos, encontrado próximo a cervical, espessura de 01 a 15 um; CEMENTO ACELULAR COM FIBRAS EXTRÍNSECAS: Composto quase que integralmente por feixes de fibras de Sharpey, não apresenta células, encontrado no terço cervical estendendo-se apicalmente, espessura de 30 a 230 um. CEMENTO CELULAR MISTO ESTRATIFICADO: Composto por fibras extrínsecas e intrínsecas, contém células, encontrado no 1/3 apical e áreas de furca, espessura de 100 a 1000 um. CEMENTO CELULAR DE FIBRAS INTRÍNSECAS: Preenche lacunas de reabsorção; CEMENTO INTERMEDIÁRIO: Próximo a junção demento dentina de certos dentes, parece conter remanescentes da bainha epitelial de Hertwig aprisionados em uma matriz calcificada. CURIOSIDADE: Qual o Término Cervical do Cemento? Em 60 a 65% dos casos cemento sobrepõem-se à Junção Cemento Esmalte, 30% dos casos a união é topo a topo, e 5 a 10% dos casos existe um espaço entre o cemento e o esmalte onde a dentina e os túbulos dentinários encontram-se expostos. DICA: Conteúdo inorgânico dos tecidos mineralizados orais: Cemento Osso Dentina Esmalte 45 a 50% 65% 70% 97% www.concursosdeodontologia.com.br [email protected] ABITEP – PERIODONTIA_ Tel.: 11 3214 - 8949 4 PERIODONTO DE PROTEÇÃO = TECIDO GENGIVAL TECIDO GENGIVAL: parte da mucosa oral mastigatória que recobre os processos alveolares dos maxilares e circunda o colo dos dentes. Pode ser dividida anatomicamente: 1. Gengiva Inserida 2. Gengiva Interproximal ou Papilar 3. Gengiva Livre 1. GENGIVA INSERIDA: Apresenta-se inserida ao periósteo (tecido que recobre o osso alveolar) e a superfície dental através das fibras gengivais (inserção conjuntiva). Estende-se da ranhura gengival até a linha muco gengival. Características clínicas de normalidade: 1. textura firme; 2. cor rósea; 3. aspecto de casca de laranja (pontilhado superficial); Tamanho Indivíduos: Diferente extensão da faixa de tecido gengival entre grupo de dentes em um mesmo indivíduo e entre indivíduos. Dentes: Maior faixa em região de incisivos superiores e inferiores, diminuindo em direção a caninos e outros dentes. Geralmente pré-molares apresentam uma faixa estreita de tecido gengival. 2. GENGIVA INTERPROXIMAL: Definição: Estende-se do ponto de contato até a região da margem gengival vestibular; Composta pela gengiva inserida (principalmente) e livre. Forma: Região Anterior: TRIANGULAR Região Posterior: TRAPEZOIDAL – Podendo ser dividida em: Vestibular e Palatina/Lingual; Dependente da altura e da largura do ponto de contato: Região Anterior: ponto de contato próximo a incisal, estreito. Região Posterior: ponto de contato próximo a margem gengival e largo unidas por uma depressão de tecido epitelial parqueratinizado, formando o COL. IMPORTANTE COL - Seria uma área de maior risco para doença periodontal? 1. Região apresenta epitélio estratificado não queratinizado; 2. Área com maior acúmulo de placa; 3. Anatomia que favorece a penetração de toxinas bacterianas. 3.GENGIVA MARGINAL ou LIVRE: Definição: Tecido justaposto à superfície dental. Externamente: distância da Margem Gengival até a Ranhura Gengival; Internamente: Corresponde à área do sulco gengival: da margem gengival até a base do sulco gengival. www.concursosdeodontologia.com.br [email protected] ABITEP – PERIODONTIA_ Tel.: 11 3214 - 8949 5 posteriores inferiores – 25%. . região anterior superior – 29%. ou seja. considera-se um limite de 0. É o que determina a aderência do tecido gengival ao redor do elemento dental. Por isso.Características clínicas: 1.Dentição decídua: região anterior superior – 37%. Seus limites são: coronário: margem gengival. 4. Localização: Mais frequente na região anterior. Profundidade: 0 a 3mm sem sangramento. posteriores superiores – 24%.5mm da margem gengival para não invadir o espaço biológico. Cor rósea. Tamanho: 0. apical: epitélio juncional. www. Importância clínica: O sulco histológico é o local onde os términos de preparos para prótese e restaurações podem adentrar.Dentição permanente: anterior inferior – 43%.69 mm Sulco Clínico: determinado pela sonda periodontal. pré-molares inferiores – 42%.: 11 3214 . 3. ou de 0 a 2mm.br periodontia@abitep. 2. Não aderido ao dente (diferencia da gengiva inserida) IMPORTANTE: SULCO GENGIVAL OU HISTOLÓGICO: Definição: Espaço virtual localizado entre a margem gengival e superfície dental. Aspecto liso.com. Todo o tecido que está aderido ao dente. ESPAÇO BIOLÓGICO Espaço Biológico: Definição: Área de união entre a gengiva e a superfície dental. molares inferiores – 25%. laterais: superfície gengival. NOTA IMPORTANTE: Qual é a diferença entre Sulco histológico e Sulco clínico? dental e tecido Sulco Histológico: distância da margem gengival até a porção mais coronária do epitélio juncional. É determinado pela distância da crista óssea alveolar à base do sulco gengival. região anterior inferior – 36%. distância da margem gengival até a profundidade de penetração da sonda periodontal no interior do tecido gengival (epitélio juncional).concursosdeodontologia. pré-molares superiores – 24%. a sondagem clínica tradicional. .br ABITEP – PERIODONTIA_ Tel. Formato em V. molares superiores – 31%.8949 6 . O sulco clínico determina a condição periodontal. a partir do fim da crista óssea até a porção mais coronária do epitélio juncional.com. Sem brilho. Frágil união com a superfície dental. Possui 4 camadas celulares: camadas basal.concursosdeodontologia. Origem: União do epitélio oral e epitélio reduzido do órgão de esmalte. b. d. Epitélio Pavimentoso Estratificado Paraqueratinizado b. HISTOLOGIA DO TECIDO GENGIVAL EPITÉLIO GENGIVAL Pode ser dividido em: 1. espinhosa. Aderido à superfície dental em superfície de esmalte no nível da junção cemento-esmalte. Possui maior espaço entre as células. g. c. IMPORTANTE: O Epitélio Juncional e uma área de risco para a doença periodontal? 1. Epitélio Oral: a.br ABITEP – PERIODONTIA_ Tel. Alta Renovação Celular: em torno de 6 a 7 dias. Epitélio juncional: IMPORTANTE a. Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. c.com.Composição: Epitélio Juncional + Inserção Conjuntiva (ou Fibras Gengivais ou Adaptação Conjuntiva). Epitélio Sulcular: a. pela membrana basal. e.br periodontia@abitep.: 11 3214 . granulosa e córnea. granulosa e córnea. Alta Renovação Celular: em média 10 a 15 dias. Epitélio que compreende da margem gengival (gengiva livre ou gengiva inserida e gengiva interpapilar) ate a linha muco-gengival. Apenas 02 camadas celulares (basal e espinhosa). espinhosa. 3. f. 2. Epitélio Pavimentoso/Escamoso Estratificado Queratinizado b.com. 2. Possui 4 camadas celulares: camadas basal. 4. Pequeno número de células: entre 15 a 30 células.8949 7 . 3. www. Pouco número de células. Tipo: Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Mecanismos de adesão: Glicoproteínas e Hemidesmossomos. d. proteção e síntese de macromoléculas da lâmina basal. Faz contato com o antígeno (bactérias invasoras / toxinas bacterianas) no tecido epitelial e estabelece o mecanismo de resposta de proteção do organismo. sem núcleo. -CAMADA CÓRNEA – processo de queratinização está próximo a completar-se. www.Características das camadas epiteliais que constituem o epitélio gengival: .Principal célula. CÉLULAS DE LANGERHANS . tipo de célula constituinte de todas as camadas epiteliais.br ABITEP – PERIODONTIA_ Tel. nervos e substância amorfa – 35%. -CAMADA GRANULOSA – células mais achatadas com citoplasma rico em grânulos querato . Células – fibroblastos – 5%.60 – 65% (fibras colágenas).com.br [email protected] BASAL .localizadas na camada basal do epitélio gengival. TIPOS CELULARES 1. 2.Envolvida no processo de defesa do hospedeiro. 4.com. com numerosos dendritos. .8949 8 . com elevada quantidade de filamentos citoplasmáticos. encontrados na camada basal do epitélio 3.Produzem melanina . células cubóides aderidas à lâmina basal por hemidesmossomos. unidas as células laterais por “gaps” e hemidesmossomos. Derivada da medula óssea. 5. Grande diferença entre indivíduos.concursosdeodontologia. Células com formato de estrela. QUERATINÓCITOS . MASTÓCITOS – principais células de defesa.camada germinativa. gengival. principalmente quando esse estiver inflamado. NEUTRÓFILOS. CÉLULAS DE MERKEL . leucócitos. encontrada na camada espinhosa / suprabasais do epitélio gengival. Podem ser encontrados no epitélio juncional e no tecido conjuntivo.hialinos. TECIDO CONJUNTIVO GENGIVALComposição: Colágeno .CAMADA ESPINHOSA – células com formato irregular. macrófagos – 3%. associadas a axônios e acredita-se que atuem como receptores para o tato. Vasos sanguíneos e linfáticos. MELANÓCITOS .: 11 3214 . LINFÓCITOS. células paralelas à superfície.responsável pela pigmentação da pele e proteção contra radiação ionizante. Na gengivite instalada. Após esse período.tecido gengival vestibular da maxila e da face vestibular e lingual da região de pré-molares inferiores.com.br ABITEP – PERIODONTIA_ Tel. 1. Propriocepção – Somente no Ligamento Periodontal. INERVAÇÃO DO PERIODONTO: Existem 2 tipos de inervação (todas as periodonto através do nervo trigêmio e seus ramos cervicais). 3.concursosdeodontologia. 1) Dento gengival: Surgem da superfície do cemento na região e penetram no interior da gengiva livre. Nódulos Linfáticos Submandibulares . ligamento periodontal e osso alveolar. amento do número de espiroquetas e microrganismos gram negativos anaeróbios. pressão e tato no tecido gengival.8949 9 . 2) Alvéolo-gengival: Partem da crista alveolar e penetram na gengiva inserida. 2. 4) Circunferencial: Contínuas ao redor do dente.com. 2. Mecanocepção – Sensação de dor. morfologia do contorno gengival e inserção gengival. os hábitos de higiene foram retomados e após 7 a 10 dias. Vasos supraperiosteais. E possuem seu centro trófico no gânglio semilunar. os receptores do ligamento periodontal associado a receptores de músculos e tendões desempenham um papel essencial na regulação dos movimentos e forças da mastigação. 2.br periodontia@abitep. 4. Assim. ETIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS FATOR ETIOLÓGICO PRIMÁRIO: BIOFILME DENTAL (antiga PLACA DENTAL) Fundamentação Científica: Estudo Clássico de LÖE. Vasos intrasseptais. 3. Nesse período ocorreu um aumento gradativo de biofilme acumulado sobre às superfícies dentais e a ocorrência de gengivite.: 11 3214 .FIBRAS GENGIVAIS – INSERÇÃO CONJUNTIVA: Responsável por manter a forma. Nódulos Linfáticos Submentonianos. Remoção dos hábitos de higiene oral de voluntários por 15 a 21 dias. THEILADE & JENSEN em 1965. O ligamento periodontal além de mecanoceptores possuem também proprioceptores. Dados Microbiológicos: O tipo de bactéria prevalente na saúde eram os cocos gram positivos aeróbios. NUTRIÇÃO DO PERIODONTO: 1. associados a um pequeno número de bastonetes. cemento. VIA LINFÁTICA DO PERIODONTO: 1.tecido gengival palatino da maxila. www. que possuem seu centro trófico no núcleo mesencefálico.gengiva vestibular e lingual da região de incisivos inferiores. Nódulos Linfáticos Jugulo-Digástricos – terceiros molares. Vasos do ligamento periodontal. a saúde gengival foi restabelecida. 3) Transseptal: Cervical de cada dente adjacente e se estendem em localizações semelhantes nas superfícies mesiais ou distais. Nódulos Linfáticos Cervicais Profundos . Responsável pela sensibilidade profunda e informação relativa a movimentos e posições. dentina. etc). estática.com. É formada principalmente por constituintes salivares: GLICOPROTEÍNAS e PROTEOGLICANAS e também por ANTICORPOS presentes na saliva. na região subgengival. Formação do Biofilme Dental A formação do biofilme Dental pode ser dividida em 4 fases: 1. ou outro).com. o que não representa o Biofilme Dental.” BIOFILME DENTAL Definições: “Comunidade microbiana organizada.Formado por micro colônias.Colonização Secundária: Co-agregação Fase 1. enquanto placa está ligada a uma massa não organizada. NÃO mineralizada.br periodontia@abitep. e Actinomyces ssp. Fase 2. sendo o que possibilita a adesão dos microrganismos. envolvida em uma matriz de polissacarídeos extracelulares e glicoproteínas salivares. Formação da Película Adquirida O que é Película Adquirida? Camada de moléculas que se aderem diretamente aos tecidos duros (esmalte. Principais Colonizadores Iniciais: Streptococos ssp. em uma matriz extra-celular e com a presença de canais de fluido” LEMBRE-SE: Organizada.br ABITEP – PERIODONTIA_ 10 Tel. Estes apresentam um potencial de adesão. Matriz Extra-Celular e Canais de Fluido Conceito de Biofilme ou Placa: Por que mudou? Houve uma mudança no conceito de placa para biofilme pois esse representa uma comunidade organizada e dinâmica.concursosdeodontologia. apresentar componentes do fluído gengival.: 11 3214 . Esses microrganismos possuem a característica de serem sacarolíticos (alimentam-se de carboidratos) e aeróbios).Adsorção Molecular: Formação da Película Adquirida.Multiplicação: Aumento no número de bactérias 4. Dessa forma diz-se que há mudanças quantitativas e qualitativas durante a instalação das alterações gengivais. não mineralizada. ambos Gram positivos e aeróbios. Colonização Inicial: Chegada dos primeiros microrganismos.8949 . São também produtores da matriz extra-celular que envolve o biofilme. www.“Para a ocorrência das alterações gengivais é necessário um aumento do número das bactérias (acúmulo de biofilme) e também uma mudança no tipo das bactérias (de gram positivas aeróbias para gram negativas anaeróbias). Pode também. inicia-se a adesão dos primeiros microrganismos. rica em detalhes e populações. 3. 2. por meio da degradação e fermentação dos carboidratos – chamados de Polissacarídeos Extra-Celulares. pela presença de adesinas (fímbrias. adesinas. Colonização Inicial Com a película já formada. encontrado em número elevado nos casos de Periodontite Agressiva.Prevotella intermedia . Fase 4. frequente em casos de GUN. forma colônias convexas de centro estrelado. Com a chegada dessas. 3. possibitando a chegada de novas bactérias. hialuronidase. anaeróbio. relacionada com periodontite. Invasão Tecidual e Celular. www. exsudato inflamatório e sangue que são responsáveis pela nutrição bacteriana subgengival e o torna auto-suficiente. anaeróbio. Multiplicação Os colonizadores iniciais se multiplicam e se organizam. Principais patógenos das Doenças Periodontais .br ABITEP – PERIODONTIA_ 11 Tel. proteases). Em especial. proveniente de proteínas (em especial das proteínas séricas liberadas com o início da inflamação gengival). o biofilme estabelece relações com o hospedeiro que o torna auto-suficiente.bastonete arredondado. tem a capacidade de invadir as células epiteliais “in vitro”.Os principais polissacarídeos atuam na nutrição (Frutana e Dextrana) e na formação da matriz. observado no biofilme subgengival. fatores de virulência semelhante à Porphyromonas gingivalis. gram negativo. com bactérias aderidas que iniciaram sua multiplicação e sucessão. presente em certas formas de periodontite. oxigênio) e capacidade de se proteger da ação de antibacterianos do hospedeiro e também da ação de limpeza mecânica. Apresentam Agentes citotóxicos (endotoxinas/ lipopolissacarídeos) em sua composição. gram negativo. Contudo.8949 .Aggregatibacter actinomycetencomitans . presença de biofilme aderido a superfície dental e não aderido. além de interação entre microrganismos. para que esses microrganismos participem da formação do biofilme esses devem apresentar algumas características como: capacidade de aderência à película adquirida. o biofilme se torna mais espesso e começa a se criar áreas de anaerobiose. Mecanismos de ação bacteriana 1. Os microrganismos da doença periodontal apresentam a capacidade de atuar das 3 diferentes formas. produz metabólitos destrutivos como a leucotoxina. aliementam-se de carboidratos).com. formam colônias marrom e pretas. assacarolítico. a chamada AÇÃO COMBINADA. A produção de polissacarídeos que auxiliam na formação da matriz intermicrobiana e na produção de reservas de energia é alta e o biofilme fica aderido ao dente.concursosdeodontologia. pode invadir epitélio gengival. presença do fluído gengival. aumentando a adesão do biofilme ao dente (Mutana). com apenas algumas bactérias aderidas à película adquirida. como P. Colonização Secundária Aquelas bactérias que não possuem o potencial de adesão à película adquirida agora se aderem aos colonizadores inicias – fenômeno de Co-agregação.bastonete gram negativo anaeróbio. forsythia.com.: 11 3214 . capnofílico ( vivem em meio sem oxigênio.br periodontia@abitep. gingivalis e T. fusiforme. metabolismo bacteriano (nutrientes. Até essa fase pode-se considerar a formação do biofilme em um estágio Reversível. na presença de dióxido de carbono).Porphyromonas gingivalis . Fase 3. invade epitélio. o biofilme SUBGENGIVAL pode se forma mesmo na ausência de alimentos. não móvel. 