[1989, Romildo de Godói] Criação Racional de Abelhas Jatai

June 22, 2018 | Author: Cássio Batista Marcon | Category: Honey, Bees, Beekeeping, Nature
Report this link


Description

Romildo de Godói CRIAÇÃO RACIONAL DE ABELHAS JATAÍ ícone editora Copyright 1989 ícone Editora Ltda. Coleção: Brasil Agrícola Produção: José Carlos Santa Luzia Capa: SantaLuzia /Anízio Arte-final: Anízio de Oliveira Revisão: Rosa Maria Cury Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÍCONE EDITORA LTDA. Rua Anhagüera, 56/66 - Barra Funda 01135-São Paulo - SP. Tels. (011) 826-7074/826-9510 Dedico este livro à minha amada Denise e a meus filhos: Robinson e Juliane e a todos que amam a Natureza . Meus agradecimentos Aos amigos que tanto me incentivaram. o mel de jataí. pela primeira vez. despertando assim minha curiosidade de menino e o meu amor por estas abelhinhas e por toda a natureza. abrindo uma caixinha. dando-me forças para concluir este livro: José Roberto Locatelli Fonseca Dalziso dos Santos Filho e Lúcia Elena Pavão dos Santos e ao saudoso Francisco Ferreira de Almeida que me ensinou o canto dos pássaros. . o nome dos bichos e deu-me. o funcional. Foi assim que conheci Romildo de Godói. Com essas características. APRESENTAÇÃO Entre uma teoria e outra. as jataís. observador. . A observação é a característica do pesquisador. prático e funcional em suas realizações. sem rodeios que os tornem enfadonhos. tal qual revelam as personagens principais do presente trabalho. as realizações de um administrador dependem da constante busca do prático e funcional através da observação. além de possibilitar um tratamento mais científico às colméias conduzidas com fins domésticos e também comerciais. ressaltando o útil. proporcionando excelente fonte de consulta para os pesquisadores. Godói produziu o livro Criação Racional de Abelha Jataí. A praticidade. com a simplicidade que são realizadas as coisas da natureza. A originalidade do trabalho contribui para complementar as inúmeras publicações sobre outras espécies cultivadas no Brasil. o prático. bem como a funcionalidade são propriedades comuns aos homens de ação e realização. a vida e o manejo dessas nossas tão conhecidas (e também desconhecidas) abelhinhas. que muito me honrou com o pedido de seu prefácio. dependem. incentivar a colméia humana a trabalhar mais ao seu respeito às vidas que a cercam e que dela. pois seu autor tem profunda formação humanística e sensitiva. Além da parte técnica. um grande respeito pela natureza e por tudo que dela vem.vel. de algum modo. o autor aborda. Gláucia Elisabete Duarte de Oliveira Prof de Ciências e Biologia por profissão e naturalista por opção . nas entrelinhas. de grande competência. Que este livro possa. de fácil compreensão. guardadas as devidas distâncias. sentimos ainda passar. com riqueza de detalhes. Está de parabéns o autor deste trabalho. Para que a espécie se perpetue. que também o passarão adiante. chega a sua colméia e mergulha em seu mundo sempre escuro. construindo e mantendo sua harmonia quase perfeita. os leitores irão encontrar ensinamentos ei orientações seguras de quem conhece. De fora. Dentro. outro ser as observa. pouco a pouco. Com carinho e infinita paciência vai coletando seus dados. divide o que observou com os outros. Para que a colônia dure e se expanda. Tudo é pelo todo e para o todo. Fábrica de mel e cera. Um homem. estuda e ama o que faz. numa bela seqüência de ensinamentos. cheio de trabalho e segredos. na luz. sobre as nossas tão amáveis abelhas jataís. Não há individualidade a zelar lá dentro. como uma operária ao seu pólen. em permanente azáfaraa. PREFÁCIO Pequena bolha alada vem. Antes todos os homens assim o fossem! Neste livro. Em linguagem acessí- . uma quantidade de pequeninos seres se agita. E como esse homem tem muito da índole dos seres que está a estudar. a todos os naturalistas. leigos e pesquisadores." Enfim. presta-se àqueles que desejam informações precisas e objetivas acerca do assunto. iniciantes e veteranos da apicultura. agrônomos e zootecnistas. . Sebastião Orlando da Silva Mestre em Administração Rural e Prof. técnicos em geral. à guisa de apresentação. assistente de Teoria Geral de Administração da Academia da Força Aérea. A abrangência do presente trabalho permite recomendá-lo. ........................................Os favos de cria .......30 4 .45 8 ...Características das jataís .CRIAÇÃO RACIONAL DE ABELHAS JATAÍS 1 – Introdução .........43 6.....................................46 ........................................Característica do ninho .............................38 3 .44 7 ......................A CADEIA ECOLÓGICA 1 .....32 III ..........................................................Os inimigos das jataís ........39 5 ...................17 II ................................................................38 4 ..........27 2-O melhor lugar para instalar um apiário .................CRIAÇÃO SEM GRANDES INTERESSES 1 .....29 3..............Como instalar um apiário na área urbana .37 2 .........O batume ..........As abelhas jataís ...Normas a seguir pelos criadores sem grandes interesses ..........................Importância do canudo de entrada ..... ÍNDICE I .......................................................Trabalho para uma conscientização ..............................Outros detalhes da colônia ........... ...........9 ...................77 27 .53 17 ..............66 25 ............51 14......................51 13......80 30 – BIBLIOGRAFIA ..As caixas-isca .......Extração do mel ..........Descrição das gavetas ........................Instalação do apiário na zona rural .......................................................Hora apícola para abelhas jataís ........O transporte para as grandes floradas .................Descrição da colméia-padrão ......................primeiro processo e segundo processo ....60 20 ....49 10 ...................................O xarope de reforço ......................................51 15 .........52 16 .......A enxameação ................54 18 .......Transferência da colméia selvagem para a caixa-padrão ................O alimentador ..................66 26 ..................................................................83 ..................50 12 ..................O manejo da colméia .................63 22 ............................................Como proceder com jataís alojadas em árvores frondosas .....O fenômeno do alvoroço de centenas de abelhinhas ..............Exploração comercial ......Multiplicação de colméias por processo artificial ...............................Comparação do custo de instalação da Apis mellifera e das jataís ....61 21 ...............79 28 ............................................................................................65 24 ......Doenças e medidas preventivas ........................................O preparo da colméia i para as floradas .......64 23 ..........Cera moldada para jataís ................................................79 29 .....Colméia-padrão ...57 19 ...........................................................50 11 ............................ esses seres simples. As bactérias. vivendo em simbiose com as leguminosas e muitas outras plantas que se beneficiam do nitrogênio para o seu crescimento. é responsável pela germinação de suas sementes. formados de uma única célula. além de conviver com as orquídeas. Elas são responsáveis por boa parte da oxigenação do ar. em qualquer ponto da Terra. À minhoca drena a água da chuva para o subsolo. fixam o nitrogênio da atmosfera no solo. cito as algas. Certo fungo. ou seja. Por mais simples que se nos apresente. I. A CADEIA ECOLÓGICA Trabalho para uma Conscientização A vida. sempre cumpre o seu papel biológico. chamadas de rizóbio. Como exemplo. Traz para a superfície os sais minerais. os mi- 17 . é uma só. com seus túneis faz com que o oxigênio chegue até as raízes das plantas. chamado de micorriza. Na natureza. este processo se efetua quando os animais vão saciar a sede. aranhas. nos dá uma lição. aves e alguns mamíferos. adubando a terra. Este inseto horrendo. As vespinhas. Deste modo. Os cupins alados. O pernilongo tem a mesma função. armazenam. servem de alimento para os girinos. A barata. desprezível. alguns tipos de vespas e marimbondos-caçadores. cujas larvas ajudam a apressar a decomposição da matéria. batráquios. baratas d'água. Por curiosidade. eram guardadas em vidros e usadas quando necessário nas sangrias dos seus pacientes. Transforma a matéria orgânica em húmus. Elas gradam em seus focinhos. Não muito longe. saem aos milhões em revoadas. mesmo depois de esfacelado. certa vez. Os criadores de pássaros também usam para induzi-los à reprodução em cativeiro. colhi num único vespeiro mais de um copo de aleluia. suas larvas alimentam uma grande gama de seres aquáticos: girinos. tenta 18 . arrastando parte do abdômen pelas vísceras. acreditamos que a sanguessuga é um instrumento natural de sangria que provoca a renovação do sangue para o equilíbrio da saúde dos animais silvestres. fortificando e induzindo o desenvolvimento do ovário e esperma das fêmeas e machos de muitos répteis. cada ser cumprindo uma função específica. siri. em cada alvéolo de cria. Servem para alimentar outros seres. bem como para alimentar suas crias. popularmente conhecidos como aleluia. Tudo vive em perfeita harmonia e equilíbrio. Os