Apostila HTP

June 15, 2018 | Author: Rose Corsi | Category: Color, Drawing, Red, Emotions, Self-Improvement
Report this link


Description

Apostila para fins didáticos Universidade de Cuiabá (UNIC) Disciplina Medidas e Avaliação em Psicologia III Professora Ms.Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro Método Projetivo HTP Março/2009 2 Sumário Fundamentação teórica----------------------------------------------------------------------3 Aplicação--------------------------------------------------------------------------------------6 Manejo Clínico-------------------------------------------------------------------------------7 Interpretação – Fase Cromática-----------------------------------------------------------11 Interpretação – Avaliação do desenho---------------------------------------------------14 Interpretação – Aspectos gerais do desenho--------------------------------------------14 Interpretação – Características gerais do desenho-------------------------------------17 Interpretação – Características específicas do desenho da casa----------------------26 Interpretação – Características específicas do desenho árvore-----------------------32 Interpretação – Características específicas do desenho da pessoa-------------------37 Interpretação – Indicadores de Conflitos (adicional)---------------------------------46 Alguns significados qualitativos gerais-------------------------------------------------47 Laudo psicológico – Modelo-------------------------------------------------------------50 3 CASA-ÁRVORE-PESSOA - HTP 1) NOME ORIGINAL: House-Tree-Person Test - HTP 2) DADOS HISTÓRICOS Autor: JOHN N. BUCK Divulgado em 1946, publicado em 1948. No Brasil: revisado em 2003 por Iraí Cristina Boccato Alves; editado pela VETOR Editora. 3) ESCOLHA DA CASA-ÁRVORE-PESSOA COMO CONCEITOS GRÁFICOS → por serem familiares a todas as pessoas, inclusive crianças pequenas; → melhor aceitação para sujeitos de todas as idades; → estimulavam uma verbalização mais livre e espontânea; e ainda, → por serem conceitos simbolicamente férteis em termos de significação inconsciente. 3.1- Como análise quantitativa: Buck propôs como uma estimativa da inteligência do sujeito. 3.2- Como técnica projetiva: Buck propôs como uma medida qualitativa de personalidade. Considerar cada desenho tanto como auto-retrato, como um desenho de tal objeto. Morris – não ficou demonstrado que cada desenho completo pode ser como um auto-retrato. Hammer – observou que sujeitos representam, embora não intencionalmente, imagem de si mesmo: tal como são, tal como temem que poderiam ser, tal como queriam ser. 4) OBJETIVOS E APLICAÇÕES 4.1- Na Clínica: → Avaliação "da personalidade do sujeito, em si mesma e em suas interações com o ambiente"; → Complementação de dados obtidos com outras técnicas projetivas, para o entendimento dinâmico do caso individual; → Rapport. 4.2- Para propósitos diagnósticos: → Aliadas à entrevista e outros instrumentos de avaliação, fornece informações que podem revelar conflitos e interesses gerais dos ∆s; → Dá indicações dos aspectos específicos do ambiente que o ∆ ache problemáticos. 4.3- Na terapia em andamento: pode refletir mudanças globais no estado psicológico do ∆. 4 5) ORGANIZAÇÃO: teste projetivo, gráfico e verbal, que utiliza lápis e papel. → Técnica gráfica porque é solicitado ao sujeito que desenhe uma casa, uma árvore e uma pessoa. → Técnica verbal porque se solicita que o sujeito fale sobre cada desenho, havendo uma série de perguntas preparadas para este fim. 5.1) Como técnica gráfica: pode incluir uma fase acromática e uma fase cromática (recurso para explorar camadas mais profundas da personalidade). 5.2) Material: Acromático – 3 fls. papel sulfite, lápis preto nº 2, borracha e apontador. Cromático – 3 fls. papel sulfite, borracha e apontador, caixa de lápis de cor (8 cores: vermelho, verde, amarelo, azul, marrom, preto, roxo e laranja). Protocolo para Desenho Protocolo de Interpretação Protocolo de Inquérito Posterior ao Desenho Relógio ou cronômetro – anotar tempo de latência e total 5.3) Tarefa solicitada: somente uma superfície é apresentada de cada vez ao sujeito, que é solicitado a desenhar: Casa: em folha colocada horizontalmente diante dele. Árvore e Pessoa: pedidos nessa ordem, serão feitos em folhas na vertical diante dele. 6) FORMA DE ADMINISTRAÇÃO: individual. 7) TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO: variável, recomendando-se que não exceda 1 hora. Após a coleta dos desenhos, procede-se a um inquérito. 8) POPULAÇÃO: mais adequado para ∆s acima de 8 anos de idade. 9) ANALISE QUALITATIVA → Reporta-se à verificação dos aspectos gerais e dos detalhes essenciais, ou significativos, em cada um dos desenhos. → São interpretados em face do que representam para a estrutura e a dinâmica da personalidade. → O uso projetivo dos desenhos foi considerado útil isoladamente porque os conflitos profundos são mostrados mais prontamente durante o desenho do que em outras atividades. → Os desenhos avaliam predominantemente processos expressivos. Zucker (1948): “Os desenhos são os primeiros indicadores clínicos a mostrar sinais de psicopatologia e os últimos a perder os sinais de doença, à medida que o indivíduo se recupera. Os desenhos são mais fortemente sensíveis a tendências psicopatológicas do que as outras técnicas projetivas”. Wyatt (1949), BELLAK (1953) E Symonds (1953): “Os desenhos fornecem um quadro grosseiro da personalidade, que é completado pelo inquérito posterior ao desenho”. Stern (in: Hammer, 1969): “A técnica usada atinge o nível do pensamento primitivo pictórico. Ele está no mesmo plano que o do próprio pensamento inconsciente... Parece que o afeto proveniente de uma figura alcança mais profundamente o inconsciente do que a linguagem, 5 devido ao fato da expressão pictórica ser mais adequada ao estágio de desenvolvimento em que o trauma ocorreu (...)”. → Para a interpretação dos desenhos, considera-se que a: PESSOA: reflete o ajustamento ∆al em um nível psicossocial. “Estimula mais associações conscientes, incluindo a expressão direta da imagem corporal. Reflete a capacidade do ∆ para atuar em relacionamentos e submeter o ‘self’ e as relações interpessoais à avaliação crítica objetiva”. ÁRVORE: parece revelar sentimentos intrapsíquicos básicos, mais duradouros e mais profundos e atitude em relação à si próprio. • É menos suscetível a mudanças em retestes do que o da pessoa • É mais fácil retratar material emocionalmente perturbador ou carregado de conflitos no desenho da árvore do que no da pessoa: pq é mais difícil para o ∆ tratar a árvore como um auto-retrato. • Sentimentos mais profundos e menos aceitáveis podem ser revelados mais facilmente pelo desenho da árvore, sem medo de revelar a si próprio ou a necessidade de manobras defensivas do ego. “Parece estimular mais associações subcs e incs do que os outros desenhos. É uma expressão gráfica da experiência de equilíbrio sentida pelo ∆ e da visão de seus recursos de personalidade para obter satisfação no e do seu ambiente”. CASA: situa-se entre a pessoa e a árvore neste contínuo. “Parece estimular uma mistura de associações cs e incs referentes ao lar e às relações interpessoais íntimas”. # PESQUISAS têm mostrado que, enquanto o desenho da ÁRVORE representa um nível mais profundo de integração da personalidade, os desenhos da CASA e da PESSOA, apontam para um nível mais superficial. ou através de atividades motoras? Exibe expressões verbais que revelam: insegurança. desenhe uma CASA colorida”. # Mesmo que as atitudes do examinando se tornem ridículas. deve mostrar-se uma pessoa neutra.6 Manual) Munido de uma folha de papel. suspeita. cautela impulsividade. os movimentos e verbalizações oferecem indicações de seus traços de personalidade. marrom. azul. tensões emocionais. As instruções iniciais são as seguintes: “Agora. verde. Não deve falar ao examinando para desenhar “outra” CASA ou “outra” ÁRVORE. FASE CROMÁTICA do H T P. por favor. . VALOR DAS ANOTAÇÕES # Além dos desenhos. violeta e laranja. quando sentir necessário. tiques. apresentar novas folhas de papel e os lápis de cor ou crayons nas cores: vermelho. Na série cromática não se permite o uso da borracha. # O examinador poderá dizer palavras de estímulo. amarelo. arrogância. pois para a maioria das pessoas a palavra “outra” implicaria em não poder duplicar seus desenhos acromáticos. verbalmente. INQUÉRITO Principal objetivo: compreender o cliente extraindo o maior número possível de informações sobre o conteúdo e o contexto de cada desenho. Deverá escrever tempo de latência e total. toda verbalização do cliente. sem alterar as instruções específicas do teste. depois pede-se a ÁRVORE e a PESSOA. negativismo. o examinador não deve demonstrar choque. # Ele se entrega confortavelmente à tarefa? Expressa dúvidas direta ou indiretamente. relaxamento. Retira-se o lápis preto nº 2 para que o examinando não seja tentado a fazer o esboço a lápis e depois colorir. deverá anotar tudo o eu vai acontecendo de forma muito discreta. traços feitos com a mão direita ou com a esquerda. etc. preto. # Detalhes que forem acrescentados durante o inquérito devem ser identificados. autocrítica. O objetivo é dar ao examinando a maior liberdade de escolha possível. movimentos. hostilidade. ansiedade. humores. # Solicitar ao sujeito para desenhar um sol e uma linha de base nos desenhos que não possuem esses detalhes. etc. solicita-se ao examinando que realize uma nova série de desenhos. Deve-se recolher os desenhos já realizados.6 APLICAÇÃO (pg. • Estudos sobre movimentos expressivos da personalidade.. .. A metodologia do examinador precisa ser tanto intuitiva como analítica. As atividades psicomotoras do sujeito ficam gravadas no papel. é necessário que o psicólogo: • Tenha uma vasta experiência clínica. Os desenhos são representações. • Conhecimentos de psicopatologia. etc. involuntária e/ou inconscientemente. antes. E completa: “. freqüentemente. o próprio sujeito. uma ampla variedade de respostas no sujeito. sentimentos. infiltram-se em seus desenhos. outros organismos ou coisas). atitudes e anseios próprios. os desenhos representam um reflexo da personalidade do seu autor e mostram mais sobre o artista do que sobre o objeto retratado. cultural. aos objetos do ambiente (pessoas. Hammer (1981) amplia o conceito de projeção de Freud e a define como: “A colocação de uma experiência interna ou de uma imagem interna. ⇓ É a partir dessa interação simbolizada que são realizadas as interpretações. Os desenhos não constituem uma reprodução fiel da realidade.7 MANEJO CLÍNICO O HTP é uma técnica projetiva de desenho que visa penetrar na personalidade do indivíduo. O conteúdo da projeção pode ou não ser conhecido pelo sujeito como parte de si próprio”. que permite ou encoraja. É um instrumento que é considerado especialmente sensível a aspectos inconscientes ou velados do comportamento. a projeção é o processo psicológico de se atribuir qualidades. uma interpretação da realidade. e não reproduções da realidade. São. uma maneira de ver as coisas e de se colocar diante delas. Para interpretar o HTP. Atualmente os desenhos são considerados um meio privilegiado para a descoberta do mundo interno e da psicodinâmica da pessoa revela muito do inconsciente daquele que desenha. e confiar apenas em detalhes específicos pode ser enganador. Os sentimentos e conflitos dos pacientes. O princípio básico da interpretação dos mesmos é que: • A folha de papel representa o ambiente. • Saber se as características dos desenhos são comuns ao mesmo grupo etário. no mundo exterior”. psicossomática e psicanálise. e • O desenho. No HTP. • Uma reflexão sobre os mitos e as lendas populares. sexual. nem distorções irracionais. → Observa-se má qualidade no desenho da PESSOA. encaminha-se para a avaliação das partes individuais. pois alguns detalhes são mais incomuns e mais significativos que outros. implica na reprodução de uma imagem mnemônica de 3 dimensões em forma bidimensional. espontâneos ou introduzidos).1. assim. que adquire uma importância máxima quando existem muitos elementos apontados na mesma direção.2.O problema colocado para o sujeito. 1. → Permite observar se o sujeito tem ou não comprometimento intelectual. ⇓ As partes individuais são significativas em sua inter-relação com o todo.1.8 Para uma análise substanciosa é importante uma relação dos detalhes com o todo. segue um Breve Roteiro da Utilização do HTP: (1) Como estimativa da inteligência adulta (2) Diagnóstico (3) Prognóstico 1 – COMO ESTIMATIVA DA INTELIGÊNCIA ADULTA – não é uma abordagem nova apesar de ser menos divulgada. Foi desenvolvida por Buck e.000 casos relacionou uma série de indicadores diagnósticos para detectar a presença de casos de: Neurose. a falta de telhado ou a porta em uma casa ou uma árvore de espinhos. com base numa divisão tripla: 1. Organicidade e Transtornos de Personalidade. 