2. pleomórfico.bastonete arredondado. O biofilme subgengival apresenta: maior espessura do biofilme. uma vez formado. em especial os periodontopatógenos. já que são produzidos em grande quantidade pelo tecido inflamado. não móveis. . o que leva a chegada e multiplicação de bactérias anaeróbias. proteases capazes de destruir imunoglobulinas. presente em periodontite ativa e refratária. A remoção completa do biofilme supra gengival pode modular a constituição do biofilme subgengival. Os microrganismos secundários são na maioria Gram negativos e apresentam uma nutrição baseada em aminoácidos. endotoxinas. e ausente em áreas tratadas da doença. Qual o Papel da Dieta na formação do Biofilme? Como as bactérias colonizadores inicias são sacarolíticos (ou seja. condroitinase. produzem colagenase. Dessa forma conclui-se que: “Para a doença periodontal a qualidade da dieta não é importante como para a doença cárie. Características dos Microrganismos envolvidos no Biofilme: Como visto. gram negativo. . Produção de Enzimas Histolíticas (colagenase.” Como se forma o Biofilme Subgengival? Depende do biofilme supra gengival na formação inicial! A partir do momento em que o biofilme subgengival está organizado sua existência não é mais dependente do biofilme supra gengival. freqüentemente associado a Fusobacterium nucleatum . a dieta rica nesse componente facilita a formação do biofilme bacteriano. . O Biofilme formado passa então para uma fase e manutenção e contínua organização com relações entre os microrganismos de antagonismo/agonismo e comunicação entre as bactérias (Quorum Sensing) Nessa fase o biofilme atinge um estágio Irreversível.Tannerella forsythia – bastonete. Não possui organização celular. e endodônticas. A. IMPORTANTE: Não confundir Biofilme Bacteriano com Matéria Alba!!! Matéria Alba Definição: Material SEM ADESÃO. Porphyromonas gingivalis. Pode ser encontrado supragengival e subgengival. Tannerella forshytia . anaeróbico. Coloração marrom-enegrecida-esverdeado. com presença de linhas incrementais e diferentes níveis de calcificação. www. IMPORTANTE: “Por isso diz-se que o cálculo NÃO PROMOVE DOENÇA PERIODONTAL.Espiroquetas – microorganismos altamente móveis. gram negativo.Gengivite ulcerativa necrosante (GUN) – Fusoespiroquetas: p. actinomycetemcomitans em lesões de Periodontite Agressiva.Periodontite crônica – Tannerella forshytia. Microrganismos subgengivais associados às doenças periodontais . .estudo da causa e origem das doenças.Campylobacter rectus – vibrião móvel. . Menor aderência e dureza moderada. apenas facilita a adesão do biofilme nas áreas próximas ao tecido gengival e dificulta sua remoção mecânica. bactérias mortas ou isoladas. com maior dureza e aderência a superfície dental.br ABITEP – PERIODONTIA_ 12 Tel. abaixo da placa. polimorfonucleares. Eubacterium sp. pois utiliza hidrogênio. presente em sítios com destruição periodontal e que respondem insatisfatoriamente ao tratamento. relacionado a osteomielite e infecções do sistema nervoso central. geralmente. e sua distribuição não é uniforme em relação ao cálculo supragengival. actinomycetemcomitans. . cemento ou dentina. difusas. É facilmente removida com jato de água ou ar. Estrutura do Cálculo Dental: Forma-se a partir de um ponto de calcificação do biofilme. NÃO PROVOCA DOENÇA PERIODONTAL!!! E o cálculo dental. branco-amarelada. fusiforme. anaeróbico.com. Extremamente proso. Ex de espiroqueta Treponema denticola.Eikenella corrodens – pequeno bastonete com término rombo. Prevotella intermedia. Eikenella corrodens. assacarolítico.: 11 3214 . Capnocytophaga sp. actinomycetemcomitans. conseqüentemente.8949 . Prevotella intermedia.br periodontia@abitep. provocam alteração na resposta de anticorpos nos casos de periodontite ativa. gram negativos. células descamadas. Porphyromonas gingivalis. Prevotella intermedia e Espiroquetas . Fonte mineral proveniente do fluído gengival e exsudato inflamatório Aderência do Cálculo a superfície dental: calcificação da película. propicia a retenção de biofilme em sua superfície. Fusobacterium sp. presentes em áreas de doença periodontal ativa. capnofílico. incomum. Vibrios sp. anaeróbicos. Fusobacterium nucleatum . . provoca doença? Definições: Cálculo Dental: Biofilme bacteriano mineralizado sobre a superfície dental ou outras superfícies duras da cavidade bucal.. entrando em contato com os cristais de esmalte. produz leucotoxinas. A doença periodontal é causada pelo biofilme dental mas envolve também a resposta do hospedeiro frente à agressão para que ocorra a destruição dos tecidos. Freqüência relacionada às faces interproximais. Cálculo Subgengival: Detectado apenas através da sensibilidade táctil com uso da sonda periodontal e através de exame radiográfico.Fusobacterium nucleatum – bastonete. gram negativo. Associado ao A. Fonte de minerais proveniente da saliva. o que. Freqüência relacionada à presença de placa e proximidade aos ductos de glândulas salivares maiores. como também em áreas com mau posicionamento dental ou sem função mastigatória. associadas a GUN.ex. e ou fumo. formando camadas.” PATOGÊNESE DAS DOENÇAS PERIODONTAIS PATOGÊNESE – páthos (doença) + genesis (gerar) . helicoidais. isolado do biofilme subgengival. gram negativo. composta por restos alimentares. formam colônias convexas pequenas.concursosdeodontologia.com. Cálculo Supragengival: Coloração dependente dos hábitos alimentares. comuns em bolsas periodontais. Capnocytophaga.Abscessos Periodontais – bastonetes gram negativos anaeróbios. irregularidades da superfície dental facilitam embricamento dos cristais do cálculo.Periodontite Agressiva – A. Porphyromonas gingivalis. CLINICAMENTE: PERIODONTITE CLINICAMENTE DETECTÁVEL . .Lesão não localizada – LATERAL E APICAL.Alteração da porção mais coronária do epitélio juncional .Persistência das características descritas na lesão estabelecida.Acúmulo de Linfócitos e Neutrófilos abaixo do Epitélio Juncional . neutrófilos e macrófagos presentes. macrófagos. . linfócitos para o epitélio juncional e sulco gengival. .Extensão para osso alveolar (perda óssea) e ligamento periodontal. CLINICAMENTE: GENGIVITE CLINICAMENTE DETECTÁVEL . 4. É uma resposta pronta para atuar nas diferentes situações de agressão. . com linfócitos. . . .Edema. www.br ABITEP – PERIODONTIA_ 13 Tel.Migração aumentada de neutrófilos.Proteínas séricas no meio extra vascular. Tecido Conjuntivo Células: Formação e Reabsorção Sistema Imune: Resposta Celular e Humoral 5.Proliferação e migração apical do epitélio juncional – embora ainda não ocorra perda óssea.Predominam plasmócitos (70%). vermelhidão. Fluido do Sulco Gengival.Perda contínua do colágeno sob o epitélio da bolsa. bolsa periodontal e retração gengival. Precoce e Estabelecida (que compreendem diferentes fases da gengivite) e Avançada (que corresponde à periodontite). LESÃO PRECOCE . vermelhidão.br periodontia@abitep. . Microcirculação.Aumento de Plasmócitos no infiltrado inflamatório (10 a 30 %).Persistência do biofilme e inflamação aguda.Mecanismos de defesa natural 1.com.Perda progressiva da estrutura do tecido conjuntivo – colágeno. . com fibrose. principalmente no Epitélio Juncional. ou do tipo de agressão sofrida pelo hospedeiro. Saliva. perda de inserção.Anticorpos Extravascular. . com piora das fases anteriores . 3. .Alteração citoplasmática nos fibroblastos (associação com células Linfóides). A resposta inata do tecido gengival pode ser divididas em 4 fases: Inicial.Perda adicional de rede de fibras colágenas (circular e dento gengival).Períodos de quiescência e exacerbação.Exsudação de fluido do sulco gengival . mas neutrófilos ainda são maioria. . vermelhidão. RESPOSTA INATA: Aquela que ocorre independentemente do tipo de bactéria encontrada.Perda do colágeno perivascular .Formação de bolsa periodontal.Vasculite subjacente para o epitélio Juncional.Edema. LESÃO INICIAL – 2 dias de acúmulo de biofilme dental .atinge cerca de 5 a 10% do tecido conjuntivo. 2. do Sulco e Juncional. CLINICAMENTE: SAÚDE PERIODONTAL (chamada também de Gengivite Sub-Clínica).Edema.: 11 3214 . Epitélios: Oral. aumento de fluído.Ulcerações no epitélio sulcular e juncional sangramento levam ao descolamento da superfície do dente.com.Acentuação das características da lesão inicial. Dessa forma existem dois tipos de resposta do indivíduo. .Início da proliferação das células basais do epitélio Juncional CLINICAMENTE: GENGIVITE CLINICAMENTE DETECTÁVEL . uma resposta inata e outra adaptativa ou imune. . sem especificidade. tecido de granulação.8949 . aumento de fluído. hiperplasia (pseudobolsa) LESÃO AVANÇADA . . . LESÃO ESTABELECIDA .concursosdeodontologia. RESPOSTA IMUNE HUMORAL: Quando o antígeno chega aos nódulos. Há dessa forma a migração celular para os tecidos.concursosdeodontologia.RESPOSTA ADAPTATIVA OU IMUNE Essa resposta. inicialmente. facilitando seu início ou acelerando sua progressão. Essas se proliferam nos nódulos linfáticos e penetram na corrente sanguínea. caso confirme sua participação. Considerando que a Doença Periodontal apresenta o fator etiológico conhecido (o biofilme dental) e para que ocorra a destruição dos tecidos é necessária a participação da defesa do hospedeiro (Resposta imune e inata). ou seja. Já no nódulo. qualquer fator que modifique o acúmulo de biofilme ou que altere a resposta local contra as bactérias é considerado um FATOR DE RISCO LOCAL.com. duas formas de resposta podem ocorrer: Resposta Imune Humoral e Resposta Imune Celular.br periodontia@abitep. Assim. A resposta imune se inicia nos tecidos da seguinte forma: Primeiros antígenos do biofilme são “capturados”por células apresentadoras de antígenos (por exemplo Células de Langerhans) e essas levam o antígeno até os nódulos linfáticos. essas células iniciam suas funções na resposta imune celular e humoral e os anticorpos serão produzidos localmente pelos plasmócitos e as células t serão responsáveis por “gerenciar” a resposta imune local. detoxificação. ser considerado um fator ou indicador de risco. diferentemente da resposta inata. o sistema imune deve reconhecer o antígeno (bactéria ou outro agente tóxico da estrutura bacteriana) e desenvolver assim uma ação específica contra a mesma.8949 . Para isso. precipitação.com. FATORES DE RISCO PARA AS DOENÇAS PERIODONTAIS Conceito: O que são Fatores de Risco? Fatores que influenciam a progressão da doença. os plasmócitos produzem anticorpos específicos contra microrganismos periodontais (periodontopatógenos) que são levados pelos vasos sanguíneos para a gengiva através do transudato que sai dos vasos sanguíneos dilatados devido a inflamação.br ABITEP – PERIODONTIA_ 14 Tel. qualquer fator que altere o equilíbrio entre agressão e defesa pode interferir na doença periodontal e. No tecido os anticorpos atuarão sobre as bactérias no sulco gengival causando a destruição microbiana através de agregação. www. opsonização e fagocitose das bactérias. Com essa migração. RESPOSTA IMUNE CELULAR: Quando os antígenos chegam aos nódulos linfáticos e estimulam células b (pré-plasmócitos) e as células t específicas contra as bactérias periodontopatogênicas. com produção de citocinas e produtos antibacterianos.: 11 3214 . atua diretamente contra os patógenos. possui especificidade. são os chamados FATORES DE FUNDO OU DETERMINANTES. além de atuar negativamente na produção do colágeno. Pérolas de Esmalte. 2. 3) Comprometimento da Resposta Inata: Altera a função de fagocitose. Os principais INDICADORES DE RISCO são: Estresse. 2) Alteração na microbiota: a redução do O2 e também a mudança na resposta imunológica do indivíduos faz com que a bolsa periodontal apresente uma microbiota mais patogênica. actinomycetencomitans 2) Tannerella forshytia 3) Prevotella intermedia. O fumo pode provocar: 1) Vasoconstrição periférica e redução da quantidade de O2. levando à lesões endo-pério. conseqüentemente. extensão e gravidade da doença periodontal é maior em adultos e idosos do que em jovens.br ABITEP – PERIODONTIA_ 15 Tel.com.: 11 3214 . AIDS.concursosdeodontologia.br periodontia@abitep. renovação e função dos fibroblastos. www. Sulco radiculares). d) Trauma de Oclusão. RAÇA X FATOR SÓCIO – ECONÔMICO: pacientes com controle de placa satisfatório e sem hábitos nocivos (fumo). Fatores Genéticos. não apresentaram relação entre fator sócio-econômico e doença periodontal. Alterações (Quantidade). Afro-americanos apresentam maior risco a doença periodontal devido também relacionados a situação sócio-econômica. 1) Cotinina reduz a proliferação celular. Restaurações. Neutrofílicas Primárias (Neutropenia Existem ainda fatores que não alteram a patogênese mas a presença desses nos indivíduos faz com que esses apresentem maior ocorrência doença. IMPORTANTE: Os Fatores de Risco Sistêmicos cientificamente comprovados são Fumo e Diabetes mellitus. 4) Comprometimento da Resposta Adaptativa: Reduz a produção de Anticorpos pelas células B e T Além disso alguns produtos provenientes da metabolização da nicotina também podem provocar alteração nos tecidos periodontais. Osteoporose. c) Características Anatômicas Dentais (Projeções de esmalte. Há ainda condições que atuam favorecendo a destruição dos tecidos periodontais de maneira sistêmica. etc. Próteses. A COTININA é um exemplo. e está relacionada aos efeitos cumulativos da doença periodontal durante a vida do paciente.). os chamados FATORES DE RISCO SISTÊMICOS. O estrógeno presente na mulher pode estar relacionado a menor reabsorção óssea. Medicamentos. reduzindo a resposta contra os agentes tóxicos. Outras condições sistêmicas que apresentam relação com a doença podem ser considerados Indicadores de Risco. SEXO: a doença periodontal é mais prevalente e grave em homens do que em mulheres de mesma faixa etária. 3. 