mosquitos. arará. cujo ninho parece uma bola de papelão pendurada nos beirais das casas. As sanguessugas já eram conhecidas dos médicos do Império Romano. na época dos boticários. peixes. logo nas primeiras chuvas de setembro para cumprirem seu ciclo de vida. larvas de crustáceos etc. destas que vivem atrás dos armários.cronutrientes através de seus excrementos. larvas de libélulas. efetuando a sangria. uma aleluia para alimentar suas larvas. alevinos. alevinos. que as usavam em seus soldados. já que são ricos em proteínas e hormônios. ficam mais homens. que transformando as florestas em dinheiro. Assistimos em 1985 à triste reportagem da mortandade de paturis. envenenando os rios. perseguindo e prendendo os animais. serão os donos do mundo! A natureza é patrimônio de todos. colhemos os frutos da inconscientização e muitas vezes da irresponsabilidade de muitos empresários e latifundiários. contaminando as fontes. no bairro do Ramalho. sentindo-se orgulhosos e felizes. comprovando a eficiência do controle biológico. E pensar que há pessoas que se sentem menos que uma barata. atingindo os lençóis freáticos.sobreviver. Pensam. que prendendo os animais. marrecos e outras aves na região de Ribeirão Preto. Outros esterilizam a terra com agrotóxicos. as necessidades protéicas das populações ribeirinhas. Atualmente. hoje. que demoraram séculos e séculos para formarem um ecossistema. tínhamos abundância de peixes em quaisquer rios do país. Nossos técnicos e engenheiros agrônomos vêm publicando com freqüência fórmulas simples de inseticidas. tentando contra a sua própria vida. Dentro do racional. atingindo os mananciais. quando não. o que a natureza cria pertence a ela. na região de Piraçununga. repelentes naturais. do bom senso. lista de plan- 19 . causado por lavagem de bomba pulverizadora de inseticidas na cabeceira de um açude. atirando nas aves. dizimando milhares de seres de vida aquática. o homem pode tirar proveito. Não aprovo as aberrações e os exageros inconseqüentes e destruidores. dizimadas por agrotóxicos nos arrozais. tanto da fauna como da flora. Aquilo que o homem cria deve alimentá-lo. suprindo. Na década de 50. talvez. há estudos de âmbito internacional. derrubando florestas. simplesmente para atender aos seus anseios mesquinhos e egoísticos. porém. as aves. venenos que perduram sem se decomporem até por trinta anos. Não compreendo como há homens. ao inconcebível envenenamento de peixes. sim. bigodinhos. caboclinhos. azulões. As partículas deste metal líquido escorrem com as águas da garimpagem. Penso que quaisquer projetos. uma vez que não se decompõe. a terra produzia de mãos cheias. enfim. A Bíblia nos dá um exemplo significativo. Ah! meu pantanal matogrossense. Nos solos onde são feitas as grandes culturas de algodão e soja por vários anos. A monocultura é outro exemplo. deve-se ver os prós e os contras antes que sejam concretizados. por sua vez. estudados e analisados. pulmão verde do mundo. puvins. patativas. morrendo e os rios que as contornam contaminados. O mercúrio. que usem os recursos naturais como instrumento. tietês. que significavam sete anos de fartura e sete anos de miséria. das sete vacas gordas e sete espigas cheias e as sete vacas magras e sete espigas finas. pintassilgos e pássaros-pretos mortos pelas nuvens de agrotóxicos pulverizados sobre 20 . que estas terras estão. podemos afirmar. vieram pessoas de todas as terras e o Egito alimentou a todas. cada vez mais. meus filhos não te verão. José não usou de produtos químicos para ter abundância de colheita. categoricamente. vai sendo passado de ser para ser. Ah! meus bandos de coleirinhas. Quando José no Egito desvendou o sonho do faraó. causa deformação genética. Gênesis 41:1-57. já foi comprovado. praticamente sem vida. terão filhos com defeitos congênitos. Vão para os rios. Não somos contra a modernização e o progresso. ah! minha amazônia. durante sete anos de miséria. a fim de que não venham afetar o equilíbrio da natureza e o bem-estar das gerações futuras. o faraó nomeou-o para administrar suas terras. caindo na cadeia ecológica. devem ser pesquisados. que.tas amigas que auxiliam o desenvolvimento de outras plantas e até mesmo simples fertilizantes que funcionam melhor que os adubos químicos. durante os sete anos de fartara. aderem-se às algas que alimentarão os peixes onívoros e herbívoros e que servirão de alimento aos homens. o número de pragas prejudiciais à lavoura e ao gado. aumentam os cupinzeiros. Ateia-se fogo nos marimbondos e vespinhas. muito apreciados pelas crianças. raposas. principalmente de cupins. Matam-se os tatus. ratos etc. aumentam os ratos. aranhas. 21 . as mariposas e mandruvás. A perseguição e matança de certas aves aumenta. meu cancioneiro Gonçalves Dias. A extinção do jacu e da jacutinga de determinadas regiões do estado de São Paulo reduziu também a disseminação das sementes de inúmeras palmeiras. tua Canção do Exílio hoje é utopia. reduzindo as florestas das mesmas. aumentam os curuquerês. os gafanhotos. as raposas e os gambás. cujos frutos alimentaram muitos índios e imigrantes italianos na época de escassez da colonização do estado do Paraná. formigas quenquém e saúvas. catando-lhe os carrapatos. Minha terra tem palmeiras. nada menos que 1. os grilos e há proliferação incontrolável dos insetos. os formigueiros. caruncho. ninguém mais ouvirá vossas sinfonias de saudação nos crepúsculos do dia. que fornecem coquinhos de polpa adocicada. as perdizes. razão destas aves sempre estarem por perto. ratazanas e camundongos. carcará. Um bem-te-vi ou um siriri podem ingerir cerca de 300 insetos diariamente. e uma andorinha. pato. Uma garça-carrapateira ou um anum são vorazes comedores de grilos. diminui a produção dos maracujazeiros. diminui a disseminação de sementes de araucária. gambás. aumentam as cobras. Matam-se as gralhas. as seriemas. as codornas. os tamanduás. Matam-se as cobras. gafanhotos e todo tipo de inseto que puderem caçar. os inhambus. grilos e cupins. aumentam os besouros. as emas. A coruja sondaia é a maior predadora dos ratos.000. Matam-se os gaviões. Sabe. onde não canta o sabiá. as cigarrinhas nas pastagens.as lavouras e pomares. beneficiam também o gado. consideravelmente. além de um palmito de boa qualidade. Matam-se as corujas. Matam-se as mamangavas. ervas medicinais e flores. principalmente por aqueles que são alérgicos à ferroada da Apis mellifera.660 sementes por inflorescência inflorescência chuchu 10% de frutificação 47% de frutificação feijão . como também a qualidade das frutas e grãos.95 de frutificação natal 15.8% de frutificação pêssego 9 frutos p/ galho 15 frutos por galho soja variedade 37. diminui a polinização das floradas. Em minhas observações. realmente. Centenas de cupinzeiros pelas pastagens. 176% de aumento café 10. daí o surgimento das pragas. Destroem-se as abelhas. recomendo-as na produção de sementes de hortaliças. 5% de aumento arroz .5% de frutificação manga 4.95% de vagens e Santa Rosa 40% de aumento de peso das vagens Como puderam observar. Quando a cadeia ecológica é ceifada. há a superpopulação de um ou outro ser. de fácil manejo e isentas de agressividade. concluí que as abelhas jataís são ótimas polinizadoras.8 frutos p/ cacho pera 1% de frutificação 4. São excelentes. 58% na produção de amêndoa seca laranja: hamlim 37. condimentos. podendo ser criadas. sauveiros por toda parte. Observem a contribuição da apis-mellifera no aumento da produção das frutas e grãos: sem polinização com polinização abóbora .63 kg 19. nas lavouras e nas hortas. Aumenta. portanto. 176% de aumento guaraná . a presença das abelhas é indispensável. não somente a produção. como conseqüência abaixa a produção nos pomares. proliferação descontrolada de toda sorte de insetos.11 kg cebola 177 sementes por 1. 22 .7 frutos p/ cacho 9. por quaisquer pessoas. enfim. nos lambaris. um canudinho de cera por onde entravam e saíam umas abelhinhas. ou bolotinhas de visgo. fato que me custou muito para entender. nos guarus. "O vento sopra em agosto para que as folhas caiam e as árvores se rejuvenesçam verdejantes. uma ave tratando de seus filhotes com o mesmo carinho que os seres humanos têm por sua prole. por ignorar as leis da natureza." . que tinham seu predador natural nos peixinhos larvófagos. encontram-se à vontade para proliferarem aos milhões e se espalharem pela cidade. E na claridade da manhã brilhavam como ouro. filtrai o ar que escapa pelas chaminés das fábricas. já que os córregos são verdadeiros depósitos de lixo. Os pernilongos." "O homem não pode viver divorciado da natureza. o homem. por mera coincidência. as formigas pixixica do nordeste são as faxineiras dos cacaueiros. nos piquiras e nos canivetes. Foi pensando nisto e em muito mais que iniciei este ensaio ecológico. Muitas vezes. como nos conta Jorge Amado em um de seus romances. pois perde a sensibilidade de amar a Deus e ao seu semelhante. outras pareciam usar botinhas amarelas. estão vossos filhos. de água em putrefação. a gravar em minha memória as primeiras páginas deste livro." "A mãe natureza me ensina a simplicidade de sua sabedoria e fortalece minha fé em Deus. anunciando a força enigmática da primavera. A formiga lava-pé é a grande faxineira do solo. num vaivém sem parar. Ainda menino. Empresários. e sirva de estímulo para que o homem pare por um instante a fim de observar uma flor se abrindo. Espero que meu modesto trabalho possa acrescentar alguma coisa a mais em favor da natureza. pesadinhas de mel. Era bonito vê-las. fazei a rotação das culturas e deixai alguns hectares de matas. pois ali. encontrei no alicerce da velha casa do seu Chiquinho. precisando de água potável e ar puro para terem uma vida sadia e viverem com dignidade. onde elas se abrigarão. põe em risco a vida das gerações futuras. uma borboleta recém- nascida secando suas 23 asas ao sol. tratai os esgotos antes de encaminhá-los para os riachos. bem perto. de certa forma. come grande quantidade de insetos. Espero que os indiferentes à natureza. chegavam com as patinhas cheias de pólen. porque foi com todas as vibrações de meu ser que principiei a escrever. Foi justamente lá que comecei. possam tirar algum proveito desta introdução. há 35 anos. juntamente com os predadores naturais. a monocultura desencadeia as pragas. Num vôo lento chegavam bundudinhas. Latifundiários. "A vida é uma essência maravilhosa e divina. os mais sofisticados possíveis. menos construir um grãozinho de milho e fazê-lo nascer. sendo assim. somente o Criador tem o direito sobre as vidas." 