2 – DIAGNÓSTICO – o HTP tem sido utilizado por Deabler na triagem de pacientes psiquiátricos. na fase não-verbal. os sujeitos que experienciam dificuldades de verbalizações. o examinador deve ter bom senso. como o retratamento explícito dos órgãos sexuais. segundo Morris. afetando reciprocamente o contexto global. têm ocasião de demonstrar sua capacidade ou potencial intelectual elevado. sugerindo. mas também da qualidade destes. a partir: • de uma informação elementar (os detalhes). sendo a CASA e a ÁRVORE de boa qualidade. A seguir. Estudo acerca de 3. Após a primeira visão global dos desenhos. se o possuem. o conflito pessoal envolvido. Não há comprometimento do teste de realidade.Indicadores NEURÓTICOS – em geral. pois um traço gráfico isolado não significa muita coisa: é apenas um sinal. • das relações espaciais (proporção e perspectiva). raramente são encontradas produções bizarras.Devido aos aspectos relativamente primitivos do método empregado. e • da formação de conceitos (organização e qualidade do conjunto e dos comentários do sujeito. 1.Pode se fazer uma estimativa da inteligência. Além disso. NOTA-SE: → Irregularidade na produção.3. Não se trata somente de uma questão de números de detalhes. a nível neurótico. 2. . Psicose. rosto parecido com máscara e um físico magro. • Parede extrema maior que a parede principal. • Sem janelas ou portas (ou. que implica numa quebra com a realidade e num medo da extensão de si mesmo no ambiente e/ou. • Desenhos situados consideravelmente acima do chão ou da linha do solo. especialmente se o paciente é de inteligência média ou acima desta. e reflete uma falta de totalidade da personalidade e/ou fraqueza. e/ou. o desempenho piora. de que não se sentem capazes de realizar a tarefa. encontrada nos que apresentam transtornos de personalidade. desvirilizado. concretas. raramente encontrada em pacientes não esquizofrênicos. ombros.Indicadores PSICÓTICOS – em geral são encontradas produções bizarras.2. nas novas tentativas de redesenhar. algumas vezes. Ausência de um olho (ou olhos) é encontrada freqüentemente em desenhos de esquizofrênicos catatônicos. irregulares. é indicativo de alucinações auditivas. esboçadas. • Omissão das partes do corpo. • Ambivalência do perfil: o corpo virado numa direção e a cabeça na direção oposta. ÁRVORE desenhada com a estrutura dos galhos reduzida ou mínima em tamanho. • Com uma extremidade fendida. A qualidade da linha está comprometida e o desenho é feito com linhas quebradas. Por outro lado. O desenho dos ângulos é difícil. que sugerem estados de fantasia excessivos. apresentam um HTP bastante comprometido. Os pacientes epiléticos produzem figuras sem equilíbrio. refletindo uma perda de contato com a realidade. nos desenhos da PESSOA. como: mãos. com envolvimento só parcial das funções da personalidade". com distorções importantes e aparecimento de figuras ilógicas e irrealistas. → Nota-se a presença de uma ou mais das seguintes características: CASA com dupla perspectiva. • Transparência: tanto o interior como exterior da casa são apresentados num único desenho. 2. a fadiga faz com que piore o desempenho nos últimos desenhos. no futuro. • Olho acentuado (um sinal paranóide clássico). 2. • Desenhos compostos inteiramente pelo telhado. Revela uma quebra marcante em relação aos costumes sociais e/ou reflete mecanismos regressivos. se desenhadas. → Os esquizofrênicos. • Superacentuação da orelha ou omissão. Isso sugere inacessibilidade e uma falta de desejo de contato com o ambiente e com pessoas do mesmo.9 → A irregularidade da produção reflete "perturbação apenas de certas áreas de ajustamento. mesmo da cabeça.Indicadores ORGÂNICOS • Nota-se muita rasura e. • Omissão da roupa ou superacentuação dos órgãos sexuais. numa tentativa de apresentar 3 ou mais lados simultaneamente. estes pacientes. • As figuras são simples. Queixam-se. porém. muitas vezes. • Um tronco fendido reflete a cisão interior ou desorganização da personalidade.3. as partes corporais são mostradas através da roupa. pés. braços. PESSOA sem cabelo. com exceção de alguns casos paranóides bem integrados. colocadas habitualmente no alto). principalmente quando é usada a fase cromática. rígido. impotência ou completa incapacidade para lidar com os problemas da vida. . possivelmente. da pélvis ou do corpo todo. o que sugere uma falta de contato satisfatório com o ambiente e a presença de tendências de afastamento do mesmo. etc. . refletindo tendências exibicionistas e narcisistas) não ornamentam seus desenhos. inclusive com representações de instrumentos de agressão (armas. • Raramente usam sombreado e.Indicadores de TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE – O HTP não é um instrumento especialmente sensível a este tipo de problema. • Tendência a usar "temas degradados".. 2. podem incluir uma privada. dificuldade de fazer qualquer mudança ou de variar os desenhos. em todos. • A imaturidade se manifesta na representação de heróis da fantasia infantil. MAU PROGNÓSTICO → Os desenhos cromáticos apresentam mais indicadores psicopatológicos do que os acromáticos. facas. etc). a não ser ocasionalmente (nas figuras humanas. mas. há problemas referentes à organização do desenho. serrotes. e o amarelo é a cor mais freqüente na série cromática. um animal urinando ou um nu grotesco. • Os desenhos são geralmente de tamanho pequeno e notam-se sinais de estereotipia e perseveração.4. além de rigidez. sendo esquemáticos (figuras em palito). → A árvore dá uma impressão menos sadia que a pessoa. → Os desenhos cromáticos indicam melhor ajustamento que os acromáticos. mas demonstra algumas tendências: • Incluem um mínimo de elementos. mais precocemente sinais de organicidade. 3 – PROGNÓSTICO – Segundo Hammer: BOM PROGNÓSTICO → Árvore indica melhor ajustamento que o desenho da casa. como cowboy. motosserras. espingardas.10 • O desenho da casa é o que mostra. • As posturas são freqüentemente agressivas. principalmente na organização das partes no todo. isto é. . preferindo cores escuras. incertezas e dificuldade em se posicionar no mundo. geralmente. revelando assim restrições da personalidade. aplicam uma pressão firme e segura. Controle é avaliado pela qualidade das linhas e pela habilidade do examinando em manter um sombreado uniforme e dentro das linhas periféricas. indica uma certa emotividade. Área da página sombreada o esperado é que o examinando pinte menos de ¾ da página. implica ansiedade. Em outro extremo do contínuo desta posição intermediária mais sã. como o preto ou marrom (cores menos perigosas). Consistência grande inconsistência de desenho para desenho no uso da cor. mesmo que seja um colorido bem controlado. Emprego da cor pelo examinando deve-ser observar se ele usa a cor somente para produzir linhas (como faz com o lápis preto).11 INTERPRETAÇÃO . e em seus desenhos as cores geralmente estão em desarmonia. Cor usada para sombrear sombreado leve indica. “o HTP cromático permite derrubar as defesas e mostrar a nu um nível mais profundo da personalidade do que é possível com o conjunto de desenhos acromáticos. mostrando traços fracos e incertos. pede uma investigação cuidadosa. refletindo assim maior auto-afirmação e confiança nas áreas emocionais que as cores representam. Um outro grupo pega o crayon com certa ansiedade. obtendo-se uma descrição mais rica de sua personalidade”. Quando ultrapassa esse limite. utilizam cores mais cálidas. estão os examinandos que utilizam uma pressão quase selvagem (acalcam com tanta força o crayon que muitas vezes chegam a quebrá-los). Sombreado forte. sensibilidade. A escolha quanto mais vagarosa e indecisa a escolha das cores por parte do examinando. Este grupo é caracterizado por um estado de tensão com excessiva labilidade de humor ou emoções turbulentas com necessidades internas discordantes. Quanto mais colorido for o fundo e quanto mais esse colorido invadir o desenho. Um colorido que ultrapassa as linhas periféricas sugere uma resposta impulsiva aos estímulos. Cor usada somente para o contorno timidez emocional (sugere transtorno depressivo).CROMÁTICO Segundo Hammer (1981). maior é a possibilidade de o item que está sendo produzido ter um significado especial para ele. e desta maneira é possível derivar uma hierarquia grosseira dos conflitos e defesas do sujeito. sombrear áreas maiores ou sombrear algumas áreas e outras não. As pessoas psicologicamente mais sãs lançam-se com confiança à tarefa cromática (as crianças na maioria das vezes mostram imenso prazer). maior a problemática. I – OBSERVAÇÕES NA AVALIAÇÃO DO HTP CROMÁTICO É importante observar como o examinando usa os lápis de cor ou crayons. na maioria das vezes. Isto é uma quebra da realidade. laranja. como por exemplo para produzir uma cor de pele. Uso de muitas cores em adultos descontrole das emoções (comum em esquizofrênicos. não colorindo os desenhos). Cores cuidadosamente dispostas. vermelho ou marrom para o telhado. III – SIMBOLISMO DAS CORES Segundo E. sem noção de limite e desorganização psíquica. sugerindo que o autocontrole aumenta com a idade. justapostas de modo confuso. Cores entrelaçadas. A maior parte dos examinandos simplesmente usa o lápis preto para delinear todas as partes descobertas da pessoa. revelando sua falta de controle e de contato com a realidade). de 2 a 3 para a ÁRVORE e de 3 a 5 para a PESSOA. verde. mas não é sério porque é um método popular de representação. são pessoas mais tímidas emocionalmente (tendem a usar o crayon ou lápis de cor como se fosse o lápis preto. Cores superpostas regressão. etc. preto. deve-se sempre oferecer 8 cores ao examinando: amarelo. Isto vem de encontro à crença que a resposta emocional precede à resposta intelectual no desenvolvimento da maturidade. que geralmente usam muitas cores e sem muita crítica. porém com emoções controladas ou dirigidas. descontrole. marrom. azul. indicando a falta de controle das emoções). desejo de ordem e equilíbrio. . Adaptação à realidade deve-se lembrar que no desenho da PESSOA é muito difícil adaptarse à realidade com as 8 cores mencionadas. Hammer (1981). Em geral as crianças tendem a fazer um uso maior e mais indiscriminado de cores que o adulto. ocupando toda a área disponível desejo de perfeição e disciplina rígida (comum em Neurose Obsessivo-Compulsiva). Uso excessivo de cores especialmente quando combinado com o uso não convencional. Uso de muitas cores em crianças normal. com negligência confusão mental. conflito emocional e conflito na relação eu-mundo. Em geral usa-se preto ou marrom para a fumaça. Cores desordenadas. Crianças mais velhas tendem a diminuir a necessidade do uso de muitas cores.12 Nº de cores empregadas para cada desenho o esperado é de 3 a 5 cores para a CASA. mescladas menor controle emocional. Adaptação às convenções é interessante observar se as cores usadas obedecem às cores convencionais dos elementos. Uso inferior a esse nº de cores corresponde a examinandos incapazes de estabelecer livremente relações interpessoais quentes e compartilhadas. vermelho e violeta. é comum em indivíduos que manifestam uma incapacidade para exercer um controle adequado sobre seus impulsos emocionais (o psicótico pode desenhar 8 janelas e pintar cada uma de uma cor. II – DISPOSIÇÃO DAS CORES Cores separadas expansão. independentes e extrovertidas. É a cor preferida por pessoas sensíveis. quanto mais bizarro for o emprego da cor. desejo de conseguir algo e se valorizar. da resistência psíquica. No entanto. repressão ou vida interior sombria. Verde é a cor da natureza. É a cor preferida por pessoas calmas. que produz emoções rápidas e fortes. sentimento de penetração no infinito. simboliza o ponto de equilíbrio entre o espírito e a libido. já nas crianças. já nas crianças reflete um temperamento mais sombrio ou tristeza. A simbologia das cores varia de cultura para cultura. Preto é a ausência de todas as cores. transmite a sensação de renúncia. da criação. conservando as propriedades de ambos. . inseguras e observadoras das regras. As pessoas que usam o preto nos desenhos demonstram tristeza. A contemplação do azul determina profundidade. embora seja uma cor distinta. flexíveis e espontâneas. Quando usada com muita ênfase por adultos sugere fortes impulsos para o