4) Porphyromonas gingivalis b) Fatores que facilitem a retenção de placa bacteriana. quimiotaxia e adesão dos neutrófilos. (Cálculo. Essas condições fazem com que indivíduos fumantes tenham maior taxa de destruição periodontal e também apresentem uma pior resposta ao tratamento periodontal. Esse atua de diferentes formas levando a um desequilíbrio na resposta do indivíduo e promovendo alterações significativas na progressão da doença periodontal. e) Infecções Pulpares. que são fatores que mostraram ter influência contudo ainda é necessária maior explicação científica.8949 . IDADE: a prevalência. Dentre esses fatores estão: 1. Dieta.Entre esses estão: a) Bactérias Específicas: 1) A. com menor redução na profundidade de sondagem e ganho de inserção clínica. com redução de vasos mais calibrosos e aumento de vasos estreitos.com. tornando-a mais protegida contra as doenças periodontais Por que esses fatores são de risco? FUMO O fumo pode ser considerado o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da doença periodontal. concursosdeodontologia.DIABETES MELLITUS A diabetes mellittus é uma desordem endócrina associada à falta ou produção deficiente de insulina. Essa condição promove as seguintes alterações nos tecidos periodontais: Além disso. a presença de glicose sanguínea promove uma glicosilação de proteínas e lipídeos. Indivíduos diabéticos mal controlados apresentam alterações mais severas que aqueles bem controlados e que indivíduos saudáveis. www. quando comparados ao não diabéticos.br ABITEP – PERIODONTIA_ 16 Tel. o controle glicêmico também tem influência nessa relação.br periodontia@abitep. Além disso. Esses produtos levam a: Essa condição faz com que a doença periodontal nos diabéticos seja mais prevalente e severa.8949 .: 11 3214 .com.com. levando a formação das AGES (Produtos Finais de Glicosilação). levando a altas taxas de glicemia sanguínea. Além disso apresentam maiores índices de tabagismo e hábitos deletérios para a higiene oral.br periodontia@abitep. Essa condição promove alterações no tecido ósseo que podem facilitar a destruição deste na doença periodontal.concursosdeodontologia. . AIDS – Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida Essa doença altamente transmissível.br ABITEP – PERIODONTIA_ 17 Tel. www.com. estudos encontraram maiores índices de placa e sangramento em indivíduos estressados. Estudos mostraram uma maior taxa de doença periodontal e edentulismo em mulheres osteoporóticas em comparação a mulheres normais.e. em especial.8949 . Prevotella intermedia. Fusobacterium nucleatum e Campylobacter rectus. Dessa forma. por contato com fluidos corporais contaminados. a microbiota bucal é modificada e a resposta dos tecidos periodontais é alterada. Microbiota Oportunista: Candida albicans. OSTEOPOROSE Definição: Perda óssea cortical de 0.PAPEL DOS INDICADORES DE RISCO NA PROGRESSÃO DA DOENÇA PERIODONTAL ESTRESSE Dois modelos foram propostos para explicar a pior condição periodontal de indivíduos estressados.: 11 3214 . Na presença da AIDS. vermelhidão difusa ou petéquias em direção ao fundo de vestíbulo.3-0. MODELO BIOLÓGICO: Alterações significantes na resposta imune humoral e celular. Naqueles pacientes em que a doença está se manifestando (com contagem de linfócitos CD4+ menor que 200) podem instalar-se: . Assim. há uma relação comportamental e biológica para explicar os maiores níveis de doença nos indivíduos estressados.GUN/PUN – indicadores de depreciação da imunidade do hospedeiro.com. portadores de estresse crônico. leva a imunossupressão e infecções oportunistas. exacerbando a periodontite. O tratamento periodontal apresenta mínima resposta clínica ao controle de placa e a instrumentação. O estresse promove degradação dos órgãos linfáticos e ainda promove maior liberação de hormônios (adrenalina.eritema gengival (gengivite associada à HIV): características clínicas de eritematosa linear (incluindo especialmente a gengiva inserida). Porphyromonas gingivalis.) que desequilibram a resposta imune e promovem redução de fatores protetores e exacerbação de fatores destrutivos para os tecidos periodontais. MODELO COMPORTAMENTAL: Indivíduos estressados apresentam uma menor preocupação com as condições bucais e apresentam também pior condição de higiene oral. mostrando o papel dessa condição na manutenção da saúde periodontal.5%/ano até a menopausa e 2 a 3% pós-menopausa. Aa. levando a um descontrole nos mecanismos de defesa resultando em acúmulo de periodontopatógenos. p. os modelos COMPORTAMENTAL e BIOLÓGICO. Algumas doenças já mostraram um relação com a presença de alterações bucais. consequentemente exacerba a condição da doença periodontal. levando a ocorrência de Trombose.8949 . Por essa via. Essa relação se dá pela presença dos patógenos que. após o tratamento periodontal há uma melhora dos níveis de glicose sanguínea.com. e podem.br ABITEP – PERIODONTIA_ 18 Tel. infartos isquêmicos. Definição: Estudo da relação entre doenças sistêmicas e a doença Periodontal como agente contribuidor. DESCONTROLE GLICÊMICO X DOENÇA PERIODONTAL A relação da Doença Periodontal e do Controle Glicêmico se dá pela relação de infecções com a resistência insulínica. o que. periodonto patógenos (Porphyromonas gingivalis. DOENÇAS CARDIOVASCULARES X DOENÇAS PERIODONTAIS Doenças periodontais estão relacionadas com doenças cardiovasculares. reduzindo o controle glicêmico. Além disso.br periodontia@abitep. pacientes com doença periodontal podem apresentar um descontrole.MEDICINA PERIODONTAL Bactérias e produtos bacterianos da bolsa periodontal alcançam a corrente sanguínea a partir da boca.com. Helicobacter pylori. Essas placas podem obstruir a luz das artérias ou serem rompidas formando trombos. Tannerella forsythia e Campylobacter rectus) e Citomegalovírus.: 11 3214 . Doenças Pulmonares. Infecções crônicas promovem um aumento da resistência à insulina. recebendo o nome de Medicina Periodontal. favorecendo a formação das placas ateromatosas. mostrando que a redução da infecção crônica pode ter um aspecto favorável para o controle da glicemia. adesão e crescimento de fibroblastos nas artérias. Dessa forma aumentam a chance de ocorrência de Doenças cardiovasculares. de algum modo. Além disso a cavidade oral abriga alguns dos microrganismos envolvidos com o início da aterosclerose: Clamydia pneumoniae. o que dificulta o acerto da dose pelo paciente.concursosdeodontologia. Ocorrência de Parto Prématuro e Dificuldade no Controle Glicêmico. Entre essas as que apresentam maior conhecimento na literatura são: Doenças Cardiovasculares. Essa definição gerou a busca por entender de que forma as alterações bucais podem contribuir para o desenvolvimento ou gravidade de alterações sistêmicas. www. de maneira direta ou indireta. ser nocivos para o corpo como um todo. facilitam a coagulação sanguínea. sendo relacionado com o grau de higiene do paciente. Pacientes portadores de Doença Pulmonar Crônica Obstrutiva. lisura da superfície radicular após o tratamento.: 11 3214 . facilitando a adesão destes e o desenvolvimento da pneumonia.8949 . citocinas da saliva e dos tecidos periodontais inflamados. Parâmetros Clínicos Avaliados: No Exame Clínico Periodontal faz-se a avaliação dos seguintes índices: ÍNDICE DE PLACA Definição: Índice utilizado para determinar a presença do biofilme dental. a técnica de escovação. produzem enzimas que degradam a película salivar formada ao redor dos patógenos. aumentam a expressão de receptores de adesina sobre a superfície mucosa para promover a colonização de patógenos respiratórios. doença intimamente associada ao fumo. Fator de necrose Tumoral). apresentam maiores taxas de piora respiratória quando apresentam doença periodontal.concursosdeodontologia.br periodontia@abitep. DOENÇAS PULMONARES X DOENÇAS PERIODONTAIS Bactérias orais de pacientes com doença periodontal aspiradas para o trato respiratório atuam como agentes etiológicos de infecções respiratórias. P. presença de fatores retentores de biofilme. Assim. faz-se o diagnóstico seguindo a Classificação das Doenças Periodontais (que veremos a seguir). OMS. em grávidas com doença periodontal esses fatores inflamatórios já se apresentam elevados. www. verde de malaquita.com. o parto é precedido por um aumento de fatores inflamatórios envolvidos na indução da contração uterina e ocorrência do parto (Prostaglandina E2. deve-se avaliar: a anatomia dental. condição das restaurações. Após o exame. etc) as quais invariavelmente buscam determinar a profundidade de sondagem. Deve-se ainda considerar a presença de fatores retentores de biofilme pois esses impedem a adequada remoção durante a higiene oral. Além disso. sendo utilizada para verificar a presença de lesões de furca. coordenação motora do paciente e grau de instrução do paciente.com. nível de inserção clínico. entre outros fatores. por exemplo. eritrosina. Exame Clínico Periodontal Apenas com o exame clínico é possível de detectar-se e determinar-se as condições periodontais. Carolina do Norte. posição da margem gengival. Além disso há a possibilidade de instalação de bactérias anaeróbias na placenta (que migraram via hematogênica) o que aumenta o risco de ocorrer Parto pré maturo e consequentemente nascimento de bebês de baixo peso. presença de cálculo supragengival. corante com fluoresceína. promovendo assim um aumento da concentração desses e a indução precoce do parto. Podem ainda piorar condições pré-existentes. pinça clínica. azul de metileno ou marrom de Bismark. Pode-se usar o explorador para detectar o biofilme e para evidenciar o biofilme pode-se utilizar a fucsina. Existem diferentes tipos de sonda milimetrada (Willians. presença de próteses com sobre contorno e também cavidades de cárie. e sonda periodontal e sonda Nabers. explorador clínico.br ABITEP – PERIODONTIA_ 19 Tel. expondo e aumentando a expressão dos receptores para adesina dos patógenos respiratórios à superfície da mucosa. Esses fatores facilitam a instalação das alterações respiratórias. altura mucosa queratinizada. Para a realização de um exame clínico completo é necessário os seguintes instrumentos: espelho bucal. Já a sonda Nabers apresenta curvatura específica para a determinação da perda óssea horizontal inter-radicular. com base nos dados obtidos. Para a avaliação do índice de placa deve-se considerar o tipo de doença periodontal.PARTO PRÉ MATURO X DOENÇA PERIODONTAL Em grávidas com saúde periodontal. gingivalis. Contudo. Em casos de retração gengival para obtermos o nível de inserção devemos somar as medidas de retração gengival com a profundidade de sondagem (NIC= PS + RG). expondo a superfície radicular ao ambiente bucal.br ABITEP – PERIODONTIA_ 20 Tel. www. b) Bolsa infra-óssea (aprofundamento do sulco gengival devido a migração apical do epitélio juncional pela destruição das fibras gengivais. força de sondagem (excesso ou falta de força).com. a presença de fatores de risco (fumantes. Por que sondar? A profundidade de sondagem determina a condição periodontal. d) Classe IV – Tecido gengival retraído. sem perda proximal de tecido ósseo. Posição da sonda nas FACES LIVRES (sonda paralela a superfície dental) e INTERPROXIMAIS (sonda levemente inclinada para sondar na área logo abaixo do ponto de contato).esmalte. Essas posição determinam a gengiva estar retraída ou aumentada. tipo de ponta).8949 . a necessidade de instrumentação periodontal e até onde devemos chegar com o instrumento durante a instrumentação periodontal.br periodontia@abitep. recobrindo a coroa anatômica e conseqüentemente reduzindo o tamanho da coroa clínica (normalmente associado à falsa bolsa). sem ocorrer perda de inserção periodontal). POSICIONAMENTO DA MARGEM GENGIVAL Definição: Medida da distância da junção cemento – esmalte à margem gengival.concursosdeodontologia. com perda severa de tecido interproximal. presença de cálculo / material restaurador (pode impedir a entrada adequada do instrumento. IMPORTANTE: A ausência de sangramento indica saúde. apenas que os tecidos apresentam-se inflamados. Dessa forma a margem gengival pode estar abaixo (expondo a junção) ou acima (recobrindo a junção).esmalte. NÍVEL DE INSERÇÃO PERIODONTAL Definição: Distância da junção cemento-esmalte à base do sulco gengival / bolsa periodontal. como: características da sonda (espessura. inclinação da sonda (angulação incorreta). associado a perda parcial de tecido proximal. Erros sondagem periodontal: Alguns erros podem ocasionar um exame sub ou super-valorizado. 2) AUMENTO GENGIVAL: Migração da margem gengival no sentido coronário a junção cemento . As retrações gengivais podem ser classificadas segundo MILLER. ligamento periodontal e crista alveolar. 3) Bolsa Periodontal Verdadeira ou Absoluta: a) Bolsa supra-óssea (aprofundamento do sulco gengival devido a migração apical do epitélio juncional pela destruição das fibras gengivais.: 11 3214 .ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL Definição: O sangramento a indica inflamação tecidual. c) Classe III – Tecido gengival retraído. e assim a presença de Retração ou Aumento Gengival. 2) Bolsa Gengival (ou Pseudo bolsa ou falsa bolsa): aprofundamento do sulco gengival como consequência do aumento na dimensão da gengiva. Além disse a presença do sangramento não indica que está ocorrendo progressão ou atividade da doença. 1988 em: a) Classe I – retração sem ultrapassar linha mucogengival. mas o sangramento e também o exsudato não identificam o tipo de doença gengival/periodontal. b) Classe II – Retração ultrapassa linha mucogengival. 1) RETRAÇÃO GENGIVAL: Migração da margem gengival no sentido apical a junção cemento . sem perda proximal de tecido ósseo. PROFUNDIDADE DE SONDAGEM: Definição: Distância da margem gengival ao fundo da bolsa periodontal ou sulco gengival (sulco clínico). no fundo da bolsa o epitélio juncional está em posição coronária a crista alveolar). no fundo da bolsa o epitélio juncional posição apical a crista alveolar). ligamento periodontal e crista alveolar. inflamação tecido conjuntivo (sonda penetra com maior facilidade nos tecidos). por exemplo apresentam menor índice de sangramento) e também se deve avaliar a presença dos fatores retentores do biofilme.com. ou profundidade de até 4 mm em áreas interproximais. e posicionamento da margem acima dos tecidos proximais. Com a sonda periodontal tem-se como sensibilidade no fundo da bolsa de uma resistência elástica. A profundidade de sondagem determina: 1) Sulco Gengival Clínico Saudável / Normalizado. Importante considerar o índice de placa. CUIDADO COM A PEGADINHA: Condição periodontal compatível com saúde seria um sulco gengival com profundidade de sondagem de 0 a 2 mm. Para a realização do exame deve-se utilizar instrumentos rígidos. A mobilidade pode ser fisiológica ou patológica. Até 03mm de perda de inserção na área da furca. além de 1/3 da largura do dente. está ocorrendo perda de inserção e consequentemente atividade da doença periodontal. NÃO SE PODE OBSERVAR BOLSA PERIODONTAL ATRAVÉS DE RADIOGRAFIAS. .com.tipo de reabsorção óssea interproximal. Para isso a verificação do NIC deve ser realizada em dois períodos diferentes.Nos casos de retração gengival a profundidade de sondagem nunca é maior que o nível de inserção.qualidade de tratamento endodôntico ao tecido ósseo. Não pode ser usado como determinante para o diagnóstico.mobilidade no sentido horizontal ≥ 1mm. progressiva ou aumentada (devido a perda de inserção prévia). Grau I Grau II Grau III EXAME RADIOGRÁFICO Exame COMPLEMENTAR. Maior que 3mm de perda de inserção na área da furca. Por isso deve-se determinar a origem da mobilidade dental (condição periodontal. GRAU 3 – perda do tecido de suporte horizontal abrangendo a área total da furca. Caso haja aumento do valor. GRAU 2 – perda horizontal do tecido de suporte. Pode ser observado: .concursosdeodontologia.presença de defeitos ósseos interproximais. GRAU 2 .com. pois esta envolve alterações no tecido gengival.quantidade de inserção das raízes em tecido ósseo. Verificada com o uso da sonda Nabers e classificada segundo a perda de inserção periodontal horizontal em: GRAU 1 – perda horizontal do tecido de suporte que não excede um 1/3 da largura do dente. como cabo do espelho. É o único parâmetro que pode determinar se está havendo perda progressiva do periodonto por conta da doença.br periodontia@abitep. IMPORTÂNCIA CLÍNICA: O nível de inserção é o parâmetro que determina a extensão da destruição dos tecidos periodontais. endodôntica. Nos casos de aumento gengival a profundidade de sondagem pode ser maior que o nível de inserção. . sonda atravessa furca de “lado a lado”. considerada perda de função. GRAU 3 . MOBILIDADE DENTAL Definição: Deslocamento do elemento dental em 1 ou várias direções. Em casos de aumento gengival para obtermos o nível de inserção devemos subtrair as medidas do aumento gengival da profundidade de sondagem (NIC= PS + RG). . . LESÃO DE FURCA Definição: Perda de inserção horizontal inter-radicular. oclusão ou ainda ao tratamento ortodôntico).características das raízes.8949 .mobilidade no sentido horizontal = 1mm.: 11 3214 . www.br ABITEP – PERIODONTIA_ 21 Tel. porém sem atravessar de “lado a lado” a área da furca. A Mobilidade pode ser classificada em: GRAU 1 .mobilidade no sentido horizontal e vertical. .concursosdeodontologia.1.Resposta inflamatória pronunciada na gengiva.br periodontia@abitep. b. Modificada por fatores sistêmicos. Doenças gengivais induzidas pela placa modificadas por fatores sistêmicos 2. como observado abaixo: Classificação das Doenças Periodontais .com. com o diagnóstico correto. Periodontite como Manifestação de Doença Sistêmica V. por exemplo. Em 1999. 