24 . O homem faz toda sorte de engenhos. Potinhos de mel.Colméia alojada em gomo de bambu. 25 . sem grandes interesses. CRIAÇÃO SEM GRANDES INTERESSES As Abelhas Jataís A maioria das colméias de jataís se encontra em mãos de pessoas simples. por desconhecimento do manejo. cabaças e até mesmo em velhas latas. caixinhas de tábuas finas empenadas com fendas até de 1 cm de abertura. penduradas sem o mínimo de capricho ou de segurança nos mais diversos lugares. Esquecidas. Permanecem esquecidas. o jataí é valorizado de uma maneira até cômica.Ah! não posso vender. É do tempo do vovô! Há colméias que nunca foram abertas. penduradas num canto de rancho com canudos de entrada que chegam a ter mais de 30 cm de comprimento. tomando sol e chuva. Encontramos jataís sendo criadas nos mais diversos tipos de ninhos. em caixas de papelão. ou mesmo por medo das abelhinhas abandonarem a caixa. . 27 . nem para tirar o mel. gomos de bambu. Quando um interessado tenta adquiri-las. colméias com mais de 20 anos. II. Alguns criadores têm-nas por tradição que passa de geração para geração. como já pude observar. misturam. porque faz vários anos que ninguém mexe. não tenho tempo nem para cuspir. Certa vez perguntei a um senhor se ele já havia tirado o mel de seu jataí. usam o mel como xarope. As jataís permanecem esquecidas pelos seus donos. não vendo e não troco. Então. melissa e orégano que ele tinha plantado na horta. muito menos para andar atrás de abelha. ipês. Ainda aqueles que o usam como colírio. meio a meio. estando com tosse. alfavaca. não tive chance de explicar-lhe que as sementes de almeirão. bem como dos condimentos. Tentei dialogar com o sitiante. Nele havia um belo jataí. 28 . nem todos são assim. Não faz muito tempo. água destilada com mel e pingam nos olhos para amenizar conjuntivite ou cataratas.praticamente era o batume ressecado suspenso por dois fios de arame . Saí indignado com a grosseria. de mostarda. eram obra da polinização das jataís. o homem seriamente me respondeu: — O senhor vai me desculpar. ou de quem ganhou. mas deve ter mais de 8 litros. de cebola e outras hortaliças. quis comprar de um vizinho uma colméia que estava numa caixa. Contudo. fazem um relatório completo. menta. Há os que amam a natureza e procuram preservar as velhas figueiras. Há aqueles que. paineiras. queria até mesmo comprar o mourão. manjericão. de rabanete. corroída por cupins . entusiasmados. como capturou o enxame. em grande parte. uma vez que as abelhas Apis mellifera pouco procuram estas plantinhas. não vou estragar um mourão desses. ao que ele me respondeu: — Nunca. Felizmente.simplesmente me respondeu: — Não dou. Há 20 anos tive a infelicidade de presenciar o enfincamento de um tronco de copaíba para servir de mourão. onde conseguiu. que se lembram apenas quando um curioso ou interessado quer saber que abelhinhas são aquelas. salsa e algumas plantas medicinais tais como erva-doce. caruru. jequitibás.. melissa... mostarda. lêem revistas. manjericão. hortaliças em abundância.. muitas os dois elementos indispensáveis. malva-branca. enfim. copaíbas. cheguei à conclusão de que o melhor lugar para instalar a criação de jataís é na periferia. maracujazeiro. jacarandás. arbustos. alfavaca. maçarandubas. Interessam-se em aprender e se aprimorar. cebola. trepadeiras. alguma orquídea ou mesmo uma casinha de joão-de-barro. sabugueiro. Escrevem para os mais diversos setores.. rabanete. angiqueiros e muitas outras árvores. assa-peixe. Algumas fornecendo pólen. todas dão sua contribuição às jataís. outras néctar. podendo assim florescer praticamente o ano todo. floração em diversas épocas). guarantãs. Almeirão. 29 .. O Melhor Lugar para Instalar um Apiário Após anos de estudos e observações. As plantas que seguem na listagem seguinte estão divididas por local. boldo-do-chile. primavera. fumo. Nos terrenos baldios: unha-de-gato. Fiz o levantamento do campo apícola por vários lugares e encontrei fruteiras. viuvinha. salsa (muito procurada. Na horta: as hortaliças podem variar sua época de floração de acordo com o plantio. erva-doce. maria-pretinha. picão. dormideira. madressilva. Nas cercas e caramanchões: amor-agarradinho (abundância de néctar e pólen. fornece em abundância pólen e néctar). principalmente se nelas houver um abelheiro. jornais. guanxuma. cada espécie obedecendo à sua época de floração. plantas rasteiras. gerbão. além de uma minoria que fornece resina. buscam se conscientizar sobre tudo que possa se relacionar com o meio ambiente. onde temos um campo nectarífero e polinífero abundante durante todo o ano. jasmim-estrela. uva-japonesa. pólen e resina durante o ano todo). como pude observar. cerejeira.. chapéu-de-sol. Nos quintais: uma diversidade grande de árvores frutíferas: amoreira. pessegueiros. Faça que eles entendam seus objetivos. videiras. calêndulas. Nossas jataís não têm fronteiras. coléus (folhagem de diversas cores).. violeteiras. incenso. laranjeiras. caramboleiras. portanto. Nos parques e ruas: astrapéia-rosa (abundância de néctar e pólen). limoeiros. goiabeiras. ipê-do-rio. pensar numa criação funcional. abacateiro. Que tal. floresce em diversas épocas). margaridas. bela-emília (arbusto de florzinhas azuis que fornece resina. roseiras. sibipiruna. leitor. Peça- lhes autorização para colocar algumas 30 . macieiras. girassol. aconselho-os a pensar numa criação racional. amigos.. conhecidos. quaresmeira. coroa-de-cristo (fornece néctar. nectarineiras. pereiras. camaradinha. mangueiras. não incomodam ninguém.. unha-de-vaca. cosmos. tamarineiras.. chagas-de-cristo. lantana. aqueles que moram na cidade e as têm sem grandes interesses. aumentando a produção das plantas e a produção de mel. voam por todos os lados em busca do precioso néctar. além de aumentar o ciclo de amizade e o conhecimento a respeito da natureza? Como Instalar um Apiário na Área Urbana Fale com os parentes. nespereiras.. uvaieiras. eucalipto. cajuzeiros. Nos jardins: alecrim. onze-horas. mar-meleiros. aproveitar esta disponibilidade abundante das floradas que ocorrem durante os 360 dias do ano. jambeiros. As abelhas jataís em caixas simples podem fornecer no máximo um copo de mel por ano. conscientizando-os da importância das abelhas jataís. grevillea. O pasto apícola na área urbana é realmente vasto e abundante. joão-bolão. giesta. que exige tão pouco e traz tanta satisfação interior. colméias no fundo do quintal. A cada 1. em menos de 3 anos você estará. Evite a área central da cidade. seriedade e perseverança. pois o fluxo constante de veículos. além de matar um bom número de abelhinhas que se chocam contra os pára- brisas. atraindo-as. no mínimo. que em pouco tempo estará com um apiário bem montado. coloque-as em caixas simples de 15 x 15 x 20 cm de altura e tábuas de 3/4" de espessura. com o calor. Use caixas-isca de 12 x 12 x 20 cm de altura o tanto quanto possível. instale no máximo 8 colméias. para que a cera. Havendo possibilidade e disponibilidade. com 40 colméias. Vá fazendo as caixas-padrão à medida do possível. repita mais 8 colméias e assim sucessivamente. 31 . Se seus recursos financeiros forem precários. coloque-as nos pontos estratégicos onde receba o sol da manhã e da tarde. exale o odor peculiar a elas. afeta-lhes a linha de vôo com o deslocamento brusco da massa de ar.000m de distância. ou mesmo pendurá-las no beirai dos ranchos. Em se conseguindo o local. tente comprar algumas colméias ao iniciar a criação. Se houver critério. que não devem ser retirados. Este processo é racional e higiênico.Evite instalar as colméias em lugares sombrios e úmidos. O pólen é transportado pelas patinhas traseiras. é conhecido. onde há correntes de ar. apoian- 32 .Na época da extração do mel.Retire as colméias de gomos de bambu. corredores entre paredes e muros. de tempos em tempos. razão da caixa ter mais altura que comprimento.Certifique-se de que os potinhos são de mel ou de pólen. são potinhos de pólen. demorado. até avistar os potinhos de mel. Normas a Seguir pelos Criadores sem Grandes Interesses 1 . Se aparecer uma substância amarelada. 2 . use um palito comprido com ponta e fure a parte superior dos potinhos. feitas com tábuas de 3/4" Os favos de cria. Proceda desta maneira com quais quer tipos de ninho. 