poder. em crianças. No Ocidente é a cor do luto por expressar melhor a eternidade em seu sentido mais profundo: a não existência. Azul é a cor do céu. Quando usado com muita ênfase nas crianças sugere dificuldade de expressão nas emoções Vermelho universalmente considerado como o símbolo fundamental do princípio da vida. ocorrendo uma diversidade de interpretações. Em crianças reflete repressão da vida emocional ou ansiedade. da reprodução. É a cor preferida de pessoas passivas. não existe uma universalidade dos símbolos para a interpretação dos desenhos. da força de estruturação do ego. abandono e introspecção. Amarelo é a cor da luz. do espírito. Escurecido ele possui a vitalidade e a força impulsiva do vermelho. O interesse pelo vermelho decresce à medida que a criança supera a fase impulsiva e ingressa na fase da razão. maior a probabilidade de ter um significado representativo. Quando usado com muita ênfase por crianças sugere inibição ou repressão. Quando usado com muita ênfase por adultos sugere alta excitabilidade. sociáveis e com facilidade de inter-relação com os outros. Quando usada com muita ênfase sugere agressividade ou hostilidade. Laranja é a cor que está a meio caminho entre o amarelo e o vermelho. do ouro e do sol.13 Da mesma forma que o H T P acromático. equilibradas e mais controladas. conflitos não solucionados. Marrom é a cor da terra. da perseveração emocional e do fanatismo. Violeta ou roxo é a cor resultante da mistura do vermelho com o azul. seguras. é chamada a cor do equilíbrio. um C/ mais dependente e emocional. É a cor preferida por pessoas alegres. Quando usado com muita ênfase no adulto sugere superestima de si mesmo ou projeção de problemas e afetos no exterior. infantilidade ou falta de autocrítica. do crescimento. indiferentes. inibição. É uma cor ativa e estimulante. desinibidas. é a cor do sangue. entrega. sensação de leveza e contentamento. É a cor preferida por pessoas confiantes. perseverantes. só que de forma atenuada. à orientação. e a qualidade geral. difícil. Normalmente o desenho mais rejeitado é o da pessoa. c) A consciência corporal acentuada torna os ∆s desajustados pouco à vontade. entre 2 e 30 min. talvez. mostrando desconsideração pelas opiniões alheias. após receber as instruções → o potencial para a psicopatologia está presente. PAUSAS – Fornece informações valiosas sobre os significados dos objetos desenhados e de suas partes respectivas para o ∆. Tendência a monopolizar a atenção.14 INTERPRETAÇÃO – AVALIAÇÃO DO DESENHO Examinar o desenho em relação à localização. ∆s obsessivo-compulsivos → também gastam muito tempo pela tendência a produzir meticulosamente todos os detalhes relevantes. derrotismo e abandono à rejeição aberta – raro em casos de distúrbios orgânicos e/ou indivíduos hostis. TEMPO. b) O desenho da pessoa parece despertar + associações no nível consciente do que os da casa ou da árvore. LATÊNCIA. A atitude comum é de uma aceitação razoável. normalmente. ∆s maníacos → podem demorar muito mais tempo em função da riqueza dos detalhes irrelevantes desenhados. bem como os desvios nas áreas gerais apresentadas na lista de características do desenho que tenham algum possível significado clínico. Atraso → sugere forte conflito. INTERPRETAÇÃO – ASPECTOS GERAIS DO DESENHO ATITUDE – Fornece uma medida grosseira sobre a disposição global para rejeitar uma tarefa nova e. Investigar durante o inquérito os fatores que produziram esse conflito. ao tamanho. Razões: a) Muitos ∆s desajustados têm suas maiores dificuldades nas relações interpessoais. Os desvios variam entre 2 extremos: 1) Aceitação total ao hiperegotismo – tendência em pensar apenas em si mesmo e considerar a si mesmo melhor e mais importante do que as outras pessoas. O nº de detalhes e seu método de apresentação devem justificar o tempo gasto na produção dos desenhos. Rapidez incomum → tentativa de se livrar de uma tarefa desagradável Tempo excessivo em um desenho → relutância em produzir algo e/ou por causa do significado emocional intenso do símbolo envolvido. Os 3 desenhos levam. . Se o ∆ não começar a desenhar dentro de 30 seg. 2) Indiferença. Faça um sinal (٧) próximo a qualquer área em que as características do desenho pareçam ser desviantes. para serem completados. • Se o novo desenho for melhor → sinal favorável. Uso exagerado – insegurança. tentativa inútil de obter perfeição ou se a rasura for seguida de uma deterioração da qualidade da forma → indícios de patologia. indecisão. C/s indicativos de autocrítica incluem: 1) Abandono de um objeto não completado. figuras geométricas. números. árvores. rabiscos. “Isto aqui está fora de proporção”. É comum verbalizações sobre a capacidade artística. Normal – autocrítica. tais como: “Nunca aprendi a desenhar”. Não usa – falta de crítica ou autoconfiança no desempenho. • Se a tentativa de correção representar meticulosidade exagerada. durante a fase de desenho (nomes de pessoas. etc) → necessidade compulsiva para: a) Estruturar a situação o mais completamente possível (insegurança). ou . Apagar o desenho sem aperfeiçoá-lo não é bom sinal e quanto o torna pior é mais significativo ainda. para criticá-lo e aprender com a crítica é uma das primeiras funções intelectuais a ser afetada na presença de forte emotividade e/ou de processos orgânicos. 2) Apagar sem tentar redesenhar. . especialmente se não houver tentativas para corrigir as falhas identificadas verbalmente. mas não duas. sem apagar o desenho abandonado. Quando excessivas → potencial para patologia. Geralmente é restrito a um detalhe que despertou forte conflito. A parte desenhada pode representar a origem. COMENTÁRIOS Comentários escritos feitos pelo ∆. O ∆ pode fazer o detalhe uma vez. A constante necessidade de apagar na maioria das vezes significa conflito. ruas. Apagar e redesenhar persistentemente qualquer parte do desenho → forte conflito em relação ao detalhe ou ao que ele representa para o indivíduo. falta de controle e fuga.15 Pausa maior de 5 segundos em cada desenho e/ou durante comentários ou nas respostas durante inquérito → conflito. recomeçando o desenho em outro lugar da página. Investigar durante o inquérito. insatisfação consigo mesmo. O uso da borracha só tem valor quando o sujeito mostra capacidade de melhorar o seu desempenho. seu significado simbólico e/ou presença de deterioração orgânica. CAPACIDADE CRÍTICA E RASURAS A capacidade para ver o trabalho de alguém objetivamente. excesso de autocrítica.Deterioração da qualidade da forma: reação emocional extremamente forte em relação ao objeto desenhado. 3) Apagar e redesenhar. 1) Oposição – não se acha bem ajustado ao meio e o número de vezes que virar indicará o grau de oposição. OS MOVIMENTOS DADOS AO PAPEL INDICAM OS SEGUINTES TRAÇOS PSICOLÓGICOS # Ainda deverão ser anotados os movimentos que o examinando der ao papel: movimento para cima. para a esquerda. É comum o ∆ exibir sintomas de ansiedade. também se deve anotar. que estava sendo feito quando a observação foi feita ou que foi desenhado logo após a observação.16 b) Compensar uma idéia/sentimento obsessivo. ativado por alguma coisa no desenho. reprimindo a verbalização deste material. ⇓ Parece que a tarefa de desenhar emprega energias. Ex: “Eu vou colocar esta gravata nele”. para a direita. Muitos ∆s ficam altamente emotivos enquanto estão desenhando ou sendo questionados → expressão do material reprimido até então. Obs irrelevantes → parecem ter a função de facilitar a situação de entrevista. . 2) Dissimulação – poderá ser uma reação para se refazer do choque sentido. Ex: “Você disse que hoje é o seu primeiro dia aqui?” Nº excessivo de comentários. quando descobriu que iria ser testado. Expressões emocionais persistentes de menor ou maior intensidade ou repressão da expressão sempre indicam desequilíbrio da personalidade. Obs espontâneas são normalmente mais significativas. pode indicar uma fuga ao meio ambiente. incluindo idéias de orientação e perseguição. Obs supérfluas → parecem ajudar um ∆ inseguro a estruturar a situação. quando avaliadas em relação à parte do desenho que acabou de ser completada. Verbalizações durante a fase do desenho freqüentemente incluem conteúdos que foram reprimidos durante uma entrevista anterior. 3) Verbalização – quando acompanha o virar do papel. Se virar a folha para o dorso. comentários irrelevantes ou bizarros → indicam preocupação. para baixo. desajustamento ou problema orgânico. que estiveram envolvidas na defesa do ego. Fornecem: • Um índice das capacidades do ∆ para reconhecer os elementos da vida diária e empregá-los convencionalmente • A capacidade de avaliar criticamente os elementos da realidade em geral. • Reflete a capacidade do ∆ para julgar. de 1 a 2/3 da área padrão de desenho. também. Entre a figura desenhada e a folha do desenho • Os desenhos ocupam. auto expansividade. • Mostra a capacidade de reconhecer as relações de cada parte do todo no tempo e espaço simbólicos em relação aos outros objetos do ambiente. Detalhes na figura desenhada • De tamanho maior do que a média → implica muito interesse e preocupação com o que o item simboliza para o indivíduo que produziu o desenho. o ambiente e as figuras parentais.CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DESENHO Proporção – Perspectiva – Detalhes → podem fornecer informações sobre o funcionamento de um ∆ no contexto de seu nível de funcionamento esperado. Grande tensão e irritabilidade com sentimento de imobilidade desamparada. Fornecem. PROPORÇÃO_________________________________________________________________ Freqüentemente revelam os valores atribuídos pelo ∆ aos objetos. O tamanho das figuras fornece: • Um paralelo entre a dinâmica. . • Indica a capacidade do ∆ para agir com visão crítica nos relacionamentos mais abstratos e amplos da vida diária. a solução de problemas mais básicos. • Área extremamente pequena → sentimento de inadequação. concretos e imediatos da vida diária apresentados pelo seu ambiente. por causa de seu tamanho. Visão egocêntrica da importância do pp ∆. tem uma parte cortada pela margem do papel → sentimento de frustração. fantasia de auto-inflação.17 INTERPRETAÇÃO . Em geral. Em geral: Detalhes é a 1ª característica que se estabiliza no desenvolvimento. um índice grosseiro da capacidade do ∆ para atribuir valores objetivos aos elementos da realidade e realizar julgamentos com facilidade e flexibilidade. • Desenho ocupa quase todo o espaço disponível ou. situações e pessoas. • De tamanho menor do que a média → implica uma rejeição ou um desejo de rejeitar o que pode simbolizar para o indivíduo. o ∆ está sentindo hostilidade em relação a um ambiente restrito. • Grau de adequação e a forma como está reagindo às pressões ambientais. em média. eficientemente. Proporção é a 2ª característica que se estabiliza no desenvolvimento. tendência de se afastar do ambiente ou uma rejeição do tema principal do desenho. Perspectiva é a 3ª capacidade que se estabiliza no desenvolvimento. • Pistas a respeito da auto-estima. porém preso pelo mundo da fantasia. • Podem também simbolizar sentimentos de rejeição social e inferioridade a respeito do corpo. • C/ emocionalmente dependente e ansioso. assim como . Muito grandes que chegam a ultrapassar o limite da folha • Sentimentos de constrição por parte do ambiente. com sentimentos de expansão e agressão • Falta de controle ou inibição e idéias de grandeza. Também pode ser vista como uma medida da compreensão do ∆. Pequenas • Sentimento de inferioridade com dificuldade em se colocar no meio. capacidade de abstração • Equilíbrio emocional. • O desenho bem centrado pode indicar ambições e força de expansão do ego. Locação horizontal na página. • Sugerem reação às pressões ambientais. mais abstratos e mais exigentes da vida. Muito pequenas. para encobrir sentimentos de inadequação. timidez. baixa auto-estima. • Evidência de agressividade com possível descarga motora no meio ou controle ineficiente. • Inibição. Criança que desenha figuras Pequenas e Grandes • Dificuldade em responder de forma plenamente saudável às experiências. Grandes podem indicar tanto expansividade como inibição. • Sugere. com fantasias compensatórias de autoexpansão. boa auto-estima • Adequação ao meio. inteligência elevada. insignificância. mas com problemas emocionais por sentimentos de inadequação. ou • Percepção tendenciosa de si mesmo e dos outros.18 Médio • Inteligência. A folha de papel simboliza o ambiente. repressão da agressividade. e a localização do desenho revela: 1) A adaptação do sujeito ao meio e como ele o manipula. Relação das