3.com. Sinais clínicos de inflamação: Aumento dos contornos gengivais . Deformidades e condições de desenvolvimento e adquiridas Cada condição acima apresenta suas características que serão abordadas a seguir. Contudo. existem diferentes tipos de gengivite. 1. Localizada: ≤ 30% dos sítios envolvidos. I. Mudança de cor . Possível precursor de perda de inserção em torno do dente. Assim.br ABITEP – PERIODONTIA_ 22 Tel. essas condições apresentam as seguintes características: 1. segundo seu fator etiológico primário e modificador: Induzidas por placa (biofilme): Associada somente por placa Modificada por medicamento. a Academia Americana de Periodontia estabeleceu a Classificação mais aceita mundialmente. 2.edema ou fibrose.: 11 3214 . pode-se realizar o tratamento adequado e determinar as chances de sucesso. Reversibilidade da doença pela remoção do fator etiológico.7 nmol/L. Doenças Periodontais associadas à lesões Endodônticas VIII.Reversibilidade após a puberdade Meninos - www. Elevada temperatura sulcular. Sem a contribuição de outros fatores locais: somente a presença do biofilme. Sinais e sintomas confinados na gengiva.Necessidade de ser circumpubertal. Sangramento espontâneo ou estimulado. Generalizada: > 30% dos sítios envolvidos. Associada com o sistema endócrino . 5. 6.2 Gengivite induzida pela Placa em Periodonto Reduzido Representa a ocorrência de gengivite em um sítio que teve sua altura reduzida no passado pela presença de doença periodontal mas que foi tratada adequadamente. testosterona > ou = 8. Essas lesões podem ser classificada quanto a extensão como: 1.estradiol > ou = 26 pmol/L. Doenças Gengivais Todas as Gengivites (doenças gengivais) apresentam algumas características em comum: 1. Periodontite Agressiva IV.Gengivite associada à puberdade. 2. 2.8949 . Doenças Gengivais (Gengivites) II.1 Gengivite associada somente com placa bacteriana Periodonto com Altura Normal (Gengivite associada a placa) a. Ausência de perda de inserção ou nível de inserção estável em um periodonto reduzido. estágio 2 de Tanner ou >: Meninas . 4. Abscessos do Periodonto VII. Com a contribuição de outros fatores locais: presença de fatores retentores de biofilme. Doença Periodontal Necrosante VI. Aumento do fluido gengival. Seguindo a Classificação. Periodontite Crônica III.AAP. 1999. I.vermelho ou vermelho vivo.Biofilme inicia e/ou aumenta a severidade da lesão.Classificação das Doenças Periodontais A Classificação das doenças busca organizar os dados obtidos no exame clínico-radiográfico e inseri-los dentro de um contexto que permite saber com exatidão de que tipo de alteração periodontal se trata. Doenças gengivais induzidas pela placa 1. . Modificada por má-nutrição. diltiazem. .Gengivite por deficiência de ácido ascórbico .Resposta inflamatória associada ao biofilme bacteriano. 2.Outros II. .com.Aumento do exsudato inflamatório e sangramento espontâneo ou provocado.Aumento do fluido gengival em pelo menos 20% durante a ovulação. porém.Gengivite associada a leucemia . 2.Resposta inflamatória pronunciada na gengiva.Algumas mulheres apresentam mudanças inflamatórias na gengiva durante o ciclo menstrual. Imunossupressores (ciclosporina A).Gengivite associada ao ciclo menstrual .Lesões gengivais em leucemias agudas.Resposta inflamatória modesta na gengiva quando os níveis de hormônio luteinizantes são > 25 mlU/ml e/ou os níveis de estradiol são > 200 pg/ml. .Reversibilidade com o controle da diabete. inflamatória Podem ocorrer as seguintes condições: 1. Granuloma piogênico: lesão inflamatória.2 Doença Gengivais associadas com discrasias sangüíneas . .↓ na placa bacteriana limita a severidade da lesão.Associada ao período de ovulação.Aumentos gengivais influenciados por drogas: 1. Periodontite Crônica A periodontite crônica (assim como todas as periodontites) apresentam características clínicas semelhantes à gengivite mas com algumas característica específicas: 1. Bolsas periodontais 5.Sangramento ao estímulo (pode ser um dos sinais iniciais na boca). Retração gengival www. LEMBRETE: Os aumentos gengivais podem ainda ser de origem INFLAMATÓRIOS (edema e fibrose) ou HEREDITÁRIOS (Fibromatose Gengival Idiopática).Aumento da inflamação gengival independente do índice de placa nos pacientes com esta deficiência. 2. . Primeiro ↑ observado na papila interdental. Gengivite. . não é um prérequisito para as lesões orais. . . verrapamil.Alteração no contorno gengival (volume e forma ).Redução do biofilme bacteriano limita a severidade do aumento gengival.3 Doenças gengivais modificadas por medicamentos: IMPORTANTE .concursosdeodontologia. Também chamada de granuloma gravídico. Inflamação gengival 2.Gengivite associada a diabetes melitus.Inflamação pronunciada na gengiva relacionada a placa. . Doenças gengivais modificadas pela má nutrição . auto-limitante.Reversibilidade após a ovulação.Redução da quantidade e presença do biofilme pode limitar a severidade da lesão. . b) Outros 5.com.br periodontia@abitep. . com regressão espontânea. Sangramento à sondagem 3.Resposta inflamatória pronunciada na gengiva. .Pequena quantidade de placa bacteriana promove uma resposta pronunciada na gengiva.Reversibilidade após o parto.Normalmente o início se dá pela área das papilas. .Ocorrência em mulheres grávidas (2º ou 3º trimestre).Gengivite influenciada por drogas a) Gengivite associada a contraceptivos orais .8949 . Bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina.: 11 3214 .Gengivite associada à gravidez .Associada a crianças com Diabetes Mellitus tipo I não controlada. .. .Outros 2. . Reversível após a interrupção do uso ou com a ↓ da dose do contraceptivo oral. 3. . Perda clínica de inserção 4.br ABITEP – PERIODONTIA_ 23 Tel. Anticonvulsivantes (fenitoína).Resposta inflamatória gengival a placa agravada pelos baixos níveis de ácido ascórbico (que está envolvido no metabolismo do colágeno). valproato de sódio). . . . e B.Moderada . e no mesmo paciente em diferentes faces de dentes.Perda clínica de inserção de 5 mm.Influenciada pelo fumo e stress Assim como a Gengivite.Distúrbios Hematológicos 2. Afeta pessoas com menos ou mais de 30 anos.Severa . Nessas doenças.Pacientes saudáveis.Perda clínica de inserção de 3 mm . ↑ da mobilidade 8. Periodontite Agressiva Diferentemente da Periodontite Crônica a Periodontite Agressiva possui uma predileção por jovens e uma rápida progressão da doença.Complicada – Presença de defeitos infra-ósseos. e adolescentes 2. Localizada .Classificada pela extensão e severidade 7.Complicada – Presença de defeitos infra-ósseos. Periodontite como manifestação de doença sistêmica Essa classe de Periodontite apresentam uma característica única. pelo tipo de doença. 5. quantidade de perda em cada surto.Episódios pronunciados de perda de inserção. III. contudo de uma forma diferente da Periodontite Crônica: A. Resposta com anticorpos à microbiota.Perda clínica de inserção de 5 mm . outros dentes permanentes. 2.Cálculo supra / subgengival presentes 4. exceto pela presença da periodontite.Ocorre em adultos (> prevalência). Generalizada .< 30% dos elementos envolvidos. Fatores Genéticos www.Perda clínica de inserção ≥ 7 mm . ou mais velhos. Perda de inserção no 1º molar. Resposta com anticorpos incisivos.> 30% dos elementos envolvidos. elevados níveis de prostaglandina E2 (PGE2) e interleucina 1β (IL-1 β) 8. Perda de inserção auto provocada Esse doença também pode ser classificada quanto a Extensão. Mas também podem ser classificadas segundo a Severidade: .Moderada .Proporções elevadas de Porphyromonas gingivalis e A. Afeta além de 1ºs molares e incisivos. reabsorção óssea vertical. Esse indivíduos normalmente apresentam síndromes ou distúrbios severos e em alguns casos fatais. .Associada com doenças sistêmicas diabetes mellitus.Leve . HIV 9. Surtos de atividade variam de paciente para paciente. lesões de furca.8949 .Próximo da puberdade. Anormalidades nos fagócitos 7. Localizada .br periodontia@abitep. Essas alterações podem ser divididas em: 1. a classificação quanto a Severidade apresenta as mesmas divisões: . a Periodontite Crônica pode ser classificada conforme a Extensão: A. Em especial. IV. à microbiota.Rápida perda de inserção e de destruição óssea 3.com. Reabsorção óssea 7. a Periodontite Crônica apresenta as seguintes características: 1.Depósitos microbianos são inconsistentes com a perda de inserção. o indivíduo apresenta uma importante alteração sistêmica que levou a ocorrência de destruição dos tecidos periodontais.Quantidade de destruição relacionada a fatores locais 3. Hiper resposta macrófagos.Característica hereditária 4.com.Fatores predisponentes locais . às vezes progressão rápida 6.Leve .Perda clínica de inserção ≥ 7 mm.dente ou fatores iatrogênicos 8. . No entanto.6.br ABITEP – PERIODONTIA_ 24 Tel. B.Padrão microbiano variável 5.: 11 3214 .Surtos de progressão lento a moderado. actinomycetemcomitans 6. lesões de furca. Generalizada . reabsorção óssea vertical.concursosdeodontologia.Perda clínica de inserção de 3 mm. .Severa . A Classificação mostra os seguintes sinais: 1. Etiologia 1.perda óssea severa. . e susceptibilidade à infecções. Doença induzida As neutropenias podem ser transitórias. .Autossômica recessiva. Manifestações Bucais: Periodontite Severa DICA: Praticamente todas as alterações genéticas levam a alterações na função dos neutrófilos (quimiotaxia.manifesta-se na infância (autossômica recessiva) .br ABITEP – PERIODONTIA_ 25 Tel.br [email protected] na quimiotaxia de neutrófilos.concursosdeodontologia. . Manifestações Bucais: . Nos casos de neutropenia crônica apesar de todo cuidado com o tratamento mesmo assim não conseguimos evitar a perda de alguns elementos dentais.: 11 3214 . como a Periodontite. . Manifestações Bucais: Periodontite Severa Síndrome de Down: .000 células 3 por mm .Menor resistência a infecções. 2. Síndrome da Deficiência de Adesão Leucocitária .Manifesta-se na infância. cíclicas ou persistente.hiperqueratose palmo-plantar .Desde gengivite à periodontite severa. geralmente fatal.Redução na adesão. Leucemia – Os neutrófilos estão imaturos. Radiação induzida 3. quimiotaxia e fagocitose PMNs. .1. O tecido gengival geralmente é caracterizado pela presença de necrose tecidual.afeta tanto dentição decídua como permanente. levando a uma queda na resistência do hospedeiro e potencial de reparo deficiente.aumento no número de bolsas periodontais profundas.alteração na fagocitose e quimiotaxia dos PMNs Manifestações Bucais: . . Este tipo de doença está associado a periodontite severa. . áreas gengivais ulceradas e necróticas .com. Abaixo estão as mais importantes desse grupo: Síndrome De Papillon Lefevre . Distúrbios Hematológicos: Neutropenia .Redução na quimiotaxia e fagocitose de neutrófilos. Droga induzida 2. .A contagem de células brancas sanguíneas em indivíduos normais variam entre 5.rápida destruição periodontal (decídua e permanente) Síndrome de Chèdiak Higashi .hemorragia.Anomalia de células sanguíneas.Doença autossômica recessiva rara.8949 . .trissomia do cromossomo 21 . .000 a 10. O tratamento periodontal envolve meticuloso controle de placa bacteriana.com. áreas ulceradas com coloração escura ou acinzentada. normalmente já em crianças e adolescentes. Presença de gengivite hiperplásica. instrumentação periodontal associada a antibioticoterapia visando à proteção do paciente como também de possíveis periodontopatógenos.Hereditária (autossômica recessiva rara). Fatores Genéticos: São doenças periodontais associadas a síndromes.doença autossômica recessiva. adesão ou fagocitose)! www. pode ser fatal. Odor fétido. fumo e estresse. que são as principais espécies. Sua etiologia está sempre relacionada a uma TRÍADE DE FATORES (Bacterianos. 3) Zona necrótica – Área de desintegração celular e presença de bactérias (espiroquetas e fusiformes). incluindo espiroquetas. Presença de eritema. 6. leucocitose. Fatores sistêmicos predisponentes: deficiência nutricional.: 11 3214 . Necrose da papila gengival (crateras gengivais interproximais. 2. fatores psicossomáticos. desordens gastrointestinais. Características histológicas – A GUN apresenta um característico aspecto histológico. 5. Doenças Periodontais Necrosantes As doenças necrosantes são divididas em Gengivite Ulcerativa Necrosante e Periodontite Ulcerativa Necrosante. perda de apetite. Presença de sangramento gengival espontâneo ou provocado. 4) Zona de infiltração por espiroquetas – Tecidos e células bem preservados com presença de espiroquetas. insônia. depressão.br ABITEP – PERIODONTIA_ 26 Tel. discrasias sanguíneas. aumento da pulsação. febre alta. Regiões de necrose cobertas com pseudomembrana acinzentada.com. de etiologia complexa. 2) Zona Rica em Neutrófilos – área com predomínio de neutrófilos em contato com bactérias .8949 . com vários morfotipos. Os sinais clínicos e sintomas são: 1. Dor. ou também chamada de inversão papilar). 3. www.concursosdeodontologia. 7. Aumento da salivação.com.br periodontia@abitep. Fatores Locais podem ser considerados gengivite pré-existente. 