4 . retire um dos lados da caixa e vá cuidadosamente retirando a cera do batume com um garfo untado em óleo comestível e colocando-a de lado. sofrem movimento de subida e descida. cabaças e outros tipos de ninho. O pólen tem aparência de gema de ovo cozida. contudo mais primitivo. saburá.Com os potinhos de mel à vista. logo você notará. Temos também um outro processo mais rápido. 3 . usar uma seringa de 10 ml com agulha de 40 x 16 para a extração do mel. por samora. Coloque-as em caixas de 15 x 15 x 20 cm de altura. borá. conforme a região. Para tanto. como segue: coloque a caixa na posição inclinada. Caso seja mel. enquanto o mel é transportado pela vesícula melífera das jataís. enquanto o mel é retirado do nectário que se localiza um pouco acima do ovário das flores. isto é. É retirado pelas abelhinhas da antera que se acha no ápice do estame das flores. sempre com o máximo de paciência e cautela. pois as jataís usam para tratar das crias. 5 . porém seguro. sem perder um grande número de abelhas que morrerão esmagadas ou afogadas nele. certificando se não ficou nenhuma aresta. ou use a própria cera delas para a vedação. assopre as abelhinhas a fim de afastá-las dos potinhos e vá cautelosamente pressionando com o garfo sobre os mesmos. 33 . Após. Segure-a firmemente com a mão esquerda. O mel deve ser extraído sempre por volta das 10:00 h da manhã. Feche- a. argila. vede-a com fita crepe.do um dos cantos sobre uma mesa ou banco. coletando pólen. mantendo a altura e posição. pois que grande parte das operárias estarão fora. deixe o garfo e escorra o mel numa vasilha. Retire somente o mel que está acessível.Efetuada a operação. O mel escorrerá no canto da caixa que está sobre a mesa. com a mão direita apanhe um garfo. O que se encontra atrás dos favos de cria é praticamente impossível extraí-lo. em dias ensolarados e sem vento. Se houver. elas começarão a entrar e iniciarão a tarefa de calafetagem e arrumação de todo o ninho. 6 . resina e néctar. Coloque a caixa no mesmo lugar. o que facilitará em muito o trabalho de extração. Imediatamente. isto porque teremos menos abelhas na colméia. conforme o desenho. devolva toda a cera retirada à caixa. Extração do mel . Método rústico 34 . Favos de cria com pupas e realeira. 35 . Rainha sobre um favo de cria. méli = mel. III. as jataís possuem uma sociedade organizada dividida em: operárias. nas altitudes acima de 500 metros. As jataís são abelhas pequeninas. levemente azedinho. cientificamente conhecidas por Tetragonisca angustula. Pertencem à espécie dos meliponídeos. zangões e rainha. A palavra "jataí" é de origem indígena e vem da língua tupi "yata' i". Produzem mel de excepcionais qualidades: fino. é indicado no tratamento de resfriado. Encontradas. que o difere dos outros méis. Como todos os apídeos. 37 . Por suas propriedades medicinais. sem ferrão e muito cobiçadas pelos apicultores. glaucoma e catarata. também chamadas de abelhas indígenas. suave. pónos = trabalho. bronquite. com freqüência. além de ser bactericida e atuar na cicatrização de feridas. são nativas do Brasil. Melipona é palavra de origem grega. CRIAÇÃO RACIONAL DE ABELHAS JATAÍS Introdução As abelhas jataís. na coleta de pólen. depois da fecundação desaparecem. porém de porte maior e abdômen longo. e são procriados somente na época de soltar nova família. cabeça e tórax de um preto opaco. A rainha virgem é arisca e voa somente para ser fecundada e formar a nova colônia. em 38 . possui abdômen tão desproporcional que causa pena Quando fecundada. o abdômen dobra de volume e ela perde a capacidade de voar. Assemelham-se às operárias. a ventilação do ninho. 3 . Outros Detalhes da Colônia As abelhinhas recém-nascidas são amarelo-pálidas. a alimentação das crias e uma diversidade de tarefas internas. todavia têm mandíbulas que usam contra os insetos invasores de suas colônias. néctar e resina. Não possuem ferrão.000 porcolméia. As operárias exercem várias funções: a) faxineiras: mantêm a limpeza. O número de operárias pode variar desde algumas centenas até 5. em torno de quatro. pólen e resina.Zangões: são em número reduzido. Na época do fluxo nectarífero. 2 .Operárias: medem aproximadamente 5 mm de comprimento. muito lentas e não voam. sua postura pode chegar a 50 óvulos por dia. Têm abdômen dourado.Rainha: mede 10 mm de comprimento. sua função é de fecundar a rainha virgem. Características das Jataís 1. b) damas de companhia: cortejam a rainha pelo interior do ninho. c) sentinelas: fiscalizam a calafetagem de todo o ninho e vigiam o canudo de entrada. São encontradas durante todo o ano. d) coletoras: voam para os campos. Voam em média até mil metros para coletarem néctar. Raramente coletam água. Característica do Ninho Possui uma única entrada e raramente aparece mais de uma. podemos atingir ótima produção. É um canudinho de cera com 5 mm de diâmetro e comprimento variável na parte externa que pode chegar a mais de 30 cm. Nossas abelhinhas possuem extraordinária capacidade de se adaptarem para nidificar nos locais mais inimagináveis. As jataís encontradas na natureza. ou em simples caixinhas. Na parte interna tem aproximadamente 20 cm e. quando o enxame fica por 39 muitos anos num mesmo local.maior número na entrada da primavera. Para elas produzirem 100 g de cera. Criadas racionalmente. São extremamente asseadas. precisam ingerir mais ou menos 400 g de mel. às vezes. onde ficam detidas formigas e outros insetos intrusos. pouco mais de 80 abelhinhas. como fazem as abelhas arapuá. pois tiram-na do próprio néctar. a média por ano é de um copo de mel. onde se desenvolverá nova rainha) e soltam famílias. que retiram material para construir seu ninho até de estrume de cachorro. As sentinelas que ficam em redor do canudo de entrada podem variar desde algumas até mais de trinta. elas depositam uma resina viscosa e pegajosa. geralmente no início do verão. comportamentos e preferências. o canudo toma a forma de um gancho. termina com vários orifícios que se comunicam com a parte central do ninho. No início da primavera. O canudo de entrada situa-se na posição inclinada. na maioria das vezes. porém sempre com o orifício de entrada voltado para cima. Esquema do interior da colméia Ninho . que é aquoso. A mesma resina é usada também para a calafetagem do ninho. perpetuando assim a espécie. Ao redor da base do canudo. podem atingir uma produção anual de até cinco copos de mel. A cera é produzida através de glândulas localizadas no dorso do abdômen. produzem muito pouco. chegam a fazer até três realeiras (alvéolo maior na lateral dos favinhos de cria. não pousando sobre quaisquer dejetos. portanto. desde que haja espaço suficiente. conhecendo seus hábitos. 40 . os da parte inferior formarão nova colméia.Duas camadas de favos de cria. 41 . Túnel interno que sai do ninho. 42 . 000 operárias. Temperatura. em busca da razão da nossa existência. principalmente se o número em torno do canudo for inferior a dez. a colônia é forte. em torno do canudo de entrada for mais de vinte. provocam a circulação do ar. nos dias de temperaturas baixas. que a entrada dificilmente será aberta. umidade relativa do ar em tor no de 25% e muita luminosidade. caso contrário. 1 . através do bater de asas constante das abelhinhas que. assim fazendo. Há dias. sua população e idade. às vezes. Importância do Canudo de Entrada Por ele. conhecemos o desenvolvimento da colônia. a colônia também é forte. 43 . As jataís nos trazem satisfação. costumam fechar a entrada do canudo com uma película de cera. portanto. com menos de 2. quem sabe.Se a quantidade de abelhinhas nas mesmas condições climáticas. O trabalho externo das abelhinhas somente acontece com temperaturas acima de 22 graus. À noite.000 operárias. Fato interessante acontece no verão: quando uma chuva repentina se aproxima. 2 . num dia de temperatura elevada e muita luminosidade. atraem nossa atenção e nos fazem deleitar por alguns instantes. é fraca. principalmente no inverno oudias chuvosos. ou muita umidade na atmosfera.Se o fluxo de entrada e saída for abundante e constante. São carismáticas. repleta de furinhos por onde passa o ar que chega ao interior do ninho. num verdadeiro e maravilhoso espetáculo. elas voltam rapidamente e formam um fluxo na entrada do canudo. podendo ter uma população acima de 5. umidade e luminosidade são três fatores primordiais na criação desta abelhinha. 44 . Serve também de proteção contra a invasão de insetos intrusos até o interior do ninho. por onde elas circulam. fato que ocorre em virtude da aderência de poeiras e insetos. em locais tão reduzidos que delimitam o crescimento da população. confecção de potinhos para néctar e pólen. distribuídas nos mais diversos sentidos. limpeza etc. com inúmeras cavidades e galerias. colônias alojadas há anos. lâminas para confecção dos favinhos. portanto. paralelas. potes de mel e pólen. Há. superpostas.Quanto mais longo for o canudo mais velha será a colméia. que mantém a temperatura constante e veda melhor a infiltração de excesso de umidade. mais batume elas usarão. assim elas não expõem suas crias logo na entrada do ninho. O canudo é aumentado. que são percorridos pelas abelhinhas através de um túnel feito de resina e cera. trato das crias. As inúmeras cavidades do batume têm a função térmica de manter a temperatura a 36°C para o perfeito desenvolvimento do choco dos ovos e larvinhas. cuidando de toda tarefa. O Batume É a parte que envolve favos de cria. pois. É constituído de cera e resina. Estas colônias costumam enxamear mais do que outras devido às condições ambientais. protege toda a colônia. porém isto não significa que a colônia seja forte. à medida que a cera e a resina vão ficando ressecadas. 