partes do desenho em relação ao todo • Quanto maior a disparidade. Minúsculas • Sentimento de inadequação e rejeição pelo ambiente • Tendência ao isolamento • Cçs: as relações com o meio são sentidas como esmagadoras. eventualmente. maior a possibilidade de desajuste. excesso de auto controle e reação de maneira não adequada às pressões ambientais. PERSPECTIVA________________________________________________________________ Indica a capacidade do ∆ para compreender e reagir com sucesso a aspectos mais complexos. . suas atitudes ante a vida intelectual. buscar satisfação emocional imediata e direta de suas necessidades e impulsos. Lado Esquerdo da Página Introversão Controle Satisfação controlada dos impulsos Lado Direito da Página Extroversão Impulsividade Necessidade de satisfação imediata Metade Superior Tendência a buscar satisfação na fantasia Criatividade Objetivos muito altos e possivelmente inatingíveis Tendência a manter-se distante e inacessível Metade Inferior Orientação para o concreto. • As cçs cujo trabalho não é centralizado tendem a apresentar pouco controle e maior dependência. preso à realidade Insegurança Auto-envolvimento Humor mais deprimido Canto Superior Esquerdo Passividade Reserva Inibição Canto Superior Direito Contato ativo com a realidade Projetos para o futuro Canto Inferior Esquerdo Regressão Conflitos Fixação em estágios mais primitivos Canto Inferior Direito Impulsividade. Em Diagonal perda de equilíbrio e insegurança. Muito preocupado com o passado. inflexibilidade ou insegurança. instintiva. Meio da Página ou Centro • C/ emocional e adaptativo em equilíbrio e segurança. interessado principal e fortemente em si mesmo.19 2) A maneira de estar no mundo. • Quanto todos os desenhos são colocados rigidamente no meio da página. teimosia Predominância de desejos instintivos (é pouco usado) Figuras presas à Margem do papel falta de confiança. • Quanto mais afastado para a esquerda (pt médio da figura em relação ao pt médio da folha) → tendência a se comportar impulsivamente. medo de ações independentes e necessidade de apoio. podemos pensar também em ansiedade. etc. • Quanto mais acima do pt médio → sentimentos de luta por objetivos inatingíveis. • Desenho cortado pelo papel (amputação de parte do desenho por uma ou mais margens)→ associações desagradáveis. forte potencial para ações explosivas. • Desenho cortado na margem direita → desejo de escapar para o futuro. Localização central na página → o ∆ geralmente é rígido para compensar a ansiedade e insegurança Mudança de posição da página → tendências agressivas e/ou negativistas. e de preferir satisfações intelectuais a emocionais. baixo nível de maturidade conceitual. Localização vertical na página (quanto mais abaixo do pt médio da folha estiver localizado o pt médio do desenho) → maior a probabilidade de o ∆ se sentir inseguro e inadequado. e de esse sentimento produzir uma depressão no humor. • Desenho na borda do papel (parte do desenho toca a margem.20 • Quanto mais afastado para a direita → maior a probabilidade de o ∆ mostrar um C/ estável. de estar propenso a adiar a satisfação de suas necessidades e impulsos imediatos. Tende a se preocupar muito com aqueles que compartilham de seu ambiente e de suas opiniões. • Inferior direito → “quadrante incomum”: raramente um desenho é colocado inteiro dentro dele. Potencial para psicopatologia. rigidamente controlado. • Desenho cortado na margem esquerda → fixação no passado e medo do futuro. • Acima do pt médio → ∆ tende mais a buscar satisfação na intelectualização ou na fantasia. pode ser indicador de lesões orgânicas. Preocupação excessiva com o futuro. mas não parece se estender para além dela): . do que na realidade. • Desenho cortado na base da página → repressão (para manter a integridade da personalidade). Margens da página → usos desviantes da margem (ns) são sempre significativos. Quadrantes da página: • Superior direito → “quadrante da regressão”: deterioração psicótica ou orgânica. • Desenho continuando para além da margem inferior → ∆ pode se sentir esmagadoramente oprimido. Tende a ser concreto e buscar satisfação mais na realidade do que na fantasia. baixa auto-estima e inferioridade.“visão de pássaro”: desenho visto de cima → rejeição e distanciamento da situação. ⇓ Mais freqüentemente produzidos por ∆s que experienciam estados paranóicos. O significado patológico pode ser avaliado pelo seu número e gravidade. • Perfil completo. Posição → os desenhos geralmente estão de frente para o observador. • Inclinada para baixo e para a direita → o ∆ pode sentir que o futuro é incerto e talvez perigoso. na função crítica. • Ausência de qualquer sugestão de profundidade → estilo rígido e intransigente. Transparências → falha grave no teste de realidade. Movimento → a interpretação envolve a intensidade ou a violência do movimento. Em ∆s sem deficiência mental indica a extensão em que a organização da personalidade está rompida por fatores funcionais. dependência materna ou exibicionismo. sem sugestão de que existe um outro lado → fortes tendências oposicionistas e de afastamento.Uso da margem superior: fixação no pensamento e na fantasia como fonte de satisfação. perda de valor. Desvios: . são desenhados em perfis parciais. . com sentimento compensatório de superioridade. Linha de solo: • Desenhada como uma colina → pode representar sentimentos de isolamento e exposição.Uso da margem inferior: depressão e tendência a comportar-se de maneira concreta e desprovida de imaginação. . orgânicos ou ambos. mas com uma sugestão de profundidade ou. . que compensa sentimentos de inadequação e de insegurança. ou por grande número de detalhes localizados entre o observador e o objeto desenhado) → forte necessidade de manter o “self” afastado e inacessível.21 . o prazer ou desprazer envolvidos no movimento e o grau em que o movimento é voluntário. Menos patológico dos 4 usos desviantes da margem. Distância aparente em relação ao observador (normalmente sugerida pelo tamanho muito pequeno do desenho. localização do desenho no alto de uma colina ou em um vale profundo. Relação com o observador → os desenhos são usualmente representado como se estivessem no mesmo nível do observador.“visão de minhoca”: desenho visto de baixo → sensação de rejeição. alternativamente. Detalhes NÃO ESSENCIAIS Uso limitado → bom contato com a realidade e uma interação sensível. de interesse e de reação aos elementos da vida diária. Uso excessivo → preocupação exagerada com o que pode ser representado ou simbolizado pelo detalhe em questão. o método de apresentação. ∆s retraídos ou deprimidos. Uso mínimo (ou abaixo da média) → particularmente na casa e árvore: retraimento e/ou conflito na área representada ou simbolizada pelo detalhe/desenho associado. maiores são as implicações patológicas. com lesão cerebral. • Deterioração progressiva da casa para a árvore e para a pessoa → geralmente acompanha cansaço ou negativismo crescente. • Melhora na qualidade da casa para a árvore e para a pessoa → medo inicial ou dificuldade de adaptação à situação de entrevista. animal de estimação com a pessoa. Uso excessivo → preocupação exagerada com o ambiente ou com a área simbolizada ou representada pelos detalhes usados ou por suas associações. folhas nas árvores. roupas nas pessoas. Detalhes IRRELEVANTES Usados de forma limitada → insegurança básica moderada ou uma necessidade de estruturação da situação de maneira mais segura. Quanto mais detalhes essenciais estiverem faltando e mais desenhos estiverem envolvidos. etc. pássaros em árvores ou no céu. Detalhes ESSENCIAIS: mesmo a ausência de apenas um detalhe essencial deve ser vista como séria. Os obsessivo-compulsivos tendem a desenhar maior número de detalhes deste tipo. provavelmente bem equilibrada com o ambiente. • Arbustos desenhados próximo à casa. O significado da variação na qualidade do desenho depende dos detalhes desviantes e da magnitude da variação entre os desenhos ou entre os detalhes dos desenhos. a ordem de produção e a ênfase colocada sobre eles → podem ser considerados como um índice de reconhecimento. • Cortinas nas janelas. . DETALHES___________________________________________________________________ O tipo e número de detalhes. Comum em ∆s retardados.22 Consistência → espera-se que a qualidade geral de cada desenho seja semelhante. Pode indicar forte necessidade de afastamento. • Indicação de patologia na forma de ansiedade e conflito produzidos lentamente com atenção e força excessivas ou sem respeitar os contornos. SEQUENCIA do detalhe: qualquer desvio em relação à seqüência do desenho indica patologia potencial. apagar e redesenhar algo previamente desenhado ou repetição de um detalhe. p. • Sol: parece representam a figura de maior autoridade ou de maior “valência” emocional dentro do ambiente do ∆. • Comentários ou expressões emocionais claras. • Regra: não se retorna aos detalhes que já foram completados. retorno compulsivo para algo que foi previamente desenhado. Exceção: “figura palito” da árvore ou da pessoa. • Nuvens.23 Usados excessivamente → ansiedade “flutuante livre” existente ou potencial na área simbolizada pelo detalhe. • Pernas sustentando uma casa ou traços faciais desenhados no sol. Quanto melhor esses detalhes estiverem organizados e quanto + próximos estiverem do objeto do desenho. representam uma ansiedade generalizada em relação ao objeto desenhado. DIMENSÃO do detalhe: uni e bidimensionais tendem a indicar baixa capacidade mental ou lesão cerebral. comentários e títulos. Quanto + sobrepujarem o objeto do desenho.) . p. ÊNFASE no detalhe: ansiedade ou conflito relacionados ao detalhe em questão. Se vários detalhes parecidos forem desenhados – como uma série de janelas – eles serão finalizados antes que outro tipo de detalhes seja introduzido. O ∆ não volta a sombrear ou a reforçar. • Desvios: ordem de apresentação pouco comum. seqüências pouco comuns em volta daquele detalhes. maior a indicação de potencial para a patologia.. maior a probabilidade de que a ansiedade esteja bem canalizada e bem controlada. incluem palavras. SOMBREAMENTO do detalhe • Saudáveis: produzidos de forma rápida. combinações bizarras e por lesões desenhadas (cicatrizes.e. • ∆s em estado maníaco geralmente desenham grande nº de detalhes irrelevantes e. Detalhes BIZARROS: contato com a realidade gravemente comprometido e presença de grave psicopatologia. lentidão ao desenhar o detalhe. especialmente se tendem a suplantar o tema principal do desenho. freqüentemente. especialmente quando o sol for muito grande.e. excesso de rasuras. leve e com poucos rabiscos casuais envolvem abstração e certa quantidade de sensibilidade ao ambiente. confiança em si mesmo. por causa do que simbolizam. • Em alguns casos: repressão dos impulsos. QUALIDADE DA LINHA_______________________________________________________ • Uma pessoa média tem pouca dificuldade para desenhar linhas relativamente retas. • Insegurança. • Excesso de energia. falta de adaptação com esforço para manter o equilíbrio da personalidade. quando usadas em todo desenho. ou • Medo. tensão. essas linhas indicam problemas orgânicos. o ∆ pode estar lutando para manter a integridade do ego e estar desconfortavelmente consciente do fato. iniciativa. • Sentimento de incapacidade. sugere uma fixação no objeto desenhado. Linhas que se tornam mais fracas à medida que a sessão progride: ansiedade ou depressão generalizadas. vitalidade. aguda consciência da necessidade de autocontrole. Se forem usadas em um detalhe específico. Linhas fracas usadas somente para certos detalhes: relutância do ∆ para desenhar esses detalhes. Traçados interrompidos → indecisão. Linhas que são interrompidas e nunca são unidas → falha incipiente do funcionamento do ego. Traçados extremamente leves usados em todo o desenho: sentimento de inadequação. e outras linhas dentro do desenho não são tão fortes.24 • Omissão ou não completamento de um detalhe ou a recusa em comentar sobre ele também pode ser interpretada como ênfase naquele detalhe. • Expressão de isolamento com necessidade de proteger-se de pressões externas. • Falta de confiança em si mesmo. Linhas muito contínuas → rigidez interna. Falhas na coordenação motora → desajustamento funcional da personalidade ou desordem do SNC. Se formarem o contorno da maior parte do desenho. A Árvore requer uma combinação de ambas. . Traçados fortes. insegurança. Se forem as linhas de solo e/ou as mais altas. indecisão ou medo de derrota. Em geral: • A Casa requer apenas linhas retas. o ∆ pode estar tentando estabelecer contato com