4. Podem também apresentar sistemicamente linfoadenopatia local. aids. com diferentes camadas representando o estágio de necrose das células. GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE (GUN): Infecção Gengival Aguda. Locais e Sistêmicos) Sua característica bacteriana está relacionada a bacilos fusiformes anaeróbios e espiroquetas. doenças debilitantes (câncer. desordens gastrointestinais). Essa característica pode ser dividida em: 1) Zona Bacteriana – onde são encontradas as bactérias.V. dor de cabeça. recorrente. indicando a invasão bacteriana aos tecidos. : 11 3214 . dor espontânea.existente mas pode ocorrer em áreas sem biofilme.Sem perda de inserção. em especial indivíduos diabéticos. provavelmente. irradiada. sensação de cunha entre os dentes. .Presença de bolsas profundas.Extrusão Dental. www. . ou no interior dos tecidos devido à destruição tecidual e resposta inflamatória. devido principalmente ao fechamento da abertura da bolsa periodontal decorrente de: a) presença de corpos estranhos. localizada e de início súbito.Mobilidade Dental. Características: Presença de necrose e ulceração no tecido gengival. a perda de inserção seja o único diferencial entre as duas” A PUN tem sido utilizada como um marcador para deterioração da resposta imunológica com um valor preditivo de 95% para uma probabilidade de morte nos próximos 24 meses. dolorosa. presença de cratera ósseas interproximais. . .Reabsorção Óssea Severa. Periodontal e Periocoronário.Fístula. aumento da salivação.Edema circunscrito e Eritema. . . Geralmente.Edema. trauma mecânico associado ao acúmulo de placa bacteriana no interior do sulco gengival. forte halitose. entretanto apresenta perda de inserção periodontal.com.PERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE (PUN) A Periodontite Necrosante assemelha-se a GUN em diversos aspectos. . Abscessos do Periodonto Definição: Coleção purulenta localizada numa cavidade. e) raspagem incompleta e permanência de processo inflamatório em sua porção apical. Causa: Resposta inflamatória a presença de bactérias anaeróbias gram negativas em bolsa periodontais pré-existentes.Dor forte.Eritema circunscrito. confinado à gengiva ocorre em áreas anterior e saudáveis.Dor forte. Limita-se a gengiva marginal ou à papila interdental. diferentemente da gengivite necrosante. . ABSCESSO GENGIVAL Definição: Lesão de expansão rápida. pseudomembrana acinzentada.concursosdeodontologia. Características: Abscesso restrito ao tecido gengival ( gengiva marginal livre / área sulco gengival ). podendo haver fístula.br ABITEP – PERIODONTIA_ 27 Tel. se não for tratada VI. sistemicamente pode apresentar linfoadenopatia. . Sinais clínicos: . Causa: Resulta da impacção de corpos estranhos. margem gengival ulcerada contornada por linha eritematosa. . d) Desequilíbrio da resposta do indivíduo. b) Raspagem traumática.Desenvolvimento rápido. “Não existe suporte científico para classificar GUN e PUN em duas entidades de doenças distintas. ABSCESSO PERIODONTAL Definição: Abscesso envolvendo as estruturas periodontais de suporte. gosto metálico na boca. SEMPRE há a presença de periodontite / bolsa periodontal. Sinais clínicos: . c) Jato de Bicarbonato utilizado incorretamente. febre. Características: Presença de reabsorção óssea e perda de inserção.8949 . No Periodonto podem ocorrer 3 tipos de abscessos: Gengival.com.br periodontia@abitep. relacionado a gengivite pré. 2. LESÃO PERIODONTAL PRIMÁRIA . A drenagem da infecção pulpar pode ser por meio de canais acessórios (na região da furca). Restos Alimentares ou trauma à região. infiltração marginal lesão na região de furca sem reabsorção da crista alveolar proximal) Rastreamento da Fistula leva em direção ao ápice ou canais acessórios www. túbulos dentinários (os dental de dentes parcialmente Relações Patogênicas: Perfurações. dificultando deglutição. ORIGEM: A necrose pulpar precede mudanças periodontais. 3. Trismo. ou qualquer outra condição que favoreça a necrose pulpar. trepanações e fraturas radiculares. LESÃO ENDODÔNTICA PRIMÁRIA . Causa: Acúmulo de biofilme. RADIOGRÁFICO: Confirmação da origem da necrose pulpar (cárie / restauração extensa. Pode ocasionar bolsa periodontal PROFUNDA E LOCALIZADA (que pode estender-se até o ápice do dente). endodôntica ou combinada. deltas apicais. canais quais podem ser expostos após instrumentação periodontal). Podem invadir orofaringe e base da língua.concursosdeodontologia.ABSCESSO PERICORONÁRIO (PERICORONARITE) Definição: Acúmulo localizado de exsudato purulento situado na região do capuz pericoronário de um dente parcialmente irrompido. LESÃO ENDODÔNTICA PRIMÁRIA . Essas ligações podem ser: Relações Biológicas: Foramina apical. Pode levar à Angina de Ludwig. Uma lesão periapical aguda pode drenar para cavidade bucal pelo ligamento periodontal (destruição de osso e LP) – caminho da fístula da lesão endodôntica. VII. até mesmo fatais. . Alterações sistêmicas: linfoadenopatia. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: .Presença de cárie na coroa dental com envolvimento pulpar ou restauração extensa / presença de prótese.Profundidade de sondagem aumentada localizada em um ponto de uma face dental. LESÃO COMBINADA VERDADEIRA.Teste de vitalidade negativo.br ABITEP – PERIODONTIA_ 28 Tel. Essas lesões podem ser divididas em: 1. Celulite e Abscesso Peritonsilar. laterais e/ou acessórios.com.br [email protected]ÔNTICA SECUNDÁRIA. Geralmente localizado na região de terceiro molar inferior. Dor irradiada. Sinais clínicos: Eritema. Supuração. A denominação das lesões envolvendo o periodonto e os canais dependem da origem da lesão. restauração com infiltração marginal.com. Características: Inflamação do tecido gengival cobrindo parcialmente a coroa irrompidos.: 11 3214 . envolvimento de linfonodos submandibulares. bem localizada.PERIODONTAL SECUNDÁRIA Também chamada de PERIODONTITE RETRÓGADA CLASSE I ou LESÃO ENDODONTICA COM ENVOLVIMENTO PERIODONTAL. cervicais. Essa pode ser de origem periodontal. 1.PERIODONTAL SECUNDÁRIA. febre e leucocitose.8949 . Complicações: O abscesso pericoronário pode provocar complicações sérias. Doenças Periodontais com envolvimento endodôntico Algumas condições podem envolver alterações simultâneas no periodonto e no canal radicular. Halitose. Edema. Dessa forma é importante o diagnóstico preciso para determinar qual a causa inicial da lesão.Essa relação se dá por origem biológica ou patogênica (iatrogênica). . indicando a presença de doença periodontal .br periodontia@abitep. RADIOGRÁFICO: Rastreamento da fístula leva à base da bolsa.2.Sinais clínicos de Doença Periodontal. reabsorção óssea a partir do periodonto marginal. www.Presença de biofilme/cálculo.concursosdeodontologia.Presença de biofilme/cálculo.PERIO VERDADEIRA Também chamada de lesão COMBINADA ou CLASSE III. . .Necrose pulpar. . DIAGNÓSTICO CLÍNICO: .: 11 3214 .Perda de inserção periodontal generalizada.Perda de inserção. RADIOGRÁFICO: Lesão pericapical estendendo-se em direção ao periodonto marginal. .Necrose pulpar ou pulpite.com.br ABITEP – PERIODONTIA_ 29 Tel.com.Bolsas profundas em vários dentes. Ocorre ao mesmo tempo uma lesão periapical de origem endodôntica e uma destruição periodontal. RAR removem cemento e dentina. . ORIGEM: A doença periodontal precede a lesão endodôntica. pela contaminação via periodonto. Bactérias da bolsa periodontal podem penetrar em canais acessórios ou forame apical (casos de DP avançada). DIAGNÓSTICO CLÍNICO: . Casos onde não é possível detectar a origem da doença. LESÃO PERIODONTAL PRIMÁRIA - ENDODÔNTICA SECUNDÁRIA II ou LESÃO Também chamada de PULPITE RETRÓGADA CLASSE PERIODONTAL COM ENVOLVIMENTO SECUNDÁRIO.8949 . com reabsorção óssea ao redor do dente. resultando em necrose pulpar. LESÃO ENDO . 3. podendo haver penetração bacteriana na polpa por meio de túbulos dentinários. independente da seqüência ORIGEM: Lesão periodontal e endodôntica com etiologia independente mas levando a uma lesão conjunta.Restaurações extensas. . TRAUMA OCLUSAL Trauma oclusal primário: aquele que ocorre em tecidos periodontais preservados.RESUMO VIII.Posição Inadequada de freios ou músculos. Trauma Oclusal: injúrias aos tecidos de suporte resultante de forças oclusais excessivas. Fatores Locais Relacionados aos dentes que modificam ou predispõe a doenças gengivais induzidas por placa ou periodontite: Fatores Anatômicos. Fraturas ou Reabsorções.com. Deformidades e condições Mucogengivais em rebordos edentados: Deficiência vertical e/ou Horizontal de rebordo. Podem ser divididas em: 1. 2. www. Coloração anormal. Deformidades e condições Mucogengivais ao redor dos dentes: Recessão Gengival. Ausência de tecido ceratinizado.br ABITEP – PERIODONTIA_ 30 Tel. 4. 3. Deformidades e condições de desenvolvimento e adquiridas Definição: São fatores ou condições que aceleram a progressão ou instalação das doenças periodontais. Posição inadequada de freios ou músculos. Profundidade Vestibular Reduzida.concursosdeodontologia. Profundidade Vestibular reduzida. Aumentos gengivais.com.: 11 3214 . Trauma oclusal secundário: aquele que ocorre em tecidos periodontais afetados por doença periodontal. Aumento gengival ou de tecido mole.8949 . Próteses. saudáveis ou não.br periodontia@abitep. Podem também representar condições adquiridas após o tratamento da doença. dependendo da resposta às primeiras fases e do tipo de doença apresentada. leva a uma progressão rápida e exacerbada da destruição óssea alveolar. • Migração dentária. outros objetivos devem ser buscados: .com. • Desconforto permanente. dependendo do resultado. EMERGÊNCIAS FASE I TERAPIA INICIAL + TERAPIA BÁSICA FASE II TERAPIA CIRÚRGICA FASE III TERAPIA RECONSTRUTIVA (REABILITAÇÃO) FASE IV .Redução da mobilidade dentária. como segue: FASES DO PLANO DE TRATAMENTO 1.Cessar a perda de inserção conjuntiva. Após essa fase o paciente é introduzido em uma sequência de 4 fases. . na PRESENÇA da inflamação (Doença Periodontal).8949 .br [email protected] a perda óssea. adapta-se às demandas oclusais. Essa reavaliação deve ser realizada após um período mínimo de cicatrização (3 semanas) e. assim: PROVOCA UMA MAIOR TAXA DE DOENÇA PERIODONTAL Sinais Clínicos • Mobilidade dentária aumentada ou progressiva.com. www.Oclusão estável não traumatizante Dessa forma. atuando como uma fator destrutivo dos tecidos.br ABITEP – PERIODONTIA_ 31 Tel. deve haver uma sequência correta das fases pela qual o paciente deve ser tratado. deve-se realizar uma REAVALIAÇÃO. Essas fases se iniciam pelo atendimento à Emergências. levando a reabsorção do osso alveolar. Mobilidade. 2. 3.Regeneração periodontal . de cada fase individualmente. O tratamento não necessariamente passa por todas as fases ou segue uma ordem única.O Trauma Oclusal.concursosdeodontologia. • Dor à percussão ou oclusão. . . . .TERAPIA DE SUPORTE / MANUTENÇÃO Para a avaliação dos resultados. alargamento do espaço do ligamento periodontal.Eliminação dos fatores etiológicos locais e sistêmicos. 4.Fechamento biológico das bolsas periodontais . PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL Para a realização de qualquer tratamento periodontal deve-se focar na remoção da causa da doença. o paciente é encaminhado para a próxima fase. Alem disso. Deve ser individualizado para cada caso. na AUSÊNCIA de inflamação. 5.: 11 3214 .Retorno dos aspectos de saúde gengival. Mas: NÃO PROVOCA DOENÇA PERIODONTAL O Trauma Oclusal. Parte importante dessa fase é a orientação e motivação do paciente. . apropriado para dimensões da boca do paciente. Para que o controle mecânico do biofilme supragengival seja efetivo é baseado em 03 fatores: .desenho da escova dental. pequena. Remoção de áreas de retenção de placa 4.TERAPIA INICIAL OBJETIVO Iniciar e dar condição inflamação tecidual. CONTROLE NAS FACES LIVRES Para o controle mecânico nas faces livres.br periodontia@abitep. CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME SUPRAGENGIVAL O controle mecânico do biofilme envolve a escovação dental e técnica de limpeza interdental. FASE I . Modificação de hábitos iatrogênicos Assim a Terapia Inicial se inicia pelo controle do biofilme supragengival (mecânico e químico). 2. .freqüência e duração da escovação.br ABITEP – PERIODONTIA_ 32 Tel.8949 . apropriado para a idade e destreza do usuário. Cabeça: Retangular.com. Instruções de higiene oral 2. adjunto a remoção de fatores retentores de placa e exodontia de dentes condenados. que é responsabilidade do profissional.: 11 3214 .Assim. Deve-se fazer a reavaliação do Índice de Placa após a orientação para observar-se a redução e adequação às orientações.com. www.concursosdeodontologia. Esse método é eficaz e seguramente importante no controle e prevenção da doença periodontal. Remoção do cálculo e placa supra 3. todos os pacientes iniciam o tratamento pela Fase I.habilidade do indivíduo em usá-la. cria-se um esquema demonstrando a dinâmica do Plano de Tratamento Periodontal: Após o atendimento das emergências. que inclui a Terapia Inicial e Terapia Básica. para que o paciente controle adequadamente a placa supragengival e reduza a Passos Básicos 1. Cabo: Preferencialmente reto e anatômico para facilitar empunhadura. utilizamos escovas dentais. Remoção de dentes condenados 5. A escova pode ser dividida em: 1. 5. Escovar de 3 em 3 dentes. várias técnicas foram criadas. com mesmo posicionamento da escova. São realizados movimentos vibratórios de vai-vem horizontal 3. 4.br ABITEP – PERIODONTIA_ 33 Tel.com. deve-se orientar um tipo de técnica de escovação diferente. 2.009 polegadas. Nas faces oclusais: movimentos curtos de vai-e-vem pressionando as cerdas nas fissuras dessa superfície Vantagens: 1.com. A cabeça da escova é colocada à 45 em relação ao longo eixo do dente. sendo efetivas quando realizadas corretamente pelo indivíduo.concursosdeodontologia. Bass Modificado Técnicas VIBRATÓRIAS: Stillman.007 a 0. Nas faces oclusais: movimentos curtos de vai-e-vem pressionando as cerdas nas fissuras dessa superfície Vantagens: 1. A cabeça da escova é colocada à 45 em relação à superfície dental. Contudo. Assim tem-se: 1. 5. 2.extremidades das cerdas repousando uma parte na cervical do dente e outra na gengiva. Stillman Modificado.br periodontia@abitep. Pacientes portadores de gengivites e periodontites Técnica: o 1. Pressão exercida pela escova: leve isquemia no tecido gengival. Movimento força o final das cerdas para dentro do sulco gengival e parcialmente nas áreas interproximais. com ponta arredondada e diâmetro entre 0. Contudo. com mesmo posicionamento da escova. poliéster ou nylon.8949 . Técnica: o 1. 2. após a escovação a cada grupo de dentes é realizado um movimento de rolagem da escova em direção oclusal. 5. Pressão LEVE contra a margem gengival para produzir uma isquemia perceptível. TÉCNICA DE BASS MODIFICADA Técnica semelhante à original. onde há maior acúmulo de biofilme. Áreas com exposições radiculares para prevenir destruição tecidual abrasiva TÉCNICA DE STILLMAN MODIFICADA Técnica semelhante à original. 4. Concentra a ação de limpeza nas porções cervical e interproximal do dente. 6. TÉCNICA DE STILLMAN Indicação: Pacientes com retração múltipla. Bass Técnica CIRCULAR: Fones Técnica VERTICAL: Leonard Técnica HORIZONTAL: Esfregação TÉCNICA DE BASS Indicação: Remoção de Biofilme na área próxima à margem gengival. 4. Esta técnica é uma combinação das técnicas de Bass e Stillman modificada. As cerdas não penetram no sulco gengival .5 mm). Cerdas: Devem ser de mesma altura. Charters.3. Técnicas ROLANTE: Rolling Stroke. IMPORTANTE: O tipo das técnicas de escovação são definidas conforme o movimento final da escova. www. com as cerdas penetrando no sulco gengival (até 0. 3. 2. Escovar de 3 em 3 dentes. após a escovação a cada grupo de dentes é realizado um movimento de rolagem da escova em direção oclusal.: 11 3214 . 6. macia ou extra macia. Técnica recomendada para áreas com recessão gengival progressiva. 3 ou 4 fileiras. Assim. Cerdas apontando em direção apical (ângulo oblíquo com o longo eixo do dente). Conforme a condição e tipo de paciente. 3. 2. Movimento de fácil controle. dental. 3. Movimentos circulares. podem ocorrer: 1. Movimentos horizontais. Técnica: o 1. Posicionar a escova com as cerdas apontadas para a coroa. fino ou fita. espaços interdentais amplos. concavidades.FONES Indicação: Crianças ou perda de coordenação motora Técnica: o 1. escova é posicionada à 90 em relação à coroa.TÉCNICA DE CHARTERS Indicação: Casos de recessão gengival. 3.br periodontia@abitep. transporte de antimicrobianos Consequência de Técnicas Inadequadas: Caso o paciente utilize uma técnica inadequada mal orientada. defeitos de furcas. Laceração tecidual. Técnica: 1. distal 3 molares.br ABITEP – PERIODONTIA_ 34 Tel.: 11 3214 .concursosdeodontologia. Técnica: o 1. Abrasão dental. Sensibilidade. Na face oclusal as pontas das cerdas devem ser posicionadas nos sulcos e fissuras (movimentos de vai-e-vem). São indicadas para: 1. em um ângulo de 45° em relação ao longo eixo do dente. CONTROLE DAS FACES PROXIMAIS As áreas proximais são as regiões onde há o maior acúmulo de biofilme e consequentemente a maior ocorrência de doença periodontal.com. 3. 2. ou ainda indicado após cirurgias periodontais e áreas com perda de papila interproximal. 2. Laterais das cerdas pressionadas contra a gengiva com movimento vibratório. 2. TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO CIRCULAR . Com dentes cerrados. Com dentes cerrados. superfícies côncavas e sulcos radiculares. o Técnica: Posicionada a 45 em relação ao dente com movimentos rotatórios. 