3 . Outro fato observável é que da base do canudo até os favos de cria há aproximadamente 20 cm. Quanto mais finas forem as paredes das caixas. o ideal é usarmos tábuas de 3/4" de espessura para sua confecção. enfim. formando um invólucro com dezenas de lâminas. Os da parte superior e inferior vão reduzindo de tamanho até que o último favo (superior ou inferior) tenha pouco mais de 20 mm de diâmetro e nada mais que 50 alvéolos. construídos horizontalmente. ou seja. ou abelhinhas prestes a nascer.5 mm. Nos favos de cor escura. pupas. ou larvinhas que flutuam numa papa leitosa que as alimenta. são consideradas populosíssimas. encontramos os favos de cria. Há colônias com até doze favos de crias. larvas. Ao manusearmos estes favinhos claros. onde ficam os óvulos. São em média dez. horizontal e sempre num recipiente coberto com pano para evitarmos o ataque de certos mosquitinhos que estudaremos adiante. Uma delas logo partirá para formar nova colônia. a fim de não afogarmos as larvinhas nesta papa. ligados por finas coluninhas de cera e separados entre si por um espaço de 1. nos favos claros de um amarelo esmaecido estão os óvulos. quando não há espaço superior. Nas laterais e a alguns centímetros dos favinhos. voltam a fabricá-los embaixo. devemos tomar cuidado. cada uma com oito ou dez favinhos separados por uma distância de mais ou menos 3 cm. temos então duas famílias. Os favinhos são circundados e sustentados pelo batume. encontramos as pupas prestes a nascerem. colocando-os na posição encontrada. Às vezes encontramos duas camadas de favos de cria. Os favinhos são de formato arredondado e todos levemente côncavos e muito delicados. superpostos.5 mm de diâmetro e 3 mm de profundidade. ficam os potinhos de mel e pólen. As jataís fabricam os favos até o teto. Primeiramente fazem uma lâmina circular de cera e sobre a mesma vão puxando os alvéolos que são pequenas cápsulas esféricas de 1. Os Favos de Cria No interior do batume. fabricados de forma que fiquem su- 45 . na parte superior ou na parte inferior. O favinho central tem aproximadamente 60 mm de diâmetro e em torno de 500 alvéolos. na fase alada. as jataís se defendem e combatem seus inimigos até a morte. que elas freqüentam para desovar. pitu. As jataís contornam a base do canudo de entrada com esta resina e os insetos que se atreverem a atravessá-la. porém dentro da caixa. lava-bunda etc.perpostos. Principais inimigos: 1 . soltando-as já mortas.As libélulas: este inseto é conhecido por aviãozinho d'água. principalmente as doceiras. apanha-as em pleno vôo. permanece revoando. 2 . As libélulas podem ser evitadas. Na primeira fase de vida. ficarão presos. Na parte externa do batume. travam suas insignificantes mandíbulas nas asas ou pernas dos mesmos e juntam várias. bem como as imediações devem ser capinadas. dificultando o trabalho de extração de mel pelo apicultor. A colméia deve ficar. Os Inimigos das Jataís Embora miudinhas e sem ferrão. como mostra o desenho da página 62 . suga-lhes todo o líquido do corpo.As formigas: encontrando frestas. pois. instalando-se o apiário distante dos charcos. encontramos as bolotinhas de resina viscosa que servem para a calafetagem e como arma contra os invasores da colônia. ali. 46 . devorando os insetos de vôo lento. habita as águas. Nem fogo ou água consegue fazê-las soltar. lagos e córregos. devorando centenas de alevinos (filhotes de peixes). Quando a colméia é atacada por quaisquer insetos. entram e matam as jataís. sobre suportes adequados. As jataís constituem-se num prato predileto. não existe outra maneira. A arapuá é excelente polinizadora das flores de bananeira e das cucurbitáceas: abobreiras. transferindo a colméia das jataís a 100 metros de distância. deve destruí-lo. meloeiros. Outro fato interessante. 3 . que invadem a colméia pelo canudo adentro. Achando o ninho. Quando macetadas. apoderando-se do interior do ninho. portanto. O apicultor deve impreterivelmente localizar o ninho delas. para isso tem de ter paciência e persistência e seguir a linha de vôo das predadoras. são prejudiciais à criação de abelhas jataís.Os forídeos: mosquitinhos pretos. Percebendo a tempo. exalam forte cheiro. facilmente reconhecíveis. idêntico ao do limão. porque andam às carreiras. Costuma atacar a parte externa das colméias de jataís. chuchuzeiros. Atacam ferozmente as jataís. morangueiras e pepineiros. melancieiras. ultrapassado pelos galhos das árvores que o sustentam. daí o seu nome popular. é comum no território brasileiro. São preto-brilhante.A arapuá: conhecida também como irapuá. Seu ninho tem o formato de uma bola de barro. que pode variar desde 20 cm até mais de 50 cm de diâmetro. não existe o item n° 5 . Quando muitas. a fim de roubar-lhes resina e cera. podemos evitar o ataque das abelhas-limão. deixando apenas um por quilômetro quadrado. Apesar das nossas abelhinhas serem realmente valentes. assemelham-se à arapuá. é que há uma espécie de periquito que costuma furar a base do ninho da arapuá para ali procriar. encontrado comumente nos capões de faveiro (sucupira). quando se pretende criar as abelhas jataís. observado por mim. 47 * nota do digitalizador: há um erro na contagem do livro. são ligeiros e persistentes. devemos reduzir o número de ninhos. todavia têm o corpo mais afilado e alongado. 4 . 6* . palha-de-mé. acabam sendo massacradas por um verdadeiro exército dessas predadoras.As abelhas-limão: em certas regiões são conhecidas por iraxim. pelo que observei. vão depositando centenas de ovinhos sobre os mesmos. Logo nascerão as larvinhas. Os mosquitinhos. causando putrefação e dizimando a colméia. atraídos pelo odor.O enxame invasor: são os enxames de jataís. pois costumam se alojar no teto e por baixo das caixas. A maior incidência dos forídeos ocorre no inverno e entrada do verão. carregado com maravalhas e folhas verdes de eucalipto. siriris e joões-bobos. Portanto. que tentam desalojar a colônia já instalada. a presença dos mosquitinhos. Acontece muito quando o enxame invasor não encontra lugar para nidificar. porém a mortandade é grande e seriamente prejudicial ao apicultor. Evitamos isto manejando adequadamente os favos de cria e potes de pólen. 7 . devorando pólen e matando as larvinhas das jataís. 48 . a Apis mellifera é o prato predileto dos bem-te-vis. Acredito que elas não têm sabor agradável aos pássaros e. 9 . colocando- os sempre na posição horizontal em vasilhas com tampa ou na própria caixa- padrão. O enxame mais forte sai vitorioso. então a solução é desalojar outra colméia. Podemos também evitar. até o término do manejo ou da transferência. oriundos de outras paragens. dando baforadas pelas imediações da colméia. uma vistoria quinzenal é sempre benéfica. sem maiores conseqüências. descuidado e sem higiene no manejo das jataís. cobrindo o chão. quando o apicultor. A luta é terrível. sempre recobrindo-as com um pano. famintas. usando um fumigador pequeno. É a lei da sobrevivência. Comem diariamente nada menos que dez abelhinhas. deixa expostos favinhos de crias amassados ou potes de pólen danificados. que. Atacam a colméia. O enxame selvagem solta nova família e ela não tem condições de nidificação. comem uma ou outra abelhinha.As aranhas e lagartixas: devem ser retiradas. em grande parte. 8 . provocam um verdadeiro desastre. centenas delas de ambas as partes caem atracadas.Os pássaros: por mera coincidência. abrir a caixa somente quando se fizer realmente necessário. Abri-la por curiosidade reverte em prejuízo. colocamos uma caixa- isca. em dias claros. transferimos a colméia doméstica à distância de 20 metros. Doenças e Medidas Preventivas As jataís são muito resistentes. pois há a possibilidade de desenvolvimento do fungo (monilíase-lingual). uma vez que são nativas adaptadas ao nosso clima.Abrigar as colméias sob cobertura de telha ou sapé. principalmente se estiver com mais de três dias. algumas medidas preventivas são benéficas. quentes. O choque térmico pode afetar e levar à morte larvinhas e gorar os ovinhos. no mínimo. portanto.O alimentador tem de ser devidamente retirado e lavado. por causa da reflexão dos raios solares ao incidirem sobre as cores claras. por conseguinte gastarão tempo. as jataís terão que consertar aqui. azul ou amarelo. O xarope de açúcar é o mais propenso aos fungos. Contudo. evitando assim a insolação. Esta medida evita a possibilidade de instalação de fungos e o aquecimento demasiado das caixas. 3 . um novo enxame e evitamos o massacre. ganhamos. que aparece com freqüência nos alimentadores ornamentais para pássaros. e no lugar desta. ali. capturando o enxame invasor. levando à morte nossos beija-flores e.Nunca abrir a caixa com temperatura inferior a 24 graus. A maior incidência ocorre no início da primavera e se estende pelo verão. 1 . logicamente. material e consumirão mais mel. nossas abelhinhas. Quando percebemos a tempo. dificilmente contraem doenças. Portanto. sem ventos e de preferência na sombra. 49 . Usar tábuas de 3/4" de espessura na confecção das caixas e pintá-las com tinta a óleo de cor clara: branco. então. 