a realidade e reprimir a tendência de obter satisfação na fantasia. Linhas rabiscadas: deterioração orgânica. ou ainda. • Timidez. Os ângulos são geralmente bem definidos e as linhas curvas fluem livremente e de modo controlado. desenhados com linhas pretas fortes sugerem tensão. A Pessoa necessita de muitas linhas curvas. Variações para o desenho todo: indicadoras de patologia. agressividade e hostilidade para com o ambiente. decisão. Linha de solo muito forte: sentimentos de ansiedade nos relacionamentos. • Baixo nível de energia. • Mais de ¾ da página colorida falta de controle adequado da expressão emocional. • Se as cores ultrapassarem as linhas periféricas tendência a responder impulsivamente a estímulos adicionais. capacidade de adaptação. COR_________________________________________________________________________ Fornece dados adicionais de diagnóstico e prognóstico. instabilidade e impulsividade. em um extremo. maior a probabilidade de que o item tenha uma significação maior do que a média. Em crianças isto é especialmente verdade porque indica uma resposta positiva ao calor humano. Escolha → quanto mais lento e indeciso o ∆ para escolher a cor. no outro. energia. O tipo de linha e a pressão do traçado indicam. Aplicação: • Usar crayon apenas preto ou marrom e usá-lo como lápis tendência para evitar emoções. São significativas apenas quando não obedecerem à convenção ou realidade. • Sombreamento usado mais freqüentemente nos desenhos coloridos do que nos acromáticos e. equilíbrio e vitalidade. insegurança. Pressão Média – boa energia. ou • Labilidade de humor. são usadas mais cores no desenho da Pessoa do que nos da Casa e da Árvore. • Cçs usam mais cores do que os adultos.25 Analise o nível de energia do ∆. Variação na Pressão • Flexibilidade. o prognóstico será melhor do que se os desenhos acromáticos estiverem melhor organizados. • ∆s regredidos usam cores mais livremente e com menos crítica. decisão e iniciativa e. geralmente. Adequação: • Contornos geralmente em preto e marrom. falta de confiança em si ou ansiedade. vitalidade. quando dominarem a forma do detalhes no qual foram usadas ou quando forem usadas espalhadas de forma não usual. • ∆s fortemente emotivos usam muitas cores. Se a organização dos desenhos coloridos for melhor do que os acromáticos. • Violação na coloração de certos detalhes irrelevantes significativa (pq há uma convenção) . mas largo no lado oposto tentativa de ocultar um desejo de se manter distante com uma amabilidade aparente. • Janela do banheiro maior a função do banheiro deve estar perturbando o ∆. Pode ser vulnerável às pressões ambientais. Evidencia a acessibilidade. Chaminé • Em pessoas bem ajustadas. tensão interior ou no lar. Adultos: ajustamento às situações domésticas em geral e. • Desproporcionalmente pequena ∆ sente falta de calor na situação do lar. mais especificamente ao cônjuge e aos filhos (se tiver) Dá uma indicação da capacidade do ∆ para agir sob estresse e tensões nos relacionamentos humanos íntimos e para analisar criticamente problemas criados pela situação do lar. Cçs: parece salientar ajustamento aos irmãos e aos pais.26 INTERPRETAÇÃO . representa apenas um detalhe à representação da casa. • Dimensão vertical superenfatizada satisfação obtida na fantasia e evitação do contato com a realidade. • Muito grandes superdependência dos outros. • Muito grande preocupações sexuais e possível exibicionismo. . especialmente a mãe. a menor. PROPORÇÃO_________________________________________________________________ Telhado grande em relação ao resto da casa ∆ pode dedicar muito tempo procurando satisfação na fantasia.CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO DESENHO DA CASA Estimula uma mistura de associações conscientes e inconscientes referentes ao lar e às relações interpessoais íntimas. mas superficial. Janelas • Disparidade de tamanho entre as janelas é normal. com a janela da sala de estar sendo geralmente maior e a do banheiro. Também simboliza afeto. conflitos referentes às funções sexuais e/ou excretoras. via de regra. No homem: dúvidas a respeito de sua masculinidade. • Janela da sala de estar menor do que as outras rejeição a relações sociais. nível de contato com a realidade e grau de rigidez do ∆. Parede • Dimensão horizontal superenfatizada em relação à vertical ∆ pode estar funcionando ineficientemente porque o passado ou futuro interferem em sua atenção. Caminho muito estreito na junção com a casa. Portas • Muito pequenas sentimentos de inadequação do ∆ e relutância em fazer contatos. Transparências → presentes apenas em ∆s seriamente perturbados ou retardados. Movimento → a casa geralmente é desenhada vertical e intacta. mostrando uma parede principal com paredes dos dois lados (normalmente menores do que a principal). para agir da forma como agrada e sem medo de crítica. esforço para obter uma situação inatingível no lar ou desejo de se afastar. Relação com o observador • “Visão de minhoca” (vista de baixo) sentimento de rejeição em relação à casa. alteração do tamanho dos cômodos ou sua localização geral → ∆ vivenciando conflitos severos na situação do lar. • Chaminé dos fundos vista através das paredes (da frente e dos fundos) o ∆ pode estar vivenciando uma preocupação fálica sufocante e sente que esta preocupação é óbvia para os outros. indicando que o vento está soprando. com uma parede lateral e uma principal tendência para se comportar de modo sensível e flexível. • • Uso dos lados da página como uma linha da parede lateral insegurança generalizada. representando sentimentos de impotência e/ou medo de castração. Desenho incongruente. particularmente se a distância for obtida pela colocação de detalhes entre o todo e o observador desejo de se afastar da sociedade convencional. Em vez de sair em direção ao céu. Margens da página • Telhado cortado pela margem superior necessidade patológica de procurar satisfação na fantasia. Esquizofrênicos → paredes das duas extremidades maiores do que a principal.27 PERSPECTIVA________________________________________________________________ ∆s mentalmente deficientes e cçs pequenas → desenham casas com “perspectiva dupla”. Posição • Perfil parcial. Distância aparente do observador é mais provável que a casa seja desenhada como distante do observador do que a árvore ou a pessoa. Qualquer representação de movimento é patológica e expressiva de um colapso do ego sob ataque das pressões extra e/ou intrapessoais. Quatro lados aparecem simultaneamente → ∆ experenciando exposição debilitante a pressões ambientais e muito preocupados com o que os outros pensam. • Chaminé transparente ou não tiver profundidade negação fálica. desvia para um lado. Esquizóides → podem perder a perspectiva completamente. vários cômodos. • Perfil completo forte retraimento e tendências oposicionistas. Apenas um esquema ou planta. A magnitude da pressão pode ser expressa pelo grau de desvio da fumaça de um curso direto ou quase direto para cima e pela quantidade de . • Fumaça sentimentos de pressões ambientais. no mínimo: . Cçs pequenas e ∆s regredidos podem organizar os detalhes essenciais da cada de modo antropomórfico. A porta e janelas → usualmente representam acessibilidade. de modo que eles lembrem uma pessoa. • Quando a casa é considerada um auto-retrato.uma janela . • Janela sem vidraças. de forma rudimentar. o ego do ∆. Soprando da direita para a esquerda ∆ vê o futuro com pessimismo. • Ênfase na maçaneta excesso de consciência da função da porta e/ou preocupação fálica. • Grande nº de janelas descobertas C/ áspero e direto. produzida apenas por psicóticos. e . o telhado representa as áreas do pensamento e da fantasia. • Os limites periféricos da personalidade são representados pelos limites periféricos da parede e do telhado. • Portas dos fundos e laterais parecem enfatizar evasão • Ênfase no revestimento. • Linhas periféricas fracas e inadequadas sentimento de colapso iminente e fraco controle do ego. fechadura e/ou dobradiça da porta sensibilidade defensiva. • Ênfase no beiral do telhado (reforçamento ou extensão para além das paredes) atitude de desconfiança usual excessivamente defensiva.um telhado (a menos que seja identificada como uma casa tropical ou outra habitação sem telhado). • Fechaduras nas janelas atitude manifestamente defensiva. . • Grande nº de grades sentimento de que o quarto atrás da janela é uma prisão.uma porta (a menos que seja desenhada apenas a lateral – o que sugere patologia) .uma chaminé ou um meio de saída para a fumaça. DETALHES___________________________________________________________________ Detalhes ESSENCIAIS A casa deve ter. • As janelas constituem formas menos diretas e imediatas de interação com o ambiente do que a porta.uma parede . grades ou indicação de materiais de vidro tendências negativistas (“Eu tornarei impossível você ver dentro”). • Telhado estendido até o chão característico do ∆ esquizofrênico – enfatizando o fato de que seu mundo é em grande parte fantasia. Normalmente é desenhada soprando da esquerda para a direita da página. O telhado e as paredes → representam.28 fumaça. • Muita ênfase nessas linhas periférica ou de “contenção” esforço consciente para manter o controle. • Janelas do andar térreo mais freqüentemente omitidas/distorcidas no tamanho/localização do que a dos andares superiores. Soprando para os dois lados apresentação bizarra. • Se algumas janelas forem mostradas com sombras. • Uma árvore irrelevante desenhada próximo à casa geralmente representa o ∆ pode retratar seus fortes sentimentos de rejeição pelos pais e grande necessidade de sua afeição. Materiais do telhado → desde contorno meticuloso de cada telha até rabiscos dispersos sugerindo a presença do material. e normalmente suspeita.29 • ∆s sexualmente desajustados mostram a tendência para ver portas e janelas como substitutos oral. presumivelmente ocasionada por relações insatisfatórias com aqueles com quem vive. vaginal ou retal. tipo e quem ocupa. sombreamento e cortinas que não estiverem completamente fechadas interação com o ambiente conscientemente controlada. Casa descrita como desocupada → extraordinária falta de defesa do ego. • Canos (para escoamento da água no telhado e calhas) atitude defensiva. • ∆s desajustados sexualmente tendem a tratar a chaminé como um símbolo fálico. • Abundância de fumaça considerável tensão interna. • Se os 3 forem usados ∆ muito defensivo. • Detalhes meticulosos tendências obsessivo-compulsivas. • Omissão/ênfase excessiva não representam sério desajustamento. As respostas podem explicar o desvio. • A interpretação está sujeita a modificações pela descrição sobre o tempo. • Arbustos também podem representar pessoas do ambiente do ∆. • Arbustos desenhados perto da casa necessidade de erguer barreiras defensivas do ego ou de estabelecer contato com os outros de maneira mais formal. Árvores → muitas vezes representam pessoas que possuem fortes valências positivas/negativas p/ ∆. • Cçs pequenas comumente desenham a chaminé em ângulo reto com um telhado triangular. cortinas ou vidraças e outras não investigar no Inquérito qual o cômodo. acompanhada por alguma ansiedade. • Grande nº de janelas sombreadas ou com cortinas preocupação excessiva relativa à interação com o ambiente. • Materiais fácil e não compulsivamente desenhados consciência moderada de diferenciação da superfície e boa capacidade para interação equilibrada com o ambiente. com esforço concomitante para canalizar estímulos desagradáveis. Chaminé → desenhada com facilidade e sem distorções ou ênfases maturidade e equilíbrio sensual satisfatórios. Casa descrita como ocupada → alto grau de acessibilidade tranqüila. • Venezianas. . Detalhes NÃO ESSENCIAIS Cortinas e indicadores de materiais de construção → comuns para a casa. Detalhes IRRELEVANTES Arbustos e caminhos → comuns para a casa. uma porta e uma janela ou linha de solo. Chuva e Neve → forte necessidade em expressar sentimentos de estar sendo submetido a pressões ambientais fortes e opressivas. • ∆s inseguros desenham.). • ∆ com lesão orgânica começa a casa como se fosse fazer um desenho convencional em 3 dimensões. • Sombras desenhadas espontaneamente e antes que o sol seja desenhado → situação de conflito na qual a ansiedade é vivida no nível consciente. desenham de forma segmentada (detalhe por detalhe sem considerarem as relações dos detalhes entre si ou com o todo).30 • Perto da casa e na proximidade imediata dos arbustos (mais tarde identificados como irmãos) pode expressar necessidade de aceitação por parte de seus irmãos/irmãs. A neve tem mais implicações patológicas do que a chuva. Montanhas → atitude defensiva e necessidades de dependência. às vezes. às vezes conduzindo a uma parede vazia → forte ambivalência em fazer contato com pessoas muito próximas. simetricamente (2 janelas. 