4. Dependem do tamanho do espaço interproximal.8949 . Por isso. ESCOVAS UNI OU BITUFO Utilizada em: os • áreas de difícil acesso: dentes isolados.com. dentes mal posicionados. Com dentes cerrados. 4. Direção das cerdas voltadas para a superfície oclusal. a higiene dessa região é de extrema importância. 2. 4. Movimentos verticais. www. • distal dos molars. TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO HORIZONTAL – ESFREGAÇÃO ou FRICÇÃO Indicação: Pacientes com pouca coordenação motora. E PRINCIPALMENTE Recessão Gengival. TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO VERTICAL –LEONARD Indicação: Pacientes com pouca coordenação motora. 2. dentes rizectomizados. escova é posicionada à 90 em relação à coroa. Escovas Interproximais: Também dependem do tamanho do espaço interproximal. escova é posicionada à 90 em relação à coroa. podendo ser utilizado: Fios ou Fitas Dentais: Podem ser extra fino. faces linguais anteriores. Existem vários tamanhos e formas. • defeitos de furcas. 2. apinhamento fóssulas. 4. 3. CLOREXIDINA Definição: • Bis-biguanida catiônica. PROPRIEDADES AGENTES QUÍMICOS: 1. compete com íons cálcio) e 3% engolida. sendo divididos em agentes antiadesivos (reduzem adesão do biofilme).Pacientes com alto risco de cárie. Substantividade: capacidade de adsorção nas superfícies. antimicrobiana (destroem microrganismos). Erosão: perda de substância dental. outras bisbiguanidas são alexidina e a octanidina Ação Capacidade de permanecer aderida aos tecidos moles e duros da cavidade bucal. não proveniente de bactérias.Período após cirurgias da cavidade bucal.com. 5.Pacientes com ausência de coordenação motora. usualmente ocasionada por ação de agentes químicos (extrínsecos. Seletividade: eficácia da substância contra patógenos bucais. Sabor: aceitável. AGENTES 1. com posterior liberação em níveis terapêuticos. • Bactericida e bacteriostático. Possui efeito imediato e residual. 4. removedora de placa e antipatogênica (reduzem patogenicidade dos microrganismos). digluconato.Pacientes com uso de aparelhos ortodônticos. acetato e hidroclorido. Sua natureza dicatiônica faz com que a molécula se prenda à película por um cátion. . intrínsecos ou idiopáticos). mucosa bucal. INDICAÇÃO: . Em baixa concentração aumenta a permeabilidade com perda de componentes intracelulares. Abfração: perda patológica de substância dentária causada pela sobrecarga de forças biomecânicas e por conseguinte perda de estrutura dentária na região cervical dos dentes.br ABITEP – PERIODONTIA_ 35 Tel. deixando o outro livre para interagir com bactérias. AGENTES QUÍMICOS PARA O CONTROLE DO BIOFILME SUPRAGENGIVAL Embora existam diferentes técnicas de escovação mecânica. 2. Definição: Perda de tecido mineral por origem não cariosa. Esse objetivo se da através de vários processos. • Além da clorexidina.com. . • Encontrada na forma de sais de: gluconato.). podendo ser influenciada por alimentos duros. • Retenção: ligações eletrostáticas reversíveis. geralmente decorrente de escovação dental praticada de forma inadequada.8949 . certos pacientes necessitam de um controle químico adjunto para um controle efetivo do biofilme. 6. 3. já em alta concentração causa precipitação do citoplasma bacteriano e morte celular. • Amplo espectro de ação. 67% da solução é expectorada. Abrasão: perda de substância dental através de processo mecânico anormal. Existem 4 tipos mais importantes: 1. .br periodontia@abitep. .: 11 3214 . a abrasão é um tipo de lesão não cariosa que pode ocorrer. • Substantividade elevada (8 → 12hs. Atrição: definida como a perda de substância dental através do contato dente-dente. Estabilidade: ser estável à temperatura ambiente. Biodisponibilidade: tempo de permanência da droga na boca. Entretanto existem outros tipos de lesões que merecem destaque. Segurança: baixa toxicidade.LESÕES NÃO CARIOSAS Dentre as conseqüências de técnicas inadequadas. ácidos ou quelantes. OBJETIVO: Os agentes químicos buscam reduzir quantitativamente o biofilme e também alterar qualitativamente os tipos microbianos. Após o bochecho. Esse outro cátion se liga fortemente às membranas das células bacterianas. 2. www. proteínas salivares.Doenças periodontais agudas.concursosdeodontologia. Sua ação é 80% efeito bactericida imediato e sua ação residual – é bacteriostática. 30% retida (película adquirida. concursosdeodontologia. – 2x/dia (12/12 hr) IMPORTANTE: Intervalo entre aplicação e escovação de 30 minutos.05% em veículo alcoólico 18% e Cloreto de Benzalcônio 0.Compostos oleosos com potencial bactericida e antiinflamatório. Eucaliptol.: 11 3214 . e lauril sulfato de sódio nos dentifrícios reduzem ação e retenção da clorexidina. Efeitos Colaterais Provoca manchamento nos dentes e restaurações. íons livres de monofluorfosfato de sódio.05% ou 0. alteração do paladar.br ABITEP – PERIODONTIA_ 36 Tel.1% Desvantagens: substantividade média. Bochechos duas vezes ao dia.8949 . tumefação da parótida.12%. AGENTES OXIDANTES Compostos: Peróxido de hidrogênio e Peroxiborato de sódio. sensação de queimação. Compostos: Mentol.com. Ação • Afetam componentes celulares (DNA e membrana lipídica) dos microrganismos anaeróbios. descamação da mucosa.Bactericida • Baixa substantividade Compostos: Cloreto de cetilpiridineo 0. fungos) • Baixa toxicidade • Retentividade aumentada em associação a outros elementos químico • Biodisponibilidade é veículo-dependente EFETIVIDADE: Quando associado a sais de Zinco ou copolímeros ou Gantrez® promovem redução de até 30% do acúmulo de biofilme dental e Redução da gengivite variando de 20 a 75%.br periodontia@abitep. a www. através da liberação de oxigênio ativo e de radicais de hidroxila • Efeito físico na remoção do biofilme Efeitos Colaterais: Queimaduras. Desvantagem: baixa substantividade.Forma de Uso Bochechos de Solução de Digluconato de clorexidina 0.9%) • Gosto amargo • Possibilidade de manchamento dos dentes • Irritação aos tecidos Vantagem: Reduz índice de placa em 20 a 34%. Uso desordenado . manchar superfícies dentais. maior formação de cálculo. Ação • • • • Rompe a parede celular bacteriana Inibe enzimas bacterianas Efeito antiinflamatório (< COX) Diminui a quimiotaxia de neutrófilos Efeitos Colaterais: • Sensação de queimação (álcool – 26. Hexasorcinol. coloração da língua.com. entre outros. 2. 15ml – 1min. metilsalicilato. não são aceitos pela ADA. Gram .desequilíbrio da microbiota bucal COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA: • Composto monocatiônico • Efetivo contra Gram + • Aumenta permeabilidade celular . não reduziu placa e gengivite quando comparado a um placebo. ÓLEOS ESSENCIAIS Definição: . COMPOSTOS FENÓLICOS: TRICLOSAN Definição: • Não iônico + • Amplo espectro de ação (Gram . Irritação dos tecidos bucais. reduz gengivite 28 a 34% com uso 02 vezes ao dia após escovação. Essa é a explicação para que haja uma relação da xerostomia com o mau-hálito. proteínas plasmáticas. esses compostos são encontrados em grande quantidade na bolsa.Medicamentos (metronidazol. e influenciado por fatores como redução do fluxo salivar durante a noite. . enquanto o cheiro final está mais relacionado aos pulmões e brônquios. Também é ideal para detectar outros compostos de causas não orais.br periodontia@abitep. . LIMITAÇÃO DO TESTE.Mau-hálito “nasal”: o profissional avalia de o ar exalado pelas narinas apresentam mau odor. produzindo e liberando CSV. CROMATOGRAFIA GASOSA: Somente em centros especializados para detecção e identificação de compostos químicos. contribuindo para a ocorrência do mau-hálito. entre outros produtos que serão quebrados (processo de putrefação) pela ação de bactérias comensais. . HALITOSE ou MAU-HÁLITO Um dos focos do controle do biofilme é a redução da halitose. podendo levar a problemas sociais e fobias. restos de alimentos. Algumas bactérias (em especial GRAM negativos anaeróbios) são capazes de produzir compostos como sulfeto de hidrogênio e metilmercaptana. a língua é também responsável pela presença dos CSV e mau-hálito. Não necessariamente apresenta origem bucal.Mau-hálito: o paciente exala o ar pela boca.concursosdeodontologia. Esses compostos são Compostos Sulforados Voláteis (CSV) e são o principal método de detecção e quantificação do mau-hálito. MEDIDOR DE COMPOSTOS SULFORADOS VOLÁTEIS: é avaliada a concentração de metilmercaptana e sulfeto de hidrogênio do ar exala para o aparelho por um canudo. criando um ciclo de produção destes. são as causa gastrointestinais. Pode ser: Transitório = associado a períodos de jejum. outros produtos envolvidos: cadaverina.Faringite. Contudo. p. porém.FLUORETOS: INDICAÇÃO Prevenção de cárie e tratamento da hipersensibilidade dentinária.: 11 3214 . NOTA: Não se pode avaliar compostos não sulforados como cadaverina. periodontite e língua saburrosa.8949 . Permanente = não associado à períodos específicos e está presente durante todo o período do dia. esse acúmulo é maior. menor do que a clorexidina.Cheiro da Saburra: o profissional faz uma raspagem da saburra e a cheira e avalia. em especial pela manhã. bronquiectasia e carcinoma brônquico são causas pulmonares. onde irá avaliar: . ozena. . . aldol. sinusite purulenta e gotejamento nasal são causas otorrinolaringocópicas. DIAGNÓSTICO: ORGANOLÉPTICO: Medição realizada por profissional treinado. .) e condições sistêmicas também parecem estar relacionadas. se é o odor parecido com o do mau-hálito.Bronquite crônica. que pela corrente sanguínea podem chegar aos pulmões e serem liberados. bactérias. No dorso da língua se acumulam células mortas e descamadas.Hérnia gástrica (especialmente com refluxo esofágico) . Esse deve ser regularmente calibrado (principalmente para os valores de metilmercaptana). Definição: Odor desagradável do ar exalado. que mostraram relação com o odor fétido.com.br ABITEP – PERIODONTIA_ 37 Tel. CAUSAS A maioria (quase 90% em alguns estudos) tem origem oral: gengivite. O cheiro inicial está relacionado às condições orais. justificando o maior mau-hálito.o odor da cavidade oral: o paciente abre a boca e o profissional aproxima o nariz para avaliação. Para ser de origem oral necessita da indicação de Mau hálito BUCAL. Esses CSV também auxiliam na progressão da doença. Dessa foram. junto com o paciente.e. Além da bolsa e sulco gengival. segundo alguns autores. não está envolvido com a ocorrência de mau-hálito – e o divertículo de Zenker (bolsa estomacal onde se depositam alimentos). Em pacientes com língua saburrosa. Contudo há um papel do acúmulo do biofilme. não liberados. uréia e putrescina. CAUSAS NÃO ORAIS: . www. além da produção de gazes intestinais. escatol e indol (os quais não contém enxofre).o estômago.com. precisa haver sua volatilização (por isso o nome compostos voláteis). sulco gengival e fluido crevicular gengival. Além do enxofre. NOTA IMPORTANTE: Para que o CSV possa ser “sentido”. seus efeitos colaterais são: gosto amargo e pigmentação da superfície dental. O Fluoreto estanhoso pode ser utilizado por seu efeito antimicrobiano (anti-placa e anti-gengivite). Uso de gomas de mascar (estímulo à salivação – pelo estímulo de mecanoreceptores presentes em molares) pode ser utilizado mas tem curto efeito. deve-se fazer o tratamento compatível. o indivíduo deve ser encaminhado. cemento necrótico e alterado da superfície radicular. Quando o instrumento possui apenas 1 ângulo de corte é chamado de específico. INSTRUMENTOS PERIODONTAIS Os instrumentos periodontais são compostos por cabo. leves a moderados: Remoção de cálculo residual.TRATAMENTO O tratamento é baseado na causa. Quando possui corte em ambos os lados. Instrumentos Universais somente podem ser utilizados supragengivalmente. Universal. FASE I . superfície lateral/face apical. haste e ponta ativa. A sua ponta ativa é composta por: face coronária. Ângulo de corte União entre a face coronária e a superfície lateral. dura e vítrea A técnica de raspagem e alisamento pode ser realizada por diferentes instrumentos periodontais: curetas. www. elas apresentam algumas diferenças: RASPAGEM: Utilização de pressão firme para remoção de todos os depósitos de cálculo ALISAMENTO RADICULAR: Movimentos sobrepostos.8949 . Tratamentos paliativos (p.TERAPIA BÁSICA A terapia Básica envolve a Raspagem e Alisamento radicular das bolsas periodontais presentes na cavidade oral. Saburra lingual deve ser tratada com raspagem e escovação da língua. Embora essas técnicas sejam realizadas simultaneamente. IMPORTANTE: o tratamento muitas vezes é multi-disciplinar. Casos de xerostomias devem ser associados procedimentos para aumentar a umidade oral. Essa abordagem somente em casos em que a equipe multidisciplinar não está acessível. enxadas.e. dorso e ângulo de corte. Específicos podem ser utilizados sub ou supra gengival.concursosdeodontologia. proporcionando uma superfície lisa.br periodontia@abitep. Após a avaliação da etiologia.: 11 3214 . pois envolve áreas médicas e odontológicas.br ABITEP – PERIODONTIA_ 38 Tel. aparelhos sônicos e ultra-sônicos. limas. Pode-se também fazer o tratamento oral (dependendo da causa oral) e caso não cesse ou reduza. uso de colutórios orais. enxaguatórios contendo zinco – que se associam ao enxofre e reduzem o mau cheiro) devem ser evitados e diferenciado do tratamento etiológico.com. entre outros. a hidratação.com. br ABITEP – PERIODONTIA_ 39 Tel. Curetas McCall 13/14: raspagem de dentes anteriores e pré-molares. • Determinada para cada área de utilização. Curetas Específicas • Instrumentos de raspagem mais delicados.com. principalmente em bolsas de maior profundidade e bifurcações Podem ser Universais ou Específicas. www. • Extremidade final arredondada.concursosdeodontologia.: 11 3214 . Curetas Universais • Utilização universal • Utilização de ambos os ângulos de corte (2 ângulos de corte) Exemplos: 1. WS.INSTRUMENTOS PERIODONTAIS DE RASPAGEM FOICES CARACTERÍSTICAS • Corte transversal: Triangular • Dorso: Agudo ou plano • Ângulos de Corte: Dois ângulos retos • Extremidade ativa: Pontiaguda INDICAÇÕES • Raspagem APENAS supragengival • Cálculos grosseiros LIMITAÇÕES • Não se adapta às concavidades radiculares • Não realiza aplainamento radicular LIMAS CARACTERÍSTICAS • Possui vários ângulos de corte • Formato: Redondo. Goldman Fox: raspagem interproximal de dentes posteriores. 2.br periodontia@abitep. Curetas McCall 17/18: raspagem de dentes posteriores.com. • Ângulos de cortes curvos. • Pequeno tamanho. • Permitem maior sensibilidade táctil. • Movimento de tração. dorso arredondado. Oval ou Retangular • Variação nas hastes INDICAÇÕES • Pode ser utilizada em todas as faces/dentes (bolsas estreitas/profundas) LIMITAÇÕES • Tamanho da lâmina • Falta de adaptabilidade • Sensibilidade táctil diminuída • Não se adapta bem às superfícies proximais CURETAS As curetas são os instrumentos mais precisos e versáteis para o aplainamento radicular.8949 . • 1 ângulo de corte ativo. 3. A preensão em forma de caneta modificada engloba segurar o instrumento com os dedos médio. Apoio arcada cruzada: apoio na hemi-arcada esquerda para instrumentar a hemi-arcada direita no mesmo arco. quando a bolsa periodontal apresentar pouca profundidade. 