2 . O Fenômeno do Alvoroço de Centenas de Abelhinhas Pode ocorrer devido a quatro fatores: 1 . há o retorno imediato das operárias campeiras e forma um alvoroço na entrada da caixa de centenas delas. não há necessidade de vistorias. instalar caixas-iscas nas imediações. também segura.Havendo alvoroço sem morte por mais de um dia. a colméia está se preparando para soltar nova família.Quando indicar excesso de calor (acontece muito com colméias fortes). esborrifar água sobre elas e proteger a colméia com cobertura adequada. Se o fluxo de entrada e saída da colméia for constante e abundante nas horas mais quentes do dia. no mínimo. Este fato acontece freqüentemente com colméias expostas longas horas ao sol. É sinal de que um enxame selvagem está tentando apoderar-se da colméia. é fazer a divisão da colméia. Se a colméia alvoroçada estiver na sombra. é mais do que certo que. 20 metros. 3 . descongestionando o ninho para melhor ventilação. Neste caso. O bom seria instalar o apiário sob rancho. portanto. 4 . 50 . a colméia para longe. caramanchões ou mesmo sob árvores. bem untada de cera das jataís. Transfere-se.Quando. ou seja. indica enxameação. então. Outra medida. e instala-se no lugar desta a caixa-isca.Alvoroço e morte de dezenas delas. O Manejo da Colméia Pouco exige do apicultor. isto é. a não ser que haja alvoroço. sem nenhuma conseqüência para o apicultor. repentinamente. brevemente. uma chuva de verão se aproxima. como veremos posteriormente. elas saem. 2 . sairá nova família. a fim de capturar o enxame invasor. O Alimentador Consiste num pedaço de mangueira de 5 mm de diâmetro por 10 cm de comprimento. 1 cm à frente de cada rolha. 0. providenciamos alguns potes de mel em colônias vizinhas para servirem de guia. Temos de lavar 51 . É bom reforçarmos os enxames mais fracos. 1 xícara de água fervida ou destilada. fornecendo-lhes xarope nos alimentadores. tapado com rolha nas duas extremidades. Misturamos os ingredientes com rigorosa medida de higiene e colocamos nos alimentadores uma quantidade que dê para três dias. Repetir o reforço até uma semana antes do início das floradas.25 gramas de farinha de soja. devemos fazer uma vistoria. e introduzi-lo na gaveta superior da caixa. de preferência mel de laranjeira. ou usamos a cera moldada. a fim de nos certificarmos se elas estão fabricando os potes de mel nas gavetas. conseqüentemente mais operárias e assim mais produtividade durante a nova estação. O restante pode ser guardado na geladeira. Devemos preenchê-lo com algodão. isto induz a postura da rainha. umedecido no xarope. O Preparo da Colméia para as Floradas Um mês antes das floradas. O Xarope de Reforço 1/2 xícara de mel puro de Apis mellifera. Cortamos a mangueira no sentido longitudinal. caso contrário. formando um cochinho. aumentando a população da colméia. quando formos colocar mais xarope.muito bem o cochinho. Colocar o alimentador sempre na gaveta superior. Neste período. O xarope de reforço deve ser dado às colméias mais fracas. 52 . pelo menos um mês antes de ocorrerem as grandes floradas. isto depois de três dias. as caixas-iscas deverão já estar preparadas e instaladas. A Enxameação Soltam em média duas famílias por ano no início da primavera e no verão. pois induzirá a postura da rainha. geralmente na primeira quinzena de novembro. Iniciam vedando todas as frestas. na posição horizontal. A cera e a resina esfregadas na caixinha exalam um odor peculiar. nos cantos de parede. Às vezes. onde irão alojar a nova família. para confecção dos alvéolos de cria. fazer uma visita. isto facilitará a descoberta da entrada da caixinha por elas. na base dos mourões e nos troncos de árvores. Esta operação dura alguns dias. portanto devemos instalar as caixas-isca. ao encontrarem um novo local para nidificar. juntamente com a rainha já fecundada. Esfrega-se cera e resina das jataís por toda a parte interna da caixinha. que as atrai de longe. observe que. deparamos com algumas dezenas de abelhinhas esvoaçando em torno de um mourão. Quanto mais caixas-isca melhor. As Caixas-Isca São caixinhas de madeira de 12 x 12 x 20 cm de altura com furo na parte inferior. a nova morada permanece ligada à colméia-mãe. Portanto. fixamos um canudinho de cera. No interior do batume. 53 . No furo que é o orifício de entrada. a fim de certificar-se da captura de algum enxame. Devem ser espalhadas na orla das matas. pelo menos alguns dias. ou lambuzamos com cera. fabricam as lâminas circulares de cera. primeiramente começam transportando cera e resina da colméia-mãe para a nova morada. A enxameação acontece da seguinte maneira: algumas dezenas de abelhinhas. O apicultor deve. aumentam as probabilidades de captura. Depois trabalham na construção do túnel interno e por fim trabalham na construção da parte superior do batume. Somente depois de preparada a nova moradia é que se mudam em definitivo. a cada quinze dias. procurando um buraco ou fresta para entrar e não vemos nenhum canudinho de cera. alicerces ou outros lugares quaisquer. É mais que certo que estão procurando um novo local. a fim de afastar as abelhinhas que ali se encontram. os quais poderão dificultar a operação. retirar o canudinho de cera da seguinte maneira: Aquecer levemente a lâmina da faca. outra para pólen e cera 1 caixa de fósforo 1 caixa-padrão 1. cortando galhos. Transferência da Colméia Selvagem para a Caixa-Padrão Material necessário: 1 facão 1 machado 1 formão (bem afiados) 1 garfo de cozinha 1 faca 1 frasco de óleo comestível 2 vasilhas com tampa. limpar o local. O canudinho sairá intacto e devemos colocá-lo no furo da caixa-padrão.etapa: em se localizando a colméia. A transferência para a caixa definitiva deverá ser efetuada um mês após. visto que neste período as abelhinhas terão reservas de cera. Introduzir uma varinha (fiapo de mato ou capim) no canudo. primeiramente. pólen e néctar e não sofrerão tanto. 54 . Verificando-se que o enxame foi capturado. esperar até a noite e trazê-lo para o apiário. Em seguida. após assoprar o canudinho. uma para mel. cipós. mediante leve aquecimento da borda do mesmo. Este processo de captura é o mais cômodo e natural para ampliação do apiário. com a outra mão apanhar a faca previamente aquecida e cortar o canudo rente à madeira. Após. as batidas devem ser dadas nas imediações do canudo. Em se achando o local. Usar um fumigador pequeno. ir depositando-os na câmara do ninho. 3° etapa: com o ninho já à vista. As abelhinhas que estão esvoaçando logo encontrarão o canudo da nova caixa e começarão a entrar. Todo material: cera. resina. pólen e a cera do batume serão colocados nos espaços laterais. abrir duas fendas. altura e posição da ex-colméia. 4° etapa: finalizando a operação. na horizontal. para isso usar uma folha de mato na frente delas e quando subirem. potes de mel e pólen. onde as paredes dos mourões e das árvores secas fazem barulho chocho. Fechar a caixa-padrão e colocá-la no mesmo lugar. 2° etapa: averiguar. uma a 20 cm acima. porém com o máximo de cautela e o mínimo de fumaça. potes de mel e pólen. untar levemente o garfo com óleo e iniciar a retirada de todo o batume que envolve os favinhos de cria. deve ser devidamente retirado do ninho e recolocado na caixa-padrão. Averiguar se a rainha foi transferida. tapar o oco da antiga colméia com folhas de papel. outra a 20 cm abaixo. caso contrário o machado. para desalojar as abelhas que ainda persistirem em ficar pelos cantinhos e frestas do velho ninho. As abelhinhas recém-nascidas precisam ser capturadas e colocadas na nova caixa. ir colocando-as na caixa. capim ou mesmo terra. ela é tímida e costuma esconder-se pelas frestas e cantos do ninho. Ir lascando o tronco cuidadosamente até avistar o ninho. retirar os favos de cria com delicadeza e paciência para não amassá-los. Potes de mel. Os favos de cria devem ser colocados na posição encontrada. ou seja. com algumas batidas leves. perto dos favos de cria. usar o formão se possível. 55 . 56 . As frestas deverão ser vedadas com barro argiloso. A outra metade pode ser guardada para posterior consumo. depois passarão a depositar o néctar nesta caixa. Retiramos de uma outra colméia alguns potinhos de mel e colocamos nas gavetas para servirem de guia. Após. a metade dos potinhos de mel deverá ser distribuída pelas gavetas. A jataí que ali se encontra.este tempo é suficiente para que elas fixem favos de crias. sempre à noite . faltando a parte posterior. logicamente na mesma direção. Procedemos da seguinte maneira: usamos uma caixa de 13 x 16 x 14 cm de altura. é realmente inconcebível. posição e altura da entrada do ninho das jataís na árvore. Usamos duas gavetas iguais às da caixa-padrão. o oco das árvores. Transferir a colméia do lugar de origem para o apiário a partir do terceiro dia. são ambientes pequenos. Geralmente. Observação: havendo mel em abundância. fixamos a caixa com arame e com a parte posterior que está faltando voltada para árvore. a fim de servirem de guia para que as abelhas depositem o mel ali. Em seguida retiramos o canudo de cera da árvore e o grudamos no orifício de entrada da caixa. fornecer-lhe-á muitos enxames e até mesmo mel. apenas para capturar uma jataí. Como Proceder com Jataís Alojadas em Árvores Frondosas Derrubar uma árvore frondosa que demorou dezenas de anos para atingir este porte. Veja o desenho da página 59 . As jataís demorarão dois ou três meses.vedando toda a caixa. ou mesmo massa de cimento. mesmo de paredes espessas. potes de pólen e mel . nossas 57 . 