2 chaminés. etc. desenhada para enfatizar o fato da casa ter 2 andares → compartimentalização indesejável da personalidade com ênfase somática. mas termina produzindo o equivalente a um esquema. 2 portas. (banheiro externo. Tulipas ou flores semelhantes a margaridas → ∆s esquizóides ou cçs muito pequenas. Nuvens → ansiedade generalizada. • ∆s gravemente desajustados. paredes e um telhado. SOMBREAMENTO do detalhe • Sombreamento normal inclui a representação do material da parede e linhas cruzando a janela para representar vidro. Linha no meio da parede. Degraus. Detalhes degradantes → hostilidade agressiva. paredes. lata de lixo) Sem linha de solo ou casa suspensa acima da linha do solo → tênue contato com a realidade. DIMENSÃO do detalhe • A casa quase nunca inclui características unidimensionais. às vezes. • Um longo caminho acessibilidade diminuída. . SEQUÊNCIA do detalhe • Telhado. Caminho • Facilmente desenhado e bem proporcional ∆ exerce controle e tato no seu contato com os outros. vermelhas. verdes.31 ADEQUAÇÃO DA COR________________________________________________________ • Pode ser produzida em qualquer cor sem violar a realidade do ponto de vista cromático. .as paredes são pretas. . vermelho ou marrom.a fumaça é preta ou marrom. verdes. preta ou marrom. marrons. .a chaminé é vermelha. marrons. amarelas ou azuis. verdes. • Tipicamente: . vermelhas ou azuis.as venezianas são pretas. verde. .as portas e as molduras das janelas são pretas.o telhado é preto. azuis ou vermelhas. marrons. . . na melhor das hipóteses. . PERSPECTIVA________________________________________________________________ Localização vertical na página → normalmente a árvore é desenhada mais para cima no eixo vertical da folha do que a casa ou a pessoa. Muito grande → busca de satisfação supercompensatória e/ou fantasia e conota. Áreas adicionais de interpretação: . . Esforço além das forças do ∆. É uma expressão gráfica da experiência de equilíbrio sentida pelo ∆ e da visão de seus recursos de personalidade para obter satisfação no e do seu ambiente. PROPORÇÃO_________________________________________________________________ Muito pequena → fortes sentimentos de inadequação para lidar com o ambiente. Relação com o observador • Abaixo do observador sentimento de depressão ou derrota. A qualidade do desenho reflete a capacidade do ∆ para avaliar criticamente suas relações com o ambiente.quadro subconsciente do ∆ em relação ao seu desenvolvimento. Margens da página → uso do lado do papel como um lado do tronco: tendências agressivas reativas à constrição de espaço. mas que se torna muito fino a uma pequena distância acima da base ambiente anterior sem estimulação calorosa e saudável.pressões interpessoais (quando a árvore representa outra pessoa. Tronco • Muito fino ou muito pequeno e com grande estrutura de galhos (ou copa) equilíbrio precário da personalidade por causa de excessiva busca de satisfação (15b). com possível colapso do controle do ego. • Mais estreito na base do que em um ponto mais alto forte indicação de patologia. hipersensibilidade (particularmente uma que é cortada pelas margens da folha).CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO DESENHO DA ÁRVORE Estimula mais as associações subconscientes e inconscientes.32 INTERPRETAÇÃO .sentimento de equilíbrio interpessoal. .contato com a realidade. • Base larga. Podem ser reprimidas ou não. • Muito grande e pequena estrutura de galhos equilíbrio precário da personalidade por causa da frustração gerada pela incapacidade de satisfazer fortes necessidades básicas (12b). e . como se fossem cortados perto do tronco tendências suicidas. é vista como um substituto fálico para indivíduos desajustados sexualmente. mas ainda resiste e luta para manter o equilíbrio. • Que se dirigem para o centro da árvore. emoções e fortes sentimentos de culpa. • Reforçados sentimentos de inadequação na busca de satisfação.33 • Desenhada como se estivesse parcialmente no alto de uma montanha sentimento de esforço ou uma necessidade de proteção e segurança. Detalhes NÃO-ESSENCIAIS Folhagem → freqüentemente desenhada empregando sombreamento e. • Folhas caindo impressão do ∆ de que está sendo psicologicamente despido. Galhos → recursos de obtenção de satisfação do ∆. em vez de convencionalmente para fora fortes tendências ruminativas (∆ obsessivo-compulsivo). particularmente seu tronco. MOVIMENTO_________________________________________________________________ • Quando é óbvio que um forte vento está soprando (árvore curvada para um lado) ∆ pode estar sujeito a fortes pressões ambientais. • Grossos e curtos. Perda da capacidade de fazer ajustamentos mais refinados e delicados ao ambiente. • Desenhada no topo de uma montanha nem sempre significa sentimento de superioridade pode representar um sentimento de isolamento concomitante à luta por autonomia. Transparências → raízes que estão obviamente abaixo do solo. mas mesmo assim são visíveis: falha patológica no contato com a realidade (14b). DETALHES___________________________________________________________________ Detalhes ESSENCIAIS Deve ter um tronco e pelo menos um galho. às vezes. A árvore. Tronco → sentimento básico de poder do ∆. com detalhe cuidadoso. • Parcialmente bidimensionais e sombreados e galhos com sombreamento desenhado fácil e rapidamente ajustamento mais maduro. perdendo a capacidade para ocultar pensamentos. • Quebrados ou mortos eventos traumáticos vividos pelo ∆. Um sistema de galhos e a casca da árvore são comuns. • Cçs pequenas dependentes freqüentemente desenham macieiras e mostram seu sentimento de rejeição ao desenharem as maçãs caídas ou caindo. . Casca • Desenhada facilmente interação bem equilibrada. • Galhos caídos/caindo certeza do ∆ de que está perdendo a capacidade para lidar com as pressões ambientais. • Desenhadas meticulosa e cuidadosamente características obsessivo-compulsivas. ocasionalmente. de frustração e de morte. • Que penetram fácil e delicadamente no solo bom contato com a realidade. • Cçs e adolescentes desejo de realizar. representa impulsos básicos.34 • Desenhada com linhas muito pesadas e consistentes ansiedade. oportunismo. • Cabeça de um animal saindo de um buraco no tronco sentimento obsessivo de culpa resultando em falta de controle e com potencialidades destrutivas. Detalhes IRRELEVANTES Pássaros ou animais → nos galhos ou na grama ao redor da base do tronco são comuns. por mulheres grávidas. de sacrifício. • Adultos fixação na infância ou adolescência. • Como garras que parecem agarrar o solo presença de atitudes agressivas e paranóicas. Em nível mais profundo. desejo de ver resultados imediatos. de renúncia. prosperar. oportunismo. . luta ou impaciência. • Funcionais: servem para estabelecer o contato mais imediato e direto com o ambiente. Frutas → desenhadas normalmente por cçs e. • Sob uma árvore grande e vigorosa fortes necessidades para dominação e exibicionismo. se a árvore for relativamente pequena ou estiver inadequadamente organizada. Folhas: podem ser cosméticas ou funcionais. impaciência e necessidade de auto-estima (comum em mulheres grávidas). • Enfeites (cosméticas): decoram e cobrem o esqueleto da árvore. • Adultos narcisismo. elementares. Trepadeiras no tronco ou casca tipo trepadeira → sentimento de que se está perdendo ou já perdeu o controle de impulsos constrangedores e/ou os outros estão cientes de que se tem idéias ou necessidades proibidas. • Forma de uma caixa sem nenhuma relação com a árvore contato inadequado com a realidade. de obter sucesso rápido. •Se a fruta está caindo ou já está caída significa perda. sentimento de rejeição. Árvore de Natal • Comum para crianças. • Desenhada meticulosa e cuidadosamente preocupação compulsiva com sua relação com o ambiente presente. Raiz → Em nível superficial representa a fonte de satisfação elementar e a estabilidade das forças da personalidade. Ocasionalmente podem representar uma pessoa com forte valência pra o ∆. procura de boas recompensas. Cicatrizes → devem ser investigadas durante o Inquérito (Questão 43). com sentimentos de isolamento e desamparo. tendências regressivas e forte necessidade de cuidado e proteção. Linha de solo • Formato de arco convexo dependência materna. SOMBREAMENTO do detalhe • Galhos e folhagem são geralmente indicados por sombreamento total. insegurança e falta de confiança em si (comum em pessoas brincalhonas. Galhos bidimensionais fálicos → temor de castração. Sombras brancas → pensamentos esquizóides (galhos indicados como tendo partes bidimensionais mostradas através do espaço branco. falta de independência e necessidade de apoio. sem linhas fechando a base circular. Galhos bidimensionais desenhados como dedos ou bastões e com organização limitada → forte hostilidade. grades ou cercas → insegurança. imersão na fantasia e concepção infantil do mundo. Ninhos → desejo de proteção. Galhos bidimensionais. e sem que a área das folhas seja desenhada). dependência. suportes. pessoas. irônicas e em alguns casos de esquizofrenia). personalidade rígida e compartimentalizada. Lesão orgânica. Pessoa desenhada perto da árvore ou face humana na estrutura dos galhos → geralmente revela patologia. sem sombreamento dos galhos e sem linha fechando a base do tronco → fortes tendências oposicionistas. Cercada com estacas. dizeres.35 Árvores adicionais • Cçs: identificadas como sendo o pai e a mãe (comum) • Em geral indicam patologia. imaturidade. DIMENSÃO do detalhe Tronco/galhos unidimensionais → recursos de busca de satisfação inferiores (8b). Formas impróprias. rabiscos sem significado → incerteza. • Casca é normalmente representada por sombreamento parcial. Árvore com forma de um buraco de fechadura. mas sem fechamento nas extremidades → falta de controle na expressão dos impulsos (12b). . Galhos sem sombreamento → tendências oposicionistas. versos. Do lado direito → desequilíbrio produzido também por forte tendência a evitar ou adiar satisfação emocional e a procurar satisfação através do esforço intelectual. • Galhos: marrom e preto • Folhagem: verde. • Flores: vermelho. falta de adaptação intelectual ou rigidez. Simetria absoluta na estrutura dos galhos → sentimentos de ambivalência e incapacidade em aceitar dominância para qualquer forma de ação. necessidade de equilíbrio íntimo. ÊNFASE no detalhe Nos galhos do lado esquerdo (n°/tamanho) → desequilíbrio da personalidade ocasionado por uma forte tendência de busca de satisfação emocional direta e imediata. reserva. e que não tocam os galhos são. sem apagar a produção original. As 2 linhas do tronco não são unidas no topo ou na base. vermelho. seguido de galhos parecidos à direita. mas que não se unem entre si ou ao tronco. seguidas de uma linha periférica unindo as pontas externas dos galhos. mas termina desenhando galhos unidimensionais ou bidimensionais de forma vaga. marrom e preto • Frutas: vermelho. . Patologia → 2 galhos bidimensionais desenhados um abaixo do outro (à esquerda) começando do topo da árvore. então. inibição. ADEQUAÇÃO DA COR________________________________________________________ • Troncos tendem a ser desenhados em marrom ou preto. Apego a esquemas fixos. laranja. amarelo. azul e violeta. desenhadas. Desajustamento → ∆ começa fazendo de forma adequada. introversão. amarelo e verde.36 SEQUÊNCIA do detalhe Tronco – sistema de galhos – folhagem (copa) ou Copa – galhos – tronco – base do tronco. olhos pequenos. . tal imagem associa-se a aspectos idealizados ou patológicos que geralmente refletem dificuldades profundas com o próprio corpo. com braços caídos em atitude de derrota ou desvalia. • Além do auto-retrato físico. em contraste com a percepção que tem de si mesmo – maior freqüência em desenhos de crianças do que de adolescentes e adultos. tios e outras figuras significativas do meio social. 3) Pessoas Significativas: Pais. rosto atrativo. etc. espadas. a fim de evitar danos para si mesmo. dependente e necessitado de apoio. olhos vazados (cegos) ou boca com um traço tenso. desenvolvimento muscular. 