2. Ponta ativa formar com a haste um ângulo de 60 a 70 graus. Curetas Gracey Instrumentos específicos.com. (haste do instrumento).8949 . Os apoios podem ser realizados pelo 3 ou 4 dedo e podem ser: o o 1.Exemplos: 1.br ABITEP – PERIODONTIA_ 40 Tel. 3. possui lâmina compensatória.Dentes posteriores (faces vestibular e lingual) 11-12 . estabelece-se ângulo de 45 a 90 . RESULTADOS DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA Quando se completa a FASE I do tratamento. Faz-se um movimento de tração no sentido coronário associado a uma pressão lateral. ou seja. Entretanto deve-se considerar que há a ocorrência de recessão gengival como decorrência do tratamento e redução da inflamação tecidual. o chamado ângulo de trabalho (entre a face coronária da ponta ativa e a superfície dental). Apoio dedo a dedo: dedo apóia sobre o dedo indicador da mão utilizada para afastar os tecidos.concursosdeodontologia.Dentes posteriores (faces mesiais) 13-14 .br periodontia@abitep. indicador (cabo do instrumento) e polegar (cabo do instrumento). Indicação: 1-2 – Dentes anteriores 3-4 – Dentes anteriores 5-6 – Dentes anteriores e pré-molares 7-8 – Dentes posteriores (faces vestibular e lingual) 9-10 . Apoio arcada oposta: apoio na arcada superior para raspar a arcada inferior ou vice-versa.com.Dentes posteriores (faces distais) TÉCNICA DE RASPAGEM A técnica de raspagem e alisamento radicular engloba a preensão do instrumento e o movimento a ser realizado. Apoio Convencional: 3 ou 4 dedo apoiado na incisal ou oclusal dos dentes a serem instrumentados ou próximo a estes. 4. Na base o da bolsa. a terapia inicial associada a raspagem e alisamento. com fechamento das bolsas e melhora clínica.: 11 3214 . a recessão www. Sendo assim. o o ATIVAÇÃO DO INSTRUMENTO o Primeiro faz-se a introdução do instrumento na bolsa com ângulo de 0 . Preensão do instrumento deve ser realizado em forma de caneta modificada e associado ao apoio. espera-se que haja uma completa resolução da doença. É realizado a partir de incisões horizontais associadas ou não a incisões verticais/relaxantes ao redor do elemento dental ou sobre rebordo alveolar. Normalmente faz-se a remoção do tecido gengival utilizando bisel interno e complementa-se com gengivoplastia para recontorno gengival (remove o tecido gengival em espessura).Tratamento das lesões de furca. . elevado com instrumento de ponta romba – sindesmótomo). www.br periodontia@abitep. Utilizado em Gengivoplastias.melhorar o contorno gengival em casos de Gun.bisturi) ou retalho total/ mucoperiósteo (envolve o periósteo e o tecido gengival. . As incisões horizontais podem ser: Incisão sulcular: conservadora. Técnica: Inicialmente deve-se avaliar o paciente.8949 . Ao mesmo tempo bolsas mais profundas apresentam ganhos de inserção maior que a recessão após a terapia.TERAPIA CIRÚRGICA OBJETIVOS 1. Já a instrumentação radicular de bolsas com profundidade maior que 5 mm leva a ganhos de inserção. . realizada com lâmina de bisturi inclinada à superfície dental. sem necessariamente remover em altura. RESULTADOS MICROBIOLOGICOS Ocorre uma mudança na composição da microbiota: – Redução de espiroquetas e Gram negativos. CONCEITOS ACESSO PARA RASPAGEM: Deslocamento cirúrgico do tecido gengival com objetivo de acessar a superfície dental e tecido ósseo. Técnicas indicadas . abrange a área do sulco gengival/ bolsa periodontal.estética. . e não deve dividir a papila ao meio ou ser realizada na superfície vestibular do elemento dental. . apenas tecido gengival. . GENGIVECTOMIA: remoção de tecido gengival em espessura e altura ao redor do elemento dental.Cirurgia mucogengival.redução de bolsas supra-ósseas de mesma profundidade (preconizado no passado). presença de inflamação tecidual. Corrigir deformidades resultantes das doenças. no sentido coronário para apical.Cirurgias regenerativas. a faixa de mucosa queratinizada (mínimo de 2 mm).correção de aumento gengival. envolve além do tecido gengival a mucosa alveolar. . . FASE II .aumenta coroa clínica em casos que não há invasão do espaço biológico.: 11 3214 .Técnicas de aumento de coroa clínica. As incisões verticais são: Incisão vertical também chamada de incisão relaxante: complementa as incisões horizontais. Incisão de bisel externo: remove a parede epitelial.concursosdeodontologia. Deve ter as incisões divergentes para a sua base para garantir a nutrição.promover contorno fisiológico ao redor do elemento dental.Acesso para raspagem e alisamento radicular. Indicada em casos de recuperação do espaço biológico. Segundo os tecidos envolvidos pode ser classificado segundo a sua espessura em retalho dividido/ mucoso (não envolve periósteo. Melhorar o sucesso em casos de baixa resposta na fase I. o numero de dentes envolvidos. até chegar à área de união dentogengival e tecido ósseo.gengival pode ser maior que o benefício conseguido.Cirurgias pré – protéticas.com. Indicações: .com. Ultrapassa a linha mucogengival.br ABITEP – PERIODONTIA_ 41 Tel. não sendo indicada. . elevado com instrumento de corte . para facilitar o deslocamento do retalho ao envolver menos dentes. 2. . – Aumento de cocos e bactérias não-móveis.eliminar pseudobolsas. Quando vale a pena fazer a terapia periodontal? A instrumentação radicular em bolsas com profundidade menor que 3 mm perda de inserção maior que o ganho. Incisão de bisel interno: remove tecido. sempre associada à incisão sulcular. . Essa definição foi chamada de Profundidade de Sondagem Crítica. realizada com lâmina de bisturi paralela a superfície dental. sutura. Desvantagens dos retalhos Widman. Vantagens: proporciona acesso para instrumentação radicular. instrumentação radicular. FASE IV . incisão sulcular. remoção granulação do exposição Vantagens: evita sacrifício dos tecidos periodontais sadios. a negligência dessa leva a um insucesso do tratamento. utilizam a ressecção óssea e subsequente das superfícies radiculares. elevação do retalho para acesso ao tecido ósseo (recontorno). preserva e aumenta faixa de gengiva inserida. 1974): Técnica Incisão inicial em bisel interno até 1 mm da margem gengival. pode-se iniciar a terapia reconstrutiva que envolve a restauração de dentes. correção do tecido ósseo.com. remoção do tecido gengival instrumentação radicular.br ABITEP – PERIODONTIA_ 42 Tel. controla posição pós . causa o mínimo trauma aos tecidos e desconforto ao paciente. instrumentação radicular. ressecção óssea. 1962): Técnica Incisão dependente da faixa de gengiva inserida (próxima ao dente/ profundidade de sondagem).TERAPIA RECONSTRUTIVA Finalizada as fases I e II (quando necessária) e após cicatrização tecidual. retalho suturado ao nível do tecido ósseo. promovia maior conforto ao paciente e restabelecia contorno ósseo ao redor de defeitos angulares.1926): Técnica Incisão sulcular e relaxantes. Vantagens: Na época em que foi desenvolvida. curetagem do retalho para remoção do epitélio da bolsa / tecido de granulação. incisão horizontal para remoção da área de tecido inflamado.com. FASE III .br periodontia@abitep. elimina bolsa devido ao posicionamento apical do tecido gengival.RETALHOS PARA TRATAMENTO CIRÚRGICO DA BOLSA PERIODONTAL RETALHO ORIGINAL DE WIDMAN (WIDMAN. suturas interproximais mantendo posição original do retalho. possibilidade de reduzir / eliminar bolsa. radicular. Estudos mostram que a Terapia de Suporte bem executada é capaz de preservar a saúde periodontal. incisões verticais. e ao mesmo tempo. deslocamento do incisão na base da bolsa. Visava a eliminação de bolsas periodontais. rebatimento do retalho. Procedimentos: Na sessão de suporte e realizada a remotivação do paciente.TERAPIA DE SUPORTE OU MANUTENÇÃO A fase de manutenção é considerada a fase determinante para o sucesso a longo prazo da terapia periodontal. instrumentação radicular. próteses e outras técnicas reconstrutivas. RETALHO DE NEUMANN (NEUMANN. e retalho. 1931) IMPORTANTE: Representa a técnica utilizada atualmente para o acesso cirúrgico para raspagem e alisamento radicular. suturar retalho adjacente ao osso alveolar. RETALHO DE KIRKLAND (KIRKLAND. o tratamento de sítios determinada a frequência das futuras visitas para terapia de manutenção. Neumann e Reposicionado Apicalmente Todos esses retalhos promovem recessão gengival severa. evita exposição proposital da superfície radicular (regiões estéticas). retalho de espessura total. www. rebatimento do retalho. 1918): Técnica Incisões relaxantes verticais. 1920.operatória do complexo mucogengival.8949 .: 11 3214 . sugeria-se que em relação a gengivectomia. RETALHO REPOSICIONADO APICALMENTE (FRIEDMAN. RETALHO DE WIDMAN MODIFICADO (RAMFJORD & NISSLE. instrumentação da superfície tecido ósseo.concursosdeodontologia. mínima profundidade pós – operatória. levando a interferência da estética e hipersensibilidade dentinária. sutura. Objetivo: Preservar a saúde periodontal restabelecida. reinfectados. Técnica Incisões sulculares. com.: 11 3214 .8949 .presença de lesões cariosas ativas. pode-se utilizar antibioticoterapia associada a terapia mecânica para aumentar o sucesso do tratamento. OBS: No caso das periodontites agressiva e manifestação de doenças sistêmicas. e na reavaliação toma-se a decisão para a próxima fase.o nível da margem gengival (retração). . Técnica de Bass Modificada ou Técnica de Stillman Modificada 3. com o restabelecimento da saúde periodontal. FASE II – Somente se necessário. Caso tenha sido conseguida saúde periodontal. PERIODONTITE CRÔNICA. o tratamento do abscesso gengival não se inicia pela FASE I e sim segue os seguintes passos: 1. 3. com necessidade de Terapia Inicial e Básica. encaminha-se o paciente para a FASE IV (Manutenção). Controle químico de placa.com.REAVALIAÇÃO Entre as fases do tratamento periodontal realiza-se a reavaliação. Técnica de Bass Modificada ou Técnica de Stillman Modificada 3.br ABITEP – PERIODONTIA_ 43 Tel. FASE I – Terapia Inicial 1. 5. Nessa sessão deve-se reavaliar as condições periodontais como: -ganho ou perda do nível clínico de inserção..aumento ou redução na profundidade de sondagem. AGRESSIVA e MANIFESTACAO DE DOENCAS SISTEMICAS O tratamento das periodontites inicia-se da mesma forma que o tratamento das gengivites associadas a placa. Orientação e Motivação de Técnica de Escovação para o Paciente 2. Orientação e Motivação de Técnica de Escovação para o Paciente 2. . iodo ou gluconato de clorexidina a 0. Ao fim da FASE II. Remoção dos fatores de retenção de placa bacteriana: -depósitos de cálculo supragengival -excessos de restaurações/ próteses -selamento de cavidades Terapia Básica A raspagem e alisamento pode ser realizada com os diferentes instrumento .br periodontia@abitep. 2.associada ou não a irrigação com soro fisiológico. ABSCESSO GENGIVAL Por tratar-se de uma condição aguda. PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES PERIODONTAIS GENGIVITE ASSOCIADA A PLACA O tratamento das gengivites associadas a placa usualmente são resolvidas apenas com a FASE I e em seguida o paciente deve ser encaminhado para a FASE IV (Manutenção).presença de inflamação tecidual (sangramento) e de biofilme (índice de Placa). . Drenagem via sulco. Curetagem. www. Faz-se a FASE I. faz-se o encaminhamento do paciente para a FASE IV (Manutenção). Caso o sucesso tenha sido parcial. Remoção dos fatores de retenção de placa bacteriana: -depósitos de cálculo supragengival -excessos de restaurações/ próteses -selamento de cavidades Terapia Básica A raspagem e alisamento SOMENTE é indicada se houver cálculo subgengival.12%. normalmente associado a aumentos gengivais ou pseudobolsas. 2000). visto que nesses casos espera-se um resultado pior. .sem acesso cirúrgico . 4. Remoção do elemento estranho. FASE I – Terapia Inicial 1. FASE IV – Manutenção. pode-se optar pela FASE II (Cirurgias Periodontais). Bochecho de água morna e sal (Herrera et al.concursosdeodontologia. faz-se o tratamento em duas fases: Tratamento da fase aguda e da fase crônica. 3. ou adjunto. Bochecho de água morna e sal (Herrera et al. Caso necessário. cálculo supragengival. Antibioticoterapia (env. Intensificação do controle de placa supra e subgengival através de higiene oral e instrumentação periodontal. Cirurgia de acesso. Raspagem e alisamento radicular. Faz-se então: 1. Controle mecânico da placa bacteriana. Extração dental GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE Da mesma forma que nos abscessos. trata-se de processos agudos.. www. trata-se de uma condição aguda. pseudomenbrana) 2. faz-se a raspagem e alisamento radicular. Caso a redução seja parcial. Drenagem via sulco. Antibioticoterapia (no caso de envolvimento sistêmico). ou da fase crônica. 2000). Prescrição de bochecho de água oxigenada diluída em água (2:1) até a remissão dos sintomas (4X/dia) e de Digluconaco de Clorexidina 0. Remoção tecido pericoronário (cunha distal) 2. 3.12%. 2. Assim. Faz-se então um atendimento imediato e um tratamento tardio. ABSCESSO PERICORONARIO No caso do abscesso pericoronário. 4. faz-se o tratamento endodôntico e o tratamento periodontal sem aguardar o período de reparo. Irrigação subgengival com água oxigenada 10v diluída em soro fisiológico (3:1) 3. • Controle de placa químico (clorexidina). Tratamento da fase crônica: 1. placa bacteriana e tecido necrosado com instrumentos manual ou ultra-som. sistêmico) Com a melhora da inflamação e sintomatologia. LESÃO ENDODÔNTICA – PERIODONTAL: O tratamento das lesões endo-perio dependem do diagnóstico do dente: Para Lesões Endodôntica Primária Periodontal Secundária. Raspagem e alisamento radicular. melhora do contorno gengival por meio de gengivectomia / gengivoplastia. Tratamento na fase crônica 1.concursosdeodontologia.8949 . Tratamento da Fase Aguda 1. Para Lesões Periodontal Primária ou Combinadas. Irrigação 4. se necessário. Controle químico de placa 5. Curetagem 3. 2. Nesses casos é esperado redução total ou parcial da bolsa periodontal.com. por 2 a 3 semanas. fator etiológico.ABSCESSO PERIODONTAL Da mesma forma que no abscesso gengival. PERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE Tratamento da fase aguda: • Remoção da pseudomembrana. Em alguns casos indicar tratamento medico para complemento nutricional. Controle químico de placa. 3. faz-se o tratamento da fase crônica. Tratamento Imediato 1. 2.com. faz-se o tratamento endodôntico e aguarda o período de cicatrização. não é necessário aguardar o período de cicatrização pois a doença periodontal foi o principal. Na fase crônica: 1.: 11 3214 . Descontaminação delicada 2. Descontaminação suave manual e ultra-sônica (biofilme. 