58 . Aproveitando o Jataí de uma árvore 59 . eu a fiz com uma jataí que se encontrava no tronco de um jacarandá. a colméia-mãe a 50 m de distância. Multiplicação de Colméias por Processo Artificial 1° Processo Abrimos uma colméia forte. bem como parte do batume. durante o mês de outubro ou novembro. A nova família se formará com as abelhinhas que estão esvoaçando. Retiramos mais 4 favinhos de cria e colocamos todos na caixa definitiva. pois as colméias em ambientes pequenos costumam enxamear mais. e inicia-se a verificação do ninho. quando encontram espaço sobressalente. Temos de retirar o canudo de cera da colméia-mãe e colocá-lo na entrada da nova caixa. Esta experiência. depois repeti-a numa colméia que se encontrava num alicerce e os resultados foram positivos. Instale nas imediações desta colméia três ou quatro caixas-isca num raio de até 10 cm que será o suficiente para a captura. Dentro de poucos dias. passam a ocupá-lo. A realeira fica nas laterais dos favos centrais e tem aproximadamente 5 mm de comprimento e 4 mm de diâmetro. com temperatura elevada e sem vento. Retiramos a cera que circunda os favos de cria. forçosamente. Quanto a novos enxames. Transferimos.abelhinhas têm pouco espaço para armazenar o néctar. 60 . nascerá a nova rainha e teremos. observando se há realeiras ou mais de uma rainha. ela deverá ser retirada juntamente com o favo onde ela se encontra. Não devemos esquecer ainda de acrescentar alguns potes de pólen e mel. Se houver realeira. uma outra colméia. então. escolhendo um dia claro. Com um pouco de prática e paciência. devemos instalar as caixas-isca. podemos facilmente encontrá-la. prendendo na viscosidade do pedúnculo floral as mais diversas espécies de insetos: mosquitos. formigas etc. capturamos uma delas. Tanto num como noutro processo. ou simplesmente plantamos coroa-de-cristo (cactácea boa fornecedora de resina. Instalação do Apiário na Zona Rural Aconselhamos a construção de suportes individuais de madeira ou de ferro com proteção contra formigas. na nova caixa e formarão uma nova família. As abelhinhas que estão esvoaçando. Se a colméia tiver mais de uma rainha. Em seguida. As colméias são colocadas sobre estes suportes a 80 cm de altura com o canudo de entrada voltado para leste. bem como 4 favinhos de cria e parte da cera do batume para a nova caixa. conhecida cientificamente por Euphorbia milii. direção e posição do local da colméia-mãe. pólen e néctar que floresce o ano todo). ajuda no controle biológico das pragas. A coroa-de-cristo. Plantamos amor-agarradinho (trepadeira que fornece abundância de néctar e pólen. Evitamos as baixadas que são propensas a muita umidade no ar e a luz solar demora mais para chegar. cujas florzinhas são rosadas. uma cerca quebra-vento contornando todo o apiário a cinco metros de distância. a nova caixa tem de ser mantida na mesma altura. entrarão. apresentam-se em cachos e desabrocham em várias épocas do ano). 2° Processo Diferencia pouca coisa do primeiro. soltamos a rainha na caixa e transferimos a colméia-mãe a 50 m de distância. 61 . Fazemos. O desenho na página 62 nos ilustra melhor. Após. então. prendemo-la numa caixa de fósforo vazia. transferimos alguns potes de mel e pólen. tais como: falta de padronização das caixas. sua extração segue sempre duas etapas cíclicas. manejo inadequado e competição de outros insetos nas floradas. colocadas a 2 m uma da outra. A quantidade de colméias no apiário vai depender do pasto apícola. principalmente nas épocas mais secas do ano. Seguem-se outros fatores. fornecem pouco mais de 1 litro de mel por ano. A primeira em fins de setembro e a segunda. As jataís. quando bem manejadas. O Suporte Os suportes poderão ser feitos em madeira ou ferro 62 . podendo comportar desde algumas até mais de 50 colméias. A baixa produção de mel tem como causa principal o restrito pasto apícola. em fins de janeiro. 63 . serem rústicas. R = resina Nota: conforme a região e o clima as plantas poderão oscilar suas épocas de floração. N = néctar. Estas plantas foram escolhidas por terem crescimento rápido. temos ainda as plantas já citadas no II capítulo do livro. Flora Apícola para Abelhas Jataís Plantio Tipo Nome vulgar Florescimento Produz semente árvore algarobeira set/out PN semente verdura almeirão várias épocas N semente trepadeira amor-agarradinho várias épocas PN estaca árvore astrapéia-rosa jun/jul/ago PN estaca arbusto boldo jun/jul PN estaca arbusto coroa-de-cristo o ano todo PNR semente arbusto erva-doce nov/dez/jan PNR (funcho) semente rasteira esporinha set/out/dez P semente arbusto alfavaca set/out PN semente arbusto fumo (tabaco) jan/fev/mar PNR estaca arbusto incenso jun/jul PN estaca trepadeira jasmim-estrela nov/dez NR mudas árvore citros (todos) ago/dez N estaca trepadeira madressilva set/out N estaca arbusto margaridão abr/mai P estaca arbusto melissa jun/jul PN semente arbusto manjericão várias épocas PN semente árvore pitangueira set/out PN estaca árvore sabugueiro nov/dez PN semente arbusto salsa várias épocas PN semente árvore sibipiruna out PN semente árvore uvaieira jun/jul PN semente arbusto violeteira várias épocas N Legenda: P = pólen. item "O Melhor Lugar para instalar um Apiário''. Além destas. adaptáveis aos mais variados tipos de solo é serem muito procuradas pelas jataís. A seguir colocamos uma lista de plantas que contribuem para a formação do campo apícola necessário às abelhas jataís. Destacamos a algarobeira que fornece abundância de néctar. A astrapéia-rosa (Dombeya wallichii) também floresce no período mais crítico do ano. deve levar as colméias até os locais. biscoito. tanino. licor. lenha. dá abundância de néctar. contei mais de 800 buquês somente de um lado da árvore e concluí que numa única florada há. goma. julho e agosto. além de formar intransponível cerca viva. caprinos. carvão. em média. quando poucas plantas estão produzindo. A floração é de inúmeros buquês de florzinhas com o formato de uma bola. 32. Na alimentação humana as sementes dão ótima farinha para a confecção de bolo. A coroa-de-cristo (Euphorbia milii var. para isso. altamente ornamental pela abundância de flores. móveis. milii) que fornece os três elementos: pólen. Tem ainda inúmeras utilidades: das folhagens e semente fazemos ótima ração para os bovinos. é muito procurada pelas abelhas em geral. dormentes. aguardente. néctar e resina. não só para a colheita do néctar. tacos. conseqüentemente. geléia. farinha. suínos e aves. justamente na época do estio. O Transporte para as Grandes Floradas O apicultor deve aproveitar as grandes floradas dos pomares. por curiosidade. bem como dos eucaliptais. junho. a produção. bem como para aumentar a polinização e. pão. de uma rusticidade incrível. melaço e papa.000 florzinhas. Assim. apesar do baixo teor de açúcar. ovinos. estacas. 64 . e ajudar intensamente no controle biológico. o uso industrial da algarobeira também pode ser para a fabricação de álcool. A astrapéia-rosa fornece no período da manhã farta quantidade de néctar. se chacoalharmos um buquê sobre um prato. durante todo o ano. Cada buquê tem em média 120 florzinhas. verificaremos a presença de inúmeras gotículas de néctar. Certa vez. Uma outra observação sobre as jataís é quanto à coleta do néctar. de manjericão. já estará aberto o canudo. pois as gavetas são móveis. Colméia-Padrão Temos vários tipos de colméias para jataís.Ao abrirmos a caixa. algumas muito funcionais." facilitando principalmente a extração do mel. consegui criar a colméia-juliane. O transporte tem de ser à noite e com muita cautela. Pensamos numa que atendesse. depois apertá-lo na extremidade de entrada a fim de que as abelhinhas permaneçam na caixa até o final do transporte. principalmente as formigas. De uma mesma colméia temos abelhinhas coletando néctar de flores de laranjeira. portanto. Isto é. Depois de vários ensaios. mantendo assim a temperatura interna. evitando os solavancos. graças a Deus. como também do apicultor. a câmara de cria permanece praticamente lacrada. do canudo de entrada até os favos de cria. a fim de evitarmos os predadores. extraído o mel. As jataís coletam néctar ou pólen de diversas flores ao mesmo tempo. 2 . não só as necessidades das abelhinhas. Descrição da Colméia-Padrão Consiste numa caixa de 24 cm de comprimento x 15 cm de largura x . tem 20 cm. 3 . Outro detalhe é colocarmos as colméias sempre sobre suportes. No outro dia.A câmara de cria é eficiente em tamanho e o túnel interno possui o comprimento aproximado da colméia sel- 65 vagem. vão todas para estes tipos de floradas. 4 . ou seja. pois não são como as apis-mellifera que dão preferência a um tipo de florada. isto se quisermos mel de um tipo de florada. Aconselhamos a instalar o apiário.Devido ao uso da cera moldada na gaveta a produção aumenta. no centro das floradas. para que as abelhinhas deixem-no livre. se abre a florada dos laranjais. A colméia-juliane tem as seguintes vantagens: 1 . ou dos eucaliptais. uma vez que. e elas trabalhando. de gerbão. elas voltam para a caixa com a cera praticamente intacta. Devemos primeiramente assoprar o canudo de entrada. ou banquetas.Fácil manejo na extração do mel. de mangueiras etc. A montagem da caixa deve ser com parafusos que dão maior resistência e evitam o empenamento das tábuas. Descrição das Gavetas São ao todo 5 gavetas medindo 14 cm de largura x 15 cm de comprimento x 3. podendo ser de quaisquer madeiras desde que bem secas e bem lixadas.18 cm de altura (medida interna da caixa) feita de preferência com tábuas de 3/4'. O espaço pontilhado no desenho da página 68 é duas tábuas pregadas. 