2) Eu ideal ou Ideal do ego • É comum pessoas frágeis fisicamente desenharem atletas ou levantadores de peso. Neste caso. Desperta sentimentos tão intensos que ∆s paranóicos ou psicopatas podem se recusar a fazê-los. nariz grande. isto é. pernas longas. • Os defeitos ou falhas físicas são projetados somente quando apresentam alguma influência sobre o conceito que o ∆ faz de si mesmo ou quando este tenha criado uma área de sensibilidade psicológica. Manifesta 3 tipos de projeções: 1) Auto-retrato • O ∆ desenha o que ele acredita ser. apesar de não corresponder a seu real aspecto físico. • Em cçs observa-se grande influência dos personagens das histórias em quadrinhos e dos desenhos da televisão. Áreas adicionais de interpretação podem se referir ao conceito do ∆ de seu papel e atitude sexuais em relacionamento interpessoal específico ou a relacionamentos interpessoais em geral. O ∆ também pode projetar suas qualidades: ombros largos. se vê como um ser pequeno. A qualidade do desenho reflete a capacidade do ∆ para atuar em relacionamentos e para submeter o “self” e as relações interpessoais à avaliação crítica objetiva. pessoas obesas desenharem bailarinas esguias. Pode acontecer que um ∆ de altura adequada/superior desenhe figuras pequenas. impotente. incluindo a expressão direta da imagem corporal.37 INTERPRETAÇÃO . desvalido. etc. projetando sua necessidade de força. crianças espancadas produzirem armas. muitas vezes. insignificante. o ∆ pode projetar um quando do eu psicológico – auto-retrato psicológico. alto ou baixo. projeta a idéia psicológica que tem de si mesmo. Se é obeso ou magro. orelhas pontiagudas. professores. cintura fina. pés um para cada lado mostrando ambivalência. • O auto-retrato pode ser distorcido da realidade porque.CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO DESENHO DA PESSOA Estimula mais associações conscientes. barriga saliente. Olhos pequenos → desejo de ver o mínimo possível. em geral. • Pequenas relutância para estabelecer contatos mais íntimos e refinados na convivência psicossocial. e desequilíbrio da personalidade. Ombros → indicador do sentimento de força básica ou poder. . • Desproporcionalmente grandes sentimentos de força ou muita preocupação acerca da necessidade de força ou poder • Muito pequenos sentimentos de inferioridade • Desigualdade no tamanho desequilíbrio da personalidade. • Comprido e estreito conotações esquizóides. Cabeça • Muito grande ∆s desajustados que colocam ênfase indevida na inteligência ou na fantasia como fonte de satisfação. Braços • Muito longos esforço para ambição exagerada • Muito curtos ausência de esforço • Largos sentimento básico de força para luta • Finos sentimentos de fraqueza Mãos • Grandes impulsividade e falta de capacidade nos aspectos mais refinados do convívio social. • Desproporcionalmente pequena ∆s obsessivo-compulsivos e podem representar uma negação do lugar de pensamentos dolorosos e sentimentos de culpa. especificamente. Pernas • Desproporcionalmente longas forte esforço para autonomia • Muito curtas sentimentos de constrição.38 PROPORÇÃO_________________________________________________________________ Diferença acentuada entre o lado esquerdo e o direito → confusão no papel sexual. Boca muito grande → erotismo oral e/ou tendências agressivas orais. Tronco • Desproporcionalmente grande impulsos insatisfeitos que o ∆ pode sentir intensamente. • Disparidade no tamanho ambivalência relacionada ao esforço para autonomia ou independência. • Desproporcionalmente pequeno negação de impulsos do corpo e/ou sentimentos de inferioridade. Pescoço longo e fino → características esquizóides. tanto físico como psicológico. 39 Pés • Muito grandes necessidade de segurança. Dissimulação dos impulsos “proibidos”. . com sugestão de prontidão para enfrentar tudo direta e firmemente. • De costas afastamento esquizo-paranóico. . • Desproporcionalmente pequenos constrição e dependência. • Perfil parcial apresentação comum.∆ essencialmente rígido e intransigente e que.Cruzados de forma que as mãos estejam dobradas sobre a pélvis: freqüente em mulheres melancólicas em processo involutivo e desajustadas sexualmente. Comum em adolescentes que se sentem rejeitados. • Braços . • Desenho pedagógico (ou figura de palitos) grande dificuldade nas relações interpessoais ou expressão de desprezo e/ou hostilidade em relação a si mesmo. culpa e vergonha. a realidade também. Verificar a extensão da perna para baixo da borda inferior da folha.“Compulsivos”: desenhados de forma que não são parte integral do tronco. . às vezes.Atrás das costas: relutância em conhecer outros caminhos. Relação com o observador • Acima do observador desejo de afastamento do convívio social ou sentimento de opressão e de domínio pela pessoa representada. necessidade de demonstrar virilidade. como se estivesse menos voltada para o observador do que o corpo séria evasão e afastamento. • Mãos nos bolsos: evasão controlada. acha que está atuando de forma descontrolada. . não tanto como quando é apresentada a parte posterior da cabeça. • Desvio da cabeça. PERSPECTIVA________________________________________________________________ Margens da página • Pernas cortadas pela margem inferior sentimento quase esmagador de falta de autonomia. sem nenhuma sugestão de que existe outro lado forte retraimento e tendências oposicionista. mas que parecem se estender por trás do tronco para a frente dos dois lados do corpo e de algum modo parecem estar forçando a pessoa para frente: o ∆. ∆ rejeita diretamente o convívio psicossocial e.Cruzados no tórax: desconfiança e atitudes hostis.Relaxados e flexíveis: bom ajustamento . apresenta profunda necessidade de ocultar sentimentos de inadequação e insegurança. • Perfil completo. muitas vezes.Tensos mantidos firmemente colados ao corpo: rigidez. . Posição • Totalmente de frente sem sugestão de profundidade e os braços completamente estendidos em ângulo reto com o tronco . Mas. entretanto. um tronco.) Os traços faciais devem incluir → dois olhos. p. • Pés . DETALHES___________________________________________________________________ Detalhes ESSENCIAIS A pessoa deve ter → uma cabeça. embora sejam freqüentemente omitidas por indivíduos retardados bem ajustados. Cabeça → representa área de inteligência. Boca → receptora das sensações mais precoces de prazer pode. Transparências → sugerem fortemente a presença de patologia. uma boca e duas orelhas. . detalhes mais reveladores da constelação facial. • Omissão completa patologia e deve se suspeitar de alucinações visuais. Esta probabilidade é aumentada com a presença de dentes. Olhos → receptores de estimulo visual. em atitude de paralisia. ou sua ausência seja explicada verbalmente (mutilação. a não ser que apenas um deles possa ser visto ou que a ausência seja explicada de algum modo (amputação. duas pernas e dois braços. como uma maratona forte necessidade de realização.). um nariz. Movimento → pode indicar sentimentos de ajustamento satisfatório. com a pessoa totalmente de frente: sentimentos ambivalentes. p. . Normalmente são os primeiros detalhes faciais desenhados pelas cçs pequenas • Desenhados como buracos ocos. A mais comum e menos significativa é um braço visto através da manga da blusa. • Corrida “cega” o ∆ deve ser vítima de estados de pânico em alguns momentos. sem nenhuma tentativa de indicar a íris ou pupila forte evitação de estímulos visuais desagradáveis.Ponta dos pés: tênue contado com a realidade ou forte desejo de fuga.Apontando para direções opostas. Queixo → símbolo de masculinidade. a não ser que a posição seja tal que as orelhas não possam ser vistas. também. controle e fantasia.e. Orelhas → a omissão pode indicar presença de alucinações auditivas. ser instrumento de agressão. rigidez e tensão: desajustamento sexual.40 • Pernas desafio e/ou forte necessidade de segurança . • Pessoa andando de forma relaxada e fácil bom ajustamento • Corrida controlada. • Ausência negação de impulsos corporais (5c).e. Tronco → sede das necessidades e impulsos físicos básicos.Fortemente unidas. mãos. Braços → instrumentos de controle ou para fazer mudanças no ambiente. Dedos • Pontiagudos em mão rudimentar ou como saindo do final do antebraço hostilidade. Ombros → expressam o sentimento do ∆ de força básica ou poder. A incapacidade de fechar a base da pélvis é um forte indicador de patologia. • Omissão forte fluxo livre dos impulsos básicos do corpo com falta de controle adequado. nitidamente arredondados expressão de poder bem equilibrada. Linha do queixo omitida da pessoa de frente ou linha da base do pescoço em perfil → preocupante fluxo livre dos impulsos básicos do corpo com provável falta de controle adequado. • Esquizofrênicos tendem a desenhar braços que se parecem com asas. • Claramente quadrados atitudes hostis e demasiadamente defensivas (11c).41 • Desenhar a parte inferior do tronco – o local dos impulsos sexuais – causa grande dificuldade para ∆s desajustados. especialmente quando são feitos por uma criança mais velha ou adulto. • Ausência sentimento de inadequação. Pescoço unindo a cabeça (área do controle) e ao corpo (área dos impulsos) → indicador da coordenação entre a cabeça e o corpo. • Omissão fortes sentimentos de constrição. • Ausência fortes sentimentos de constrição e preocupações igualmente fortes de castração. Pés → instrumentos refinados para modificar e controlar a locomoção também são usados como armas de ataque (Mesmo em ∆ bem ajustados e com aptidão para desenho. ∆ sente-se à mercê de seus impulsos corporais que ameaçam dominá-lo. branda. Genitais → normal se desenhados por crianças pequenas. . Mãos → instrumentos mais refinados de ações defensivas ou ofensivas no ambiente. • Bem desenhados. tendências suicidas podem estar presentes e deve-se suspeitar de um forte temos de castração. com penas curtas e largas em vez de dedos. flexível e estável. pés. • Omissão dos 2 braços forte sentimento de inadequação. Pernas → representam a visão que o ∆ tem de sua autonomia dentro do ambiente. • Cuidadosamente desenhados na pessoa nua patologia. Detalhes NÃO ESSENCIAIS Pescoço. cabelo e roupas são normalmente incluídos. são os detalhes do corpo desenhado de forma mais pobre). Dedos unidimensionais encerrados por uma linha (10c) → esforços conscientes para suprimir impulsos agressivos (“mãos fechadas”) SOMBREAMENTO do detalhe Pelo sombreamento de todo o tronco o ∆ pode mostrar que o corpo está vestido. depois braços). às vezes. espadas e outras armas → tendências agressivas e podem ter associações fálicas para o ∆. ou quase por último relutância acentuada para estabelecer contatos íntimos e imediatos com o ambiente. é desenhada por ∆s deficientes mentalmente ou com lesões orgânicas. Patologia → começar desenhando um pé e fizer a cabeça e as características faciais por último.42 Detalhes IRRELEVANTES Objetos desenhados normalmente têm uma relação íntima com o ∆ e servem para indicar o que a pessoa desenhada está fazendo. ÊNFASE no detalhe Forte ênfase no Nariz → preocupações fálicas e possível temor da castração Orelhas . determinada por um desejo de evitar sentimentos reveladores de inadequação. • Desenhar os dedos ou a mão por último. charuto ou cigarro → erotismo oral moderado. pescoço. estas não devem ser interpretadas rotineiramente desta maneira). DIMENSÃO do detalhe “Figura palito” → às vezes. características faciais. Bengalas. Cachimbo. Mãos fortemente sombreadas → culpa masturbatória (como esta culpa é comum e mãos sombreadas não. Parcial com uma série de linhas cruzando as pernas podem sugerir uma roupa. • Adiamento das características faciais tendência para negar os receptores de estímulos externos ou desejo de postergar a identificação da pessoa pelo máximo de tempo possível. depois as pernas e pés (ou pernas. tronco. braços (com dedos ou mãos). SEQUENCIA do detalhe Cabeça. etc. • Lábios: vermelho e preto. QUALIDADE DA LINHA • Ênfase nas linhas periféricas da cabeça → fortes esforços para manter o controle frente a fantasias perturbadoras e ideação obsessiva ou alucinatória. • Cabelos: preto. • Olhos: azul. • Ternos: preto e marrom.).Indivíduos com conflitos sexuais omitirem partes o corpo. Muito detalhamento dos pés → características obsessivas com forte componente narcisistaexibicionista (atenção minuciosa aos laços do sapato.43 • Ênfase exagerada usualmente em ∆s paranóicos. marrom. Ex: . forte dependência à mãe.Voyeuristas omitirem os olhos . Queixo • Ênfase exagerada necessidade de domínio social. marrom e preto. FIGURAS INACABADAS_______________________________________________________ A distorção ou omissão de qualquer parte da figura sugerem conflitos que podem estar relacionados com a parte em questão. ADEQUAÇÃO DA COR________________________________________________________ • Contorno: preto e marrom. • Gravata preocupação fálica e sentimentos de impotência. • Pouca ênfase sentimento de impotência