5.br ABITEP – PERIODONTIA_ 44 Tel. 6. Correção estética cirúrgica.br periodontia@abitep. principalmente o Término dos preparos protéticos ou restauradores. pois quanto maior a rugosidade maior o acúmulo de biofilme. ou seja. favorecendo a inflamação tecidual. Na presença do excesso de material.8949 . INFLUÊNCIA DO MATERIAL RESTAURADOR No ato da escolha do material deve-se observar o polimento e lisura superficial que é conseguida. Essa relação está intimamente relacionada à INVASÃO DOO ESPAÇO BIOLÓGICO durante os procedimentos. Além disso. a adaptação marginal exerce um papel direto na fisiologia dos tecidos periodontais. a biocompatibilidade deve ser avaliada ADAPTAÇÃO MARGINAL Dentre as características a serem empregadas nas restaurações ou próteses. pode-se fazer uso de fios retratores para facilitar a moldagem dos términos.o limite cervical estará localizado ao nível da margem gengival. um afastamento superior a 10 minutos promove efeito deletérios permanentes aos tecidos moles. • Maloclusão. ou de maneira sistêmica.concursosdeodontologia. • Cooperação do paciente. de cada dente em especial.haverá uma maior dificuldade de higiene por parte do paciente e maior acúmulo de biofilme. a falta de material e selamento da interface material-dente e também do ponto de contato adequado. geral. podem favorecer a retenção de alimentos e de biofilme. podendo provocar recessão ou resposta inflamatória. Esses fatores são: Prognóstico Geral • Tipo de doença. a Adaptação Marginal. • Idade do paciente • Antecedentes sistêmicos do paciente. www. Prognóstico Individual (Dente) • Mobilidade • Problemas mucogengivais • Envolvimento de furca • Anatomia dental • Dentes desvitalizados • Reabsorções INTER-RELAÇÃO PERIODONTIA E ODONTOLOGIA RESTAURADORA Uma das relações mais importantes da Periodontia é com a qualidade e condição das restaurações e próteses. Ao mesmo tempo. o limite cervical das restaurações seja o ponto de maior conflito. LEMBRETE: ESPAÇO BIOLÓGICO: Epitélio Juncional + Adaptação Conjuntiva = 2 mm LOCALIZAÇÃO DAS MARGENS Durante os procedimentos restauradores pode-se optar por 3 tipos de términos para não promover alterações nos tecidos: 1.com.com. Supra sulcular ou supragengival – O limite cervical da restauração estará localizado coronariamente ao nível da margem gengival. o Afastamento Gengival para moldagem e.br ABITEP – PERIODONTIA_ 45 Tel. 2.PROGNÓSTICO DO TRATAMENTO PERIODONTAL Todo tratamento pode ser influenciado por diversos fatores que podem alterar seu índice de sucesso. Contudo. TÉRMINOS DOS PREPAROS PROTÉTICOS Dentre as relações Periodontia/Odontologia Restauradora. Gengival . Pode-se destacar entre os fatores que promovem alterações nos tecidos periodontais o Tipo de Material Restaurador.br periodontia@abitep.: 11 3214 . Esses fatores são divididos em fatores que influenciam no resultado das terapias periodontais de maneira específica. • Altura do osso remanescente. AFASTAMENTO GENGIVAL Durante os procedimentos de moldagem. Entre outros aspectos o profissional deve atentar para fatores que levem à alterações periodontais devido ou a forma ou qualidade desses procedimentos restauradores. invadindo o epitélio juncional ou a inserção conjuntiva.reabsorções radiculares. o que deve ser EVITADO.cáries subgengivais.br [email protected] ABITEP – PERIODONTIA_ 46 Tel. Assim.perfurações radiculares.restaurações ou preparos subgengivais. Subsulcular ou Subgengival – o limite cervical invade espaço biológico.3. Entretanto.com.5 mm.fraturas radiculares. . . abaixo do sulco histológico.com.8949 . o término pode ultrapassar esses limites.concursosdeodontologia. sem invadir o espaço biológico. Intra sulcular – o limite cervical localizado dentro das dimensões do sulco histológico. NO MÁXIMO 0. .: 11 3214 . . CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DA INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO Quando o término é colocado em ambiente Subgengival ou Subsulcular pode-se observar: www. CAUSAS PARA A INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO O espaço Biológico pode ser invadido por: . pode ter ainda: 4. . Perda Anual Na presença da Periodontite espera-se uma perda dos tecidos periodontais de suporte que. 1988 Nos pacientes com idade entre 19 a 65 anos. E entre os homens houve maior proporção de destruição. Apresentam a vantagem de ser uma técnica eficaz e rápida. No entanto. sem cuidados orais do Sri Lanka. desenvolver métodos de controle e prevenção 6. Prevalência Da Periodontite MILLER et al. segundo alguns autores pode ser lenta – levando a uma perda média de 0. Já entre as mulheres 79% apresentavam gengivite. essa perda foi 3 a 4 vezes maior.1mm/ano (Estudo norueguês).28% . Há ainda uma distribuição simétrica entre maxila e mandíbula. 47% dos homens apresentavam gengivite. Em 1960 a 1962 entre os adultos.. 65% apresentaram periodontite com profundidade de sondagem de 3mm. PERÍODO DE CICATRIZAÇÃO Deve-se aguardar o período mínimo de 7 dias para restaurações definitivas. Pode ser utilizado em áreas estéticas. maior compreensão do processo da doença 2. da proporção coroa-raiz.3mm/ano. apresenta um maior custo e necessita de atendimento especializado.8949 . durante a adolescência a gengivite é mais prevalente. 1987 (EUA) . E 24% destes apresentavam profundidade de sondagem maior do que 4mm. Com essa técnica pode-se tracionar o elemento que apresenta o término subgengival para uma posição supragengival. com média de 0. identificar fatores de risco/determinantes 3. OBJETIVOS 1. . contra 39% das mulheres ). Já a progressão da periodontite em uma população pobre.U. Um levantamento epidemiológico realizado nos EUA entre 1985 a 1986.8% . Prevalência de Bolsas Profundas Alguns dentes apresentam maiores chances de desenvolver bolsas profundas. procedimentos de moldagem necessitam de um tempo mínimo de 40 dias. como desvantagens. A grande vantagem é não necessitar de cirurgias.br ABITEP – PERIODONTIA_ 47 Tel.50% dos jovens de 19 anos apresentaram perda de inserção. BROWN et al. entre os Adultos.A.concursosdeodontologia. não dependendo da cooperação do paciente e de menor custo.apresentaram profundidade de sondagem entre 4 e 6mm.com. Assim como visto anteriormente. avaliar a necessidade de tratamento Prevalência Da Gengivite Nos E. e mantém ou aumenta a faixa de tecido queratinizado. Técnica Não Cirúrgica Compreende a técnica de Tracionamento Dental por meio do uso de aparelhos ortodônticos. . tendências nos padrões da doença 4. Esses são normalmente dentes posteriores. cirúrgica ou não-cirúrgica. quando comparada a infância. 85% dos homens apresentavam gengivite.: 11 3214 . Na Periodontia torna-se importante para efetuar-se o planejamento de tratamento e prevenção das doença que mais comumente afetam as regiões específicas. descobrir populações de alto e baixo risco 5. não impede a necessidade posterior de cirurgia periodontal. e isto é relacionado a higiene bucal insatisfatória. Em países em desenvolvimento. entre os adultos a prevalência de gengivite foi maior. www. que para casos onde foi realizado o tracionamento deve ser 90 dias.1 a 0.com. da idade do paciente. irão depender da quantidade de tecido queratinizado. EPIDEMIOLOGIA Ciência que estuda da distribuição da saúde e da doença nas populações humanas e dos fatores que influenciam esta distribuição. 90% apresentavam periodontite. em torno de 2mm. em especial nas regiões interditais. Entretanto apresentam as desvantagens de levar a uma perda de estrutura de suporte nos dentes adjacentes e em casos de dentes anteriores a alteração da estética. Técnicas Cirúrgicas São as técnicas de aumento de coroa clínica e restabelecimento do espaço biológico.TRATAMENTO DA INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO Duas possibilidades podem ser utilizadas. preservando tecido ósseo.entre os adultos de 65 anos.br [email protected] profundidade de sondagem maior de 6mm.005 a 0. Entretanto.. porém possui mais dois escores.3 – presença de placa corada na região do terço cervical da coroa dental . 2 . 26. não se usa corante. Seus escores são: 0 .através de escore mede a extensão coronária em terços de cálculo supragengival e presença de subgengival separados ou contínuos. 1964. São avaliadas somente as faces vestibular dos dentes 16. Uso da sonda periodontal ou exploradora para identificar placa próxima a margem gengival. detecta-se apenas a presença ou ausência de placa. e o tempo de avaliação e pessoal pois haverá necessidade de se fazer profilaxia.5 – presença de placa corada em toda a superfície da coroa dental 4) ÍNDICE DE TURESKY-GILMORE-GLICKMAN (1970): surgiu a partir de uma modificação do ÍNDICE DE PLACA DE QUIGLEY-HEIN (1962). eliminando o fator da subjetividade. tornando mais simplificado. apresentando induto e cálculo. Dentre as suas desvantagens podemos citar: a necessidade do uso de evidenciador.2 – presença de placa contínua corada sem preencher a área do terço cervical da coroa dental.11.0 – ausência de placa . com prática de higiene oral limitada. avalia as faces vestibulares e linguais de todos os dentes.: 11 3214 . não existe variação inter-examinador. Não é utilizado evidenciador de placa. 2) ÍNDICE DE PLACA VISÍVEL (AINAMO & BAY. . 3) ÍNDICE DE PLACA DE QUIGLEY-HEIN (1962): índice subjetivo.INDICES MAIS UTILIZADOS NA PERIODONTIA ÍNDICES DE PLACA: 1) ÍNDICE DE PLACA (SILNESS & LÖE. não utiliza-se evidenciador de placa. 1964): índice subjetivo devido a quantidade de escore em que pode ser avaliado. Avalia todas as faces de todos os dentes da cavidade bucal. o que aumenta seu custo.sendo denominado de ÍNDICE de HIGIENE BUCAL – SIMPLIFICADO (IHB-S). 0 – ausência de cálculo supragengival 1 – presença de cálculo supragengival no terço cervical da coroa 2 –ausência ou presença de cálculo supragengival. ÍNDICE DE PLACA E CÁLCULO .com.ausência de placa 1 . em relação ao grau 2. Usado em estudos experimentais para avaliar a qualidade de métodos anti-placa.concursosdeodontologia.com.br ABITEP – PERIODONTIA_ 48 Tel. com cálculo subgengival presente esparsadamente 3 . com uso de sonda periodontal milimetrada ou exploradora. Os seus escores são: . . . com utilização de evidenciador de placa. Desvantagem do tempo que se leva para fazer o exame e variação entre os examinadores. e a doença periodontal está relacionada com o desenvolvimento da placa subgengival. escovação. isto é. é um índice que contribui para a variação inter-examinador.aparente ausência de placa. 1960) – é obtido pela com avaliação com sonda exploradora e espelho clínico da face vestibular e lingual dos dentes. fio dental. O valor do índice é obtido pela somatória da índice de induto (placa) e cálculo.placa visível sem a necessidade do uso da sonda 3 . com cálculo subgengival presente com depósitos contínuos IMPORTANTE: Esse mesmo índice foi modificado por GREENE & VERMILLION. fucsina básica. pois leva em consideração escores.abundante presença de placa. com uso de sonda exploradora ou periodontal milimetrada e espelho clínico. REFLEXÃO CRÍTICA O maior problema dos índices de placa utilizados é que apenas a placa supragengival é avaliada. 1975) – é um índice dicotômico.1 – presença de pontos corados de placa isolados sem preencher a área do terço cervical da coroa dental. bochechos e agentes químicos. Todas as faces dentais são avaliadas. Utilizado para estudos epidemiológicos descritivos em grandes grupos populacionais.ÍNDICE DE CÁLCULO (DI) .4 – presença de placa corada até o terço médio da coroa dental .ÍNDICE DE INDUTO (DI) – através de escore mede a extensão coronária em terços dos depósitos moles. 31 e lingual dos dentes 36 e 46.ÍNDICE DE HIGIENE ORAL (OHI) – (GREENE & VERMILLION. São avaliadas as faces vestibulares dos dentes anteriores. Apesar do maior tempo que se leva para examinar toda a cavidade bucal. pois leva em consideração escores. É uma modificação do Índice de Higiene Bucal Simplificado (IHB – S).ausência ou presença de cálculo supragengival. Variação dos escores: 0 – ausência de placa 1 – presença de placa no terço cervical da coroa 2 – presença de placa até o terço médio da coroa 3 – presença de placa em toda a face dental da coroa . É um índice subjetivo.8949 . www.br periodontia@abitep. br ABITEP – PERIODONTIA_ 49 Tel. presença de bolsa e perda de função. Determina na vestibular dos dentes anteriores. . MOBILIDADE EXAGERADA analítica devido a sua insensibilidade a Muito utilizado em estudos epidemiológicos até os anos 80.com. VANTAGENS: Esse índice apresenta um menor número de dentes englobados. 1967): Utiliza-se a sonda periodontal para sondar a região do sulco gengival. A soma desta contagem determina o índice PMA por pessoa. 1956): epidemiologia descritiva e pequenas diferenças. ÍNDICES PARA GENGIVITE .GENGIVITE 6 . ao longo de duas linhas diagonais traçadas na face lingual de cada dente.restauração e cárie fazem contato com a margem gengival. conseqüentemente mais rápida a sua avaliação. e cada uma recebe a contagem igual a 1. avalia cada dente da boca.restauração e cárie subgengival.ÍNDICE PMA (SCHOUR & MASSLER. 1975) . 1 . Utilizada sonda exploradora e espelho clínico.ÍNDICE GENGIVAL (LÖE & SILNESS. Índice utilizado em pesquisas à longo prazo. embora seja subjetivo pelo fato de usar escores. 1967: registra fatores de retenção de placa que possam estar presentes nas 4 superfícies dentais.br periodontia@abitep. sexo.ÍNDICE DE CÁLCULO SUPERFICIAL (CSI) – ENNEVER et al. Cada área com cálculo recebe a pontuação igual a 1. ÍNDICES PARA PERIODONTITE ÍNDICE PERIODONTAL (RUSSEL. 0 GENGIVA NORMAL 1 INFLAMAÇÃO LEVE (ALT. 3 – partículas moles que revestem mais de dois terços da superfície dental exposta. divide a face lingual do incisivos inferiores em 04 partes através do traço de 2 linhas diagonais.ÍNDICE DE SANGRAMENTO DE SULCO (MÜHLEMANN & SON. 2 .após a sondagem de fundo de sulco. . Este índice foi o primeiro a relacionar prevalência e gravidade da doença periodontal com área geográfica. A quantidade de cálculo expressa em milímetros. . sem sonda periodontal ou radiografias.. 1961: avalia a formação de cálculo supragengival em estudos de curta duração. EDEMA) SEM SANGRAMENTO 2 INFLAMAÇÃO MODERADA COM SANGRAMENTO À SONDAGEM 3 INFLAMAÇÃO PRONUNCIADA. abundante cálculo subgengival. Detecta no tecido gengival alterações pequenas em curtos períodos. o número de papilas inflamadas. pois retém placa. cálculo supragengival.FORMAÇÃO DE BOLSA 8 .PERDA DE FUNÇÃO. MODIFICADO POR PARFITT. www. ou presença de coloração extrínsecas na superfície dental sem partículas 2 – partículas moles que revestem mais de um terço a superfície dental exposta e não ultrapassa seus dois terços.8949 . ao todo por dente 04 áreas a serem avaliadas.restauração e cárie próximas a margem gengival. Compara contagens de prevalência e gravidade da doença registradas em diferentes populações.ausência de sangramento 1 . situação sócio-econômica e educacional.concursosdeodontologia. avalia através de escores restaurações. Após a contagem a pontuação do índice varia de 0 a 16. 1957: inicialmente utilizado em crianças.: 11 3214 .É avaliado por escores: 0 – sem presença de partículas ou coloração da superfície dental 1 – partículas moles revestindo não mais que um terço da superfície dental examinada. 1947). 1962: -avalia a formação de cálculo supragengival na lingual dos dentes anteriores inferiores. cálculo subgengival.ÍNDICE V-M – VOLPE & MANHOLD. ÍNDICES DE DEPÓSITOS DE CÁLCULO: . e a gengiva marginal e inserida inflamadas recebem a contagem igual a 2. COR. lesões cariosas e cálculo isoladamente ou associados.ÍNDICE DICOTÔMICO: relatado como o número de dentes afetados. 1971) índice dicotômico da presença de sangramento apos a sondagem do sulco ou bolsa: 0 . 0 . se houver ulceração do epitélio na região do sulco ocorrerá o sangramento.SAÚDE PERIODONTAL 1 e 2 . presença de sangramento até 15 seg. nos quatro dentes teremos 16 áreas. não descreve o estágio da decomposição periodontal. 3 .ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL (AINAMO & BAY. descrevendo a severidade média da doença. avaliação rápida e simples da ausência ou presença e severidade da inflamação gengival. não sendo utilizado para experiência clínicas. . fatores que contribuem para a inflamação gengival. SANGRAMENTO ESPONTÂNEO . expresso em percentual do número de dentes afetados.com.ÍNDICE DE RETENÇÃO – BJORBY & LÖE. Código 4.8949 . mede perda de inserção.bolsas com profundidade de sondagem entre 4 a 5 mm.Proposto por AINAMO et al.bolsas com profundidade até 3 mm.br ABITEP – PERIODONTIA_ 50 Tel. Código 1. sangramento após a sondagem.não há bolsas. colorido da sonda parcialmente visível. área colorida da sonda totalmente visível.44) . não alterado após o tratamento. Superestima perda de inserção em indivíduos jovens e subestima em adultos (BAELUM.bolsas com profundidade de 6 mm ou mais.com. colorido da sonda desaparece no interior da bolsa. antes e depois do tratamento convencional..41. 1982: Avaliação por sextante anotado o código mais severo do sextante.registra as condições acumuladas da doença . AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE TRATAMENTO: “ IMPORTANTE” . www.avalia doença destrutiva. dentes de ramfjord (16.ÍNDICE PERIODONTAL COMUNITÁRIO PARA NECESIDADE DE TRATAMENTO (CPITN) Organização Mundial da Saúde . Código 2.br [email protected] periodontal.alteração irreversível que não pode ser alterada com o tratamento .concursosdeodontologia. 1995). ex: altura do osso alveolar o mesmo. 1959): epidemiologia descritiva e analítica 0-3 – saúde periodontal e gengivite 4-6 – perda de inserção .com.: 11 3214 .ÍNDICE DE DOENÇA PERIODONTAL (RAMFJORD. presença de fatores de retenção de placa. nem fatores de retenção de placa.34. Código 3.


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