66 . um meio menos violento de se fazer as vistorias. entretanto. o espaço. estas medidas são externas. no espaço maior são colocadas as gavetas afastadas cada uma 4 mm das paredes da caixa. A câmara do ninho fica encostada a esta caixinha. resultando numa caixinha de 8 x 8 x 18 cm de altura. sendo. pois. deve ser preenchido com pó de serra ou isopor. O parafuso sai facilmente.2 cm de altura. Corte Lateral da Caixa-Padrão 67 . Corte da Caixa-Padrão Medidas internas da caixa 24 x 15 x 18 cm de altura Medidas internas do espaço ocioso 8 x 8x 18 cm de altura Medidas internas do ninho 7 x 7 x 18 cm de altura Observação: usar tábuas de 3/4" para confecção da caixa 68 . Caixa-padrão vista por cima com prateleira superior.Espaço ocioso. ao lado câmara do ninho. 69 . Os sarrafinhos são os pontos de apoio para os potes de mel e servem para as jataís não grudarem os mesmos no fundo da prateleira superior. Prateleiras com sarrafinhos. 70 . com unia prateleira com sarrafinhos. 71 . pois as jataís grudam por todos os cantos cera. observem a prateleira sem sarrafinhos não funcionam.Vista frontal. dificultam sua extração. É anti-funcional. Observar como ficam prateleiras sem sarrafinhos. 72 . 73 .Caixa simples. rústica e anti-funcional. No fundo vemos ao alto potes de mel e pólen. Abaixo favos de cera. Os preguinhos servem de apoio para as prateleiras se apoiarem sobre eles. 74 . onde as prateleiras irão encostar. é que os orifícios de entrada são pequenos demais. No fundo das gavetas irá a cera moldada ou alguns potinhos de mel para servirem de guia. Há casos interessantes de se observar. O sarrafinho-guia tem de ser pregado com a parte mais fina. dando passagem para duas ou três abelhinhas de cada vez. quando encontramos colméias selvagens com mais de um canudo de entrada. nem o fundo. ficam formando uma calha. isto é. ou seja. nem têm a frente. ver desenho na página Estes sarrafinhos servirão de suporte para as jataís fixarem os potinhos de mel. correndo sobre dois sarrafinhos-guias de 160 mm de comprimento x 10 mm de largura x 4 mm de altura. nem a parte posterior. Os sarrafinhos poderão ser de pinho ou cedro. O orifício de entrada das abelhinhas é feito na base da lateral da câmara do ninho. Sobre a borda das laterais da gaveta são pregados 8 sarrafinhos no sentido transversal. 75 . As gavetas ficam 4 mm afastadas das laterais da caixa e entram na mesma. É um furo de 10 mm de diâmetro. As gavetas podem ser confeccionadas com chapas de duratex ou eucatex. razão de serem chamadas de abelhas das três portas ou das sete portas. a fim das gavetas poderem correr com facilidade. pois se for menor dificulta a passagem das abelhinhas. e ficam 1 cm afastados um do outro. a altura no sentido horizontal da caixa. para que sobrem espaços entre uma gaveta e outra. As gavetas não possuem nem a parte anterior. igual à larg.2 cm de alt. As Gavetas e os Sarrafinhos-Suportes Medidas externas das gavetas São 5 gavetas de 15 cm de compr. compr. São 8 sarrafinhos de: 1 cm de larg. 0. 3.5 cm de alt. das gavetas São pregados a 1 cm um do outro 76 . 14 cm de larg. Juntamos os dois tipos de cera para ferver em banho- maria. pois a finalidade desta cera é facilitar a fabricação da mesma. troque-as de lugar. formando assim os semipotinhos.6 tubos de ensaio de 10 mm de diâmetro Modo de fazer. As jataís passarão a trabalhar neles e depositarão o néctar ali. Passados 4 meses. uma gota em cada semipotinho. cerca de 400 g de mel para cada 100 g de cera. De qualquer forma. elas usam esta mesma cera noutros lugares. colocaremos os tubos em água fria. uma vez que as jataís gastam muito mel para produzi-la. este bagaço poderá ser colocado à distância de 30 m 77 .250 g de cera de jataí . Enquanto a cera derrete. a cera sairá facilmente. Colocamos a cera moldada nas gavetas e com um conta-gotas pingamos mel de jataí ou laranjeira (da apis-mellifera). se realmente estiverem cheias. Cera Moldada para Jataís Material necessário: . pois a câmara do ninho tem espaço reduzido. confeccionando o batume ou mesmo potinhos para pólen ou néctar. abra a caixa e observe se elas encheram as gavetas superiores de potinho de mel. passando para o lugar das gavetas inferiores e as inferiores para o lugar das superiores. Observação: ao espremer os favos novos de mel das apis-mellifera.300 g de cera de apis-mellifera . Às vezes acontecerá que desmancharão toda a cera moldada. Em seguida. Quando as jataís desmancham a cera moldada. Não desanime. Estando a cera derretida. as abelhinhas terão que depositar o néctar nas gavetas. aproveitamos para amarrar juntos os 6 tubos de ensaio. molhamos a base dos tubos de ensaio nela. Logo que elas perceberem. Esta é uma maneira simples de auxiliá-las na penosa e dispendiosa tarefa da produção de cera. A finalidade da cera moldada é reduzir o consumo de mel ingerido pelas abelhinhas na fabricação de cera. pingar mel em alguns semipotinhos para induzir as jataís a depositar o néctar neles. começarão o transporte do mel e da cera para a colméia. 78 . Gaveta com Cera Moldada Com um conta-gotas.das colméias de jataís para elas aproveitarem a cera e a sobra do mel. Extração do Mel Observe primeiramente as gavetas, se elas estiverem cheias, devemos extrair o mel. O processo é simples. Com uma faca, untada em óleo, vá desprendendo os filamentos e a cera que prendem as gavetas. Retire as gavetas, uma por vez, e assopre as abelhinhas que ali se encontram. Após, com um bastãozinho de madeira (palito de dente) fure os potinhos de mel na parte superior, deixando o mel escorrer sobre uma vasilha. O mel é bastante aquoso e escorrerá com facilidade. Em seguida, devolva as gavetas à caixa. Não se preocupe em deixar mel nas gavetas, pois em torno dos favos de cria, na câmara do ninho, há uma reserva suficiente de mel para elas. Deste modo teremos uma produção elevada, pois será poupado o trabalho delas nas próximas safras fabricarem novos potinhos para mel. O mel deve ser guardado em vidros escuros com tampa e em lugar fresco, a fim de conservar suas propriedades nutritivas e medicinais. Devemos consumi-lo como qualquer xarope, é ótimo calmante para a tosse e resfriado, muito empregado no meio rural. Seu preço chega a ser dez vezes maior que o mel da apis-mellifera, isto, quando se encontra à venda. Caso sua produção seja grande, que se consegue com mais de 50 colméias, a comercialização do mel poderá ocorrer através das lojas de produtos naturais, farmácias homeopáticas, laboratórios de pesquisa e produção de medicamentos ou pessoas que fazem macrobiótica. Exploração Comercial Comparando-se a produtividade de mel entre Tetragonisca angustula (jataí) e Apis mellifera (européia), observa-se que 79 esta última tem um rendimento financeiro 12 vezes superior à Tetragonisca angustula, como podemos verificar pelo quadro abaixo: Espécie Produção Preço Relação média/ano médio/litro comparativa em litros NCz$(OTN) Tetragonisca 01 8,00(1,29) 3:1 angustula Apis mellifera 40 3,00 (0,48) Fonte: Dados coletados no comércio apícola de Piraçununga - SP, em 17/mar/88. Considerando-se os custos de produção relacionados para ambas as espécies, conclui-se que a exploração comercial das abelhas jataís é viável, uma vez que as instalações para essa exploração têm custo (comparativamente) muito inferior àquele estimado para a espécie Apis mellifera, conforme quadro que segue: Comparação de Custo de Instalação da Apis Mellifera e da Tetragonisca Angustula (Jataí) Utilização Custo estimado em NCz$ Instalações Apis Jataí Apis Jataí Ninho completo X X 18.00 15,00 Melgueira X 15,00 Tela excluidora X 4,00 Cera moldada 1 kg X 6,00 Aparelho p/ fixar cera X 15,00 Fumigador X 18,00 Centrífuga X 160,00 Vestimenta completa X 43,00 Ferramentas diversas X 7,00 Arame p/ os quadros 1 kg X 1,00 Diversos* X 5,00 2,00 Total 292,00 17,00 * Refere-se à cobertura, cavaletes, vasilhas para armazenagem de mel. Fonte: dados coletados junto ao comércio apícola de Piraçununga-SP, em 17/mar/88. 80 Como puderam observar, os custos com as instalações entre uma e outra espécie, têm uma diferença de NCz$ 275,00, ou seja, de 44,57 OTN. 81 Ano 3 -mar/abr/86 .Editora Chácaras e Quintais.Editora Rio Gráfica.Lionel Segui Gonçalves .A. Seleção e Melhoramento" .A. GUIA RURAL ABRIL .2° ed. Revista "APICULTURA NO BRASIL" N° 12 . Revista "APICULTURA NO BRASIL" N° 13 .Padilla Editora S.A. SP - Nogueira Neto.BIBLIOGRAFIA Revista "VIDA" n° 31 .SC.Padilla Editorial S. .Warwick Estevam Kerr - Florianópolis . Revista "APICULTURA NO BRASIL" N° 14 .AS ABELHAS JATAÍS -Editora Três -1986.Ano 1 . 1° CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA -"Genética.Editora Abril.Ano 2 -jan/mar/86 .Ano 3 -mai/jun/86 .Padilla Editora S.Ano 86 . GLOBO RURAL N° 12 . "A CRIAÇÃO DE ABELHAS INDÍGENAS SEM FERRÃO" . 83 . P.set/86 . . 0) /Creator (D:20060811232530) /CreationDate (Romildo Godoy) /Author -mark- .ERROR: syntaxerror OFFENDING COMMAND: --nostringval-- STACK: /Title () /Subject (D:20060811232530) /ModDate () /Keywords (PDFCreator Version 0.8.


Comments

Copyright © 2024 UPDOCS Inc.