social. marrom. • Ênfase exagerada forte conflito entre a expressão e o controle dos impulsos sexuais (expressa pela dificuldade em desenhar um cinto ou por um cinto muito sombreado) Joelhos ou nádegas de uma pessoa masculina → presença de fores impulsos homossexuais (quando desenhados por um ∆ do sexo masculino). Podem estar expressando fortes desejos para ouvir distintamente aquilo que eles sentem que os outros estão dizendo sobre eles. • Sapatos: preto. • Multiplicidade de botões regressão ou. aos dedos do pés. amarelo e vermelho. etc.Pessoas muito inseguras não desenharem os braços . quando desenhada por uma cç. . • Pouca ênfase desejo de impedir a entrada da crítica. Linha da cintura → coordenadora dos impulsos de poder (parte superior do tronco) e dos impulsos sexuais (parte inferior do tronco). Ênfase em certos itens da roupa • Cinto preocupação e interesse sexual excessivo. verde. vermelho e azul. perturbação na identificação sexual e. ORDEM DAS FIGURAS________________________________________________________ Cçs → desenham com mais freqüência pessoas significativas de seu ambiente e não a percepção do próprio self. Desenho apenas da cabeça e tórax → censura da área genital. Partes omissas → censura da parte omitida. . provavelmente porque os pais representam um modelo de identificação que a cç quer incorporar. homossexualismo. conflitos com o progenitor do sexo oposto. forte ligação e dependência com o genitor ou com a pessoa que tem mais afinidade do sexo oposto. preocupações momentâneas. deve-se oferecer outra folha e solicitar ao mesmo que desenhe uma figura completa. confusão a respeito do papel sexual. normalmente mostram-se presos ao passado. forte preocupação sexual ou desajustamentos em relação ao corpo. IDADE DAS FIGURAS________________________________________________________ Próxima à do examinando → bom nível de maturidade sócio-cultural. Desenho do próprio sexo em 1º lugar → identificação com o papel característico do próprio sexo (é o mais comum). Em alguns casos pode indicar valorização exagerada da própria inteligência ou refúgio na fantasia. • apresentam sentimentos negativos para consigo mesmo. sem jamais terem conseguido atingir totalmente a independência do controle parental. ou • não tem plena consciência do próprio sexo do ponto de vista das características sexuais já reconhecidas. • são mais dependentes faltando-lhes segurança quanto a própria imagem. Adultos → que reproduzem as figuras parentais. 7 a 16 anos → desenham 1º a figura do sexo oposto quando: • tem maior estima por este. Desenho do sexo oposto em 1º lugar → pode simbolizar fantasias românticas. Quando pergunta sobre o sexo que se deve desenhar 1º → confusão a respeito do papel sexual.44 Quando o examinando faz uma figura incompleta. Dificuldade para desenhar braços e pernas visíveis → inabilidade para estabelecer contatos sociais espontâneos e dificuldade para avaliar corretamente as próprias potencialidades. em alguns casos. Desenho só da cabeça → censura ao próprio corpo ou sexual. fixação emocional em alguma fase ou reação a traumas. Superior à do examinando → em geral sugere vivências depressivas e/ou inadequadas para a idade.45 Inferior à do examinando → imaturidade. . levando-as a inferiorizar essa experiência e sentir forte desejo de crescer. • Pais dominadores. ou • Identificação com um dos pais. Nas cçs indica: • Sentimentos de não ser aceita pelos pais. quando o ∆ se fica em uma época anterior mais feliz. mãos ou traços fisionômicos • Conflitos – deve analisar-se de acordo com a área. • Ansiedade. passividade de temperamento. pernas. ou • Mascara conflitos. Rasuras ou Borraduras resultantes de correções • Insegurança. Sombreamento não excessivo • Tato. pode refletir racionalização da ansiedade. insegurança. maior é a ansiedade. Sombreamento • Ansiedade. • Incerteza. Importante: um sombreado nem sempre é ansiedade. conflitos nessa determinada área. • No caso de efeitos artísticos. • Quanto mais extensa a área sombreada. medos. • Desejo de perfeccionismo. Recobrir uma linha já traçada com riscos mais intensos • Ansiedade. ou • Expressão auto-afirmativa. falta de autoconfiança ao se defrontar com situações novas. Omissões de braços. pessoa sonhadora.46 INDICADORES DE CONFLITOS . • Acobertamento da angústia ou da agressividade. pois assumem significados distintos. . • Insegurança. ou • Descontentamento aberto e consciente. pois pessoas com aptidões para desenhos muitas vezes fazem uso desse recurso. na maioria das vezes.Adicional O tratamento diferencial dado a qualquer área do desenho indica. sensibilidade. ou • Sentimento de perda afetiva. Correções e Retoques • Insatisfação com a produção. Reforços Suaves ou Raros • Brandura. • Falta de autoconfiança. insegurança. conflitos. • Algumas vezes podendo sugerir agressividade e dissimulação. C/s indicativos de autocrítica incluem: 1) Abandono de um objeto não completado. CAPACIDADE CRÍTICA E RASURAS – A capacidade para ver o trabalho de alguém objetivamente. É comum verbalizações sobre a capacidade artística. . PAUSAS – Fornece informações valiosas sobre os significados dos objetos desenhados e de suas partes respectivas para o ∆. sem apagar o desenho abandonado. talvez. para criticá-lo e aprender com a crítica é uma das primeiras funções intelectuais a ser afetada na presença de forte emotividade e/ou de processos orgânicos. Normalmente o desenho mais rejeitado é o da pessoa. recomeçando o desenho em outro lugar da página. tais como: “Nunca aprendi a desenhar”. especialmente se não houver tentativas para corrigir as falhas identificadas verbalmente. Os desvios variam entre 2 extremos: 1) Aceitação total ao hiperegotismo – tendência em pensar apenas em si mesmo e considerar a si mesmo melhor e mais importante do que as outras pessoas. A atitude comum é de uma aceitação razoável. c) A consciência corporal acentuada torna os ∆s desajustados pouco à vontade. O nº de detalhes e seu método de apresentação devem justificar o tempo gasto na produção dos desenhos. A parte desenhada pode representar a origem. TEMPO. LATÊNCIA. entre 2 e 30 minutos para serem completados. Tendência a monopolizar a atenção. mostrando desconsideração pelas opiniões alheias. “Isto aqui está fora de proporção”.47 ALGUNS SIGNIFICADOS QUALITATIVOS GERAIS ATITUDE – Fornece uma medida grosseira sobre a disposição global para rejeitar uma tarefa nova e. Pausa maior de 5 segundos em cada desenho e/ou durante comentários ou nas respostas durante inquérito → conflito. 2) Apagar sem tentar redesenhar. b) O desenho da pessoa parece despertar + associações no nível consciente do que os da casa ou da árvore. O ∆ pode fazer o detalhe uma vez. Geralmente é restrito a um detalhe que despertou forte conflito. difícil. derrotismo e abandono à rejeição aberta – raro em casos de distúrbios orgânicos e/ou indivíduos hostis. 3) Apagar e redesenhar. 2) Indiferença. Investigar durante o inquérito. normalmente. Razões: a) Muitos ∆s desajustados têm suas maiores dificuldades nas relações interpessoais. Quando excessivas → potencial para patologia. Os 3 desenhos levam. mas não duas. COMENTÁRIOS – Comentários escritos feitos pelo ∆. ou b) Compensar uma idéia/sentimento obsessivo. Fornece a capacidade do ∆ para julgar. ativado por alguma coisa no desenho. eficientemente. rabiscos. concretos e imediatos da vida diária apresentados pelo seu ambiente. Mostra a capacidade de reconhecer as relações de cada parte do todo no tempo e espaço simbólicos em relação aos outros objetos do ambiente. tentativa inútil de obter perfeição ou se a rasura for seguida de uma deterioração da qualidade da forma → indícios de patologia. camadas mais profundas da personalidade.48 • Se o novo desenho for melhor → sinal favorável. Podem ser considerados como um índice de reconhecimento. árvores. situações e pessoas. de interesse e de reação aos elementos da vida diária e de empregá-los convencionalmente. COR Fornece dados adicionais de diagnóstico e prognóstico. Freqüentemente revela os valores atribuídos pelo ∆ aos objetos. números. DETALHES – é a 1ª característica/capacidade que se estabiliza no desenvolvimento. durante a fase de desenho (nomes de pessoas. PERSPECTIVA – é a 3ª característica que se estabiliza no desenvolvimento. aspectos emocionais profundos. a solução de problemas mais básicos. figuras geométricas. etc) → necessidade compulsiva para: a) Estruturar a situação o mais completamente possível (insegurança). Indica a capacidade do ∆ para agir com visão crítica nos relacionamentos mais abstratos e amplos da vida diária. Capacidade de avaliar criticamente os elementos da realidade em geral. Apagar e redesenhar persistentemente qualquer parte do desenho → forte conflito em relação ao detalhe ou ao que ele representa para o indivíduo. • Se a tentativa de correção representar meticulosidade exagerada. ruas. FIGURAS INACABADAS A distorção ou omissão de qualquer parte da figura sugerem conflitos que podem estar relacionados com a parte em questão. Ex: . PROPORÇÃO – é a 2ª característica que se estabiliza no desenvolvimento. Adultos → que reproduzem as figuras parentais. quando o ∆ se fixa em uma época anterior mais feliz. fixação emocional em alguma fase ou reação a traumas. provavelmente porque os pais representam um modelo de identificação que a cç quer incorporar. perturbação na identificação sexual e. forte ligação e dependência com o genitor ou com a pessoa que tem mais afinidade do sexo oposto. • Pais dominadores. Superior à do examinando → em geral sugere vivências depressivas e/ou inadequadas para a idade. Inferior à do examinando → imaturidade. normalmente mostram-se presos ao passado. Nas cçs indica: • Sentimentos de não ser aceita pelos pais. ORDEM DAS FIGURAS Cçs → desenham com mais freqüência pessoas significativas de seu ambiente e não a percepção do próprio self. conflitos com o progenitor do sexo oposto. deve-se oferecer outra folha e solicitar ao mesmo que desenhe uma figura completa. IDADE DAS FIGURAS Próxima à do examinando → bom nível de maturidade sócio-cultural. levando-as a inferiorizar essa experiência e sentir forte desejo de crescer. • apresentam sentimentos negativos para consigo mesmo. confusão a respeito do papel sexual. Quando pergunta sobre o sexo que se deve desenhar 1º → confusão a respeito do papel sexual. sem jamais terem conseguido atingir totalmente a independência do controle parental. preocupações momentâneas. • são mais dependentes faltando-lhes segurança quanto a própria imagem. em alguns casos. homossexualismo. Desenho do próprio sexo em 1º lugar → identificação com o papel característico do próprio sexo (é o mais comum). . ou • Identificação com um dos pais. ou • não tem plena consciência do próprio sexo do ponto de vista das características sexuais já reconhecidas.49 - Voyeuristas omitirem os olhos Pessoas muito inseguras não desenharem os braços Quando o examinando faz uma figura incompleta. 7 a 16 anos → desenham 1º a figura do sexo oposto quando: • tem maior estima por este. Desenho do sexo oposto em 1º lugar → pode simbolizar fantasias românticas. 50 LAUDO PSICOLÓGICO (modelo) I – IDENTIFICAÇÃO Autor: Interessado: Finalidade: II – DESCRIÇÃO DA DEMANDA Descrever o porquê da avaliação e explicitar as condições/queixas do examinando. irrelevantes. Gerais (tempo latência e total) Características normais Detalhes (essenciais. brevemente.Descrição de cada figura (explicar. . o que ela avalia): Obs. não-essenciais. VI – PRAZO DE VALIDADE DA AVALIAÇÃO Assinar Datar . III – PROCEDIMENTO Entrevistas e justificativa da escolha do HTP. História/dados do examinando. prognóstico e encaminhamento. qualidade da linha) Inquérito V – CONCLUSÃO Síntese integrativa com possível diagnóstico. IV – ANÁLISE .C/ do examinando. Dinah M. B. H-T-P: casa-árvore-pessoa. Vol. de. G. Manual prático de avaliação do HTP (Casa ÁrvorePessoa) e Família. . São Paulo: Casa do Psicólogo. revisão de Irai Cristina Boccato Alves. 2000. 5. O teste do desenho como instrumento de diagnóstico da personalidade. G (organizadoras). A.S. Atualizações em Métodos Projetivos para Avaliação Psicológica. E.51 REFERÊNCIAS CONSULTADAS BUCK. 31ª ed. São Paulo: EPU. técnica projetiva de desenho: manual e guia de interpretação. 1999. 1984. S. VAN KOLCK. Maria Florentina N. John N. São Paulo: Casa do Psicólogo. 1ª ed. CAMPOS. Tradução de Renato Cury Tardivo. 2008. Petrópolis: Vozes. 2003. Testes projetivos gráficos no diagnóstico psicológico. VILLEMOR-AMARAL. São Paulo: Vetor. Temas básicos de psicologia. Werlang. Odette L. RETONDO.


Comments

Copyright © 2024 UPDOCS Inc.